Silêncio. Na verdade, nem uma palavra.
E isso preocupava Aragorn. Miyoru o acompanhava no barco na travessia até onde pegariam a estrada para Rohan. E, ao contrário do alegre falatório e conversa que eles normalmente tinham, ela estava imersa em devaneios desde que tinha saído de Lothlórien, e isto o deixava apreensivo.
-O que está te afligindo, Miyoru?- ele perguntou, com preocupação e gentileza na voz
-Nani?- ela ergueu a cabeça de seus devaneios – Não…não é nada!- ela sorriu, constrangida
-Podes me contar se isso fizer você se sentir melhor.- ele deu um sorriso condescendente -Acaso não confias em mim?
-Bem, é que…Galadriel-dono e Arwen-dono…elas são tão gentis e bonitas…Aliás, lindas! Calmas, serenas, controladas, modestas, com gentileza que transborda em cada gesto! E eu…- ela respirou fundo e continuou – Sou uma boa guerreira, e sei que mulher nenhuma é melhor do que eu com uma espada nas mãos, e como onmitsu também! Mas…- ela virou o rosto, corada -Mas não sou gentil…sou explosiva, impulsiva, e só sei lutar! Elas são lindas, eu nem sou bonita.- ela disse isso sem qualquer subterfúgio -E quando eu as vejo me sinto tão…errada e horrível! Como uma águia deve se sentir perto do mais belo dos suzakus!
Aragorn ouvia tudo impressionado. Não imaginava que ela pudesse se sentir dessa forma. Mas olhando para ela, sorriu e disse -Você conhece a lenda da fênix, Miyoru?
Ela balançou a cabeça afirmativamente
-Imagine como ela deveria se sentir. Miyoru, é verdade que a Senhora Galadriel e Arwen Estrela Vespertina são incrivelmente belas. Mas você, minha criança, também é muito bela, e uma jóia que tem um brilho diferente dos de Arwen e Galadriel, mas não menos bela por isso. Ou você julga a Lua menos do que o Sol ou a Uma Estrela, apenas por ser diferente?
Ela hesitou, mas fez que não com a cabeça, prestando muita atenção nas palavras de Aragorn. Ele se ajoelhou e segurou o rosto dela entre as mãos.
-Teu rosto é como a Lua, e teus cabelos o manto que a envolve. Por isso o teu nome. A única diferença é…que a Lua não tem duas esmeraldas tão brilhantes incrustadas sobre ela.- enquanto ele falava, os grandes olhos verdes de Miyoru se arregalaram. Aragorn sorriu e bagunçou os cabelos dela, rindo diante da exclamação furiosa enquanto ele a segurava para dar-lhe um cafuné-Aragorn-sama!
E ficaram rindo e brigando de brincadeira, balançando a canoa onde estavam.
-Tsc…
-Ah? Que foi, Legolas?-Perguntou Merry, ao barulho Elfo. Como Legolas nem se virou para responder-lhe rispidamente -Nada.- Merry virou para ver o que o Elfo olhava, para encontrar na mira a canoa de Miyoru e Legolas -Ah… Está preocupado com eles? Não se preocupem, não creio que eles caiam.
Legolas nem sequer respondeu ao hobbit, quando Gimli arriscou -Estás com inveja que a garota estranha tem a confiança e a amizade de Aragorn?
-Ouçam.- ele forçou-se a desviar o olhar da canoa para voltá-lo para Gimli e Merry -Por quê vocês não ocupam suas mentes com problemas maiores do que os meus sentimentos e pensamentos?- ao verem que ambos então se calaram, ele voltou a vigiar Miyoru e Aragorn, mastigando seus piores sentimentos até que eles também alcançaram a margem.
-Nos vamos andando, Aragorn-sama?
-Bom, Miyoru, não poderemos ir á cavalo se não os temos, certo?
-Desculpe a minha estupidez.
-Ora- ele sorriu para ela – não tem de que se desculpar.
Legolas então se aproximou de Miyoru e perguntou -Já esteve num palácio antes?
-Bom, Valfenda e Lothlórien são lugares lindos, mas…não, nunca estive em nenhum palácio.
-Então me deixe contar-lhe sobre a nossa última visita ao palácio Dourado.
Ela sorriu para ele e disse -Sim, por favor…
E eles foram até que pararam ao anoitecer.
-Não acham estranho…-perguntou Sam, cozinhando alguma coisa – que não tenham nos atacado até agora?
-Tem razão.- disse Gandalf- Nosso caminho está sendo por demais pacífico.
Miyoru, que estava numa conversa entusiasmada com Legolas e Pippin, de repente atirou um de seus dardos na escuridão, e ao ver que alguém se movera nas sombras para desviar, todos pegaram suas armas e Legolas atirou na escuridão. Quando uma flecha a acertou de raspão, rasgando um pequeno pedaço de sua roupa, o espião resolveu fugir, encoberto pelo manto da noite. Mas Aragorn e Miyoru começaram a perseguí-lo. Mas depois de um tempo correndo, Aragorn parou e impediu Miyoru de continuar.
-POR QUÊ?- ela perguntou exasperada – Logo iríamos pegar o safado patife!
-Nos afastamos demais do grupo. Nos tornamos uma presa fácil assim. Vamos voltar…
Miyoru concordou, fez o resto do caminho resmungando, mas seguiu ao lado de Aragorn.
-EU ESTAVA TÃO PERTO!!- as mãos afeminadas socaram a mesa -Tão perto, que tropecei na linha de chegada!
-Você estava perto, sim- respondeu-lhe uma voz sorridente -Perto de ser morta pela sociedade do anel.
-Mas eu poderia ter matado ao menos um deles!E poderia ter trazido ela para o senhor!
-E não trouxe por que?
-Por que o maldito ranger, o rei metido a besta, a acompanhou.
-É?Interresante.- ele dedilhou a mesa – Observou mais alguma coisa?
-Sim.- a serva deu um sorriso maquiavélico -O elfo. É visível que ele está completamente caído por ela. E morto de ciúmes por causa do reizinho.
O sorriso, normalmente presente na face dele, desapareceu e seu rosto assumiu uma aparência austera.- Ela não deverá ser nem do elfo, nem do maldito rei. Vá, e traga-a para mim.
-Mas…
-AGORA,SUA INÚTIL!
-Sim, ai ai, tô indo!- ela se esgueirou para fora da saleta
-Vou achá-la, vou achá-la nem que tenha que incendiar toda a Terra-média! FOICE!
A serva ressurgiu -Sim?
-Prepare todos os exércitos que puder reunir, mas guarde a tropa de elite. Nós iremos incendiar.
-Incendiar o que?
-Rohan.
-Que castelo!- exclamou Miyoru, aturdida, enquanto eles entravam no saguão do palácio de Rohan. Olhava para tudo como se precisasse lembrar de cada detalhe. Como sempre sua atenção se voltava ao mesmo tempo para o palácio, e para como agiam os outros. Falaram-lhe tanto daquele castelo na viagem que ela se sentiu quase que ansiosa para chegar ao tal castelo, e agora ali estavam. Seus pensamentos de como a arquitetura humana era muito diferente da dos elfos e da sua terra foi interrompida quando a conversa entre Aragorn, Gandalf e o que possivelmente seria o rei daquele lugar desviou para ela mesma.
-Miyoru, venha cá.- chamou Aragorn – Este é Éomer, senhor da terra dos cavaleiros.
Miyoru rapidamente fez a conhecida reverência. Mas ao contrário de Gandalf e Galadriel, Éomer não retribuiu o gesto polido, o que não deu a Miyoru uma primeira impressão agradável. "Ele não parece um homem educado, como um rei deve ser!"
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Éomer riu, e comentou a Aragorn algo sobre ele conseguir ficar sempre rodeado de mulheres bonita
s. E tal insinuação irritou tanto a garota que ela nem deu importância ao elogio que o rei tinha feito á sua beleza.
-Pois saiba, senhor meu Rei, que sou uma guerreira e uma onmitsu, não uma mulher que por falta do que fazer fica correndo atrás de homens bonitos.- Miyoru cruzara os braços, seu escudo de arrogância atuando novamente, fazendo-a parecer realmente uma guerreira ofendida.
A resposta da garota surpreendeu Éomer de tal forma, que ele olhou para Miyoru como se nunca tivesse visto algo parecido. Não parecia ofendido, na realidade parecia maravilhado.- Perdão, Senhora…
-Miyoru.
-Miyoru, só Miyoru?
-Miyoru só Miyoru.-
-Certo, Senhorita Miyoru. Não foi, em momento algum, minha intenção te ofender. E como pedido de desculpas daremos a você e a seus companheiros um banquete.-
Miyoru abriu um sorriso e já se sentiu entusiasmada com o rei -Faria melhor se me contasse sobre seu reino. Ouvi muitas histórias sobre você e fiquei curiosíssima. Afinal, Merry-chan me contou sobre uma dama que também foi uma grande guerreira!- realmente, animar Miyoru estava entre as coisas fáceis de se fazer.
-Creio que tenha sido o mestre Meriadoc- Éomer sorriu para o hobbit -Mas você poderá perguntar a ela mesma, já que ela está aqui no palácio.-
Mal Éomer tinha terminado de proferir estas palavras e Éowyn aparecia para saudá-los, junto com Faramir, senhores de Ithilien.
Miyoru observou Éowyn com grande respeito e admiração. E também os prestou ao homem que caminhava ao seu lado.
-Então, esta é a guerreira da nova sociedade do anel?- disse Éowyn, sorrindo para Miyoru, enquanto Faramir conversava com os outros -Como se chamas?-
-Miyoru – ela disse, quase gaguejando, quando olhava para a grande dama a sua frente
O banquete estava fabuloso. Todos se divertiam e conversavam, e Miyoru sequer tocava na comida. Na verdade, a narrativa da queda do nazgûl feita por Merry e Éowyn a estava deixando impressionada. Estava encantada com a coragem e a bravura de Éowyn, e ela ouvia com toda a atenção e respeito, como uma criança de cinco anos ouvindo a história de uma guerra pela primeira vez. De olhos arregalados e ouvindo com tanto entusiasmo e silêncio, ela parecia ainda mais à imagem da inocência incoerente das crianças. Tal imagem causou um conflito interno em Legolas, que parara de conversar com Aragorn para prestar atenção na cena. Uma parte dele se censurava completamente "Ai, como estive enganado. Ao pensar que me apaixonaria por uma elfa tão madura enquanto ela não passa de uma semente mal saída do solo para a luz." ele continuava olhando para Éowyn, Merry e Miyoru, achando que a cena merecia um quadro, até que Éomer os interrompeu
-Mas eu soube- ele disse, levantado à taça em direção a Miyoru – que você apesar de não ser elfa, tem uma linda voz. Será que seria muito pedir para que cantasse para nós?
-É isso aí!
-Canta, Miyoru!
-Queremos ouvir uma canção!
Miyoru ruborizou, abriu a boca e mexeu várias vezes sem produzir som algum, antes de murmurar, totalmente sem jeito – Cl-claro…- Ela ergueu a cabeça, vermelhidão de seu rosto deixando-a com uma aparência muito diferente da altivez e arrogância habituais. Era uma aparência singela, e tão delicada que acabara fazendo o rosto de Legolas se sentir queimando.
Miyoru então, perguntou, retomando a fala certa – De que tipo de músicas vocês querem ouvir?
-Cante-nos uma balada romântica!
-Cante-nos uma balada de guerra!
-Então…cantarei uma romântica e uma de guerra. Mas cantarei primeiro a de guerra!- ao todos concordarem, Miyoru respirou fundo, mas como a vermelhidão de seu rosto não desapareceu, ela se levantou e começou a murmurar os sons para logo cantar
Essa trilha de sangue lembra um mistério
Essa treva repentina enche o ar
O que estamos esperando?
Ninguém virá nos ajudar
O que estamos esperando?
Não podemos ser inocentes, temos que levantar e encarar o inimigo
È uma situação de matar ou morrer
Eu sei que seremos invencíveis
E sonho de sombras que não podemos justificar
E a sede da guerra que não se satisfaz
Pra onde estamos correndo?
Temos raiva para estar famintos
Pra onde estamos correndo?
Quando não há lugar para correr mais.
Não podemos ser inocentes, temos que levantar e encarar o inimigo
È uma situação de matar ou morrer
Eu sei que seremos invencíveis
E com convicção, não haverá sacrifício
Não podemos ser inocentes, temos que levantar e encarar o inimigo
É uma situação de matar ou morrer
Ela respirou fundo, mas antes de conseguir descansar, Pippin chamou a atenção para a balada de amor
-Eu cantarei- ela disse -Mas…
-Não se preocupe- disse Éomer, se levantando e se aproximando de Miyoru, sem esperar ela terminar de falar -Eu cantarei os versos. Cante Miyoru.
-Eu acho- Legolas também se levantou, seus olhos traindo o sorriso cortês em seu rosto -Que o senhor não saberia acompanhá-la. Senão se incomodar em me ceder essa canção…-
Eles ficaram se olhando algum tempo, até que Éomer ensaiou um sorriso e se sentou novamente. Legolas voltou seu olhar para Miyoru, sorrindo verdadeiramente desta vez.
-Mas eu não sei…canção alguma daqui.- ela sorriu -Se Éowyn-dono concordar em me ensinar alguma, talvez amanhã.- ela sorriu marota para Éowyn, que lhe devolveu um sorriso condescendente -Eu me sentiria muito honrada.
-Mas só depois de você terminar de contar como conheceu Faramir-san.
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Faramir e Éowyn trocaram olhares, e ele próprio se encarregou de contar para Miyoru como tinha sido, enquanto isso, Éomer, Aragorn, Legolas e Gandalf conversam sobre todo tipo de coisa, até que Éomer perguntou, repentinamente-E sobre a senhorita Miyoru?O que pode me dizer dela, Aragorn?
Aragorn olhou para ele e franziu a testa, curioso -Que tipo de pergunta é essa?
-Do tipo que um homem faz a outro homem quando este é responsável por uma bela moça.
Legolas o olhou de soslaio, mas manteve-se calado.
-Bem, ela tem um gênio difícil, é volúvel, muda de humor facilmente, tem uma voz belíssima e é incrivelmente bonita, embora ela mesma se recuse a aceitar esse fato. Certas vezes é arrogante, e muitas é marota e travessa. Tem um sorriso fácil, mas não menos belo por isso. Tem medo de cavalos, preferindo andar a pé. Uma excelente guerreira e uma garota que não existirá igual nem em mil eras. E tem 14 anos.
Éomer pareceu satisfeito com a explicação, e então perguntou – Ela é muito estranha. Éowyn era de certa forma tão infantil aos 14 que nem pensei que ela poderia ser tão nova. Mas…- ele voltou seu olhar para a garota, do outro lado do salão – É de uma garota assim que eu preciso. Será que, quando a missão de vocês estiver terminada e a paz voltar, então eu poderia…- Legolas já estava quase se esquecendo de quem Éomer era e o
atacando até a morte. Mas mal ele teve tempo de terminar o pensamento quando começou uma gritaria fora do palácio. Todos se levantaram e foram para fora imediatamente, e ficaram estarrecidos com o que viram.
Fogo. Por toda à parte, a cidade estava queimando, ardendo. Só se via o fogo e pessoas gritando, correndo desesperadas. Éowyn foi a primeira a se mexer, juntamente com Faramir e Miyoru.
-Vamos!- gritou ela
-Temos que apagar esses incêndios!
E todos rapidamente se agilizaram, para tentar apagar os incêndios e salvar as pessoas do fogo, com baldes dágua e tudo mais. Mas o povo, desesperado, ao invés de colaborar, apenas fazia mais estardalhaço e confusão, tornando tudo ainda mais difícil.
No meio da confusão, Miyoru, achou Éomer.
-Você!- ela disse -Você é o rei aqui, deve subir naquele palácio e fazer o seu povo se acalmar e agir organizadamente!
-Mas como!- ele se voltou para ela -Você é apenas uma criança, não sabe o que fala! É impossível acalmar essas pessoas! Devemos é tirá-las daqui!
-BAKA! Acha que conseguiria apagar esse fogo sozinho? Não seja estúpido! Os laços que unem as pessoas, se forem fortes, conseguem vencer qualquer coisa! Essas pessoas não se desesperarão se seu rei parecer confiante e corajoso!- ela gritava com ele. Ninguém nunca gritara com ele antes. Mas quem ela pensava que era? Ele era rei, ela não podia gritar e fazer como quisesse. Mas quando ele olhou nos olhos dela, viu que, na verdade, ela sabia o que estava fazendo. Sem mais explicações, ela o arrastou em meio as chamas para o lugar mais alto que havia. E de lá começou a gritar tanto que sua garganta ardia
-POVO DE ROHAN! OUÇAN BEM! PARA APAGAR ESSE FOGO SERÁ PRECISO CORAGEM E FORÇA! MAS ACIMA DE TUDO, UNIÃO! E O SEU REI NÃO ESPERA MENOS DE VOCÊS!
Todos pararam para ouvi-la, então ela começou a falar mais baixo – Façam filas a partir de poços onde há água e rios, e passem a água de um para o outro, até que chegue ao fogo! Dessa forma será mais fácil apagar os focos de incêndio!
As pessoas pareciam dispostas a obedecer, e Éowyn também começou a dar ordens -Vocês, sigam-me, até o rio! Todos devem fazer como a senhorita Miyoru disse!
Éomer estava chocado. Aquela garota parecia surpreendentemente fantástica! Ele foi arrancado de seu devaneio por Merry, que lhe disse para ajudar também, como todos estavam ajudando.
Todos trabalharam até a exaustão e o cansaço fazer com que suas pernas não mais os sustentassem. Durante toda a noite e a madrugada, em maio ao calor infernal, mas já sem os gritos trabalharam incessantemente, e pela manhã o fogo já havia sido totalmente apagado, e a sociedade do anel estava horrível. Todos quase que se arrastaram até o castelo, saudados pelo povo por sua coragem e liderança, até despencarem exaustos no salão.
Algumas horas depois, todos já estavam quase ou totalmente recuperados da fadiga da noite anterior. E Miyoru crescera muito no coração de Éomer.
-Aragorn- ele disse, firmemente -Quero que você e Miyoru me acompanhem para Helm. Ir para lá funcionou na última guerra, funcionará nesta também.
-Bem…
-Meu Rei!- um guarda entrou correndo pelo saguão -Uma carta!
Éomer tomou a carta nas mãos, mas nada pode ler nela
-O que diz? – perguntou Aragorn, apreensivo
-Eu não sei. Não conheço essa escrita. É a escrita do outro mundo.
-Então pode ser que Miyoru saiba.
-"Com sua licença, nós declaramos guerra ao povo de Rohan, e todas as pessoas que estiverem em suas terras. Espero que tenham gostado da fogueira que deu início á essa guerra. Perseguiremos vocês onde quer que estejam, seja Helm, a cidade ou qualquer outro lugar. Muito obrigado."
–Então é isso.- disse Gandalf – A guerra á Rohan, formalmente declarada.
-Mas depois de terem tacado fogo nessa cidade, podemos esperar tudo!- exclamou Merry, indignado
-Mas eu acho…- disse Legolas -Que esta não é o único problema. Sinto um sopro negro que parece transpassar meu coração.
-Então também sentiu, Legolas?-Aragorn se voltou para ele, franzindo o cenho de preocupação.
-Bem, agora devemos ir para Helm.- disse Éowyn, sucinta – Será mais fácil agüentar lá.
-Certo. Avisem o povo que estamos partindo para o Abismo de Helm.
-Hunf. Olhe para ele, se exibindo todo para a Senhora Éowyn.- exclamou Pippin -Nem parece o anão duro que é.
-Mas ele fica pior se tratando de Galadriel.- disse Sam
-Eu concordo com ele nesse aspecto. A Senhora Galadriel é muito boa e gentil.
-Você se esqueceu do bonita, elegante, calma, serena…- corrigiu Miyoru – Entre outras coisas.
Todos deram risada. Na caminhada ao abismo de Helm, Miyoru optara por ir em companhia dos hobbits, embora Legolas e Éomer a vigiassem a cada cinco passadas dos cavalos.
-Vocês querem parar? Não é como se fossem atacá-la num momento qualquer.- disse Gandalf, rindo
-O quê?- perguntou Legolas
-Você e Éomer olham para Miyoru de momentos em momentos.
Ambos então se encararam, até que ambos desviaram o olhar e ficaram com seus próprios pensamentos.
-Eu só espero não ter aqueles Wargs como da última vez…- disse Gimli
-Tomara que você esteja certo.