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O Hobbit e Como Estamos Hoje


Todo mundo já sabe que a New Line Cinema fez um acordo extra-judicial com relação à ação movida por Peter Jackson. O anúncio do acordo incluiu a notícia de que Jackson produzirá O Hobbit. Desde então trechos adicionais de informação têm aparecido na imprensa, enquanto os repórteres entram em contato com as principais pessoas envolvidas em busca de comentários. Ainda não vi nenhuma fonte que concentre toda essa informação junta para um sumário completo do que nós atualmente sabemos da situação, de forma que tentarei fazê-lo aqui, em um texto épico. Como sempre, estou me baseando em informação disponível ao público e meu conhecimento geral dos bastidores da franquia como um todo.
 
 
O Comunicado à Imprensa

A maioria das notícias originais sobre o assunto foram baseadas no comunicado conjunto a imprensa feito por Jackson, MGM e a New Line Cinema sobre O Hobbit.

De acordo com aquele documento, o projeto incluirá dois filmes, um baseado na obra de Tolkien e o outro "uma seqüência para O Hobbit". A New Line e a MGM irão co-financiar e co-distribuir os filmes (a New Line distribuirá na América do Norte e a MGM no resto do mundo). Jackson e Fran Walsh serão os Produtores Executivos e a New Line irá gerenciar a produção.

Os dois filmes serão filmados simultaneamente, da mesma forma como a trilogia O Senhor dos Anéis foi filmada.

O comunicado à imprensa também afirma "Peter Jackson e a New Line resolveram todas as litigações com respeito à trilogia O Senhor dos Anéis". Uma vez que o processo original de Peter Jackson era relacionado apenas com a renda de A Sociedade do Anel, existem algumas dúvidas sobre se processos em separado existiram. Esta afirmação presumivelmente significa que o acordo cobre todas as três partes da trilogia.

 
Jackson destaca a participação da MGM nas negociações: "Eu também gostaria de agradecer a Harry Sloan [Presidente e CEO] e nossos novos amigos na MGM por nos ajudar a encontrar o meio termo necessário para continuar essa jornada". Michael Lynne, co-presidente da New Line, acrescenta, "Nós apreciamos enormemente os esforços de Harry Sloan, que foi essencial para nos ajudar a alcançar nosso novo acordo".

O título "Produtor Executivo" deixa aberta a questão de quão ativamente envolvidos em O Hobbit estarão Peter Jackson e Fran Walsh. "Produtor Executivo" normalmente significa alguém que tem uma grande importância em fazer o projeto ser lançado mas não possui uma participação prática. Saul Zaentz, Harvey Weinstein e Bob Weinstein foram Produtores Executivos de O Senhor dos Anéis. O fundador e co-presidente da New Line, Bob Shaye, contudo, afirma no comunicado, "Peter e Fran estarão ativa e criativamente envolvidos com os filmes ‘O Hobbit’".

O comunicado também fala do assunto tempo. A pré-produção deve começar "tão logo quanto possível. A fotografia principal por enquanto está  agendada para começar em 2009, com intenção de lançar ‘O Hobbit’ em 2010 e sua seqüência no ano seguinte, 2011". Isto pode parecer um tempo excruciantemente longo para os fãs. Mas a New Line anunciou a produção de O Senhor dos Anéis em 24 de Agosto de 1998 e a primeira parte só foi lançada em 2001. Se os estúdios conseguirem manter este calendário, a espera por O Hobbit não será  assim tão longa. Claro, O Senhor dos Anéis esteve em pré-produção na Miramax desde o início de 1997 quando a New Line assumiu o projeto, de forma que a equipe de filmagem já tinha um bom começo com o qual trabalhar. Eles não têm esta vantagem desta vez, embora, claro, alguns dos cenários e feitos já existem e podem ser re-utilizados.


Informações Adicionais

A primeira história na Variety (18 de Dezembro) especificava que as datas de lançamento serão em Dezembro de cada ano, seguindo o padrão de todos os três O Senhor dos Anéis. Também dizia que duas fontes anônimas afirmaram que o acordo entre New Line e Peter Jackson foi de quase $40 milhões.

David M. Halbfinger, escrevendo para o New York Times, discutiu as contribuições de Peter e Fran como produtores: "Eles irão dividir com a New Line o direito de aprovar todos os elementos criativos: diretor, roteirista, roteiro, elenco, locações e mesmo a companhia de efeitos especiais (como se houvesse alguma dúvida que a Weta Digital será escolhida)".

Halbfinger, que entrou em contato com o MANAGER de Peter, dá algumas idéias de como as negociações progrediram. A afirmação de Shaye de que Jackson nunca mais dirigiria pela New Line saiu em Janeiro de 2007.

Um rebuliço começou algumas semanas depois, diz Sr. Kamins, quando o Sr. Jackson jantou na casa de Harry Sloan, o diretor da MGM. A MGM detém os direitos de distribuição sobre "O Hobbit" e o Sr. Sloan estava deseperado para conseguir que a franquia seguisse em frente. Em Maio, durante o Festival de Cannes, Sr. Jackson e Sr. Shaye participaram de uma conferência telefônica; foi a primeira vez em dois que eles conversaram, diz Sr. Kamins. "Aquela ligação deu o tom que permaneceu até a conclusão do assunto," disse ele.

De fato, foi logo após do Festival de Cannes (Maio de 2007) que Shaye começou a fazer comentários conciliatórios na imprensa. O próprio Sloan foi citado em uma notícia no site Neo-Zelandês Stuff.co.nz: "MGM apenas assumiu a posição de que queríamos negociar com Peter e não era uma opção fazê-lo com ninguém mais". Falando aos repórteres após o anúncio, Shayes foi elegante com relação ao desentendimento. Na história da Variety citada acima, ele culpou os advogados de ambos os lados pelo demorado conflito:


Ninguém gosta de disputas. Nenhum de nós, nem eu, Michael, Peter ou Fran estávamos felizes que uma disputa estivesse destruindo uma parceria frutífera e próspera. Todos esses advogados estavam loucos ao não deixar as partes principais se comunicarem diretamente, quando poderíamos ter resolvido isso anos atrás. Filmes já são difíceis o suficiente de realizar sem uma guerra acontecendo. O acordo foi feito com a idéia de que o espírito que norteou os primeiros três filmes poderia continuar. Eu espero que possamos reviver o que já foi um excelente relacionamento.

Escrevendo para o Portfolio.com (20 de Dezembro), Fred Schruers acrescentou informações mais detalhadas, baseadas nos comentários de Kamins, sobre o progresso das negociações entre as duas partes do processo.

O clima para um acordo melhorou bastante principalmente devido a dois eventos. O primeiro foi um jantar na casa de Sloan no início deste ano onde Jackson, acompanhado de Walsh e Kamins, descreveu sua visão da história. "Peter falou das idéia dos dois filmes e da maneira de concretizá-lo", relembra Kamins, "e Harry ficou todo excitado e eu acho que foi naquele momento que ele disse para a New Line, ‘eu não permitirei isso seguir adiante a menos que bolemos um jeito de envolver Peter de alguma maneira’." A segunda foi a agora lendária ligação de Cannes, uns dois meses depois. "Michael [Lynne] me contatou e perguntou se eu poderia ter uma janela de hora ou pouco mais onde pudessemos falar ao telefone e escutar as vozes uns dos outros e falar criativamente sobre como se poderia seguir com a realização de dois filmes do Hobbit".

A ligação telefônica envolveu Shaye e Lynne em Cannes, Mark Ordesky, um dos produtores de O senhor dos Anéis, e Toby Emmerich, responsável na New Line pela produção, em Los Angeles, Jackson na Nova Zelândia e Kamins em Los Angeles.

A ligação demorou cerca de 90 minutos. Shaye a iniciou cordialmente e Jackson retribuiu desejando sucesso com a apresentação agendada de alguns minutos de A Bússola Dourada. Ele "afetuosamente recordou", diz Kamins, estar em Cannes com o grupo enquanto mostravam 22 minutos da estréia de O Senhor dos Anéis. Recordando aquele período feliz, e com Peter ouvindo a voz de Bob e vice-versa, "os problemas legais foram deixados de lados temporariamente e "foi mais fácil dividir os problemas e conseguir que asdicussões seguissem um pouco mais elegantes nos próximos meses.

Um ponto que Shruers e outros levantam é a atual disputa da Writers Guild of America em Hollywood pode complicar o assunto de gerar o roteiro da adaptação. Dada que a disputa parece agora longe de se resolver, esse atraso pode se tornar sério.
 

Quem Pode Dirigir

Sem dúvida parece surpreendente a muitos fãs de O Senhor dos Anéis que Peter Jackson não mova céus e terra para dirigir O Hobbit agora que o obstáculo do processo foi removido – incluindo rearranjar de alguma forma o projeto Tintin. As coisas sem dúvida parecem muito diferentes da perspectiva dele, e pode existir uma série de razões pelas quais eles optou por não estar na posição de diretor. O projeto original de O Senhor dos Anéis foi imenso, demorado e desafiador. Jackson pode querer evitar um acordo de dois filmes os quais, embora não tão grandes, iriam de qualquer forma ser uma tarefa considerável. Jackson está agora numa posição de produzir filmes para outros dirigirem, como com The Dam Busters, agora sendo feito pelo colaborador de longa data Christian Rivers.

A atual posição de Jackson é bastante consistente com o que ele disse ao entrevistador Quint no Ain’t It Cool News (16 de Setembro de 2006) sobre seus projetos,

A razão pela qual estamos fazendo o que estamos fazendo é que nos sentimos tão incrivelmente pressionados nos últimos 10 anos com os grandes filmes que estávamos realizando. O que estamos fazendo agora, de certa forma, é aliviar a pressão tendo outras pessoas  para dirigir alguns filmes e conosco auxiliando com o roteiro e com a produção. Em termos de filmes que eu estou dirigindo, agora estou de certa forma focando em filmes menores, de forma que estamos tentando fazer nossas vidas um pouco menos bagunçadas.

The Lovely Bones é um desses "filmes menores". Mais tarde na entrevista Quint perguntou se Jackson poderia encontrar tempo para fazer O Hobbit. Ele respondeu,

Nós estamos muito, muito excitados e comprometidos com os filmes nos quais estamos trabalhando agora, então eu não sei. Eu teria que sentar e olhar para tudo isso. Obviamente eu estou interessado em O Hobbit, mas neste momento não temos nenhum investimento emocional nele. Nos últimos anos nós colocamos nossos corações em outros projetos. Seria estranho se outra pessoa o fizesse, embora uma parte de mim fique interessada em ver O Hobbit de outra pessoa, comprar minha pipoca e assistir o filme.

A afirmação pode ser desapontadora, mas ninguém pode dizer que ele não nos avisou.

Além disso, a agressividade da disputa legal com a New Line pode ter reduzido de alguma forma os sentimentos sobre o projeto O Senhor dos Anéis e o fez relutante em retornar àquele poço criativo. Além disso, como a citação acima sugere, para Jackson seus projetos anunciados estão mais vívidos em sua mente do que O Hobbit, e seu típico comprometimento total com cada filme em todos os estágios desde a pré até a pós-produção significa que ele não pode facilmente os deixar de lado para serem terminados por outras pessoas e assumir um novo projeto.

Kamins ofereceu à Entertainment Weekly outra razão:

 
Peter não irá dirigi-lo porque ele sente que os fãs já aguardaram demais pelo Hobbit. Tomará o melhor parte de cada dia dos próximos quatro anos para escrever, dirigir e produzir os dois filmes de O Hobbit. Dadas as suas atuais obrigações tanto com The Lovely Bones quanto com Tintin, esperar por Peter, Fran e Philippa para escrever, dirigir e produzir O Hobbit iria requerer que os fãs esperassem ainda mais.

A pressão do tempo também pode ter algo a ver com o fato de que a New Line perderia a opção dos direitos de produzir O Hobbit se o processo de filmagem já não estivesse em certo ponto.

Tudo isso dito, eu acredito que também há a possibilidade que ele possa mudar de idéia. Há algumas razões para pensar assim, se seguirmos pela afirmações dos dois maiores personagens do acordo. Na história do Stuff.co.nz, Sloan é citado: "Ele não pode tê-lo agendado e ele não quer que os fãs tenham que esperar pelos próximos dois filmes", disse Sloan. Ele disse que os estúdios podem adiar os filmes se Jackson mudar de idéia. (Sim, eu acredito que eles poderiam.). No mesmo artigo, Kamins é citado dizendo que é "altamente improvável" que Jackson escreva ou dirija.

Mesmo se ele não o faça, a supervisão criativa dele e de Walsh terão um impacto considerável na forma final de O Hobbit.

Então, quem pode acabar dirigindo? A edição de 24 Dezembro – 6 Janeiro de 2008 da Variety tem uma breve afirmação em sua seção "In the News", falando do acordo sobre o processo e declarando prematuramente "Sam Raimi irá dirigir e Jackson irá produzir".

Na primeira história da Variety sobre as novidades (18 de Dezembro), Michael Fleming afirmou, "A resolução abre o caminho para o timoneiro de ‘Homem Aranha’ dirigir". Apesar de Saye afirmar que nenhum alinhamento criativo foi feito, Raimi há muito tem estado interessado – desde que Jackson esteja envolvido ou dê sua benção. Em 19 de Dezembro, Variety publicou uma história sobre o próximo projeto de Raimi, Drag Me to Hell, afirmando que "Após ‘Drag Me to Hell’, Raimi irá direto para o topo da montanha e assumirá o timão dos filmes ‘O Hobbit’ para a New Line e MGM agora que Peter Jackson deixou claro que não irá dirigir". O TORN comentou, "Esta ‘expectativa’ de uma publicação da indústria de cinema dá algum peso ao rumor". É possível, mas por enquanto a maior parte do, se não todo o, alarido sobre Raimi dirigir o filme veio do próprio Raimi. Ele pode ser um dos diretores no topo da lista da New Line, mas pode-se suspeitar que ele esteja fazendo campanha para a New Line vê-lo como principal concorrente. E as revistas da indústria não são infalíveis.

A Entertainment Weekly (18 de Dezembro) defendeu outras opções: "Os diretores Sam Raimi (Homem Aranha), Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno) e Alfonso Cuarón (Os Filhos da Esperança) ainda são os nomes que surgem como possibilidades alternativas, mas nenhuma decisão criativa oficial foi feita". No dia seguinte a revista perguntou a Del Toro se ele foi consultado sobre O Hobbit. "Você sabe, eu acho que já estive fora por muito tempo. Eu ouvi alguns rumores, mas nada oficial. Eu não quero pensar sobre isso porque será uma eventualidade". Ele acresacenta que leu e gostou do livro, embora nunca tenha sido capaz de ler O Senhor dos anéis. Entertainment Weekly perguntou se ele recusaria. Del Toro disse,
 

Não não não, de forma nenhuma. Eu provoco essas reações sobre outras coisas. Muitas coisas onde as pessoas dizem "Então, o que você acha de si mesmo participando disso?" e eu digo "Não, não é legal". Mas eu encontrei Peter e Fran quando estávamos tentando fazer Halo. Eu acho que o que eles estão fazendo na Nova Zelândia é incrível. O que eles estão fazendo com relação à maneira de encarar a criação de filmes – a maneira como eu vejo isso é que seria Hollywood da maneira que Deus tinha a intenção que fosse. Porque é o sonho de qualquer direitor e as instações para um diretor. Então é o céu. A pergunta é: eu irei para o céu? Não tenho idéia.

Reafirmando, a New Line, MGM e Jackson não fizeram declarações sobre diretores, além daquela de Lynne no The Charlie Rose Show de que Raimi "poderia" dirigir O Hobbit, como poderiam muitos outros – mas ele estava respondendo uma pergunta sobre os rumores sobre Raimi, e não falou de Raimi por iniciativa própria. Eu suspeito que exista uma lista com mais do que três nomes e de que os dois estúdios estão se agilizando para explorar muitas opções. Pessoalmente acredito que Steven Spielberg seria o ideal, mas ele também é um homem muito, muito ocupado com um filme do Tintin aparentemente em seu futuro.
 
Com o que a Seqüência pode se Parecer

A idéia original da MGM parece ser fazer O Hobbit em duas partes. Isso faria sentido. Claro, o primeiro livro de Tolkien é mais curto que O Senhor dos Anéis, mas muito da trilogia foi deixada de fora na adaptação. O Hobbit se divide em duas metades quase iguais, com a divisão ocorrendo no momento em que Gandalf deixa Bilbo e os Anões no limite da Floresta das Trevas. Fazendo duas partes com três horas cada permitiria aos cineastas adaptar o livro sem precisar cortar muita coisa. Apesar de sua forma de jornada/busca separada em episódios, O Hobbit é na realidade cuidadosamente estruturado, e não existem incidentes que possam ser eliminados tão facilmente quando, digamos, a parte de Tom Bombadil na trilogia.

Além disso, o comunicado é com relação a uma adaptação em um filme e uma seqüência que se passa antes dos acontecimentos de O Senhor dos Anéis. Há um espaço de sessenta anos, sobre os quais Tolkien deixa apenas indicações. O que sabemos de tais eventos vem principalmente de menções nos Apêndices A e B e na exposição feita por Gandalf no capítulo "Uma Sombra do Passado" nO Senhor dos Anéis e por vários personagens no Conselho de Elrond. No TORN (e na Valinor, em um artigo diferente aqui, trata-se do mesmo assunto), Corvar sumarizou estes eventos:

  • O Conselho Branco se reune para discutir O Necromante (Sauron)
  • O Conselho Branco (incluindo Saruman e Gandalf) ataca o forte do Necromanete em Dol Guldur. Isto foi feito para evitar que Sauron procurasse o Um Anel no rio.  Sauron abandona Dol Guldur e se fixa em Mordor.
  • Gollum deixa a montanha, procurando pelo "ladrão" Bolseiro.
  • Sauron se declara abertamente, começando a reunir poder em Mordor.
  • Aragorn busca por Gollum nas terras ermas.
  • O relacionamento de Aragorn e Arwen.
  • O nascimento de Frodo.

De certa forma é bastante material, embora seja difícil colocá-los numa narrativa unificada com um começo, meio e fim. E mais, as primeiras duas ações acontecem ao mesmo tempo que os acontecimento de O Hobbit, embora só saibamos delas por vagas referências.

Antes de Jackson se distanciar do projeto Hobbit devido ao processo ter se complicado, ele expressou um considerável entusiasmo sobre dirigi-lo. Na entrevista com Quint, ele deu algumas indicações das possíveis direções nas quais a adaptação poderia ir.

Se eu estivesse fazendo O Hobbit, eu tentaria ter de volta tantos dos rapazes quanto eu pudesse. Quero dizer, há de fato um papel para Legolas em O Hobbit, seu pai aparece nele, e obviamente Gandalf e Saruman devem ser parte dele. Há coisas que você pode fazer com O Hobbit para trazer alguns velhos amigos de volta, com certeza. Eu penso nisso de tempos em tempos… Elrond, Galadriel e Arwen todos podem aparecer.

Mais tarde Jackson afirmou que fazer O Hobbit como dois filmes abriria mais espaço para trazer estes outros elementos: "Permitira mais complexidade. Toda aquele coisa implícita de Gandalf e do Conselho Branco e o retorno de Sauron poderia ser totalmente explorada".

Mas com O Hobbit ocupando apenas um filme, trazer grandes cenas do encontro do Conselho Branco e do ataque a Dol Guldur no meio da ação parece menos factível. Talvez, como Corvar sugere, pudesse aparecer na seqüência.

A propósito, para aqueles que desejam que Viggo Mortensen apareça nO Hobbit, não esqueçamos que Aragorn tinha apenas dez anos de idade ao tempo da jornada dos Anões.

 
Irá Funcionar?

Dirigido por outra pessoa que não Jackson, o filme dO Hobbit irá se mesclar com O Senhor dos Anéis como parte da mesma Terra-média? Parece bastante possível. Talvez a maior força de Jackson como produtor/diretor de O Senhor dos Anéis tenha sido sua habilidade em guiar um enorme time de atores, designers, técnicos, artesãos e pessoal de suporte através de um projeto infernalmente complicado. Fazer nove horas e vinte minutos de filmagens pesadas e épicas em dois anos (Dezembro de 2001 a Dezembro de 2002) foi um feito impressionante – e há também os 120 minutos adicionais das edições estendidas, que foram lançadas em um período de menos de dois anos. Este feito foi amplamente ignorado durante todo o bafafá. Mas se lembra dos atrasos de Gangues de Nova York, durante a mesma época?

Eu acredito que como produtor Jackson será capaz de realizar quase as mesmas coisas com grande parte do antigo grupo. Com o povo da Weta envolvido e talvez os mesmos designers retornando, o trabalho realizado nO Hobbit deve ser novamente de primeira. Uma coisa a ficar de olho, contudo, é se Alan Lee e John Howe serão trazidos de volta como artistas conceituais. Eles deram uma certa autoridade ao design de O Senhor dos Anéis e ajudaram a unificar o trabalho de vários departamentos. Lee ilustrou uma edição de O Hobbit e Howe é inigualável quando se fala em desenhar ou pintar dragões. Eu espero algum dia ver sua visão do Smaug na telona!

Resumindo, com este tipo de talento, com o impecável elenco que fez O Senhor dos Anéis tão efetivo, e com a cuidadosa supervisão de Jackson, outro diretor possivelmente poderia fazer um Hobbit que não desapontaria os fãs. Além disso, não esqueçamos a grande desconfiança com relação a Jackson que muitos fãs de Tolkien sentiram antes do lançamento de A Sociedade do Anel.

 
 
A autora é Kristin Thompson , que escreveu o livro "The Frodo Franchise".
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