Parte 2: Desastre
Os dias de
exílio terminaram terrivelmente e sem pena. O medo despedaçou nossos corações e trouxe um frio
congelante. Era noite e nenhuma estrela atravessava o manto de terror. Estávamos envoltos por sombras sem fim.
A dor
eterna foi seguida por lamentos malditos vindos da costa. Mas ninguém veio consolar os aflitos. As uma vez
maravilhosas árvores mantinham-se fracas e mortas, extintas para
sempre. A
perseguição aos malfeitores ficou perdida na areia. O desespero nasceu, e com ele veio
a suspeita e o ódio. No fim foi minha família quem estava
para completar o triunfo da aliança profana.
Eu nunca procurei saber o que fora debatido no Conselho
do Anel durante a hora do desastre, mas eu acreditei e confiei nas
palavras do meu pai. Ele era grande em
todas as coisas. Ninguém
mais foi agraciado com tais talentos. Mas ele amava demais o produto de suas próprias
mãos. Para aquele fim ele traiu a si mesmo, seus filhos e a luz do
mundo. Seu coração ardeu com um
poderoso fogo. Grande demais e forte demais,
porém, foi a chama para o corpo e a aula os quais ela queimou. Nunca antes havia eu conhecido o medo. Isso estava para mudar quando a quase impenetrável nuvem
de puro mal adentrou nossa fortaleza. Tão forte foi
o pânico que agarrou meus irmãos e a mim mesmo que só restou escapar.
Por um breve momento eu fui concedido com um
vislumbre naquela sinistra, quase incomensurável massa. O que eu vi tirou minha
respiração e me ensinou como temer.
Eu nunca irei esquecer o frio,
insaciável olhar da mulher aranha, cheio com vazio maligno, que fitou a
vida em fuga gananciosamente com seus olhos opacos e mortos. Um tremendo nada sem esperança que
transformou tudo em uma insignificância rígida e feia. Seu corpo peludo já havia tomado uma forma
gigante, e próximo a ela, até o Senhor Negro parecia pequeno e fraco.
Nós permanecemos em profundo desespero, desprovidos de
todas possessões, muito longes da fortaleza. Muitos de nós choraram
amargamente, porque um grande rei perdera sua vida. O país imortal
encontrou a morte, e as gemas estavam perdidas. Com as gemas foi nossa esperança.
O Inimigo
Negro do mundo, como meu pai o chamou, ele retornou para casa com seu
botim e declarou a si mesmo Rei do Mundo.
exílio terminaram terrivelmente e sem pena. O medo despedaçou nossos corações e trouxe um frio
congelante. Era noite e nenhuma estrela atravessava o manto de terror. Estávamos envoltos por sombras sem fim.
A dor
eterna foi seguida por lamentos malditos vindos da costa. Mas ninguém veio consolar os aflitos. As uma vez
maravilhosas árvores mantinham-se fracas e mortas, extintas para
sempre. A
perseguição aos malfeitores ficou perdida na areia. O desespero nasceu, e com ele veio
a suspeita e o ódio. No fim foi minha família quem estava
para completar o triunfo da aliança profana.
Eu nunca procurei saber o que fora debatido no Conselho
do Anel durante a hora do desastre, mas eu acreditei e confiei nas
palavras do meu pai. Ele era grande em
todas as coisas. Ninguém
mais foi agraciado com tais talentos. Mas ele amava demais o produto de suas próprias
mãos. Para aquele fim ele traiu a si mesmo, seus filhos e a luz do
mundo. Seu coração ardeu com um
poderoso fogo. Grande demais e forte demais,
porém, foi a chama para o corpo e a aula os quais ela queimou. Nunca antes havia eu conhecido o medo. Isso estava para mudar quando a quase impenetrável nuvem
de puro mal adentrou nossa fortaleza. Tão forte foi
o pânico que agarrou meus irmãos e a mim mesmo que só restou escapar.
Por um breve momento eu fui concedido com um
vislumbre naquela sinistra, quase incomensurável massa. O que eu vi tirou minha
respiração e me ensinou como temer.
Eu nunca irei esquecer o frio,
insaciável olhar da mulher aranha, cheio com vazio maligno, que fitou a
vida em fuga gananciosamente com seus olhos opacos e mortos. Um tremendo nada sem esperança que
transformou tudo em uma insignificância rígida e feia. Seu corpo peludo já havia tomado uma forma
gigante, e próximo a ela, até o Senhor Negro parecia pequeno e fraco.
Nós permanecemos em profundo desespero, desprovidos de
todas possessões, muito longes da fortaleza. Muitos de nós choraram
amargamente, porque um grande rei perdera sua vida. O país imortal
encontrou a morte, e as gemas estavam perdidas. Com as gemas foi nossa esperança.
O Inimigo
Negro do mundo, como meu pai o chamou, ele retornou para casa com seu
botim e declarou a si mesmo Rei do Mundo.
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Blind Guardian é uma banda de heavy metal originária da Alemanha, sendo
atualmente um dos grandes nomes mundiais neste estilo. Muitas de suas
músicas são influenciadas pelas obras de Tolkien, sendo o álbum
"Nightfall In Middle-Earth" (1998) totalmente baseado em "O
Silmarillion". Nas páginas finais do encarte do disco, há vários
pequenos textos, que seriam escritos por Maglor, filho de Fëanor, como
uma espécie de "diário".
atualmente um dos grandes nomes mundiais neste estilo. Muitas de suas
músicas são influenciadas pelas obras de Tolkien, sendo o álbum
"Nightfall In Middle-Earth" (1998) totalmente baseado em "O
Silmarillion". Nas páginas finais do encarte do disco, há vários
pequenos textos, que seriam escritos por Maglor, filho de Fëanor, como
uma espécie de "diário".
Leia a Parte 1: O Gnomo