Ícone do site Valinor

Liteeliniel – Um conto para ser lembrado

Capítulo 1 – Introdução

Liteeliniel Undomiel nasceu em 387 da Terceira Era do Sol em Lindon. Sua família era composta por Elrond, seu pai, Celebrian, sua mãe, Arwen, Luinlammenwen a mais nova, Elladan e Elrohir eram seus irmãos. Seu melhor amigo em sua casa acabou sendo seu cavalo Hasufel, que a amava mais do que sua própria vida, não deixando nenhum cavaleiro, além da princesa o montar.
Hasufel, ao contrario dos outros cavalos e tinha pelagem castanha e não era um cavalo grande e robusto. Quando galopava, uma luz reluzia de dentro dele e passava a ser o animal mais bonito de todos os estábulos élficos.

 

Liteeliniel tinha diversos apelidos, como Ninquë Alcarë (brilho branco). Entre suas irmãs, se destacava como a mais gentil e delicada, porem uma dádiva lhe foi concedida, ela tinha o poder de entender os sentimentos dos bichos. As vezes era boa conselheira.
Raramente deixava seus pais e seus irmãos, sendo era muito ligada a seus irmãos, mas tinha um amor especial por Elladan. Ambos era muito ligados. Outra pessoa por quem a garota tinha muita afeição era sua ultima irmã.
Decidiu, que era hora de partir e conhecer novos lugares, traçando seu próprio caminho. Então, bolou um plano para sair sem avisar a ninguém. Numa deserta noite, ela pegou Hasufel, o arreou silenciosamente, nem que alguém passasse a alguns metros de onde estava, poderia escutar qualquer ruído. Pôs-se em cima do cavalo, mas quando ia sair, um barulho de um galho se quebrando surge em meio a escuridão. O animal estava mais calmo do que qualquer um estaria nessas horas. A elfa tentou enxergar algo, nada se mexeu. Uma voz súbita disse:
– Onde pensa que vai?
– Quem está aí? – respondeu ela.
– Será que a princesa não reconhece voz de seu próprio irmão? – responde Elladan que surge em frente a porteira. E de seu outro lado Luinlammenwen.
– Não sabia que estavam aí. O que estão fazendo?
– Essa pergunta deveria ser dirigida à você e não a nós. Ninquë Alcarë , sempre fomos unidos, por que não nos contar o que ia fazer? Não sinto vontade de me separar de você.
– Irmão, não posso me desfazer de meus desejos por um capricho. Amo muito você e o mesmo, à minha irmã. Sinto que devo ir, como uma planta sente a falta de água. Tome, um grão de Athelas, folha de rei. Quero que a plante em um vaso e coloque-a em seu quarto quando ela tiver o tamanho de sua mão, estarei de volta.
– Serás a elfa mais sabia de todas. Esperarei ansiosamente pelo dia de sua chegada, mesmo sabendo que logo partirás novamente. Faça boa viagem e tome muito cuidado com a estrada. Orcs as rondam.
– Só prometa-me uma coisa.
– Qual?
– Não contarás nada para o senhor meu pai, até que eu chegue a salvo em Lórien.
– Seu segredo estará a salvo conosco, irmã! – Respondeu Luinlammenwen.
Partiram rapidamente. E seu segredo foi selado. Até que ela chegasse a salvo ao seu destino e isso aconteceu em pouco tempo. Só então, sua família foi notificada de sua viajem.
{mospagebreak}
Capitulo 2 – Novos lugares, novos encontros

Nunca saíra de seu local de nascimento, mas de qualquer maneira foi recebida grandiosamente pelos reis e uma festa foi dada em sua homenagem.
Os convidados foram dos mais diferentes possíveis e com diferentes roupas. Serviram um grande banquete em uma comprida mesa, com lugares para todos os que estavam presentes. Os senhores de Lórien sentaram à cabeceira e a elfa ao lado.
Enquanto havia música, um gentil cavalheiro bem vestido, levantou do outro lado da mesa dirigiu-se a garota, que daí para frente passou a ser chamada de elfa branca. Ele disse:
– Senhorita, filha de Elrond, aceitaria dançar comigo?
– E a quem devo tal honra? – Respondeu Liteeliniel. Celeborn, o rei, estava distraído com as pessoas, porém Galadriel,a rainha, olhava atentamente a neta.
– A honra é toda minha, ó mais bonita das estrelas. Sou Nietur, descendente de Túrin e Nienor. Aceitas?
– Galadriel, poderia conceder um momento fora da mesa? – A elfa vira para a rainha.
– Só se for para dançar com este jovem cavalheiro.- Responde ela com um ar muito calmo e tranqüilo.
– Aceito! – A garota vira-se para o elfo novamente.
Dançaram até a ultima nota da música. Depois Nietur levou-a de volta a seu lugar e sussurra em seu ouvido:
– Amanhã a esperarei, quando o sol se puser, estarei ao lado do espelho.
A festa terminou tarde, mas Liteeliniel dormiu sossegada, esperando, ansiosamente, o dia seguinte. Seu quarto ficava ao lado do de seus avós.
No momento em que seus olhos abriram, ela pulou de sua cama e abriu a janela. O sol brilhava. A espera pelo movimento da porta se abrindo era enorme em qualquer um que passasse por lá. Então alguém bateu na porta e ela abriu. Era um jovem cavalheiro. Ele usava vestimentas escuras e mantinha o rosto coberto:
– Senhorita, gostaria de mostrar-lhe o lindo lugar.
– Tenho certeza de que vou gostar.- Disse a garota já descendo. Dois cavalos os esperavam.- Desculpe-me mas meu cavalo esta aqui e gostaria muito de montar nele.
– Claro, irei pegá-lo.
– Não precisa eu mesma o faço. Hasufel, tulya sinome!- Gritou ela. Ao longe surgiu ele, galopando. Montaram e começaram o passeio.
O cavalheiro explicava tudo sobre tudo. A cada casa que passavam, alguém acenava. Seguiram estrada à frente. Um barulho de cachoeira podiam escutar a direita. Ele comentou:
– Seu animal não deve ser tão bom assim quanto você fala.
– Ele é melhor do que isso! – Respondeu Ninquë Alcarë em defesa.
– Francamente não acredito nisso.
– Como pode dizer alguma coisa assim? Não o conhece.
– Existe uma cachoeira a alguns quilômetros daqui, virando nessa estrada ao seu lado, se vocês a acharem antes do nós chegarmos eu realmente acredito que ele é bom.
– Ótimo!
{mospagebreak}
Saíram em disparada. O jovem parecia estar ganhando sua posição, porém, ao avistarem a cascata, Hasufel em um piscar de olhos passou à sua frente grandiosamente. Quando acabou, os ganhadores estavam a pelo menos três metros de distancia dos outros. Amarraram os cavalos em uma arvore.
– E agora, maus senhor, me diga o que achou. – Falou a elfa se vangloriando
– Tenho que dizer que fiquei impressionado. Em nossos estábulos, nunca vi tal rapidez. Veja, um lobo! Cuidado! Eu a protegerei, princesa!- Disse ele sacando a espada.
– Lau! Não, não o machuque. Veja, esta machucado, em todo o seu corpo existem marcas. Sinto que está sofrendo. Nada pode fazer contra nós, esta inconsciente.
– São animais maléficos…
– Se o ferirmos, seremos nós os maléficos, pois estaremos fazendo exatamente o que o Senhor do Escuro faz. Ele precisa de tratamento, temos que leva-lo para a cidade.
– Se é o seu desejo, eu o levo. Mas perigo maior que estamos correndo aqui, orcs devem estar por perto, ou até coisas piores. Devo avisar a guarda real.
Voltaram para o palácio, e o lobo se curou rapidamente, mas era mantido em uma prisão, pois ninguém tinha a ousadia de mexer nele. Liteeliniel aproximou-se dele calmamente, abriu a porta, que estava t
rancafiada, falou em élfico umas palavras. E aos poucos, ele se aproximou com muito medo. Ela o acariciou, e em alguns minutos eles se tornaram amigos. Muitos elfos que estavam ao seu redor, se espantaram e esperavam ouvir grandes palavras, mas a princesa disse apenas:
– Está curado, fora do círculo de Sauron. Pode ser libertado.
A tarde passava estava quase no horário de seu encontro, se arrumou e foi até o espelho. Nietur a esperava. Estava andando sozinho olhando para o chão como se achasse que sua parceira não viria, porém quando chegou ela levantou a cabeça, como que em um susto, e sorriu. Olhou o seu e falou:
– Quantas estrelas há no céu hoje?
– Não sei… são tantas. – respondeu ela
– Pois eu só vejo duas. Mas só uma tem um lindo brilho. Em lugar algum pensei em encontrar tal criatura tão bela! – Virou-se novamente para ela. E de sua mão que estava na suas costas tirou um rosa branca – Uma flor para a mais bela das flores!
– Não se compra o coração de uma dama de Imladris com uma flor, mas dessa vez, tenho que confessar que aceito o presente. Não posso permanecer muito tempo aqui, minha família me espera para o jantar. Comerá conosco?
– Não hoje, outro dia, senhorita, como esta atrasada, deve ir.
– Desejo vê-lo!
– Seu desejo é uma ordem milady, tu me verás quando nessa mesma hora, uma estrela apareceu em seus aposentos, então irás para onde as águas caem por dois lobos solitários. Agora vá, os convidados a estão esperando.
– Adeus, descendente Turin e Nienor.
– Até lá.
{mospagebreak}
E assim foi o primeiro encontro dos dois, que no final foram um para cada lado, tomando seu rumo.
No dia seguinte, a elfa levantou cedo e já estava preparada para o passeio antes do cavaleiro chegar. A Grande Rainha chegou e lhe contou uma coisa horrível de se ouvir.. Contou-lhe que sua mãe partira para os portos cinzentos lhe deixara uma carta. Entregou-a e a princesa chorou abraçando-a. Ao vê-la chorando, o cavaleiro prometeu fazer uma cavalgada que a deixasse calma. O passeio deles foi calmo e tranqüilo. Enquanto cavalgavam pela estrada, um animal veio correndo a grande velocidade. Liteeliniel desmontou e agachou -se no chão. Quando chegou mais perto se viu que era o lobo que acharam e estava totalmente curado e salvo da praga de Sauron.
Mesmo com a manta que cobria seu rosto, deixando apenas seus olhos azuis aparecerem, logo se viu que o elfo acompanhante ficou impressionado de como a habilidade dela com animais era grande. Ele a convidou para galopar pelos pastos abertos mais ao longe dali e então eles foram com o lobo que os acompanhava. Se divertiram de mais naquela tarde, e a amizade crescia entre os dois até explodir e virar uma fantasia de amor. Eles se encararam por alguns segundos apenas por olhares, sem nenhuma palavra. O céu escurecia e se tornava cada vez menos visível a estrada de volta e quando os dois acordaram de seu sonho não se via mais nada. Voltaram então lentamente pelo caminho que vieram.
Um barulho horrendo surge em meio ao nada, não dava para saber de onde vinha, como se viesse de todas as direções os cavalos param de repente. O lobo que agora chamava-se Tyhur, pois o rabo entra as perna e se abaixou sob Hasufel. O guerreiro sacou a espada e a jovem também. Orcs vindos do norte, pularam ao lado deles, que lutaram bravamente, porém, quando ele perguntou se todos estavam bem, a moça e seu cavalo haviam sumido e sua espada permanecia caída no chão.
{mospagebreak}
Capitulo 3 – Liberdade acompanhada com tristeza

O cavaleiro gritou muitas vezes o nome de Liteeliniel, porém nada veio em resposta. Correu de volta para o centro da cidade para avisar os senhores e alertar a tropa.
Ela fora levada pelos orcs inconscientemente e seu cavalo supostamente fugira durante a confusão.
Quando acordou, estava em uma horrível prisão. Chamou diferentes pessoas, nada fazia o menor ruído, tudo estava escuro, mas se ouvia barulhos a um andar abaixo.
Uma luz surgiu ao longe e foi se aproximando. Dois horríveis orcs apareceram e um disse:
– Princesa… princesa presa acordou…
– Princesas não devem ficar presas…- disse o outro.
– Fique calado Maladeur, foi ordem de nosso superior…
– E quem é o seu superior? – A elfa se levantou rapidamente e se aproximou da grade.
– Sau… Sauron…
– Sim, vocês me parecem ser orcs inteligentes, me digam, onde se encontra a chave dessa fechadura? Estou com muita cede e preciso beber alguma coisa. Pelo barulho que esta lá embaixo e o estado de vocês, deve ter bastante bebida.
– Sim, bebida, já que é só para beber alguma coisa, devemos abrir a fechadura. O Senhor do Escuro não a quer morta ainda…- E um se aproximou da porta e a abriu.
Enquanto saia, ela fez um reverencia e agradeceu. Pegou uma capa e sua espada que estava encostada na parede em frente aos dois e antes de chegar à escada parou e disse:
– Diga a seu superior que precisará de mais do que estúpidos animais para pegar uma filha de Elrond! – após essas palavras ele caíram no chão, um em cima do outro.
Quanto mais descia, o barulho ficava mais forte. Mas no fim, havia uma porta com uma escada, e outra idêntica ao seu lado direito de onde vinha toda a barulheira, mas também tinha uma que era térrea. Ela então, se ajoelhou e seguiu seus instintos, e desceu a escada à esquerda.
A cada passo, tudo ficava mais escuro, porém uma tocha se encontrou à sua frente. E elfa a pegou e agora já se enxergava melhor o caminho. Chegou ao chão um relincho horrorizou e ao mesmo tempo aliviou seu coração. Era Hasufel, seu cavalo amarrado pelas quatro patas e também em seu pescoço. Ela o libertou e saíram de lá pela porta onde terminava a sala. Ele sabia o caminho, mas estavam muito cansados então foram à passo.
{mospagebreak}
Enquanto isso acontecia, o cavaleiro encapusado liderava um exercito para a busca dela, com Tyhur a seu lado. Subindo uma pastagem, ele pode ver a figura mais bela de toda sua vida. Essa imagem ficaria em sua memória para sempre.. Liteeliniel e Hasufel estavam em cima de uma pedra com uma linda postura e seu cabelo esvoaçava por entre seu rosto e o mesmo acontecia com a crina de seu cavalo. O seu amigo correu ao seu encontro ao se verem, ela sorriu e falou:
– Senhor cavaleiro, o que o trás aqui?
– Uma bela jovem me trouxe aqui. Preciso te dizer uma coisa, que estou planejando, mas nunca tive coragem de dizer, e quando eu te vi hoje, tinha que falar.
– E o que seria isso?
– Antes para nada valia ficar em Lórien e comandar a guarda real. Mas quando a conheci, vi que era isso o que queria para minha vida. – ela fez menção de quem ia falar alguma coisa, mas ele a interrompeu- Não quero que diga nada. Eu partirei hoje a noite para nuca mais a ver, pois sei que nosso destino não é ficarmos juntos. Siga com a guarda, mais tarde eu te vejo… Irei ficar um pouco sozinho se a senhorita me permite.
– Com toda a certeza.
E assim, cada um foi para o seu canto. Ao chegar em Lórien ela foi bem recebida, mas quis ficar sozinha em seus aposentos. Deitou em sua cama e ficou a pensar. Olhou em sua cabeceira e um embrulho guardava um lindo pingente em forma de estrela. Hesitou por um momento e correu escadas abaixo, pegou seu cavalo e foram para a cachoeira onde apostaram uma corrida, chegaram mais rápido do que esperavam e uma mu
sica linda surgia pelos seus ouvidos.
Ela desmontou, e a pequenos e leves passos foi se aproximando do lago e aos poucos viu Nietur sentado, encostado em uma arvore tocando flauta e o lobo que salvaram ao seu lado. Se aproximou e sentou ao seu lado.
– Meu coração ama.
– Partirei daqui a pouco, vim aqui apenas para me despedir.
– Como pode ser tão frio?!
– Estou tentando distanciar a dor que meu coração sente. Mas a dor é ainda muito recente. Nunca vou te esquecer, queria te ver ao menos uma ultima vez. Agora devo ir. Adeus!
Ele se levantou retirou-se e montou em sua cavalo. Tyhur parou e sentou ao lado dela e a encarou com olhares tristes, a lambeu em seu rosto e seguiu o elfo. Quanto mais os passos do cavalo se distanciavam, mais ela chorava. Seu animal chegou a sua lado e agachou, atravessando a pata por seu corpo e colocando a cabeça em seu rosto, como um abraço. Viu que era hora de partir. Mas isso só deveria acontecer pela manhã, então voltou ao palácio e dormiu, sem comentar nada com os Senhores.
No dia seguinte se apressou e divulgou que ia partir. Ninguém, além de Galadriel entendeu o porque de ir tão cedo, mas nada podiam fazer. Ela a disse antes que subisse em se cavalo:
– Não deixe que um deslize atrapalhe sua vida aqui, pois o que tiver que ser, será.
E beijou sua mão. Liteeliniel subiu em seu cavalo e partiram.
{mospagebreak}
Capítulo 4 – Surpresas em sua chegada

Sua viagem foi muito lenta e triste. Mas ao chegar em sua casa, viu seus pais, irmãos e suas irmãs e a alegria surgiu novamente em seu coração, mesmo que ainda houvesse um espaço vazio. Infelizmente Luinlammenwen viajava. Mas foi para seu quarto com Elladan e contou tudo o que acontecera. Saíram de lá depois de um tempo, pois ele queria mostrar a ela uma coisa. Foram até os jardins e viram a Athelas, que ainda tinha apenas um caule pequeno, depois sentaram em um banco que tinha ali perto e ele a disse:
– Ainda não cresceu o suficiente, isso significa que deveria ter aguardado.
– Não, meu irmão, seria uma tortura, eu realmente o amo. Nunca senti tal sentimento por ninguém.
– Então deve procura-lo.
– Não. Ele está fora de meu alcance agora. Só gostaria de ter a chance de dizer o quanto eu o quero perto de mim, o quanto ele me faz sentir bem e…
– Sua chance pode estar mais perto do que imaginas! Se olhares para trás, verás a figura que procuras.
Ela olhou para trás rapidamente e viu Nietur parado em pé. Correu para seu encontro. Se abraçaram e com um grande beijo de amor eles se selaram. Após o momento:
– Descobri que não posso mais ficar sem você.
– Nada mais vai nos separar, somos um.- Disse ela chorando. – É com você que eu quero ficar. Mas como isso aconteceu?
– Quando estava no meio da viajem pesei: "o que estou fazendo? A elfa mais linda do mundo aparece e gosta de mim, por que devo eu não ficar com ela". Eu te amo.
– Agora então, meu cavaleiro cavalheiro, devemos dizer a todos nossos sentimentos! Mas primeiro quero lhe apresentar ao meu irmão Elladan… Onde está ele?
– Não, não se preocupe. Eu trouxe o lobo comigo! Tyhur!- e o animal veio rapidamente. – Ele gosta muito de você.
– Sei… mas quero que ele vá com você! Assim, ele te protegerá de todo o mal terrível que possas encontrar durante a viajem. Ele é forte pois o sangue de Huan corre em suas veias.
E passaram o resto do dia andando pelos campos de Valfenda. Ao anoitecer, o amor da elfa partiu para sua terra. E ela foi procurar seu irmão, mas não o achava em lugar algum, até quando foi para seu quarto lá estava ele sentado no parapeito da janela olhando para o horizonte. A jovem se aproximou:
– O que esta fazendo aí sozinho?
– Não sei, estou confuso.
– Com o que?
– Quando eu a vi com ele, senti uma sensação estranha e eu não sei o que é. E agora eu acho que é medo. Medo de te perder.
– Você nunca vai me perder. Eu vou estar sempre no seu coração. Sempre que sentir falta de algo, precisar de algo, ou estiver em algum perigo. Procure pela estrela mais brilhante no céu. Lá estarei eu para te guiar.
{mospagebreak}
– Acho que desde pequenos nunca nos separamos e acabamos ficando tão pertos que nem percebi que crescemos. Eu temia que esse dia chegasse. Eu te amo e quero apenas o seu bem.
– Eu sei. Agora vamos jantar, enquanto conversamos.
Uma ceia foi feita para comemorar sua volta. Os dias seguintes foram calmos e seguros. Alguns meses se passaram e ela ainda tinha uma grande expectativa de que ele voltasse, mas enquanto isso não acontecia, não perdia tempo e se divertia muito com seu irmão e sua irmã, que agora retornara. E com muitas novidades. Estava apaixonada pelo Príncipe da Floresta das Trevas, mas apenas sua irmã sabia disso e jurou guardar segredo.
Alguns dias após a chegada de Luinlammenwen, uma carta foi entregue diretamente nas mãos de Liteeliniel. Nela continha o selo oficial de Lothlórien, e a abriu com grande rapidez. E com as letras traçadas de Nietur estava escrito, com runas élficas:

Ó elfa mais linda desse mundo, sei que não mereces ouvir estas palavras, mas é preciso que saiba, pois anseio por sua segurança. Um batalhão de orcs está a caminho daqui e é meu dever proteger os senhores de Lórien, então lutaremos amanhã. Deseje-me sorte, pois dizem que uma sombra vem do oeste. Com o maior amor que pode existir em cada ser..
Nietur

Ninquë Alcarë perdera seu brilho por uns instantes e desmaiou em seu quarto, caindo em um profundo sono. Sonhou com estranhas coisas: estava de volta ao calabouço onde ficara presa pela primeira vez, e fugira novamente, mas ao invés de descer para o subsolo, foi em direção ao térreo. Seguiu em frente, o que a levou à uma sala enorme eu uma porta se abriu. Lá, havia um pátio com chão de pedra. Viu uns orcs circulando e batendo em alguém, na qual não sabia quem era. No que eles se afastaram, estava o seu amado elfo caído, morto, cheio de arranhões pelo corpo.

Capítulo 5 – O Resgate
Ela despertou assustada e naquela mesma noite deixou a antiga Imladris indo para Lórien. A cada lagrima que tocava o solo se transformava em uma flor branca. E as patadas do seu cavalo foram das mais rápidas.
Estava exausta. Quando chegou já era dia, estava uma confusão, e perguntava por ele a cada pessoa que passava ao seu lado até que um soldado pode lhe informar de que não ele fora capturado por horríveis criaturas e estavam recolhendo toda a ajuda que tinham para resgata-lo. Mas nem o cansaço podia para-la, pois seu coração batia forte e ainda havia muita energia dentro de si.
Cortou caminho pelos campos e chegou pela entrada que fugiu. Antes de se aproximar da porta, soltou Hasufel, quem saiu correndo pelos pastos e se distanciou do lugar. Colocou uma capa marrom com um capuz, pegou seu arco e flecha e abriu a porta.
Havia um cavalo exatamente como o seu estava, preso. Ela o soltou e ele fugiu. Subiu então a escada e deu de cara com um orc, mas não deu tempo de fazer nada, pois a jovem pegou seu arco e atirou contra ele sem perdão e esse caiu morto e rolou escada abaixo.
{mospagebreak}
Nietur estava na mesma prisão em que ficara Ninquë Alcar&
euml; . Um bando de orcs o pegou, colocaram um saco em sua cabeça e o amarraram. Carregaram-no escadaria abaixo e a única coisa que via era uma imensa escuridão. Mas, após um tempo de caminhada, ele viu uma luz. Percebeu que seu pescoço estava amarrado a alguma coisa e sua cabeça encostada a essa coisa. Estava preso a um barril. Ele sabia o que o esperava, então, disse suas ultimas palavras: "O amor que sentimos um pelo outro nunca vai se extinguir. Mesmo após grandes batalhas, nos veremos novamente! Tye-melane! Elfa Branca" E após esse momento, a segunda filha de Elrond ficou conhecida por esse nome, que brilhará em todas as historias.
Ouviu-se o som de levantar de uma arma de aço. Apertou os olhos. Um barulho de flecha aparece no ar e algo cai sob ele. Uma espada bate ao seu lado e esta livre. Mas nada podia fazer, então, se levantou um pouco zonzo. Quebrando todo o gelo do lugar, um assovio encantador surge no ar. E quando se encontrava em si, alguém o puxou e caiu estava em um cavalo muito veloz. Agora, já fora de perigo, o animal parou e o encapuzado perguntou:
– Quem és?
– Alguém que te ama mais do que qualquer coisa existente nesse mundo!
– Liteeliniel Undomiel!
Ela o cortou o saco que cobria seu rosto e um grande beijo completou o momento de liberdade. Seus corações batiam mais forte do que nunca e o amor que os unia ficava agora mais forte. O outro cavalo que foi libertado a pouco voltou, porem o elfo estava muito machucado e não seria capaz de cavalgar sozinho. Então magnificamente Hasufel aceitou em leva-lo com sua dona. Juntos foram até Lórien. Após passar pela estrada principal, Nietur foi levado para a casa de cura e lá descansou por algumas horas.
Ao despertar tinha seu amor ao seu lado direito e ele estava deitado sobre uma cama. Seu braço estava enfaixado. Ele levantou, cuidadosamente ajoelhou no chão, pedindo a mão dela em casamento, e colocou um lindo anel prateado em seu dedo.
– Aceitas ser minha esposa?
– Nunca recusaria qualquer proposta de quem amo tanto!
O amor os envolveu. Porém, por um instante uma grande dor tomou conta do braço dele e esse se tacou no chão. E desmaiou novamente. Permaneceu adormecido, acordando apenas no dia seguinte.
Levantou-se e foi procura-la desceu o mais rápido que podia as grandes escadarias. Mas ao encontrar sua amada, ela chorava e olhava ao horizonte e ao vê-lo chegando, disse:
– Tenho que partir, Nietur, meu amor.
– Para onde irás? Os tempos andam muito perigosos. Irei com você, se não ficares comigo!
– Não podes sair, esta ainda muito ferido. Devo sozinha fazer meu caminho por agora! Meu pai exige minha presença, é algo muito importante do qual não posso faltar.
– Do que se trata?
– Não sei. Saberei apenas quando for para lá.
– Sinto que você está se afastando de mim, e que a perderei pouco a pouco.
– Escute-me, eu nunca vou deixar de te amar. Por toda a minha vida nunca senti tal sentimento. Tome, enquanto ficar com você, como meu coração. Enquanto usa-lo estarei junto a você estarás seguro. – Disse colocando uma corrente com um pingente como uma flor e colou em seu pescoço.
E assim ela levantou, foi para fora, montou em seu lindo cavalo e falou para ele:
– Tye-meláne
{mospagebreak}
Capítulo 6 – O Anel é Descoberto

Chegou exausta e foi dormir. O dia seguinte nasceu e ao acordar, foi falar com sua irmã Arwen, pois todos os seus irmãos não estavam presentes e ela foi a escolhida à participar de um conselho e não sabia do que era. Mas de qualquer forma, foi e sentou-se ao lado de seu pai. A discussão foi grande, demorada e era sobre O Anel do poder. A sua frente, havia uma criatura pequena, menor que um anão, um hobbit. Seu nome era Frodo Bolseiro. Decidido estava que nove companheiros partiriam na busca em destruir o Anel.
Assim, que tudo terminou, a curiosa elfa foi falar com o pequeno e em seu quarto, ficaram conversando durante horas. E assim os dias iam se passando e a amizade entre eles crescia mais e mais. Ambos passaram bons tempos juntos, porém, o amor de Liteeliniel por seu futuro marido começou a ser esquecido, mas uma chama permanecia em seu coração, precisava apenas de um pouco mais de força para que reacendesse novamente. Então, dias depois, a mais conhecida como Sociedade do Anel partiu em direção à Caradhras.

Foi então que a princesa caiu em si e foi avisar a seu pai de que estava comprometida.

Capitulo 7 – Conversas

Adentrou a sala onde se encontrava Elrond. E lá estava o grande rei com um outro elfo desconhecido.
– Essa é a minha filha do meio, Liteeliniel.
– É um prazer…
– …Vallenun, filho de Valeder e Brefis. Mas o prazer é todo meu, ó bela estrela!
– Obrigada! Senhor meu pai, poderia eu tê-lo a sós por um momento?
– Certamente. – Então se afastaram – E então, o que queres?
– Estou comprometida.
– Continue.
– Estou me referindo a Nietur, de Lórien.
– Um pretendente de Lórien? Difícil de ser aprovado, contudo, és minha filha. Desculpe-me, mas terei que pensar.
– Esta certo, pense. Apenas não se esqueça de que a mãe que uma vez tive e a quem o senhor ainda ama nasceu lá.
Retirou-se assim. Assim que fechou a porta viu seu Elladan. Com um grande abraço os dois se reviram e ela o contou tudo o que havia falado para o rei. Seu irmão prometeu que falaria com ele. Então entrou na sala e chamou se pai a sós.
– Elrond, por que não deixar sua filha casar-se com um comandante de Lórien? E deixa sua irmã casar com um homem?
– Não posso deixa-la casar-se com ele. E isto não é assunto seu.
– Não é bem isso, se estou certo. Estais com medo… é sim, com medo de lembrar de sua mulher e tens medo de voltar, rever pessoas queridas por ela e sentir uma grande dor…
– Qual respeito que lhe falta? Vá, falarei com você mais tarde!
– Só não faça isso por seus próprios motivos!
{mospagebreak}
A noite caiu. Ninquë Alcarë ficou pensativa o dia todo e o rei veio conversar com ela. Confessou que a dor era muito grande em voltar e reencontrar partes de sua mãe por todo o lugar. Mas que agora já era hora de superar toda a dor e pensar que viria um futuro mais belo pela frente. Aprovou com todas as palavras o casamento, porém, teria que conhecer o noivo antes, mas que não se precipitasse pois dias perigosos se passavam e ele não queria que ela saísse, pelo menos por enquanto.
Assim que acordou no seguinte dia, percebeu que se afastara muito de seu futuro esposo e pediu para informarem-no de que estava tudo bem, que brevemente eles se reencontrariam e que logo se casariam. Mais algum tempo se passou e a tal carta não havia sido respondida. Ela decidiu, então, que iria por conta própria entregá-la. Porém enquanto se arrumava, um elfo muito machucado, já conhecido seu, pois uma vez fora comandante de seu pai a avisou de que orcs circulavam as estradas e lhe devolveu o envelope. Chamou os curandeiros. Mas Ninquë Alcarë não poderia deixar tudo isso passar em branco e por um medo, desistir de seu amor. Deixando a carta em seu quarto, ela pegou uma bolsa, colocou todo o que necessitava e foi discretamente aos estábulos. Pegou seu cavalo e já ia partindo quando no mais nov
o chefe da guarda com mais três homens a pararam.
– Princesa, não pode partir. – disse ele
– Por que não? – respondeu ela
– Ordens de seu pai. Esses lugares estão muito perigosos. Não deve partir.
– Pois será obedecida. Com muito desgosto, falar com ele é minha tarefa.
Correu a sala de seu pai e ambos tiveram uma conversa longa e a elfa prometeu que não iria partir naquela noite. Mas o seu ressentimento era muito novo. Pegou suas coisas, colocou uma capa e partiu assim mesmo.

Capítulo 8 – A Perseguição

Sua viagem estava fria e Hasufel desconfiado de qualquer coisa. Pouco se via da estrada. Três vultos passaram a seu lado, dois à direita e um à esquerda. Por curto tempo saiu de si, como se algo a atingira. De fato, seu ombro esquerdo havia sido ferido por uma espada. Gritos estridentes surgiram atrás dela. Seu cavalo empinou e saltou a frente em disparada. Ouvia-se muitos cascos tocando o chão, mais de quatro.
Depois de muito tempo correndo, já se via as luzes da cidadela. Havia um grande número de soldados. Todos levantaram seus arcos e apontaram para ela.
– Hauta Hasufel, hauta! (Pare Hasufel, pare!)
O animal esticou as patas dianteiras e parou extremamente rápido. Esta era a situação: Uma escolta inteira a sua frente. Atrás, não se sabe o que vinha a grande velocidade.
{mospagebreak}
Os elfos puxaram seus arcos ao comando de um guerreiro, que estava em um enorme cavalo preto. Ela fechou seus olhos e calmamente colocou uma mão em seu peito esquerdo e a outra em seu cavalo.
Flechas foram atiradas, passaram por sua cabeça e acertaram algo que estava atrás. Os gritos se tornaram ainda mais fortes que antes. Então, os perseguidores foram embora em disparada. O guerreiro se aproximou dela:
– Que faz por esses lugares nessas épocas?
– Estou à procuro de alguém que não vejo a algum tempo. Talvez o senhor possa onde posso encontra-lo. Ou ele pode estar morto, para que eu nunca mais o encontre. – respondeu ela. Ele mandou a tropa voltar e virou novamente para Ninquë Alcarë:
– Não está morto, seu amor nunca perecerá e será a última coisa a deixar essas terras ermas. Porém seu coração esteve muito preocupado esses tempos. Nenhuma carta, nada. Receava que algo pior acontecesse.
– Nietur, vim para lhe dizer que estou bem e que não o esqueci. Mas uma força caminha em nossa direção. O anel foi descoberto e uma comitiva foi enviada para destruí-lo.
– Anel? Mas estava desaparecido… Isso explica a volta dos cavaleiros negros e de orcs a solta. Sauron está de volta. Lórien Ajudará os portadores do anel no que for possível. Meu amor, não sairás mais daqui e teve sorte de chegar bem aqui.
– Agradeça meu cavalo, que sempre esta ao meu lado. Também estou pronta para lutar contra o que for preciso ao seu lado!
– Seu animal é uma dádiva de Iluvatar… Tu es meu maior presente. Mas vamos, não convém ficarmos para trás.
– Talvez ficarmos para trás é exatamente o que esperamos!
– O que queres dizer com isso?
– Por que não podemos ficar apenas nós dois sozinhos um pouco por aqui?
– Mas e teu ombro? Deve ser curado.
– Não te preocupes com ele, pois não é nada que uma certa plantinha possa curar. É um antigo segredo que Aragorn me contou uma vez, vamos e lhe mostrar irei.
– Se é o seu desejo, o verá realizado, milady.
Seguindo o caminho contrário, eles foram, sem temer qualquer perigo. Entraram em uma floresta e lá fizeram uma fogueira. Colocaram uma Athelas em seu ombro e o enfaixaram. A jovem encostou a cabeça em Nietur e assim dormiram, até o amanhecer. O terreno estava completamente coberto pelo sereno. Levantaram, e correram de volta para a cidadela.
Sua Majestade, a rainha estava a frente da grande escada. Parecia extremamente preocupada, porém nada a abalou e continuava com seu rosto superior. Ficou feliz ao ver que a princesa estava salva. Quanto menos sabia, o seu quarto estava arrumado e então percebeu que sua visita já era prevista.
Sentou-se em sua cama, colocou sua bolsa no chão. Inclinou sua cabeça para baixo ao ter uma visão e levantou-a rapidamente pegou o arco e flecha que trazia com sigo e procurou Nietur. Ao encontrá-lo disse:
– É meu dever treinar junto a seu exercito, pois irei para essa batalha!
– Princesa, entenda, eu não posso permitir que uma dama faça parte do treinamento.
– Acontece que, meu senhor, sou uma princesa e tu me deves-me obediência. Isto é uma ordem e não aceito não como resposta!
– Minha senhorita, terá que pedir a permissão de Vossa Majestade, a Rainha de Lórien.
– Vamos, não precisamos de tudo isso…
– O que eu realmente preferiria é deixa-la aqui, porém tu irias ficar muito chateada e eu iria morrer de saudades de quem tanto amo! Meu único receio é que tu se machuque. Culpariam-me e o mais importante, eu mesmo me culparia se algo de ruim te acontecesse.
– Teu amor me guia, não importa a profundidade e dificuldade de enxergar a luz!
Com um beijo de amor, cessaram a conversa.
{mospagebreak}
Capítulo 9 – A Guerra

Algum tempo se passara desde então e a comitiva já passara por lá a muito tempo em direção a Mordor. Boatos diziam que ela teria terminado, e isso foi confirmado pouco depois. Os exercito foram convocados para lutar em Gondor contra os inimigos. Então, em um lindo dia de sol, todos os guerreiros se reuniram em frente a cede e com uma linda música foram abençoados em sua partida.
Os primeiros dias foram bons, a comida era farta e estavam todos com muita energia. Porém o desperdiço foi grande e em pouco tempo todo o alimento se esgotara. Achar um animal, plantas vivas na frente era fortuna. Estavam se aproximando da luta.
A cede mais tarde os abateu também, e foi quando parecia não restar mais esperança de que chegassem realmente a salvo na cidadela, que o elfo ponteiro avistou as altas portas.
Todos foram recebidos com honra e logo se fortificaram.
No dia seguinte, o aviso foi dado. Tropas se aproximavam. Havia começado a desgraça.
– Não separe-se de mim! – Gritou Nietur para Liteeliniel.
E assim lutaram um perto do outro. Uma correria e gritaria. Mas agora os portões haviam sido derrubados e a invasão foi imensa. O elfo fora atingido no peito per um Nazgûl e caiu de seu cavalo. Ao ver a cena, a elfa desmontou, abaixou ao seu lado e em seu ouvido sussurrou palavras sagradas. Nesse mesmo momento, uma neblina branca os circulou, como um escudo, sem deixar que nada nele entrasse. Subiram em Hasufel que correu. A casa de cura estava lotada, então foram até uma pequena ruína, longe da guerra.
Ela o deitou na grama, um vento soprava, examinou o ferimento, pegou uma Folha de Rei que guardava em sua roupa, colocou sobre o ferimento e orou novas palavras élficas. Ele abriu os olhos com grande dificuldade e fechou-os novamente, como morto. Estava pálido. Barcos chegaram. Seriam inimigos? Ao se aproximar, Ninquë Alcarë sentiu uma força familiar. Pulou sobre seu animal e rapidamente foram ao encontro desses barcos. Deles, saíram guerreiros e entre eles, Elessar, Aragorn, conhecido seu e de sua família. Foram então os dois ao local onde estava o elfo e Aragorn pegou mais um pequeno peda
ço da flor que Liteeliniel passara nele. Porém, nesse momento, um orc surge por entra a plantação, joga Aragorn para o lado, e mira uma flecha na elfa. Ela joga suas armas no chão e se levanta para recebe-la com grandeza. Ouve um disparo o corpo se choca ao chão.
Nietur pulara para salva-la e ficou com mais um ferimento, a poucos centímetros de seu outro. Liteeliniel o abraçou, suas lágrimas caiam como diamantes, e se desfaziam quando tocavam o chão, naquele pesadelo sem fim. Estava terminado. A vida lhe trapaceara.
Antes de morrer disse:
– Meu amor não morre aqui… pelo contrário, ele nunca terminará! Sempre que precisar de alguma coisa estarei lá para você. Fique com esse colar… para que você nunca se esqueça de que um dia eu existi – e lhe deu um colar, com um pingente de diamante – Quando estiveres em perigo, ou com algum outro problema, ele brilhará com uma luz única. A luz do meu amor! Tye-meláne!
Ela chorou por muito tempo, abraçada a seu corpo. Ele não morreu e foi levado para os portos cinzentos a grande estilo por criaturas espirituais.
{mospagebreak}
Capítulo 10 – Pós Guerra

Com a chegada de novas tropas, Gondor saiu vitoriosa. Todos comemoravam, porém, Ninquë Alcarë não via nada que lhe fizesse feliz ou rir. Naqueles tempos, quem a acolheu foi sua irmã que havia ido disfarçada para guerra. E assim, após o anel ser destruído, casamento de Arwen com Aragorn e tudo estar mais calmo, se despediu de seus amigos e parentes, incluindo Frodo, que agora era conhecido como, dos nove dedos, partiu, acompanhada por uma grande escolta, que a levou para seu lar. Tempos depois, ela chegou, mas não houve um momento em que as lagrimas fugissem de seus olhos. Seu irmão a acolheu e ficaram um dia inteiro conversando sobre a vida e por que tudo deveria ser daquele jeito, mas nada fazia a mente da jovem… Um pouco de sua dor havia passado, porém, metade de seu coração havia se perdido, e ela percebeu que a vida nunca mais seria a mesma e nem o vento, nem o mais bonito dos pássaros a faria mudar de idéia.
Ao perceber que o máximo que poderia fazer era partir, para enfim ficar junto de seu amado. Seu pai iria partir e isso estava-lhe avisado. Então correu ela e convenceu seu pai de que ia, e não se arrependeria, nem voltaria e muito menos mudaria de idéia. Vendo que lá, ela seria mais feliz, ele a deixou ir.
A elfa despediu de seus irmãos e deixou Valfenda, que seria de seu direito, para seu irmão, Elladan. A despedida dos dois foi a mais difícil, mas teve que ser feita. Sua irmã mais nova a compreendeu completamente e chorou por sua partida. Ao ver seu cavalo, ela o suplicou para que ficasse lá, mas ele recusou e não seria permitida a entrada de cavalos. Mas ele decidiu leva-la e ninguém conseguiu segura-lo. Ao lobo, ela o deixou para tomar conta de seu irmão.
Então foram muitos para os portos e muitos de sua família e por incrível que pareça, seu cavalo a levou pelos rios e foi aceito entre os elfos. E lá, sua vida foi reacesa, com o fogo do amor, pois agora tinha tudo que sempre quisera.

FIM

Sair da versão mobile