Mas emocionante mesmo é o Epílogo do livro (que acabou sendo retirado da edição final) em que Sam, já mais velho e rodeado de seus filhos, conta aos pequenos sobre o destino final dos companheiros da Sociedade do Anel e da visita do rei Elessar ao Condado. Abraçado com Rosinha, Sam contempla o céu estrelado da Terra-média e volta para o aconchego do Bolsão, não sem antes ouvir ao longe o barulho do Mar – um prelúdio de sua partida para as Terras Imortais. Como guloseima para os que se interessam pelas línguas élficas, a Carta do Rei no original sindarin também está disponível.
O tom muda bastante na segunda parte do livro, voltando-se para a história de Númenor. É quando surgem os "The Notion Club Papers" (As Palestras do Clube Notion), um romance ousado e infelizmente inacabado no qual Tolkien retoma o antigo "The Lost Road": um grupo de eruditos de Oxford, que se reúne durante os anos 80 do século XX (logo, no que era o futuro para Tolkien), discute as possibilidades da viagem espacial e temporal e acaba redescobrindo o mundo perdido da Segunda Era e da ameaça de Sauron sobre Númenor.
Finalmente, a terceira parte traça a evolução do texto "The Drowning of Anadûnê", uma das principais fontes para o Akallabêth, a Queda de Númenor. Como bônus, temos o início de uma gramática histórica do adûnaico, o idioma numenoreano, feita por um dos membros do Clube Notion – que termina, infelizmente, antes de chegar ao verbo.