Foi iniciado pouco antes de ele começar a escrever O Hobbit, mas nunca chegou a terminá-lo. Desde sua morte, em 1973, manteve-se escondido em uma área restrita da biblioteca Bodleian, em Oxford, onde Tolkien foi professor de anglo-saxão. Mesmo estudiosos não tiveram acesso ao trabalho.
A publicação no próximo ano vai desencadear certa agitação, porque Tolkien continua tendo muitos fãs. Os três filmes épicos de seu O Senhor dos Anéis lhe trouxe ainda mais fama, assim como será a nova trilogia de Peter Jackson, de US$ 500 milhões, O Hobbit, cuja primeira parte será lançada em dezembro.
Porém, enquanto o mundo de fantasia nessas obras foi retirado do conhecimento de Tolkien sobre línguas e folclore, em “A Queda de Arthur” é usado o inglês contemporâneo, mas ele foi escrito em um estilo de verso derivado do século XI.
A Editora HarperCollins, que irá publicar o poema em maio de 2013, foi pega de surpresa quando o filho de Tolkien, Christopher, contatou a empresa sobre a publicação da obra.
Christopher Tolkien dedicou anos de pesquisa para decifrar os fragmentos manuscritos de seu pai. A existência do poema era conhecida apenas por uma breve menções em duas cartas e seis linhas que o biógrafo de Tolkien, Humphrey Carpenter, foi autorizado a publicar.
Chris Smith, diretor editorial da HarperCollins, disse:
“Nós nunca tínhamos visto até que o manuscrito foi entregue a nós. É completamente inédito, fora a menção em um punhado de linhas na biografia de Carpenter. Nas duas cartas, você apenas tem essas escassas referências a ele. Estamos muito felizes de publicar esta obra extraordinária que faz o conto do Rei Arthur respirar novos ares. Tolkien oferece uma narrativa tão convincente de cada pedacinho, assim como de seus contos da Terra-média, que irão enriquecer a lenda deste herói complexo, satisfazendo muitos fãs de Tolkien em todo o mundo”.
Christopher Tolkien foi incapaz de estabelecer exatamente quando o poema foi escrito. O autor fez uma única referência a ele em uma carta de 1955 e manteve uma carta de 1934 de seu amigo, R.W. Chambers, professor de Inglês na University College of Londres, que leu o manuscrito e escreveu em resposta a Tolkien: “É realmente muito grande … verdadeiramente heróico … Você realmente tem de terminá-lo”.
Para os que já sonham com uma adaptação cinematográfica, deve-se dizer que os direitos de “A Queda de Arthur” não estão disponíveis.
Fontes: The Australian e TORN