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Mais emocionante review do RdR [contém todos os spoilers]

Eu estou até agora emocionado e grato à Ehlana, uma fã portuguesa de Tolkien, e usuária ativa do nosso Fórum. De todas as
 

Eu estou até agora emocionado e grato à Ehlana, uma fã portuguesa de Tolkien, e usuária ativa do nosso Fórum. De todas as críticas que eu já li sobre o filme, nenhuma me emocionou e me deixou ansioso mais do que a dela. Pra quem não se importa em saber o que vai acontecer no filme, é decididamente o melhor texto existente para se ler – além do charme do sotaque português da moça .

Estejam avisados que o texto abaixo conta… quase o filme inteiro. [b]Fujam daqui se não quiserem surpresas![/b] :stop:

E mais uma vez, meus parabéns à Ehlana! :clap:

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Então aqui estou eu, completamente em estado de choque com o que assisti na noite passada. Como eu já disse anteriormente, o filme superou as minhas expectativas: não porque não tenho pontos baixos (todos os filmes o têm), mas porque os pontos altos são realmente épicos, esplendorosos…

[color=cyan][size=6]ATENÇÃO: GRANDES SPOILERS!!!!!!![/size][/color]

Por onde começo? 😐 Bem, então vamos pelo início. Não prometo fazer uma crítica muito estruturada, porque ainda estou sob os efeitos da emoção profunda que senti 😉

A primeira cena é, como já todos esperamos, protagonizada por Smeagol e Deagol: a forma como o primeiro se apodera do Anel. Mas não fica por aqui: a seguir à morte de Deagon assistimos à transformação progressiva de Smeagol em Gollum. Sem dúvida que o Andy Serkis esteve muito bem e o início do filme é de cortar a respiração.

Na cena seguinte passamos para Isengard. Posso dizer que o PJ “safou-se” com o desaprecimento do Saruman. Quando Gandalf, Aragorn, Legolas e Gimli lá chegam encontram o Barba de Árvore que afirma ter Saruman à sua guarda e que este já não é perigoso. Soube a pouco. Preferia ter visto o final do Saruman, mas entendo e respeito as decisões do realizador. É também em Isengar que Pippin encontra Palantír, dentro de água, mas é em Edoras que ele olha lá para dentro. Digo-vos: essa cena é algo de espectacular. A Palantir fica colada às mãos de Merry… a intensidade do Olho de Sauron. A cena superou as expectativas, especialmente porque eu esperava que ela saísse um pouco forçada.

Minas Tirith 😀 Minas Tirith é simplesmente impressionante. Eu nunca imaginei que ela pudesse ser tão bem representada. No momento em que surge um grande plano da cidade veio-me à cabeça as imagens de John Howe e Ted Nashmith. Melhor teria sido impossível.
Em Minas Tirith encontramos Denethor. O actor saiu-se muito bem, mas a personagem não foi apresentada de uma forma nada positiva – acho que o Denethor está ainda pior no filme do que no livro.
Precisamente, a primeira cena em que chorei foi protagonizada por Denethor, Pippin e Faramir. Depois de Denethor enviar o filho para aquela missão suicida (uma cena de cortar o coração, ver o Faramir de lágrimas nos olhos), pede a Pippin que lhe cante uma canção e, depois de alguma hesitação, Pippin canta uma canção tão simples mas tão triste que é impossível não sentir a garganta apertada. E ao mesmo tempo que ele canta (e Denethor come despreocupadamente), Faramir luta e é ferido. A sério, está muito comovente. E o Faramir é “redimido”: o seu carácter e nobreza é restaurado.
Estranha foi uma cena em que o Denethor leva 3 bastonadas do Gandalf. A cena foi muito criticada, mas em cinema resultou muito bem, para além de que ele mereceu.
E há aquela cena em que Pippin acende o Farol de Gondor 😀 LINDO!!! E depois, naquela paisagem absolutamente fantástica, vê-se todos os faróis dos aliados de Gondor a serem acesos… e a música… nem vos digo nada 😀

A Batalha por Minas Tirith é outro ponto alto. O pormenor das cabeças a serem catapultadas para dentro das muralhas, o desespero de Denethor que quase mata Faramir… Muito bom mesmo.
Os Campos Pellenor correspondem às expectativas. Alguams pessoas que foram comigo acharam que podiam ter sido mais emotivos… mas eu emocionei-me muito e só me faltou dar pulos na cadeira. A carga dos Rohirrin… os cavalos a espezinhar os Orcs, é algo grandiosos mesmo. E depois a chegada dos Nazgul e claro: Éowyn e Merry. Tenho de elogiar a Miranda Otto pela sua magnifica prestação em todo o filme, que culminou nos Campos Pellenor… Desde o início que sabemos que é com ela que Merry vai, pois ela não se apresenta como Dernhelm. O surpreendente é que não a vemos apenas a matar o Nazgul, mas vê-mo-a, a ela e ao Merry, eem plena acção a matar orcs, a esquivar-se dos olifantes à espadeirada. E finalmente, a besta alada do Rei Bruxo abate-se sobre Theoden… aí o cinema sustém a respiração… a expressão da Éowyn é magnifícia. De repente ela lança-se sobre a besta alada e com um golpe incrivelmente rápido da espada corta-lhe a cabeça. O Rei dos Bruxos aproxima-se dela, e ela esquiva-se várias vezes da sua maça de guerra (EXCELENTE!!!) mas a maça acaba por lhe partir o escudo (acho que foi a maça, não me lembro bem) e o braço. Aí o Nazgul agarra-a pelo pescoço e diz algo: “tolo, não sabes que nenhum homem pode matar-me?”. Nesse momento, Merry aparece por trás e acerta com a espada no Rei dos Bruxos e ele larga a Éowyn. “Eu não sou um homem!”, diz ela. E carrega sobre ele. Como já devem saber, Theoden morre nos braços dela – uma cena de ir às lágrimas. Sem dúvida, este foi um dos pontos altos do filme.
Também chorei quando o Pippin encontra o Merry ferido e diz: “vou cuidar de ti” 🙁

Outro ponto alto foi, para mim, o Caminho dos Mortos. O interior da montanha é assustador, e o Exército dos Mortos é perfeito. A conversa entre Aragorn e o líder do exército está excelente mesmo! Fiquei petrificada. E quando Aragorn lidera os mortos em Pellenor… ficou LINDOOOO! Ai ai, isto até me faz mal 😕
Aragorn esteve muito bem como rei 🙂 A cena em que Elrond lhe entrega a Anduril reforjada está muito boa. Arwen tem um papel muito pequeno neste filme, mas as pequenas cenas em que ela entra são mesmo muito belas. Quando Arwen tem a visão do seu filho com Aragorn e desiste de ir para os Portos Cinzentos fiquei muito comovida, não ap ponto de ir às lágrimas, mas toca o coração 🙂 A minha critica vai para o facto do PJ ter inventado uma estranha história segundo a qual a vida de Arwen estava ligada ao Anel e que se este não fosse destruído ela morreria. Não me pareceu que isto tivesse muita lógica nem foi muito bem explicado. Pode ser que vocês consigam compreender isto. Elrond mateve a mesma postura céptica em relação a Aragorn e esta só a mudou na coroação (Elrond a chorar – está demais).

Agora outro grande ponto alto: toda a sequência que envolveu o Frodo, o Sam e o Gollum. Simplesmente LINDO! O Gollum ficou muito bem, como sempre – neste filme está muito mais “evil” e consegue convencer o Frodo a expulsar o Sam (cena de partir o coração). O covil da Shelob está assustador, e a própria Shelob está absolutamente perfeita. Não consigo imaginar algo mais perfeito do que a aquilo. Provoca arrepios. O Sam a salvar o Frodo – lindo, sem comentários. E quando encontra o encontra *choro*. A subida pelo Monte da Condenação é muito angustiante. Mais uma vez, vénias ao Howard Shore. A parte em que o Frodo se está a arrastar, e quando o Sam o carrega às costas… não há palavras para descrever o que senti – parecia que eu própria estava a subir aquele monte. A palavras de Sam ao Frodo são tão simples, não diz nada de especial… mas a forma como o diz…
E ao mesmo tempo que assitimos à agonia de Frodo, vemos Aragorn diante das portas de Mordor, a fazer aquele discurso; de repente as portas abrem-se e saiem de lá todos aqueles orcs… e, imaginem, o Aragorn carrega sobre eles, logo seguido do Merry e do Pippin. Quando vi os dois hobbits a seguirem o Aragorn, comecei quase a soluçar (nesse momento, a emoção no cinema estava ao rubro). E aqueles comentários tão bonitos entre o Legolas e o Gimli… *choro*
O aparecimento da águias (e da borboleta claro ;)) é épico!
Voltando ao Monte da Condenação… Frodo não destrói o Anel e a cena em que Gollum se apodera dele e cai está mesmo 😕 Mais uma vez, não consegui estar quieta na cadeira.
Quando o Anel é destruido, vê-se Mordor a ser destruído, incluindo o próprio Olho de Sauron. No fim, ficam o Sam e o Frodo, numa rocha entre a lava e é mais choro 😆 Adorei o pormenor de terem lá colocado uma frase do livro, algo como: “Estou contente por estar contigo, Sam, aqui, onde acabam todas as coisas”. Isto aparece!!! E depois chegam as águas, com o Gandalf, e eles são salvos.

O final é extremamente emotivo: o reencontro da Irmandade, a coroação do Aragorn. O reencontro do Aragorn com a Arwen ficou excelente (o pessoal no cinema bateu palmas) e quando Aragorn diz aos 4 hobbits: “Não têm de se curvar diante de ninguém”, e ele, Arwen e todo o povo se curva diante deles é, uma vez mais, de ir às lágrimas – e o cinema aplaudiu entusiasticamente.
Depois, ainda se vê o Shire, o casamento do Sam (mais palmas) e, finalmente, os Portos Cinzentos. Só posso dizer que ficou lindo, mas muito triste, mesmo muito triste 🙁 Chorei tanto 🙁
O filme acaba exactamente como o livro: a última frase do livro é a última frase do filme 😉

Agora a minha critica aos actores.
Para mim quem mais se distinguiu foi, sem dúvida, o Sean Astin (Sam), a Miranda Otto (Éowyn) e Bily Boyd (Pippin). Se não nomearem o Sean Astin para melhor actor secundário eu ponho uma bomba na Academia 😆 Ele superou-se! A Miranda Otto também esteve muito bem, é uma grande actriz. Não só foi fantástica nos Campos Pellenor como em todas as cenas em que entrou. No fim, na coroação, aparece ao lado de Faramir e há uma clara cumplicidade entre eles, que sorriem um para o outro. A Éowyn está linda aí e muito feliz.
O nosso Pippin foi uma verdadeira revelação para mim e merece este destaque.

Depois, houve aqueles que se mantiveram iguais a si próprios. O nosso Gandalf foi o mesmo de sempre e adorei vê-lo a lutar. A cena em que ele vai ao encontro do exército de Faramir e lança um feixe luminoso do seu bastão, contra os Nazgul, está fabulosa.
Viggo Mortensen, como Aragorn, esteve muito bem, tal como eu esperava. Legolas e Gimli tiveram papéis mais pequenos, mas também estiveram bem. Tive foi pena que o Éomer entrasse tão pouco e não aparecesse como rei de Rohan :(. E Legolas a matar um Olifante sozinho 😆 Comentário do Gimli: “Esse conta só como um” 😆
A Galadriel apareceu em duas cenas: numa visão ao Frodo, quando ele está no covil da Shelob (LINDA!!!) e nos Portos Cinzentos 🙂
O Bilbo também aparece e está realmente velhinho.

Outro pormenor que eu gostei muito foi… dos créditos 😆 É que ao lado do nome dos actores aparece uma imagem desenhada deles. Pormenor lindo.

Bem, que posso mais dizer? Peço-vos desculpa por esta critica tão emotiva, mas é que ainda estou sob o efeito do que vi há umas horas atrás. Mas, para mim, é um filme para se ver com emoção – afinal, se eu tivesse de usar três palavras para definir o filme estas seriam coragem, esperança e sacrifício.

Quase tão impressionante como o filme foi a reacção de algumas pessoas quando o filme terminou: ficaram sentadas nas cadeiras, muitas delas a chorar… a chorar muito. Eu, simplesmente, não consguia conter as lágrimas. É o melhor filme da trilogia… É uma obra de arte. Gostava de ter reparado mais em alguns pormenores, mas é por isso que eu vou estar na estreia 😉

Bem, talvez eu não tenha sido muito esclarecedora. Se quiserem podem fazer perguntas, não me importo nada de responder 🙂

A espera até 25 de Dezembro é longa… mas vale bem a pena 😉

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