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A Guerra do Anel & Suas Datas – Parte 5

Introdução:
Os eventos contados por Tolkien em "A Sociedade do Anel" começam a sair de cena para dar lugar ao "As Duas Torres", o segundo volume da complexa trilogia "O Senhor dos Anéis". Batalhas de grandes proporções são travadas e novas uniões são feitas. É tempo de pensar e decidir o que fazer neste tempo tão precioso.

Vamos chegando ao último mês desta fantástica Guerra do Anel. Nesta 5º Parte vamos acompanhar a passagem dos barcos onde a Comitiva se encontra pelos pilares dos reis Argonath no Grande Rio. Do rompimento da Sociedade e da captura de Merry e Pippin. Do Entebate, na floresta de Fangorn. E finalmente da passagem de Frodo e Sam pelos Pântanos Mortos.

Por tão poucos dias envolverem tantos acontecimentos em vários pontos da Terra-média, esta Parte sofreu uma pequena alteração na narração. Em alguns pontos é narrado sobre a Comitiva, em outro pula para Frodo e Sam nas Emyn Muil, em seguida vem o Entebate e outros fatos. Por isso a Parte 5 vem subdividida de outras partes.

E se você não acompanhou as aventuras desde o começo, não deixe de conferir os outros textos: O Conselho de Elrond, A Partida da Comitiva, De Azevim à Caras Galadhon, Gandalf vs Balrog e Do Resgate de Gandalf à Saída da Sociedade de Lórien

 

 

Parte V – Da Descida Pelo Anduin à Passagem pelos Pântanos

A Comitiva Desce o Anduin:

A Comitiva desce o Anduin em três barcos, no primeiro segue Aragorn, Frodo e Sam; no segundo Merry, Pippin e Boromir; e no terceiro Gimli e Legolas. Cada barco carrega distribuidamente os mantimentos e as armas, assim como os presentes de Lórien. Após um tempo encostam na costa Oeste do rio para descansar, Gimli prepara uma fogueira. Já é alta noite, quando Sam acorda Frodo, depois de um longo sono, pois eles têm que partir novamente antes do amanhecer. Aragorn estabelece que partiriam sempre cedo e parariam ao anoitecer, já que sente o tempo urgir, e o Senhor do Escuro está agindo.

Depois de três dias monótonos, a região começa a se alterar. Agora não há mais árvores às margens do rio, estando a margem leste preenchida apenas por um vazio deserto. Nesse mesmo dia chegam às Terras Castanhas. Cisnes negros cruzam os céus, sozinhos, como um único indício de vida naquele lugar. Mais dois dias seguiram-se , e pensamentos, dúvidas e temores ocupam as mentes dos membros da Comitiva enquanto eles descem cada vez mais ao Sul, por um Anduin que agora alargara-se e ficara mais raso, e conseqüentemente, perigoso.

Ao anoitecer do quarto dia, Sam reparou que havia algo estranho na água. Gollum os seguia, mas esse nome era apenas uma vaga cogitação nas mentes de Frodo e Sam até aquele momento. Cogitação essa que Aragorn confirma a seus companheiros como correta.

A partir do dia 22 de fevereiro, as margens se tornam paredes rochosas dos dois lados. Estavam no meio das Emyn Muil. Muitos pássaros voam pela região, o que preocupa Aragorn. Quando a noite cai, ele reúne a sociedade para continuarem a navegar. Eles descem o rio sem usar os remos, com apenas Sam vigiando. De repente, antes do esperado, chegam às correntezas de Sarn Gebir. Eles tentam remar para longe, seria loucura continuar. Porém, nesse momento, são atacados por flechas de orcs na margem leste. Entretanto, ninguém é atingido, pois as capas de Lórien à noite os tornam quase invisíveis no meio do rio. Eles conseguem fugir para a margem oeste. Legolas pega seu arco e procura um alvo. Nesse momento, uma criatura alada os sobrevoa. Legolas atira nela e ela cai na margem leste. Depois disso, nada mais acontece naquela noite.

A Sociedade passa o dia 24 inteiro carregando seus barcos por terra, para evitar as correntezas de Sarn Gebir. No dia 25, eles voltam a navegar. O Rio estava um pouco mais perigoso. Então, avistam os Argonath, os Pilares dos Reis, duas gigantescas e altas estátuas esculpidas na rocha em homenagem a Isildur e Anárion, filhos de Elendil, cada um de um lado do rio. Cada um está com sua mão direita segurando um machado, e a sua esquerda levantada como uma advertência.

Após passarem pelos Argonath, a Comitiva chega a uma espécie de Lago, chamado Nen hithoel. Ele era circundado pelas paredes das Emyn Muil, embora houvesse pequenas "praias" arborizadas nas margens. Ao sul, havia três picos. À direita, no oeste, estava o Amon Hen, a Colina da Visão, e à esquerda, a leste, via-se o Amon Lhaw, a Colina da Audição. No meio, havia uma ilha rochosa, Tol Brandir, e dizia-se que nunca nenhum animal tocou os pés nela. Além do Tol Brandir, em direção ao sul, o Anduin caía nas cataratas de Rauros. Ancoraram aos pés do Amon Hen, num gramado chamado Parth Galen, e lá passaram a noite do dia 25 para 26 de fevereiro.

Durante a noite, Aragorn fica inquieto e pede a Frodo que o mostre sua espada, Ferroada. Ao verem que ela brilha com um azul fraco, eles descobrem que orcs estavam próximos. De dia, Aragorn fala que teriam que decidir por onde ir a partir daquele momento, e o peso da decisão recai sobre Frodo. Frodo sai para caminhar e pensar sozinho. Ele pára numa clareira e percebe que Boromir o seguiu. Eles conversam por um instante sobre o Anel e o caminho que deveriam seguir. Boromir então começa a dizer para Frodo entregar-lhe o Anel, dizendo que é loucura levá-lo para Mordor. Como Frodo recusa, Boromir ataca-o, mas o hobbit foge usando o Anel. Por um momento, Boromir diz que Frodo é um traidor do inimigo, mas logo recobra a lucidez e se arrepende.

Frodo corre até o topo do Amon Hen e senta no trono. Vê muitas terras e enxerga muito longe em todas as direções. De repente, sente que Sauron está perto, procurando-o. Frodo sente que precisa tirar o Anel, mas este quer ser encontrado. Sauron está quase o achando, quando Frodo finalmente consegue tirar o Anel. Depois de pensar um tempo, decide que iria sozinho a Mordor. Recoloca o Anel no dedo e desce a colina.

Boromir voltou ao acampamento no Parth Galen e disse aos outros que Frodo havia colocado o Anel e fugido. Todos correm atrás dele, e Aragorn ordena a Boromir que vá atrás de Merry e Pippin, enquanto ele vai atrás de Sam. Quando ele encontra Sam, diz para acompanhá-lo para o topo do Amon Hen. Mas Sam não consegue manter o ritmo do guardião, e logo desiste. Então pensa que Frodo talvez tentasse partir sozinho para o Leste, e vai atrás dele. Sam encontra Frodo fugindo, mas pede para ir junto. Eles vão até a outra margem do Anduin, para seguir para as Emyn Muil. Enquanto isso, Boromi
r vai atrás de Merry e Pippin. Encontra-os, mas também encontra um grupo de orcs. Boromir mata muitos, mais de vinte e sozinho, mas acaba morto, com várias flechas de orc encravadas no seu peito. Merry e Pippin são levados vivos pelos orcs.

Da Primeira Batalha dos Vaus do Isen e da Morte de Theodréd:

"Lealdade ao seu Rei até a morte". Esse era o lema de Éomer e Theodréd quanto à sua ligação a Théoden que estava definhando devido aos terríveis venenos que Gríma Língua-de-cobra dava a ele. O povo de Rohan, logicamente percebia essas mudanças malignas em seu Senhor e ficaram sabendo de uma terrível ordem de Saruman que certamente os abalaria.

As batalhas dos Vaus de Isen foram terríveis, e as hostes de Orcs de Saruman apenas atacavam o filho do rei. Logo após várias investidas, aconteceu o que o povo de Rohan mais temia: Theodréd estava morto. O filho do Rei estava no meio do fogo cruzado: foi avisado de que tropas de Saruman estavam partindo para atacá-lo, mas ele quis sair antes para pegá-los desprevinidos e acabou calculando mal; foi cercado depois de ter perdido uma de suas companhias e estava no primeiro éored.

Logo após disso, ele guarneceu uma ilhota perto do Isen, mas as tropas de Saruman chegaram de um modo assustador. Orcs montados em lobos muito temidos pelos cavalos, uruks e terrapardenses. Nessa investida, Grimbold, por um fio, correndo e golpeando em meio a toda aquela confusão, um mar de espadas, lanças, machados e armas terríveis não conseguiu chegar a tempo: Theodréd havia sido golpeado por um orc-homem e caiu aos pés de Grimbold.

Mas, parece que a luz da alegria havia conseguido vencer sobre aquela desgraça que acabara de acontecer, e as tropas de Saruman que se encontravam no local ouviram o barulhos de muitos cascos.

Era uma grande hoste, e nela vinha um estandarte branco guiando todos. Elfhelm chegara para rechaçar os inimigos. Levantaram o corpo de seu líder, e viram que ele ainda respirava. De seus lábios, Grimbold e Elfhelm ouviram "Deixem-me deitado aqui… para manter os Vaus até Éomer chegar!". A noite caiu. Uma trompa soou estridente.

Silêncio.

A Primeira Batalha dos Vaus do Isen havia terminado, Rohan havia vencido. Entretanto, seu principal general, que era filho do Rei havia morrido, e muitos homens e cavalos jaziam no chão junto aos corpos de orcs e lobos. Grimbold e Elfhelm ficaram nos Vaus, e mandaram um pedido de ajuda a Erkenbrand no Abismo de Helm.

Da Passagem pelas Emyn Muil:

É o terceiro dia desde que Frodo e Sam haviam partidos sozinhos para a direção Leste do Anduin, a contrária dos outros amigos. Estão nas Emyn Muil, ao norte dos Pântanos Mortos. É um lugar que ninguém queria alcançar ou passar, mas é justamente este que Sam e Frodo têm de passar.

Durante algum tempo, escutam chiados, não sabem se é de um animal ou do vento pela pedra, mas sentem que estão com medo e aflição. Param para conversar e refletir sobre o que estão enfrentando e mais adiante um pouco de pânico toma conta de Sam. Frodo cai num buraco pequeno, no meio das rochas. Para resgatar o Portador, Sam joga uma corda que havia ganhado dos elfos em Lórien e consegue puxá-lo.

Uma chuva começa a cair sobre eles, então vão para um abrigo perto de um fosso. De chuva fraca, em pouco tempo passa para jatos fortes de água. Eles têm que esperar a chuva ficar mais fraca para poderem descer as Emyn Muil e chegarem em solo. A corda élfica novamente lhes ajuda, amarraram num tronco de árvore e descem uma pequena parede de rocha. Finalmente conseguem sair das Emyn Muil no dia 29 de Fevereiro.

Dos Orcs e de Merry e Pippin:

Pippin acorda do que parecia um sonho e logo se lembra do que havia acontecido com ele e Merry: haviam sido capturados pelos Uruks de Saruman e também alguns de Sauron. Os Uruks eram de tribos diferentes e não concordavam muito em suas opiniões. Alguns queriam matar os hobbits, mas as ordens de Saruman foi para capturá-los vivos e assim o grupo de Uglúk iria garantir que fosse. Pippin se aproveita das brigas entre os Orcs de Mordor, liderados por Grishnákh e os isengardienses de Uglúk, para cortar as cordas que prediam suas mãos e disfaçá-las de forma a parecer que elas ainda estavam atadas.

Depois de um tempo, as tropas param de brigar. Um dos cavaleiros de Rohan os avista de longe e parte, para dar o alerta. Preocupado, Uglúk apressa o passo, mas não antes de dar uma espécie de remédio Orc para Merry e Pippin. Em mais um momento de distração Pippin aproveita para dar um escapada dele e deixar como pista para Aragorn, Legolas e Gimli, o broche de sua capa élfica.

Após uma viagem longa, os Orcs param para descansar na altura da floresta de Fangorn. Cansados, com fome e irritados, os Orcs começam a discutir entre si. Grishnákh se aproxima dos hobbits neste momento de tumulto. Pippin e Merry começaram a incitar Grishnákh (que aparentemente é o único Orc que sabia do Um anel) a libertá-los em troca do Um, mas isso só irrita Grishnákh que acaba por tentar matá-los, mas é impedido por Ulgúk. A confusão recomeça ainda mais furiosa e é interrompida pelas lanças dos Rohirrim. Os hobbits aproveitam essa última chance e finalmente conseguem escapar fugindo para a floresta de Fangorn, sem saber o que os esperava neste lugar.

Da Sociedade Rompida aos Cavaleiros de Rohan:

Por volta do dia 26 de fevereiro a Sociedade é desfeita. Após a morte de Boromir e as lamentações de Aragorn, Legolas e Gimli, estes o deitam no barco e deixam as águas do Anduin levá-lo, junto a sua corneta, que foi partida ao meio. Os três resolvem por não seguir Frodo e Sam e partem para salvar Merry e Pippin. Aragorn logo deduz que os Orcs pertenciam ao exército de Saruman (devido ao símbolo da mão branca que alguns carregavam).

Eles seguem a trilha para o oeste (em direção ao rio Entágua) e depois norte até Fangorn. Ao final da encosta oeste das Emyn Muil, Aragorn percebe um desvio na trilha, e seguindo por ele encontra pegadas de hobbit e um broche da capa de Lórien. Isso os anima a continuar a perseguição. No segundo dia de perseguição, o cansaço atinge os caçadores, e, depois de alguma discussão, Aragorn opta por descansarem durante a noite. Eles continuam a seguir a trilha durante todo o terceiro dia, avançando cerca de 12 léguas, e mais uma vez, param à noite. Nessa altura os Uruks de Saruman já atingiram Fangorn. A manhã do quarto dia chega e eles partem, antes do meio-dia. Eles encontram um local onde Orcs haviam acampado há cerca de 36 horas.

No quinto dia,
eles se encontram com Éomer e os cavaleiros de Rohan. Depois de uma pequena discussão, Aragorn pergunta sobre os hobbits, e Éomer lhes fala que o tal grupo de Orcs havia sido morto pelos cavaleiros de Rohan que ali estavam. Éomer não soube dar notícias de Merry e Pippin, mas acaba por dar dois cavalos cujo os donos haviam perecido. Os três caminhantes prosseguem até o local onde os Orcs foram mortos, porém, lá não encontraram vestígios dos hobbits e resolvem acampar por ali. Durante a noite, Gimli vê um velho, supõe ser Saruman, mas o velho não se revela e desaparece. Logo depois Legolas percebe que os cavalos haviam desaparecido.

Mais um dia se passa. Observando atentamente o local Aragorn consegue achar algumas pistas que o levam a crer que Merry e Pippin estão vivos e haviam entrado na floresta. Após entrarem na floresta, os três perseguem a trilha dos pequenos e acabam encontrando um homem velho. Temerosos por Saruman, eles iniciam um ataque, mas o velho se defende e, intocado revela ser Gandalf, o Branco. Ele lhes dá notícias dos hobbits. Os aventureiros falam à Gandalf pelo que passaram até então. Embora desejosos de encontrar seus amigos hobbits, Aragorn, Legolas e Gimli seguem Gandalf para outra viagem agora em direção a Edoras, encontrar com o rei Theóden.

Do Encontro de Sam e Frodo com Gollum:

Sam e Frodo tinham descido das Emyn Muil, só que a corda continuava lá amarrada no tronco. Seria ótimo para Gollum, que eles suspeitam estar seguindo-os. Sam se pendura na corda para fazer peso, e a corda se desamarra, fazendo Sam cair no chão: Frodo ri.

Prosseguem na jornada durante todo o dia, e ao luar da noite procuram um abrigo no meio daquele monte de pedras que ainda existia na região. Eles puxam suas capas élficas e deitam-se perto de pedra fria para dormir um pouco. Certo momento, porém, um chiado começa a se repetir numa média distância, e é o que eles suspeitavam ser: Gollum. Sam e Frodo ficam com medo, e não conversam muito.

Gollum está sobre as pedras, a menos de quatro metros do chão e perto deles. Sam sai de perto de Frodo para dizer umas palavrinhas ao ser, mas neste momento Gollum se joga em cima dele. Rapidamente Frodo saca Ferroada e ameaça Gollum para soltar Sam. A criatura fica em colapso e solta Sam como um barbante molhado.

O que iriam fazer com ele? Sam sugere amarrarem em uma corda, mas Gollum escuta e choraminga, fazendo-se de coitado. Frodo está parado, e sente escutar uma voz dentro de si. Pena era o que Bilbo teve ao não matar Gollum e pena seria o que Frodo teria naquele momento ao ver uma criatura tão indefesa, embora muito traiçoeira.

Eles não largariam tão facilmente Gollum, que sabe muito das regiões e caminhos a seguir para Mordor, e pegam-no como guia. Eles vão novamente descansar, encostam-se na parede: Sam de um lado, Gollum no meio e Frodo no outro. Não demora muito para que Gollum tente escapar, e logo Sam e Frodo já estavam em cima dele de novo.

Desta vez eles amarram Gollum e fazem-no jurar que ele seria fiel. Ele jura pelo Mestre do Precioso, e quanto a Lua ou Cara Branca some entre as nuvens e o dia se aproxima, eles partem. Sam e Frodo se esforçam para seguir Gollum na sua rapidez. Ele é ágil para pular de pedra em pedra, e muitas vezes usa as mãos.

Após percorrerem algumas terras, param perto de mais uma rocha e vão descansar. Os hobbits comem seus lembas e bebem água do riacho que ainda corre por ali. Frodo acaba dormindo horas e horas, e se espanta por ter dormido perto de Gollum. Mas é claro que Sam estava ali para protegê-lo.

O dia estava escuro, apesar de não ser noite, e eles seguem a viagem. Não havia mais rochas, e de repente se viram rodeados de brejos, atoleiros e cercados de mau cheiro das poças. Tinham de ser rápidos para não afundarem.

Em Fangorn e do Entebate:

Quanto aos hobbits: Merry e Pippin correm em extrema velocidade até onde suas pequenas pernas podem alcançar, seguem o curso do rio Entágua rumo à escura floresta de Fangorn. De repente param ofegantes, estão em um vale onde o rio corre, molham os pés na água e se refrescam. O ar é abafado, parece parado e a floresta tem uma aparência muito antiga. Param para decidir o que fazer, já que os suprimentos de lembas estão escassos.

Raios de luz amarela começam a perfurar o teto da floresta mais para dentro e adiante. Os hobbits vão na direção da luz do Sol, e sobem numa elevação do lugar. Merry sentiu o vento se movimentar: era frio, e Pippin comenta que Fangorn ficava mais bonita assim. Neste momento eles se assustam com uma voz grave que vinha das árvores.

Um enorme ser, maior que um troll, pede que Merry e Pippin mostrem seus rostos. Levemente, uma mão encosta nos seus ombros e vira-os irresistivelmente. Assim, as duas grandes mãos de Barbárvore levantam os pequenos. O ent diz que gostou das vozes suaves dos hobbits, e logo começa a fazer perguntas, já que ele está em seu território, portanto os hobbits deveriam responder às perguntas dele.

Pergunta o que eram eles e Merry responde que são hobbits. Mas isto um ent não sabe, não Barbárvore. De sua lista revisada antigamente, estes seres não constam nela. Pippin disse para incluírem eles entre as Pessoas Grandes, sendo Hobbits pequenos, que moram em tocas. Em seguida apresentaram seus nomes e começaram a seguir pela floresta conversando de suas histórias.

Num momento da conversa os hobbits descobrem que o ent conheceu Gandalf, já que ele diz que o mago era o único que se preocupa com as árvores. Pippin resolve perguntar então por que Celeborn havia os advertido de entrar em Fangorn. Barbárvore responde que ele mesmo os orientaria da mesma forma se os hobbits fossem desta floresta para aquela.

Mas o pior, explica o Ent, é que com o tempo algumas das árvores começaram a ficar cansadas, a ficar mais arvorescas ou entescas e algumas delas até a ficarem más. E essa história se espalhou, assustando os elfos de Lothlórien, cuja floresta havia diminuído muito desde eras passadas. E daí em diante a conversa prossegue até o crepúsculo.

Eles chegam na encosta da montanha, podendo avistar duas grandes árvores formando o desenho de um portão. Ali está a nascente do Rio Entágua. Sob a chuva do riacho, Barbárvore conduz os hobbits na direção de uma mesa de pedra. Pega um jarro e enche de água, que brilha verde e amarelo. Lá eles podem conversar novamente.

Os pequenos hob
bits começam a contar o que aconteceu desde a saída do Condado até a captura deles pelos Orcs. A conversa abre-se em outros tópicos até que chega na situação atual, sobre a Guerra. Barbárvore é esperto demais e não gosta da presença de Orcs ou da passagem deles pela floresta. Ele tem de reunir os outros Ents de bom coração para uma reunião que não acontecia há muito tempo, para decidirem qual o papel deles na Grande Guerra.

Mas antes, o Ent vai foi a chuva do riacho e gargalha. Depois disso, começa a contar e a selecionar cada Ent que virá até o Entebate, se seria útil ou não. Pippin fica observando, e percebe como são poucos os ents que restaram, pergunta por que havia tão poucos, e sugere que eles haviam morridos. O Ent fica surpreso e diz que não morreram, apenas ficaram arvorescos ao longo do tempo.

Com isso, o interesse dos hobbits foi despertado, e peles pedem para o Pastor das �?rvores contar-lhes mais histórias do seu povo. Barbárvore suspira e conta com prazer, mas está triste por não ver mais entesposas há muito tempo. Diz que elas partiram para o Oeste e se perderam. Assim, depois de muita história, vão dormir.

Eles acordam cedo para o Entebate. Pouco tempo depois, todos estãosob os raios do Sol reunidos. Estão desconfiados em relação à Isengard e ao mago que lá habita. Assim, muito se discute sobre este lugar e Rohan e os seus Cavaleiros. O Entebate promete continuar por mais tempo, por isso Merry e Pippin ficam observando e dando alguns palpites.

O primeiro estágio havia chegado ao seu fim. Para Babárvore, Merry e Pippin poderiam estar cansados ou impacientes, o que no caso caía mais para o cansaço, pois impacientes eles não poderiam estar com tão "pouco tempo" de Debate Ent. O Ent deixa os hobbits na companhia de Bregalad, conhecido também como Tronquesperto, este os leva para uma "casa ent" onde os pequenos pudem descansar.

O percurso rumo à sua casa faz com que Tronquesperto cante muitas vezes quando via uma árvore bonita, que nos desejos dele viraria uma linda entesposa. A casa dele e dos outros nada mais é que uma pedra no meio do turvo e de um barranco verde. Sempre perto de uma nascente, onde a água borbulha.

Ao chegar no lugar, os hobbits vão passear pelo campo sem pressa. Bregalad lhes conta a história de amor que ele, quando era um entinho, fazia e via os outros ents fazerem para agradarem suas entesposas. Muitas Sorveiras eram plantadas para enfeitar e dar beleza ao lugar. Porém Orcs apareceram e estregaram as coisas belas e verdes.

Depois disso, passam o nascer do dia seguinte nos arredores da pedra do barranco verde. Ouviram vozes longínquas, dos Ents que participavam do Entebate durante toda manhã e parte da tarde. Mas ao chegar o fim da tarde as vozes cessam. Merry e Pippin não podiam entender o que aquilo representa, mas ao verem Bregalad ereto e com atenção percebem que seria hora de partir.

ra-hum-rah!

A marcha dos Ents começa. Talvez este será o último caminho percorrido por Barbárvore, Tronquesperto e os outros, mas uma coisa era certa: um mago, Saruman, saberia que com Ents não se deve brincar, principalmente quando se meche no território destes. Pra Isengard eles iam, impor temor. Impor temor!

Do Final da Passagem Pelos Pântanos:

Lá estão Frodo e Sam inteiramente nas mãos de Gollum, eles não conhecem a região e tinham que confiar no que ele faz e diz, no meio de toda aquela fumaça e opaca luz. Estão cruzando a planície de Dagorlad, campo da antiga batalha travada na frente dos portões de Mordor. O inverno frio e úmido ainda predomina na região e nenhum pássaro cruza os céus ali.

Freqüentemente tropeçam ou caem em poças; dentre os três, Frodo é o mais cansado, na maioria do percurso está atrás de Sam e Gollum. Sam imagina que em pouco tempo estariam iguais à criatura. Após terem caído em muitas poças e estarem fedendo tanto, finalmente alcançam uma terra mais firme.

Seguiram viajem após uma curta pausa, e de longe escutaram um som terrível e agudo. Um Nazgûl com sua criatura alada sobrevoa por cima os Pântanos Mortos, o frio toma conta rapidamente e brevemente, as nuvens se afastam, e todos se escondem. Quando parecia ter apenas passado, a criatura sobrevoa novamente mais baixo e perto deles. Todos ficam pavorosos de medo. Mais rápido que o vento, alucinamente, o Espectro vai para o Oeste.

Gollum fica atordoado, Frodo e Sam têm que reanimá-lo para poderem prosseguir. Sam sente Gollum mudar e ficar mais amigável depois deste incidente, mais desconfiado ele estava da criatura naquelas Terras-de-Ninguém.

Já estavam no 5º dia desde que haviam encontrado com Gollum, sentiam as Montanhas mais próximas e já estavama à uns 20 quilômetros delas. Pararam para descansar por terem andado demais, ficaram na sombra de um monte de escória. Fumaça saia dali e durante um tempo ficaram ali até que Gollum se levantou e saiu de mansinho resmungando e amaldiçoando.

Sentiam sede e beberam da água de seus cantis que haviam enchido no fosso de água. Revezavam-se para dormir. Certo momento Sam parece escutar uam voz; vai na direção dela e vê Gollum falando consigo mesmo. Parecem planos e coisas terríveis. Sam fica admirado com a situação, mas nem por isso tenta atacar Gollum.

De repente pede que horas são e Gollum se surpreende e responde que já está começando o crepúsculo do dia, e logo virá a noite fria. Partiram então na última caminhada e logo viram-se fora dos Pântanos. O destio deles era o Portão Negro, depois disso, só o tempo diria.

Continua…

Saiba Mais:

Assim como o dia 25 de Dezembro misturou religiosidade pela parte de Tolkien, no dia 25 de Fevereiro também temoss uma data curiosa. Enquanto Théodred, filho de Théoden, morre e a Comitiva passa pelos Aragonath acontece a Quarta-Feira de cinzas. É o período que se inicia a quaresma no nosso mundo.

Sobre as Entesposas:
As Entesposas são apaixonadas pelos campos onde podem cultivar Olvar menores – árvores frutíferas, arbustos, flores, gramíneas e cereais, enquanto os Ents preferem as árvores florestais. Por isso as Entesposas vão para os campos castanhos, onde ensinam os homens a arte do cultivo dos frutos da terra. No entanto antes da Segunda Era do Sol, os jardins das Entesposas são destruídos, e assim elas desaparecem. Não se sabe o destino delas, só se sabe que os Ents por muitos anos vagam em busca delas e nunca as encontram. Assim, apesar dos Ents não poderem morrer à maneira dos Homens, tornam-se uma raça em extinção. Nunca tinham sido numerosos e alguns são mortos com aço e fogo, e não houveram novos Entinhos com o desaparecimento das Entesposas.

Para saber mais sobre as Entesposas clique aqui

Sobre as Datas:
Em alguns pontos da leitura, é citado os dias 29 e 30 de Fevereiro. Isso ocorre porque no Calendário do Condado todos meses do ano possuem 30 dias. A idéia deste Projeto é acompanhar em tempo real, portanto prolongamos até esse início de Março para que o leitor não se confundia com os acontecimentos seguindo o nosso calendário gregoriano.

Fontes:
Imagens:
John Howe
Ted Nasmith
Galeria Tolkienianos
Aumania

Textos:
Valinor
Duvendor

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