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Os Mensageiros de Valinor

Quando cerca de mil anos da Terceira Era haviam se passado e a primeira sombra cobriu a Grande Floresta Verde, os Valar começaram a se preocupar novamente com a Terra-média, pois sabiam que um grande mal estava se levantando e os que lá moravam precisariam de muita ajuda para combatê-lo, uma vez que esse mal era Sauron que começava a recuperar seu poder. Manwë, sendo o mais poderoso dos Valar e não sabendo o que fazer em tal situação, foi até o pico mais alto de Taniquetil e invocou Eru para aconselhá-lo. O conselho que recebeu foi que de maneira alguma os Valar deveriam interferir nos assuntos da Terra-média, mas que poderiam enviar mensageiros para orientar seu povo e ajudá-los a combater Sauron.
 
Esses mensageiros teriam que ser poderosos, pares de Sauron, mas estavam proibidos de enfrentar o poder dele com o seu, teriam de renunciar ao poder e se trajar em carne para tratar com igualdade e conquistar a confiança de elfos e homens estando proibidos de se revelar em formas de majestade ou de procurar dominar a vontade destes atavés de força ou medo. Mas isso os poria em risco, obscurecendo sua sabedoria e seu conhecimento, e confundindo-os com temores, preocupações e exaustões derivadas da carne; por possuirem corpos deveriam aprender muitas coisas de novo pela lenta experiência.
Portanto, foram enviados na forma de homens (embora não fossem jovens e envelhecessem vagarosamente) e sua missão era a de aconselhar e persuadir homens e elfos para o bem e procurar unir no amor e na compreensão todos aqueles que Sauron, se retornasse, tentaria dominar para que resiatissem a ele e tentassem destruí-lo.
 
Assim, após falar com o Um, Manwë convocou um Conselho no qual deveriam estar presentes os Valar e os Maiar e quem mais se interessasse pelos acontecimentos da Terra-média. Nesse conselho ficou decidido que seriam enviados três mensageiros que seriam Maiar, mas quem haveria de ir? Apenas dois se apresentaram: Curumo – que foi escolhido por Aulë – e Alatar – que foi enviado por Oromë. Então Manwë perguntou onde estava Olórin. E Olórin, que trajava cinzento e, por acabar de voltar de uma viagem, se sentara à beira do conselho, perguntou o que Manwë queria dele. Manwë respondeu que desejava que Olórin fosse como terceiro mensageiro à Terra-média, pois ele amava os Eldar que restavam. Mas Olórin declarou que era demasiado fraco para tal tarefa e que temia Sauron. Então Manwë lhe disse:
– Ordeno que vá como terceiro mensageiro Olórin, conheço todos os seus receios, mas eles são motivos ainda miores para que vá e acredito que você possa desempenhar essa missão melhor do que qualquer outro.
– Sim, realmente deve ir – disse Varda – mas não como o terceiro.
Curumo, que estava ao lado, ouviu isso e não esqueceu. Ele não aceitava que Olórin, demonstrando sua covardia ao dizer que tinha medo de Sauron, ainda ganhasse elogios de Varda e de Manwë . Pois, apesar de pertencer ao povo de Aulë, ele sempre quis servir aos maiores entre os Valar e ter toda a atenção de varda e de Manwë para si, mas essa atenção era dedicada a Olórin, por isso Curumo sentia muita inveja e, em seu íntimo, já começava a odiá-lo.
Poucos dias depois, Curumo partiu sozinho rumo ao Leste, para a Terra-média, pois Aiwendil que iria com ele a pedido de Yavanna se atrasou e ele não estava disposto a esperá-lo (Curumo ia levar Aiwendil apenas para agradar a esposa de Aulë, pois o achava fraco e dotado de pouca sabedoria e não gostava dele). Em seguida partiu Aiwedil e Alatar que levou consigo seu amigo Pallando.
Por último foi Olórin, que ainda relutava em partir, Varda e Manwë foram ao porto de Alqualondë de onde seu navio partiria para se despedirem; disseram-lhe palavras de conforto e coisas que o convencerama partir de uma vez. Ele foi o último a chegar à Terra-média e o que aparentava ser o menos poderoso, mas foi a ele que Círdan dos Portos Cinzentos confiou a guarda de um dos Três Anéis Élficos (Narya, o vermelho) e também foi ele o único que se manteve fiel a sua missão – de Alatar e Pallando ninguém nunca mais ouviu falar, Aiwendil se apaixonou pelas plantas e animais da Terra-média e esqueceu sua missão e Curumo abandonou a Luz e passou a praticar o mal – e, assim a cumpriu ajudando a destruir Sauron e a trazer paz para a Terra-média.
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