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Armas e Armaduras na Terra-Média de J.R.R. Tolkien

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[size=3]A imagem acima mostra Joe, com seu amigo Happy (Feliz), armado e equipado como um Cava

 

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[size=3]A imagem acima mostra Joe, com seu amigo Happy (Feliz), armado e equipado como um Cavaleiro de Rohan. Joe confeccionou a armadura, espada, escudo, e a sela.[/size]

Os trabalhos de J.R.R. Tolkien inspiraram muitos a estudarem os variados aspectos do mundo que ele criou. Um dos aspectos de grande interesse para mim é o das armas e armaduras usadas pelos guerreiros e exércitos da Terra-Média através da sua longa história. Aqui se segue um estudo sobre esse equipamento.

O “sabor” que Tolkien descreveu em seus livros é o de um Mundo Antigo similar em muitos aspectos ao que historiadores chamam “A Idade das Trevas” ou “A Era Viking” na história mais recente da Terra. Note que isso é apenas uma ampla comparação; a Terra-Média não era uma “cópia carbono” daqueles tempos que alcançaram entre 500-1100 a.C., mas foi uma criação única em si mesma. Como o assunto tratado é armas e armaduras, pode ser notado que, neste sentido, a Primeira e Terceira Eras da Terra-Média encontram um paralelo naquelas Eras passadas. O tipo predominante de armadura corporal foi uma cobertura de cota de malha com um elmo leve (tanto cônico ou redondo). Proteções para o antebraço e grevas poderiam ainda ser adicionadas, e/ou uma touca de cota de malha para a cabeça e calças para as pernas e pés. O equipamento normal de guerreiro era completado com uma espada, machado ou lança, e freqüentamente um escudo. Para sustentar esse modelo, vamos consultar o material que dê sustentação nos trabalhos de Tolkien.

As mais antigas descrições de equipamentos de batalha não são muito detalhadas, mas há algumas indicações. Nos dias antigos, quando os elfos estavam fazendo sua jornada para o Oeste em direção a Valinor, o Vala Oromë os supriu em armas para ajudar na proteção de suas hostes contra as criaturas de Morgoth. Isso ao menos significa armas, mas onde as armaduras são incluídas, não é certo. Há referências aos elfos portanto armas em Valinor (espadas, lanças e arcos). É dito que durante a estada de Melkor em Valinor, quando do seu arrependimento dissimulado, ele aconselhou os Noldor a carregarem armas e armaduras. Como está escrito no Silmarillion que os Anões de Belegost foram os primeiros a produzirem malhas de anéis interligados, é da minha opinião que qualquer armadura usada pelos elfos em Valinor seria a brunea. Tolkien usa algumas referências a “armaduras de peixe” (i.e. armadura de escamas, embora isso possa, é claro, ser uma descrição colorida de cota de malha) em escritos mais tardios, e armaduras de escamas são um dos tipos mais antigos de armadura. Isto, sem dúvida, está de acordo com o fato de que peixes e répteis são assim revestidos, e a idéia é, por essa razão, logo reconhecida e adaptada por ferreiros. Ulmo, o Vala, é descrito como estando coberto de uma túnica amoldado como a cota de um grande peixe, quando aparece a Tuor em Nevrast.

Indo adiante com os Anões ferreiros de Belegost e Nogrod, é dito no [i]Silmarillion[/i] que eles equiparam os elfos Sindarin do reino de Thingol: “…os arsenais de Thingol,porém, estavam repletos de machados, lanças e espada, altos elmos e longas cotas de malha brilhante; pois as armaduras dos anões eram feitas de tal forma que não enferrujavam, mas brilhavam eternamente como se fossem recém-polidas.”. No [i]Contos Inacabados[/i] é também descrito: “Agora Thingol possuía em Menegroth profundos arsenais repletos de grande opulência de armas: trabalhos em metal como escamas de peixe e brilhante como a água ao luar; espadas e machados, escudos e elmos, feitos pelo próprio Telchar, por seu mestre Gamil Zirak, o velho, ou por artesãos élficos ainda mais habilidosos. Pois recebera como presentes alguns objetos que vinham de Valinor e foram feitos por Fëanor em seu apogeu, ele que não foi superado por nenhum artesão em todos os tempos no mundo.” Isso estabelece uma imagem dos guerreiros élficos e anões da Primeira Era, vestidos de longas túnicas de cotas de malha e altos elmos cônicos, portando suas armas mortais com escudo, ou de duas mãos. O ferreiro Telchar de Nogrod é digno de nota particular. Dentre os seus trabalhos estão o Elmo de Dragão de Dor-Lómin, a faca Angrist, e a espada Narsil (que foi posteriormente reforjada pelos elfos de Imladris em Andúril). No ensaio [i]Dos Anões e os Homens[/i] [Nota 1], Tolkien nota que os Anões dos Dias Antigos e da Segunda Era também equipavam os Pais dos Homens com instrumentos de guerra (como Narsil, citada acima).

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[size=3]A imagem acima mostra uma reprodução de Anduril, forjada a mão por Joe. A lâmina é decorada com runas engastadas a mão e há jóias, trabalhos em bronze e runas decorando o cabo.[/size]

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Com o retorno dos Noldor Exilados para a Terra-Média vieram marechais de grande força para as guerras contra Morgoth. Sem dúvida, os Noldor aprenderam o ofício da fabricação de cotas de malha dos Anões (com quem eles tinham alguma amizade, por terem amor similar à perícia). Em [i]A Queda de Gondolin[/i], uma lista do equipamento fabricado naquela bela cidade dos Noldor é dada: “…e o povo ocupava-se mais na forja de muitas variedades de espadas e machados, lanças e setas, e a confecção de cotas, longas túnicas de cotas de malha, proteções de malha metálica para as pernas, grevas e proteções para o antebraço, elmos e escudos.”

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[size=3]Acima está demonstrado um elmo noldorin simples da Primeira Era, feito para troca com os homens silvestres de Brethil. [/size]

Grandes detalhes são dados tanto em [i]A Queda de Gondolin[/i] quanto no escrito posterior [i]De Tuor e Sua Chegada a Gondolin[/i], descrevendo as armas (incluindo os arcos pelos quais os elfos são tão famosos), armaduras e ornamentações de ambos carregados pelos guerreiros de Gondolin: “Então Tuor, maravilhado, viu que na parede atrás do trono estavam suspensos um grande escudo e uma cota de malha, um elmo e um montante em sua bainha. A cota reluzia como se fosse feita de prata sem mancha, e o raio do sol a guarnecia de ouro. Mas o escudo era de uma forma estranha aos olhos de Tuor, pois era comprido e afilado; e seu campo era azul, em cujo meio estava aplicado um emblema de uma asa branca de cisne. (…) E arriou o escudo, descobrindo-o muito mais leve e manejável do que cria; pois parecia fabricado de madeira, mas guarnecido pela arte dos ferreiros élficos com chapas de metal, fortes e no entanto finas como folhas, que o haviam preservado dos insetos e do tempo.” Esta referência dá exemplos das excelentes armas forjadas pelos Noldor. O povo dos Noldor fabricava suas espadas de forma que brilhassem com um brilho gelado quando inimigos estivessem próximos; quanto mais clara a luz, mais próximo o inimigo. Estas espadas élficas eram também conhecidas por sua capacidade de corte. As três mais famosas destas espadas eram Glamdring (forjada por Turgon, e mais tarde carregada por Gandalf), sua companheira Orcrist (portada durante um tempo por Thorin Escudo de Carvalho), e evidentemente,a espada curta Ferroada, batizada por Bilbo Bolseiro.

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[b]Ferroada[/b]

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Algumas outras notáveis referências são dadas no Silmarillion, relativamente à Batalha das Lágrimas Incontáveis:

“Pois, sem ser convocado e de modo inesperado, Turgon irrompeu do reduto de Gondolin e surgiu com um exército de dez mil guerreiros, com malhas brilhantes, longas espadas e lanças como uma floresta.” “…e Fingon pôs seu elmo branco e fez soar suas trompas, levando todos os guerreiros de Hithlum a saltar das colinas em súbita investida. O clarão das espadas desembainhadas dos noldor era como um incêndio num caniçal.” “…e os gondolindrin eram fortes e estavam protegidos por malhas. Suas fileiras refulgiam como um rio de aço ao Sol.”

Duas reconstruções de espadas élficas:

[b]Anglachel, a espada carregada por Beleg e mais tarde por Túrin:[/b]
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Anglachel foi forjada por Eöl, o elfo negro, e dada ao Rei Thingol como tributo. Thingol deu Anglachel a Beleg como um presente. Os gumes na original brilhavam claro; esta reconstrução foi feita sem fio para combates simulados, então os gumes não brilham.Todo o aço tem uma textura de acabamento malhado, e as runas para “Anglachel” estão gravadas na lâmina.

[b]Loknare[/b]

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A espada é chamada “Loknare” (“Fulgor de Dragão”) e confiada a um amigo, que a co-desenhou comigo. Um dragão como tema pode soar um pouco estranho para uma espada élfica, mas há algum precedente para tais coisas entre os Povos Livres (notavelmente o Helmo de dragão de Dor-lómin). A lâmina é feita para parecer como uma língua de fogo para estocadas, enquanto o punho é imaginado como sendo um dragão estilizado. As runas para “Loknare” estão gravadas na lâmina. Talvez uma espada assim seria forjada para comemorar uma vitória sobre tal criatura.

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Em relação à [i]Batalha das Lágrimas Incontáveis[/i], encontramos uma das referências ao costume anão de usar grandes máscaras terríveis com seus elmos, que os auxiliava na luta contra dragões. Mais informações sobre tais estes elmos podem ser recolhidas na descrição do Elmo-de-Dragão de Dor-Lómin encontrada no [i]Contos Inacabados[/i]:

[img]http://members.aol.com/yellowhgwy/dwarfmask2.jpg[/img] [img]http://members.aol.com/yellowhgwy/dwarfmask3.jpg[/img]

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Este elmo [acima] é uma peça de fantasia, inspirada por um dos nossos trabalhos literários preferidos. Ele tem um [i]spangenhelm[/i] [2] de 4 chapas e peças para a face forjadas a partir de fios de metal calibre 18. A máscara foi construída de uma peça única de bronze calibre 18. A malha é feita de anéis de cobre calibre 14. Todos os cravos usados são de cobre. Há muitos entalhes que decoram este elmo, incluindo 4 runas delineadas nas bordas do elmo. Ele vem equipado com um forro de camurça, presilha para o queixo, e uma faixa para fixar a máscara.

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[size=3]Acima estão mostrados dois exemplos de elmos anões com máscaras, da forma como eram usados inicialmente nas batalhas da Primeira Era. [/size]

“Esse elmo era feito de aço cinzento adornado de ouro, e nele estavam gravadas runas de vitória. Havia nele um poder que protegia quem quer que o usasse de ferimentos ou morte, pois a espada que o golpeasse se partiria, e a flecha que o atingisse saltaria para o lado. Fora fabricado por Telchar, o ferreiro de Nogrod, cujas obras eram renomadas. Tinha uma viseira (à maneira que os anões usavam em suas forjas, para proteger os olhos), e o rosto de quem o usasse infundia terror no coração de todos que o vissem, mas esse mesmo rosto estava protegido contra flechas e fogo. Sobre a sua crista estava posta, como desafio, uma imagem dourada da cabeça de Glaurung, o dragão; pois fora feito pouco depois de ele sair pela primeira vez dos portões de Morgoth…” Esse relato dá uma boa idéia de quão magníficas eram as armas usadas pelos guerreiros da Terra-Média.

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[size=3]Acima é mostrada uma espada curta de confecção anã com o punho de osso com a textura batida nas superfícies de aço. A segunda imagem mostra detalhes das runas gravadas na lâmina.[/size]

Algumas notas devem ser feitas sobre os arcos dos Dias Antigos. Os Noldor de Gondolin possuíam muitos bons especialistas em arcos longos. Os elfos Sindarin de Doriath usavam arcos longos, como mostrado, por exemplo, em Beleg Cúthalion. Seu nome significava literalmente “Arcoforte”, e ele era renomado entre os guardiões das fronteiras de Doriath por possuir o mais poderoso arco longo, Belthronding. Os elfos verdes de Ossiriand aparentemente usavam arcos longos também. Eles os teriam usado com grande efeito sobre os anões que haviam saqueado Menegroth e buscavam retornar às Montanhas Azuis. Arcos curtos eram sem dúvidas usados também. Há algumas referências a arqueiros montados, como aqueles dos Noldor que guardavam o reino de Morgoth. Quando Glaurung, o Pai dos Dragões, primeiramente apareceu, os arqueiros montados o rodearam e atingiram com muitas flechas em sua jovem carapaça, que ainda não havia atingido sua plenitude em força. Como arcos longos são praticamente impossíveis de serem usados apropriadamente sobre cavalos, podemos inferir que arcos curtos eram usados para esse propósito.

Algumas referências são feitas ao equipamento do inimigo. A espada tradicional dos orcs era a cimitarra, embora eles também parecessem afeitos a lanças de lâmina larga, que aparecem em algumas referências. Isso evidentemente não excluía uma ampla gama de outras armas, e eles indubitavelmente lutavam com machados, maças e arcos, uma vez que várias indicações fazem alusão a isso. A armadura dos orcs, embora de qualidade inferior à dos outros povos-livres, deve ter tido algum mérito. Beleg Arcoforte pediu a Thingol por uma espada de valor antes de partir para procurar por Túrin, pois Beleg não possuía espada até então que pudesse facilmente penetrar nas armaduras dos orcs.

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[size=3] Acima são mostrados dois elmos feitos para serem usados por orcs do Olho Vermelho. O segundo elmo órquico tinha runas inscritas nas bordas[/size]

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Com a chagada da Segunda Era, todos os antigos modelos de equipamento continuaram, com algumas notáveis variações. Os homens de Númenor inventaram muitos bons mecanismos de guerra, e fizeram alguns itens interessantes. Eles criaram poderosos arcos de aço temperado, por exemplo. Tolkien rascunhou um exemplo de um tipo de elmo numenoreanos chamado de Karma. Ele foi forjado de lâminas de metal sobrepostas, e coberto com uma crista gravada de couro tingido, que deu a ele a aparência de um peixe. Essa ilustração é mostrada na sobrecapa do [i]Contos Inacabados[/i]. Talvez possa ser inferido que se os numenorianos possuíam equipamento tão habilmente trabalhado e decorado, então os Noldor, seus professores, tinham equipamentos ao menos fantásticos, ou ainda mais. Uma amostra da forja de lâminas numenoriana é vista nas lâminas das Colinas dos Túmulos, que foram trazidas à luz por Tom Bombadil na Terceira Era. As lâminas tinham o formato de folhas, e eram decoradas com entrelaces incrustados. [3] A bainha dessas espadas curtas eram feitas de metal negro e cobertas com gemas vermelhas. Essas bainhas deveriam ter alguma propriedade especial e proteção para as lâminas guardadas.

A chegada da Terceira Era marcou um declínio da influência élfica na Terra-Média, mas ainda havia bons trabalhos. Os Anões da casa de Durin em Erebor ainda fabricavam algumas das melhores armas e armaduras que poderiam ser encontradas. O colete de malha de mithril feito para um príncipe élfico, mas dado a Bilbo, é o melhor exemplo. Ele não poderia ser penetrado por flechas; isso significava que o entrelace era coeso de forma a não permitir nem mesmo que a menor ponta de flecha penetrasse. Isso também significava que o aço-mithril era tão resistente a ponto de prevenir que os anéis fossem rompidos ou forçados e se abrirem. O colete era ornado com pérolas e tinha um cinto de pérolas e cristais que o acompanhava. Também foi dado a Bilbo um elmo leve de desenho interessante. Ele era feito de couro moldado, e reforçado com anéis de metal a partir de baixo. Tolkien pintou uma excelente ilustração de Smaug sentado sobre seu tesouro recolhido na Montanha Solitária. Lá podem ser vistos exemplos das melhores armas e armaduras na Terceira Era da Terra-Média: casacos de malha e elmos cônicos; escudos e lanças; machados (a arma preferida dos Anões) e espadas. Os Anões comandados por Thorin armaram-se desta maneira e lutaram na Batalha dos Cinco Exércitos assim equipados. Também é observado que Thorin usou um arco de chifre para lançar uma flecha até o mensageiro da Cidade do Lago. Como a Montanha Solitária era localizada no Leste, talvez esse arco de chifre fosse algum sinal de influência oriental. Os homens da Cidade do Lago usavam arcos longos, logo essa influência, aparentemente, não era deles. Talvez fosse apenas um tipo de arco anão. Não há informações suficientes para ir além de conjecturas. O costume Anão dos Dias Antigos de vestir temíveis máscaras também parece ter caído em desuso, a não ser que fosse um costume particular dos Anões das Montanhas Azuis. O ramo do Povo de Durin que vivia nas Colinas de Ferro usava grandes achas (geralmente para duas mãos) como suas armas principais, e carregavam espadas curtas e escudos como segundo recurso. Eles também vestiam calções de uma estranha malha metálica; como eles eram feitos era um segredo seu.

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[size=3]Aqui está um par de grevas Anãs, com faces trabalhadas como imagens de Anões como barbas bipartidas, uma característica da casa de Durin.[/size]

No grande épico O Senhor dos Anéis, muitos dos personagens principais são famosos por serem equipados com o antigo modelo de cota de malha, elmo, escudo, e armas de lâminas. Aqui está a lista:

Gimli: colete de malha de Erebor, machado anão de mão, elmo feito de couro e ferro e escudo (ambos da armaria de Edoras);
Aragorn: cota de malha, elmo e escudo de Edoras (todos provavelmente feitos em Gondor), a espada Andúril de feitura anã e élfica. É interessante que quando Frodo vê Aragorn ao lado de Arwen em Valfenda, Aragorn parece vestido em malha élfica;
Legolas: cota de malha, elmo e escudo como os de Aragorn acima, faca longa (talvez de Erebor?), e arco longo de Lothlórien;
Théoden, Éomer, Éowyn e muitos (se não todos) os cavaleiros de Rohan: cota de malha, elmo, escudo, lança e espada. Alguns cavaleiros estariam armados com arcos curtos ao invés de lanças. Muito do equipamento foi fornecido por Gondor;
Príncipe Imrahil, e muitos (se não todos) os Cavaleiros Cisne: cota de malha, elmo, proteções para o antebraço, escudo, lança e espada. Usando o modelo de Gondolin acima, como Imrahil usava proteções para o braço, talvez grevas fossem uma possibilidade também;
Guardas da cidadela de Minas Tirith: cotas de malha, elmos de mithril, escudos e espadas;
Capitão Orcs em Moria: cota de malha da cabeça aos pés, elmo, escudo largo de couro, lança e cimitarra.

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[b]Algumas outras referências de nota:[/b]

Os guardas élficos em Caras Galadhon são descritos como vestindo malha cinzenta;
O Senhor dos Nazgûl está vestindo malha de anéis de anéis metálicos e portando uma maça quando luta com Éowyn e Merry. Merry venceu a malha estocando com sua lâmina do Túmulo por baixo da cota e nas costas do joelho do nazgûl;
Denethor usava uma cota de malha dia e noite por sob seus trajes, de forma que ele não ficasse fraco com a idade.
Boromir estava equipado com um escudo, espada e elmo, mas não tinha cota de malha, uma vez que ele estava viajando para longe e presumivelmente desejava pouco peso para maior velocidade. Caso ele tivesse alcançado Minas Tirith, sem dúvida teria equipado-se como Aragorn.
Por sobre o corpo de Boromir morto podia-se ver que os orcs que ele matara estavam equipados com malhas, elmos e escudos. Os orcs das Montanhas Sombrias entre esse grupo estavam armados com cimitarras, arcos curtos, etc. Isso poderia ser facilmente inferido pela comparação com os três Uruk-hai de Isengard que ele matou. Esses grandes orcs estavam armados com arcos longos e curtos, espadas de lâminas largas, ao invés do equipamento convencional. A esse ponto já havia sido notado que os Orcs de Isengard carregavam mãos brancas em seus escudos, e runas representando o S em seus elmos, enquanto os orcs de Mordor usavam o sinal do Olho Vermelho em seu equipamento. Não fica claro se os orcs do Olho Vermelho tomaram parte na batalha com Boromir. Parece mais provável que eles se encontraram com os outros orcs um pouco mais tarde, então as comparações sobre o equipamento devem ter sido feitas a partir do grande conhecimento de Aragorn. Durante a expedição do grupo misto de orcs através das Emyn Muil e Rohan, algumas observações são feitas acerca das suas horripilantes, denteadas facas. Grishnáck, o líder dos orcs de Mordor, levava uma interessante faca cujo punho era esculpido semelhantemente a uma face perversa.

Em um ensaio do [i]Contos Inacabados[/i] acerca de [i]As Batalhas dos Vaus do Isen[/i], mais informações pertinentes são adquiridas. É dito que os Cavaleiros de Rohan eram supridos com armaduras de Gondor, enquanto os homens da Terra-parda virtualmente não vestiam armadura, confiando em seus grandes escudos para proteção. É dito que eles possuíam apenas algumas poucas túnicas de cota de malha, pilhadas ou roubadas (em O Abismo de Helm, no [i]O Senhor dos Anéis[/i], é observado que eles tinham altos elmos e grandes escudos). Os orcs de Isengard fabricavam rústicas e pesadas malhas para seu próprio uso. Em uma ofensiva inicial da cavalaria feita por Théodred, os isengardenses tomaram uma posição defensiva, armados com piques e posicionados atrás de trincheiras. Muito é dito sobre o uso de muralhas de escudos quando os rohirrin estão combatendo a pé (muralhas de escudo são características da Era Clássica/Viking da história mais recente). Quando Théodred faz uma muralha de escudos para defesa da ilhota no centro do rio Isen, uma companhia de “homens ou homens-orc”, vestidos com cotas (talvez indicando cotas de corpo inteiro como aquela do chefe orc acima e não apenas uma camisa de cota de malha) e armados com grandes machados, investiram contra a muralha de escudos de Théodred perversamente. Presumivelmente, eles estavam incumbidos especificamente de matar Théodred, pois ele era o herdeiro do trono de Rohan. Eles foram bem sucedidos, embora Grimbold e Elfhelm os tenha feito pagar com suas vidas.

Uma amostra da heráldica rohirrin é dada em [i]O Senhor dos Anéis[/i]. Um cavalo branco sobre um campo verde era um símbolo da casa de Eorl. O sol em um campo verde era o símbolo carregado nos escudos dos guerreiros da casa de Théoden. Erkenbrand do Folde Ocidental é descrito como portando um escudo vermelho. Parece também que gemas verdes eram populares em Rohan. Gemas verdes decoravam o punho das espadas dos guardas de Théoden em frente a suas portas, e a bainha de sua espada, Herugrim, é decorada com tais gemas.

Os guardiões [4] de Ithilien estavam armados com espadas, arcos longos, lanças e escudos, mas não é dito se eles vestiam armadura sob as suas roupas verdes e pardas. Talvez eles estivessem procurando furtividade e velocidade, e optaram por saírem sem malhas ou elmos. Os Haradrim, com quem os guardiões de Ithilien combatiam, são muito interessantes. Eles são descritos como estando vestidos em armaduras de placas sobrepostas. Isto parece ser como armaduras de lâminas, ou talvez seja alguma construção única. Também parece ter sido indicado, para mim, que as armaduras haradrim devem ter sido feitas como as Lorica Segmentata dos romanos.

[img]http://members.aol.com/yellowhgwy/haradlor.jpg[/img]

[size=3]Acima pode ser visto uma possível reconstrução de uma armadura corporal Haradrim, de acordo com a forma de uma Lorica Segmentata de Bronze.[/size]

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É mencionado que os Haradrim usam cimitarras, arcos, lanças e escudos durante a Guerra do Anel.

Os orcs que Frodo e Sam encontram quando em Mordor estão equipados com uma variedade de armas de acordo com o modelo padrão. Sam toma uma camisa de malha de um orc morto para Frodo vestir, pois sua cota de mithril havia sido roubada. A referência à qualidade abaixo do padrão da malha órquica é feita quando Frodo e Sam correm para arbustos espinhentos, e Frodo diz que seria necessário mais do que malhas órquicas para evitar os espinhos. Talvez a malha das cotas élficas fosse mais folgada em relação àquelas feitas pelos povos livres. Outro detalhe é que ao menos alguns de seus elmos possuíam proteções como bicos para proteger a face.

Na batalha nos portões de Mordor, os trolls das montanhas de Gorgoroth são descritos tanto como vestindo um tipo de armadura de escamas, ou talvez fosse sua própria pele escamosa. Eles estavam armados com martelos e broquéis.

Uma seleção de outros aliados de Mordor é mencionada. Dentre estes há os morenos orientais que possuem barbas como anões e portam grandes machados.

Aqui, por enquanto, termina meu ensaio dando uma muito breve visão sobre as armas e armaduras na Terra-Média. Espera-se que outras discussões sejam adicionadas no futuro. Se você ainda não viajou até a Terra-Média, é fortemente recomendado que você o faça através dos vários livros listados acima.

[b]Notas do tradutor:[/b]

[1] O texto pode ser encontrado traduzido no seguinte endereço: [url=http://www.valinor.com.br/kb.php?mode=article&k=786&o=1]Dos Anões e Homens[/url]
[2] Espécie de elmo comum entre os séculos 7 e 11. Consistia de pequenas placas metálicas dispostas próximas através de amarras e cravos.
[3] No original: “intertwining damascening (probably inlay work).”
[4] No original “rangers”; “guardiões” segundo a edição da Martins Fontes de 1994.

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