Também chamada: Dwarvish
História Interna
O Khuzdul era guardado como um segredo dos Anões, e foram muito poucas as pessoas fora da sua raça a quem ele tenha sido ensinado. Teorias dizem que eles sentiam que o Khuzdul pertencia a sua própria raça, e que nenhum outro povo tinha o direito de falar seu idioma. Quando havia a necessidade de se comunicar [quase sempre por motivo de comércio] os eram os Anões que aprendiam o idioma dos vizinhos. Mais tarde algumas antigas histórias disseram que em Valinor Aulë tinha se afeiçoado a Fëanor e lhe ensinado o idioma secreto dos Anões, mas Fëanor nunca foi visto se expressando em Khuzdul e esses boatos continuam apenas como lendas.
Os Elfos da Terra Média nunca se interessaram muito pelos Anões e nem pensaram am aprender o Khuzdul, sendo assim não podiam entender nem uma única palavra da língua dos Naugrim [anões]. Para os ouvidos dos elfos esse idioma era áspero e duro, sem qualidade musical e seco como o vento do deserto. É claro que isso não é totalmente verdadeiro, mas sem dúvida o Khuzdul era menos belo e elaborado que o Quenya ou o Sindarin.
Uma das raras ocasiões em Khuzdul entraram primeiro em Beleriand, e uma amizade especial surgiu entre as duas raças… isso porque os homens como cavaleiros experientes podiam oferecer aos Anões ajuda e proteção contra os orcs. Embora os homens tenham sido instruídos no Khuzdul, o aprendizado foi difícil. Aprendiam principalmente palavras isoladas, muitas das quais acabaram adaptando no seu próprio idioma. Nisso parece que o Khuzdul influenciou a estrutura básica do idioma de Númenor, o Adûnaic, onde várias palavras guardam semelhança com o idioma dos anões.
Dos poucos elfos que se interessaram pelo Khuzdul o maior foi Curufin, sendo também o único dos Noldor a ganhar amizade dos Naugrim. Foi dele que os antigos mestres de lendas obtiveram seus parcos conhecimentos do Khuzdul, e pelo menos uma palavra deste idioma foi utilizada em Sindarin: "kheled" que significa "copo". No Quenya a palavra "Khazâd" foi adaptada para "Casar", e no Sindarin como Hadhod [os anões foram chamados Hadhodrim]. Reciprocamente os anões podem ter pego do Sindarin a palavra "kibil" que significa "prata" e pode ter sido descoberta com a ajuda dos elfos cinzentos.
Na segunda Era, os Anões relutantemente instruíram alguns mestres de lendas élficos no Khuzdul, eles aprenderem sobre o interesse puramente estudioso dos Noldor em seu idioma e permitiram que aprendessem parte dele, e a alguns dos mestres de lendas posteriores a esses foi permitido um aprendizado mais profundo. Foram estes elfos que nas Eras que se seguiram contiveram a arrogância de seus irmãos em relação aos Anões e ajudaram a manter o contato entre as duas raças.
Em um ponto porém, os Anões sempre foram extremamente reservados. Por razões que os Elfos e Homens nunca entenderam eles não revelavam nenhum nome pessoal a pessoas de outra família, nem mesmo depois de dominarem a arte de escrever. Eles tinham nomes públicos pelos quais poderiam ser conhecidos entre seus aliados, mas seu nomes verdadeiros, em Khuzdul, eram secretos. Conseqüentemente os nomes Balin e Fundin que aparecem em um contexto de Khuzdul na laje em cima da tumba de Balin não são em Khuzdul. Eles são nomes substitutos que Balin e seu pai Fundin usaram enquanto não-anões estavam presentes.
No Silmarillion aparece um Anão chamado Azaghâl, o Senhor de Belegost. Este sem dúvida é um título que foi utilizado no lugar de seu nome verdadeiro, provavelmente significa "o guerreiro" sendo relacionado ao verbo Númeroneano "azgarâ" que significa "guerra". Também há o nome de Gamil Zirak, um anão-ferreiro de Nogrod. Acredita-se que esse também é um nome alternativo para ocultar seu nome verdadeiro, mas outros dizer ser este seu nome em Khuzdul que para seu grande e duradouro pesar foi descoberto por não-anões. Mas ocorreu pelo menos um caso em que um Anão revelou seu nome verdadeiro, no Silmarillion Túrin captura o Anão Mîn, que não apenas revela seu verdadeiro nome mas também o dos seus filhos Khîm e Ibun.
Os Anões não sentiram que era algo impróprio revelar nomes de lugares. Gimli por sua próprio iniciativa revelou a Companhia do Anel os nomes em Khuzdûl de diversos locais e da própria Moria: "Eu sei os nomes deles, Khazad-dûm, lá está Barazinbar, e além dele Silvertine que nós chamamos Zirakzigil…" Eles não ficavam ofendidos se outros povos soubessem alguns nomes e expressões em Khuzdul. Quando Gimli veio a Lórien, ainda zangado por ter sido vendado pelos Elfos Galadriel disse a ele: "Escura é a água de Kheled-zâram, e frias são as fontes de Kibil-nâla, e grandes são os muitos pilares e corredores de Khazad-dûm em dias mais velhos que o outono e de Reis mais poderosos que viveram debaixo da pedra. Gimli ouvindo os nomes pronunciados em sua própria língua observou os olhos de Galadriel, e lá encontrou amor. Então ele sorriu em resposta. Assim Gimli percebeu que o uso de Galadriel do Khuzdul foi um gesto amigável.
Na primeira Era, Mîn se referiu a montanha onde vivia como: "Amon Rûdh é
aquela montanha, isso desde que os Elfos mudaram todos os nomes." – sugerindo que isto o irritou.
História Externa