“O dano infringido na nossa indústria cinematográfica (pelo sindicato dos atores) está feito faz tempo”, lamentou o cineasta neozelandês.
Os problemas começaram depois que o sindicato de atores do país reclamou das condições trabalhistas e pediu que a produção fosse boicotada. As negociações tem sido intensas nas últimas semanas, inclusive com a interferência do primeiro ministro, John Key, que defende que a Nova Zelândia não pode perder um investimento desse porte, que proporciona ganhos incalculáveis em termos turísticos, além da geração de empregos.
A ameaça de boicote foi retirada na noite de ontem (19) e, em uma última tentativa, funcionários da indústria cinematográfica local fizeram uma marcha na capital, Wellington, cantando “Save the Hobbit” (salvem o Hobbit) e segurando faixas e cartazes que diziam “SOS Hobbits” e “Keep it Made in New Zealand” (Deixem ele ser feito na Nova Zelândia). Mas, pelo que disse Jackson, dificilmente alguém conseguirá fazer a Warner mudar de ideia.
Segundo o diretor, toda a confusão fez com que o estúdio perdesse a confiança na indústria.
“E eles agora estão preocupados, com toda razão, sobre a segurança de seu investimento de US$ 500 milhões. Na próxima semana o pessoal da Warner virá ao país para providenciar a mudança da produção. Parece que não podemos fazer filmes em nosso próprio país mesmo quando um financiamento substancial está disponível”, lamentou.
Resta agora saber qual será o próximo destino de O Hobbit. Pelo menos quatro países já se ofereceram para receber a produção: Estados Unidos, Canadá, Escócia e Irlanda.
Fonte: Vírgula