Neste dias conturbados de processos e mais processos contra a New Line, de disputas entre a New Line e a Time Warner e de “palavrões” como Tolkien Estate, Tolkien Enterprises e The Tolkien Trust, é fácil se perder e não entender mais nada. Aos poucos a Valinor irá disponibilizar artigos que tentarão desfazer esse grande nó, esclarecendo detalhadamente quem são os “atores” dessa história toda. A começar pela lenda da venda dos direitos.
Não, Tolkien não vendeu os direitos de O Senhor dos Anéis e O Hobbit por um valor quase irrisório nem estava pressionado por impostos. Nosso bom Professor foi bem mais esperto do que isso, como revelou o The Guardian em 2001: ele vendeu os direitos de filmagem e de marketing dO Senhor dos Anéis e dO Hobbit, mantendo os direitos sobre a obra escrita, por US$ 250.000 – uma quantia bastante respeitável àquele tempo, pois estamos falando dos idos de 1969. E mais, ele também garantiu o bem estar financeiro de algumas gerações de sua família ao também obter um percentual da renda obtida com os filmes e produtos de marketing gerados pelo acordo.
Os direitos foram vendidos para a United Artists (recentemente adquirida por Tom Cruise) mas os vendeu em 1976 para Saul Zaentz, que fundou a Tolkien Enterprises para gerenciar esses direitos. Mas esta já é uma outra história, a qual envolve inclusive o mal-falado O Senhor dos Anéis, de Ralph Bakshi.