Sem os trabalhos prévios de Christopher Tolkien no papéis de seu pai – começando com O Silmarillion em 1977, e concluindo com o décimo-segundo volume da série The History of Middle-earth, The Peoples of Middle-earth, em 1996 – com certeza seria quase impossível para ele produzir uma versão tão completa e fiel como esta do conto sobre os filhos de Húrin. Como tal, este livro pode ser descrito como o ponto culminante de um trabalho de trinta anos.De acordo com Christopher, a estimativas mais precisa possível seria de que para compilar todo o material necessário foram necessários vários anos de um trabalho complexo, durante o curso completo de seus estudos sobre os papéis do pai.
Christopher Tolkien está publicando o livro neste momento por duas razões principais: porque ele acredita que é um ótimo exemplo da prosa de seu pai, e da qualidade de suas histórias; e porque, por se passar em uma era mais antiga da Terra-média, muito antes do período retratado em O Senhor dos Anéis, ele mostrará àqueles que apenas conhecem este trabalho e O Hobbit o quão ampla a História da Terra-média realmente é.E mais, sempre foi a principal preocupação de Christopher com relação aos escritos de J. R. R. Tolkien que estes fossem publicados de uma maneira apropriada ao seu tema e sua natureza essencial como literatura. O mundo da Terra-média é visto por muitos como um parque de diversões. A verdadeira natureza do mundo inventado por Tolkien e os temas e assuntos de suas histórias são freqüentemente sérios e sombrios, como The Children of Húrin irá mostrar.
Nós sempre admiramos o trabalho de Alan Lee, desde que ele foi contratado para ilustrar O Senhor dos Anéis no centenário de J. R. R. Tolkien. Enquanto preparava a história para publicação, Christopher decidiu que ter o livro ilustrado desde a primeira publicação iria ressaltar sua qualidade essencial como uma história ao invés de um trabalho acadêmico.
Infelizmente, nem A Queda de Gondolin nem Beren e Lúthien foram desenvolvidos extensiva e suficientemente por J. R. R. Tolkien para que podussem ser publicados de forma similar ao The Children of Húrin. Mesmo que fosse possível – por exemplo – fazer edições ilustradas destes contos, os textos existentes já foram publicados e continuariam incompletos.
A resposta simples é NÃO.Você pode, claro, fazer o que quiser para seu próprio divertimento particular, mas não há qualquer possibilidade sobre qualquer exploração comercial desta forma de “ficção-de-fã”.
E mais, nestes dias de Internet, e de itens de colecionador produzidos por particulares à venda no eBay, devemos deixar tão claro quanto possível que o Tolkien Estate nunca autorizou e jamis autorizará a comercialização ou distribuição de quaisquer trabalhos deste tipo.
O Estate existe para defender a integridade dos escritos de J. R. R. Tolkien. O trabalho de Christopher Tolkien como o executor literário de seu pai foi sempre publicar de forma mais fiel e honesta possível as obras completas e incompletas de seu pai, sem adapatação ou embelezamento.
Não há planos desta natureza em um futuro previsível.
Uma resposta rápida é que aproximadamente 75% da história aparecem de forma interrompida no Contos Inacabados. Também uma breve versão co conto pode ser encontrado em O Silmarillion e há variações de partes da história e referências a ela por toda a série History of Middle-earth, mais notavelmente nos volumes II, III, IV, V e XI.Há alguma razão para ler este livro se eu já li o Contos Inacabados / The Lays of Beleriand / etc ?
Isto fica a seu critério. Se você leu qualquer um ou todos as obras citadas acima, haverá pouco com o que se surpreender na história agora publicada. Contudo, você estará lendo uma história estanque do conto, construída com o prazer do leitor em mente, ao invés de dar uma explicação precisa e analítica de com a história evoluiu, e que é a forma utilizada em The History of Middle-earth. Dessa forma, você pode descobrir que o fluir da história trás um novo prazer e dimensão à sua leitura.
O Conto se passa durante a Primeira Era da Terra-média. Túrin nasceu no ano 464 desde o primeiro nascer do Sol após Morgoth ter destruído as duas ávores de Valinor, e morreu no ano 499.Isto seria 5000 anos após o acordar dos Elfos na Terra-média, e 978 anos após Fëanor ter completado as Silmarils. Os homens chegaram com o primeiro Nascer d Sol, e Beren e Lúthien, que se encontraram no ano de nascimento de Túrin, empreenderam sua busca pela Silmaril quando Túrin era um jovem rapaz.
Túrin morreu aproximadamente 100 anos antes do Afundar de Beleriand, que marcou o início da Segunda Era, a qual durou três milênios e meio. Sauron forjou o Um Anel durante o ano 1600 da Segunda Era. Bilbo encontrou Gollum no ano 2941 da Terceira Era, e a Sociedade foi formada em Valfenda no ano de 3018. O Um Anel foi destruído em 3019. Frodo, Bilbo, Gandalf e Elrond (que a esta época tinha 6500 anos de idade, tendo nascido 33 anos após a morte de Túrin) partiram da Terra-média em 3021, marcando o final da Terceira Era.
Então, você porvavelmente pode se basear nisso, e de qualquer forma é seguro dizer que o Conto dos Filhos de Húrin se passou “há muito tempo atrás”!
Uma discussão detalhada do registro do tempo na Primeira Era pode ser encontrado no Morgoth’s Ring e no The War of the Jewels, que são os volumes X e XI do The History of Middle-earth.
O conto era de grande importância pessoal para oautor, e provavelmente uma dos principais nascedouros para seu Legendarium. Ele trabalhou no conto durante toda sua vida, retornando a ele de nvo e de novo, e foi uma grande fonte de frustração para ele nunca ter conseguido completá-lo.É uma história da Terra-média de um modo literário completamente diferente de O Senhor dos Anéis, acontecentendo em um período diferente. Mas também se destaca de outros contos da Primeira Era por sua elaboração muito maior, e seu estudo de personagem. Nós acreditamos que ele é um trabalho de grande poder emocional e interesse trágico, a seu próprio modo.
Sim, publicada sob o título Os Filhos de Húrin, pela Publicações Europa-América. No Brasil saiu pela Martins Fontes em 2009.
Fonte do FAQ: Tolkien Estate (exceto última questão, que é original do tradutor)