Ontem (14/junho/2004) eu fui a uma reunião com uma editora de pequeno porte aqui em Curitiba, uma reunião de altamente proveitosos 100 minutos. A impressão e as perspectivas são as melhores possíveis pois a editora possui as mesmas idéias que todos nós com relação a este livro ([url=http://forum.valinor.com.br/viewtopic.php?t=36606]que livro?[/url]) que estamos produzindo. Vou tentar repassar tudo, em detalhes, a vocês.
A primeira coisa que eu tenho a dizer é que o livro sai! Segundo nossas previsões o lançamento do mesmo se dará durante o Encontro Nacional, no Rio de Janeiro, nos dias 4 e 5 de setembro de 2004. A segunda coisa é que o envolvimento da editora [b]não aumentará o preço do livro[/b]. O objetivo da editora é não ter prejuízo com o livro.
Alguns podem se perguntar do porquê da necessidade de uma editora. Vou ser bem sincero: em última análise, não existe [i]necessidade[/i]. Fazemos o trabalho de formiguinha, da melhor maneira que podemos (mais ainda assim de forma amadora), produzindo em gráficas barateiras e vendendo de mão em mão. Porém a incorporação de uma editora ao precesso vai nos garantir o que não temos: experiência, know-how, profissionalismo e contatos. Acho que é importante eu falar da diferença entre autor, gráfica, editora e livraria. Autor escreve o livro, gráfica imprime, editora divulga, formada, edita, revisa, coordena e livraria vende. Se traçarmos um paralelo entre livro e CD, teremos que autor é o cantor, gráfica é aquela fábrica em Manaus que prensa os CDs, editora seria o produtor e livraria seria a loja da esquina. É importante não confundirmos alhos com bugalhos.
O meu contato na editora é o nosso velho conhecido Thiago “Ispaine” (sim, ele mesmo, da lista Valinor Obras e Coordenador da Força-Tarefa). As idéias e ideais dele com relação ao livro são exatamente iguais às nossas: produzir o melhor material possível, com a melhor qualidade possível e com o [b]menor custo imaginável[/b]. Não haverá lucro. As planilhas de custo de produção do livro estarão sendo divulgadas em detalhes aqui na Valinor, assim como fazemos a prestação de contas mensal. Transparência total.
Mas o que a editora ganha com isso? Claro que “não existe refeição grátis” e a editora vai ter seu ganho, mas não o será em termos financeiros, não com os nossos (nossos = de todos nós, fãs de Tolkien) livros. Como nosso projeto tem a perspectiva de ser longo (5 ou 6 livros) é vantajoso à editora ter seu nome vinculado a eles. Aumenta o catálogo da editora e abre um espaço nesse nicho tão mal explorado que é a literatura fantástica e fantasia, no Brasil. A editora tem intenção de trabalhar muito nessa área, [i]principalmente com produção nacional[/i], coisa que eu realmente fiquei bastante contente em saber. E também a editora ganha contatos novos e mais experiência . Enfim, terão seus benefícios sim, de maneira não financeira e a meu ver plenamente justificáveis e merecidos.
Tá, mas onde entram as tais livrarias aí no processo? Então, essa é uma grande sacada que eu não tinha cogitado. Pra livraria, não interessa o quanto a editora vai receber, desde que ela possa vender (com um possível lucro). A editora possui contato com algumas livrarias então, oras bolas, por que não aproveitar para apresentar o livro para aqueles fãs de Tolkien que não possuem computador, não têm acesso à Internet ou simplesmente não gostam de ficar pendurados na frente do monitor? Exemplifico. Suponhamos que as Livrarias Curitiba queiram ter uns exemplares pra venda ([b]não estou querendo dizer que vai ser vendido nas Livrarias Curitibas, estou exemplificando[/b]), digamos uns 50 ou 100. Ela vai expor os livros em Curitiba, em Florianópolis e em Joinville (cidades onde possui filiais), onde o livro vai chegar a um grande número de interessados, possíveis interessados ou meramente curiosos que não teriam acesso ao danado de outra forma.
Mas não sai mais caro nas livrarias? Pode sair, mas esse seria o lucro da livraria, dinheiro que não é do nosso respeito nem da editora. Se a livraria quer colocar o livro a 40 reais mesmo sabendo (e indicado dentro do livro) que o mesmo pode ser encontrado a 15 reais ([b]não estou dizendo que o preço será este, estou exemplificando[/b]) de outras formas, bom, aí é com a livraria e com os possíveis compradores (logicamente que a livraria não faria algo assim, a margem de lucro é pequena, não mais de 15%). Tem outra vantagem lateral ou colocar nas livrarias: dá pra fazer as tais “noites de lançamento”, usando espaço da livraria pra fazer um [i]vernissage[/i] e assim divulgando ainda mais o livro, [b]sem aumentar o custo de produção do mesmo[/b].
Mas como ficará o sistema de vendas? Não muda nada, pra nós, fãs de Tolkien, que temos nossas comunidades formadas. O livro vai continuar podendo ser obtido em mãos, [b]pelo menos preço possível, sem lucro[/b] nas cidades de Curitiba, Brasília, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro (pelo menos). Também poderá ser obtido via depósito bancário (deposita na conta corrente X, [b]lo mesmo preço da venda em mãos, sem lucro[/b] e recebe via SEDEX ou encomenda simples, às custas do comprador). Na divulgação também continua sendo essencial nosso trabalho de formiguinha, colando cartazes e fazendo nosso boca-a-boca.
Também gostaria de falar um pouco sobre os adendos, apêndices e extras que estão sendo discutidos para o livro: não os tomem como certos ou necessários. Vamos focar no Curso em si. Caso os preços não sejam proibitivos nem aumentem demais o tamanho do livro (um calhamaço de 550 páginas já não é o suficiente?) eles estarão lá, mas não os tomem como certos ou obrigatórios.
Ok, ok é o preço final do livro? Bom, como eu expliquei, editora não é o mesmo que gráfica. A editora estará usando os dados que já temos de gráficas e entrando em contato direto com várias gráficas que conhece/trabalha, para obter o melhor orçamento possível para a melhor qualidade possível de livro. Acreditamos que ainda esta semana possamos ter o orçamento final, ao final do mês o livro revisado e diagramado em PDF e no início de setembro o lançamento.
Enfim, teremos o nosso livro, ao menor custo possível, da melhor forma possível, da maneira mais profissional possível, com a melhor qualidade possível (a possibilidade de utilizarmos papel Pólen Bold 90g é bem alta). E o melhor: não será o único, será o primeiro de muitos!
Vou sempre continuar trazendo novas informações pra vocês, assim que elas surgirem, seguindo a mesma idéia de jogo aberto e transparência que temos adotado desde o início. Ufa! 😀