Questionado sobre a renovação da sua parceria com Peter Jackson para O Hobbit, ele diz que:
“Estar de volta à Terra-média é uma coisa maravilhosa. Ele é um diretor incrível. Ele vê onde você está indo e como irá interpretar o papel, e então o guia – é um processo delicado”.
Ele descreve o processo de composição para O Senhor dos Anéis, que se imagina deve ser bastante similar para O Hobbit:
“Eu ainda estou compreendendo-o em algum grau. Meu envolvimento é o meu lápis, a página, as barras de música na minha frente, e a orquestração. É um processo contínuo que é feito todos os dias. O livro sempre está aberto na minha mesa, e estou sempre lendo as palavras de Tolkien. Estou olhando para as imagens maravilhosas de Peter Jackson, e criando a música a partir da minha intuição sobre a história e como me sinto sobre esses momentos. De certa forma é um processo um tanto íntimo. O papel está apenas na sua frente, o livro está aberto, o filme está sendo executado em uma pequena tela ao lado. E você está apenas ligando a história ao drama e ao livro. É trazido à vida por atores maravilhosos como Viggo Mortensen e Christopher Lee. É uma forma de se conectar aos personagens de uma maneira muito íntima. Quando eu assisto Ian McKellen na tela eu me ligo a ele de uma maneira quando eu assisto todas as performances. E assim, você sente como se estivesse dentro do filme, você está trabalhando dentro da história”.
Sobre os livros de Tolkien, ele diz:
“Sua narrativa tem um valor tão fantástico e características humanas. Tolkien escreve tão bem sobre coragem, amizade, honra e sacrifício e amor ao país. Ele faz isso tão bem. Particularmente o que eu amo é que ele escreve sobre a natureza muito bem”.
A dica e o texto são de nossa amiga Ana Cris. Créditos a ela! Obrigado mais uma vez, Ana!
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Neste aniversário de morte de J.R.R. Tolkien (2 de setembro de 1973), é reconfortante saber que um profissional da envergadura de Howard Shore não só guia seu fantástico talento para encontrar o de Tolkien e, assim, criar uma comunhão com ele, como também admira e respeita o que ele escreveu, e tem seus escritos como direção e inspiração principal.