-Aqui, Miyoru é Lothlórien. Da primeira vez que viemos, Gimli nos disse que aqui havia uma bruxa élfica, mas creio que ele mesmo mudou de opinião.- narrava Merry, com eloqüência, para Miyoru, que se divertia conversando com o hobbit.
-Mas não espere uma recepção calorosa.- disse Sam, lembrando-se das flechas apontadas para eles, porém, mas ele tinha dito essas palavras, a cena se repetiu. Se viram cercados por vários elfos, todos com flechas pontas para atirar. A sensação de dejá vu para os membros da antiga sociedade foi imediata.
Miyoru já se preparava para sacar a sua espada, e no saque já se livrar do elfo a sua frente. Mas resolveu avaliar a situação. Elfos por todos os lados. "Bem, não aceitarei a morte com gentileza." ela estava prestes a executar o saque da espada, quando ouviu Aragorn lhe dizer:
-Seja como for, não ataque.
"Como? Não atacar? E o que ele espera? Bem…" ela deixou a posição de luta, totalmente confusa, para voltar a sua postura normal. Resolvera confiar em Aragorn, enquanto ele falava algo com o que parecia ser o chefe da guarda, ela observava o lugar com crescente exasperação. A confusão fora substituída por uma raiva, e depois por cautela. "Muitas árvores, pouco lugar para se movimentar e nenhuma chance de fuga ilesa. É, seria uma excelente oportunidade para usá-…" seus pensamentos foram interrompidos pela chamada de Aragorn. Era para seguir aqueles Elfos. "Será que somos prisioneiros? O que será que nos aguarda?" ela se perguntou, perplexa, por ter se deixado prender tão facilmente. Devia ser uma tática. Mas então, por que não fora informada? Ela esperava que suas dúvidas fossem sanadas quando chegassem a onde quer que a estivessem levando. Ela só não esperava por quem…
-Sejam bem-vindos, novos companheiros do anel.- Um homem os saudou com evidente cortesia e satisfação. Mas Miyoru estava completamente atordoada para reparar em qualquer coisa. Aquele lugar a deixara meio aterrorizada, e meio fascinada, com a sensação que se encontrava dentro das lendas que ouvia quando era criança. A suave penumbra, como um manto, que envolvia o lugar. As luzes, o jeito das construções, tudo colaborava para parecer um sonho. Até que ela desviou seus olhos do lugar e olhou para a senhora que ali estava.
A mulher, de longos cabelos loiros, a seus olhos, parecia estar envolta num brilho suave. Miyoru não pode evitar uma associação as rainhas das fadas de suas histórias. Tão magnífica, que ela se sentiu apenas uma criança desajeitada, como se fosse a primeira vez que via algum adulto. Quando a mulher lhe falou, demorou angus segundos para que ela entendesse o que tinha sido dito e voltasse de seu transe.
-Você…- a Senhora disse, se dirigindo a ela -É uma criança de outro mundo. Seja bem vinda a esta terra, e seja forte. A missão e provações pelas qual passará serão muitas e difíceis. Mas deve resistir a todas com toda a sua, e apenas a sua, fé.-
Miyoru ouviu essas palavras com atenção todo o respeito que podia, sempre lhe fora ensinado que exortações que parecem vagas e pouco óbvias no momento em que são ditas, farão sentido e serão muito úteis se forem lembradas no momento correto. Mas suas próprias divagações foram interrompidas, quando a voz da Senhora soou dentro da sua mente. Ela permanecera imóvel e atordoada enquanto a voz soava "-Ora, mas que feliz coincidência…você faz seus anos justamente hoje, quando veio a mim? Então seu presente deverá ser especial…" Então ela falou em voz alta, embora Miyoru não se sentisse sã o bastante para afirmar isso – Eu lhes darei, novamente, os mesmos presentes que lhes dei da última vez, só que dessa vez suas armas serão mais fortes, suas capas mais leves e mais eficientes. Lhes serão entregues quando partirem… Mas para você…" Ela se virou na direção de Miyoru, e duas elfas a acompanharam, carregando as coisas.- Já que fará hoje 14 anos de sua vida humana, deixe-me presenteá-la.-
As reações dos outros membros foram as mais variadas
-PARABÉNS!- Bradou Pippin- Feliz Aniversário!- Merry e Sam falaram. Frodo sorriu para ela e disse – Que sejam anos felizes, e muitos!
-14 ANOS?- bradou Gimli, com a indignação vazando na voz – Estamos carregando conosco uma criança!
-Realmente, é demasiado jovem…- se manifestou Gandaf – Mas é uma criança muito sábia.
-Lamentavelmente sábia…- murmurou contrafeito Legolas, que tinha uma percepção intuitiva de Miyoru que passara despercebida pelos outros, mas ele podia entender algumas correntes de emoções da garota – mas é…muito…muito jovem.
-Você é uma garota precoce…- disse Aragorn, colocando a mão em seu ombro quando ela parou um pouco a sua frente para se aproximar de Galadriel – Será uma adulta fantástica!
-Primeiro…- disse Galadriel, interrompendo a confusão, com voz suave – Aceite essa capa e esses trajes. Creio que será muito mais fácil para você. São mais leves e permitem mais agilidade que os que você está usando agora.- ela depositou nos braços de Miyoru a capa e os trajes dobrados.
Depois, Galadriel pegou de uma espada, idêntica a que a própria Miyoru trazia na cintura, só que a bainha parecia absurdamente mais longa. Ao reconhecer que tipo de arma era, Miyoru prendeu a respiração por um segundo, estrangulou um grito que morreu na sua garganta. Mas foi apenas isso, antes dela pegar a arma displicentemente, passar uma corda por ela e jogá-la nas costas. Galadriel dizia – Foi feita pelos elfos, é mais resistente e mais leve que uma espada comum. E, se você traçar um círculo com elas no chão, poderá ver seus pensamentos e lembranças de um passado distante, refletido dentro desse círculo.
-Como ela vai manejar uma espada tão grande?- Perguntou Gimli, com desdém. Miyoru virou-se para ele, com um olhar feroz. Pegou a espada das costas novamente, segurou no cabo e na extremidade oposta, no fim da bainha. Então, com um saque rápido, ela puxou as duas pontas.
A bainha, aberta de ambos os lados, caiu no chão com um estrépito ruído. Quando olharam, ela tinha na mão, não uma espada imensa, mas duas espadas um tanto menores que ela levava na cintura. O que eles achavam ser o fim da bainha, era na verdade o cabo de outra espada. Como todos olhavam, sem nada dizer, ela pegou a bainha, guardou as duas espadas e jogou-a nas costas com um sorriso triunfante. Quando se virou para Galadriel, ela tinha um embrulho nas mãos. Desfez o embrulho e o mostrou a Miyoru. Uma espada. Outras pessoas teriam apenas achado que era igual a que ela usava normalmente, mas Miyoru a reconheceu.
Miyoru abriu a boca e mexeu-a por um momento, sem emitir qualquer som, antes de levar a mão à g
arganta, estrangulando um grito de angústia. Ao invés disse, soluçou, tentando falar alguma coisa. Quando viu que não conseguiria falar nada coerente, apenas pegou a espada, com a respiração alterada, tentando, em vão, parar os soluços. Então, segurando-o com tanta força que as articulações dos dedos ficaram esbranquiçadas. Todos se aproximaram e olharam, perplexos e assustados com a reação de Miyoru, que estava parada, olhando desamparada para a espada em suas mãos. A garota reprimiu as lágrimas de angústia que brotavam nos seus olhos, de repente apertando a espada contra si, num desespero visível e perturbador, enquanto a voz de Galadriel, que para ela era apenas uma eco muito distante, explicava aos outros:
-Foi encontrada junto a um cadáver, morto nas proximidades da floresta. O morto usava roupas de outro mundo, e como a espada era extremamente bem feita e refinada, além de ser antiga e diferente. Quando eu a toquei, pude sentir que tinha alguma ligação com Miyoru, e Elrond confirmou isso. Por isso resolvemos dar a espada para ela, eu só não pensei que…eu não podia saber…
Todos observavam na pasmado, mas Legolas sentiu um sentimento angustiante; queria enlaçá-la em seus braços, dizer-lhe que estava tudo bem, que não precisava chorar. Afagar-lhe os negros cabelos, mostrar o quanto compreendia, com sua nova percepção da garota, o que ela estava sentindo. Ela, sempre forte e alegre, de repente vê-la tão abalada acabara por abalar ele também. Um leve desespero, uma angústia o corroia, um sentimento de impotência que nada poderia fazer diante da dor dela. E esses sentimentos não se tornaram menos conflitantes com o fato de Aragorn ter lhe posto ambas as mão nos ombros da garota e beijado seus cabelos, para mostrar-lhe que ele estava ali, com ela.
Os soluços de Miyoru, que já eram baixos, foram diminuindo até cessarem completamente. Ela deixou a espada pender numa mão de um braço que ela soltou, deixando-o pender ao lado de seu corpo, molemente, como se estivesse cansada de mais para mexê-lo, mas a mão ainda segurava a espada com força. Ela mantinha a cabeça baixa, mas mesmo assim foi possível ver uma única lágrima escorrer pelo seu rosto. Ela limpou-a com a manga e levantou a cabeça, num rígido autocontrole, sustentando um sorriso estranho no rosto. Ela agradeceu então, com uma voz calma controlada.
-Muito obrigada pelos presentes, a Senhora é muito generosa e eu não sei como expressar minha gratidão.- e se curvou, para agradecer a Galadriel da forma polida, da mesma maneira que tinha feito com Gandalf.
-Bem, como estão todos cansados, eu sugiro que descansem.- ela disse, e todos agradeceram e se viraram para sair quando ela disse – Legolas…-
Ele se virou e perguntou -Sim, senhora? Desejas alguma coisa?
-Quero conversar com você.
Quando foram deixados a sós, na clareira, Galadriel perguntou,- Pensas que não sei que está completamente caindo num amor pela menina Miyoru?- então arrematou, com voz suave – O que sentiste diante da dor de Miyoru?
-Uma espécie de desespero, impotência…e Angústia.- ele respondera, apesar do choque inicial de ter suas emoções lidas tão facilmente.
-Tem mais alguma coisa.- a voz de Galadriel se tornara um tanto austera e inflexível. Legolas deu um suspiro pesado antes de dizer – Senti ciúmes de Aragorn.-
-Legolas, toma cuidado com teus sentimentos para com esta garota. Ela tem uma importante missão nessa nova guerra que está surgindo, e terá que enfrentar aos outros, e a si mesma, sozinha.-
Ao ouvi-la dizer estas palavras, o medo e a consternação se estamparam na bela face do elfo – Senhora da Floresta, por favor diz-me; ela irá morrer nessa guerra?
-Não, ela sobreviverá muitos anos ainda.- ao ver que o alívio passara pelo rosto dele, Galadriel perguntou – Legolas, que atitude pretende tomar com Miyoru quando os tempos de paz finalmente se instaurarem na Terra-média?- Antes que o elfo pudesse responder, ela continuou – Se te quedares apenas como um grande amigo dela, apenas isso será. Ela poderá até viver contigo, onde quer que vivas, mas nunca permanecerá por muito tempo ao alcance do seus olhos; muitas vezes partirá, conhecerá toda esta terra. E cada vez que ela se for, levará consigo a tua vontade de viver, que voltará junto com ela. E tu viverás com a felicidade assim, indo e partindo, até que algum dia no futuro, ela não mais volte, e você, por mais que a procure, não a encontrará. E como nunca saberá qual é esse dia, a angustia se instalará em seu coração cada vez que ela deixar o seu lado.-
Ela parou de falar, olhando Legolas completamente atordoado, antes de continuar – Se a obrigar a permanecer com você, onde quer que você esteja, sem que ela tenha vindo a você de livre e espontânea vontade. Se usares teus sentimentos como arma para convencê-la a permanecer contigo, viverá uns poucos anos humanos em felicidade, mas com o tempo o coração livre dela se sentirá preso e engaiolado, e o amor que ela poderá sentir por você se transformara num ódio, até que ela odeie o ar que você respira. Então, um dia irá acordar e a encontrará morta. Ela terá se matado para poder ser livre.-
O rosto dele agora era um retrato do terror e do medo, puro e simples. Legolas estava chocado, não podia acreditar… não queria acreditar… Não, não era verdade, não podia ser – Mas…- ele perguntou, com a voz titubeante -..não há esperanças?
A Senhora de Lothlórien olhou para Legolas com um sorriso, então disse condescendente – Pode deixar seu amor claro, Legolas, mas não queira prendê-la. Deixe que ela venha a você, quando seu amor já tiver se sobreposto e domado a paixão pelo vento. Quando a necessidade de liberdade não significar nada perto da necessidade da sua presença. Quando seu coração, que é como um pássaro, não quiser mais voar. Quando ela precisar terminar o que já foi começado. Existe a chance que alguém um dia vá domar seu espírito e seu coração, Legolas, mas qual a chance de ser você a fazer isso?- então ela acresentou, suplicante – Elrond deu um conselho a Aragorn, e eu lhe dou o mesmo conselho agora; Quando essa guerra acabar, leve seu amor por ela para Valinor, onde ele viverá para sempre. Ou então arrisque-se a perdê-la, ou a vê-la imersa em angústia, com uma única chance.-
Legolas levantou os olhos, uma súbita certeza aflorou em sua mente – Diversas vezes eu tive apenas uma única chance para matar o inimigo com uma flecha, e a sorte nunca me falhou. Eu vou confiar, ela não me falhará. Afinal, não falhou a Lúthien e Arwen.- ele afirmou com um sorriso confiante nos rosto.
Mas o sorriso dos lábios de Galadriel era apenas condescendente – Não pense nisso agora. Hoje é o aniversário dela, você n&atild
e;o quer lhe dar um presente?-
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-Eu gostaria, mas não tenho nada para dar a ela.
Galadriel sorriu com satisfação -Tome.- e lhe estendeu uma longa fita, com um brilho que variava sua cor entre o gelo e o luar. – Essa fita é muito resistente, e obedece a comando de voz como prenda, solte… e Eu duvido que ela fosse gostar de algo que ela não pudesse levar consigo, algo demasiado enfeitado.
-Eu…Senhora, eu lhe agradeço muito.- ele fez uma reverência, e ela sorriu ao responder – A mesma mão que bate, ajuda a levantar. Que nunca digam que eu não soube ser justa. Agora vá, vai encontrá-la acordada.-
Ele sorriu, animado, fez mais uma vez uma reverência e se retirou.
Ele a encontrou mais afastada do lugar onde os outros descansavam. Ela observava o seu reflexo num lago, a nova espada ao seu lado, e a antiga presa na cintura, como de costumo. E como quando ele a encontrou nos terraços de Valfenda, ela murmurava uma canção para si mesma. Ao invés de abordá-la, ele resolveu ouvir a canção que ela cantava, era muito bonita, e com toda a magia e as luzes de Lothlórien, tornava a cena linda de se admirar. E ele fez apenas isso, ficou admirando e ouvindo a música. Sua voz parecia vibrar com doçura, como uma harpa dedilhada, ou uma flauta.
Quando você está no meio da chuva sem lugar para onde correr
Quando você está perturbado e sofrendo, sem ninguém
Quando você continua gritando por socorro
Mas ninguém vem e você se sente tão distante
Que não consegue encontrar o caminho de volta
Você pode chegar lá sozinho, está tudo bem
O que eu vou dizer é que
Eu consigo ir além da chuva
Eu consigo me levantar de novo sozinho
E eu sei que sou forte o bastante para sobreviver
E toda vez que eu sinto medo, me agarro mais à minha fé
E vivo mais um dia e vou além da chuva
E se você continuar caindo, não ouse desistir
Você se levantará são e salvo
Então continue indo em frente, com coragem
E você irá achar o que precisa para seguir em frente
E o que vou dizer agora é
Eu consigo ir além da chuva
Eu consigo me levantar de novo sozinho
E eu sei que sou forte o bastante para sobreviver
E toda vez que eu sinto medo, me agarro mais à minha fé
E vivo mais um dia e vou além da chuva
E quando o vento soprar
E quando as sombras se aproximarem de você, não tenha medo
Não há nada com que você não possa derrotar
Eu consigo ir além da chuva
Eu consigo me levantar de novo sozinho
E eu sei que sou forte o bastante para sobreviver
E toda vez que eu sinto medo, me agarro mais à minha fé
E vivo mais um dia e vou além da chuva
E se eles te disserem que você nunca conseguirá se levantar
Não hesite, se levante e diga:
Eu consigo ir além da chuva
Eu consigo me levantar de novo sozinho
E eu sei que sou forte o bastante para sobreviver
E toda vez que eu sinto medo, me agarro mais à minha fé
E vivo mais um dia e vou além da chuva
Eu consigo ir além da chuva
Eu consigo me levantar de novo
E vivo mais um dia
E vou além a chuva
Você irá além da chuva a chuva
-Além da chuva…- ela murmurou. E enquanto ela cantava, Legolas teve uma idéia. Ele já tinha pensado nela desde que ela falara no assunto, mas agora acontecera o encaixe final. Ele se aproximou dela, sem que ela percebesse, e disse – A cada canção sua, você me deixa mais surpreso…
Dessa vez ela não se assustou, apenas, se virou para ele e sorriu. Ele retribuiu o sorriso, se sentou ao lado dela e disse – Eu lhe trouxe presentes, para saudar o seu aniversário.- ela enrubesceu, e disse – Não precisava Legolas-san…-
-Mas você não vai recusar, não é?- ele perguntou sorrindo.
-Não, não vou.
-Ótimo.- ele lhe explicou da fita, e ela a adorou. Imediatamente prendeu-a, ou melhor, a fita se prendeu no cabelo dela. Então Legolas respirou fundo " Bem, é agora, coragem" olhou nos olhos dela e começou a cantar
Meu presente é minha canção, e essa é pra você.
E você pode dizer pra todo mundo, essa é sua canção
Pode parecer bastante simples, mas agora que está feita
Eu espero que não se importe
Eu espero que não se importe
Que eu tenha colocado em palavras
O quão maravilhosa a vida é, agora que você está nesse mundo
Andando por aí, ou vagando na floresta
Bem,alguns desses versos eles, me vieram á cabeça
Mas sol estava gentil enquanto eu pensava nessa canção
É por pessoas como você, que ele continua brilhando.
Então perdoe por esquecer, mas essas coisas eu faço
Como vê, eu esqueci, se são verdes ou azuis
De qualquer forma, o que quero dizer é que
Os seus são os mais doces olhos que eu já vi.
E você pode dizer pra todo mundo, essa é sua canção
Pode parecer bastante simples, mas agora que está feita
Eu espero que não se importe
Eu espero que não se importe
Que eu tenha colocado em palavras
O quão maravilhosa a vida é, agora que você está nesse mundo
Eu espero que não se importe
Eu espero que não se importe
Que eu tenha colocado em palavras
O quão maravilhosa a vida é, agora que você está nesse mundo
-Legolas, é…é linda…você fez…pra mim?- ela sorria, um tanto boba com a situação. Se sentia extasiada.
-Sim.- respondeu simplesmente, também sorrindo
-Ah, Legolas!- Miyoru, num impulso, se jogou num pulo-abraço para ele, enlaçando-o com carinho.
Legolas demorou um pouco a associar a realidade, sentia-se o elfo mais feliz de toda a terra média. Ele delicadamente abraçou-a também, com ternura, desejando que aquele momento durasse
para sempre. Tê-la em seus braços ali, retribuindo seu afeto, era a melhor coisa do mundo.
Mas, seus anseios não foram atendidos. Miyoru o soltou, embora ainda estivesse sorrindo, numa pura alegria -Legolas-san, eu adoro você!
-Eu dispenso o san…- ele disse, sorrindo, então não resistiu a uma brincadeira -Mas não era você que não iria gostar de ninguém?
O sorriso imenso se desvaneceu, deixando apenas um vestígio de sua existência. Mas logo ela sorriu de novo e apertou de leve as bochechas dele
-Você é um menino, digo, um elfo mau, Legolas!- ela soltou o rosto dele – Mas… Eu ainda sou um pássaro, posso simplesmente voar quando eu quiser!- E dizendo isso, ela lhe deu um beijo rápido no rosto, e voltou, correndo, para onde os outros estavam.
Ele ficou ali, sorrindo, atordoado de tanta alegria. Sentia seu coração transbordar de felicidade. Ele tocou o rosto, onde ela o tinha beijado. Ficou olhando-a se afastar e murmurou para o vento, que levasse as suas palavras- O primeiro passo foi dado… você não poderá mais fugir do que provocou em mim…e em você mesma…
E foi, calmamente, juntar-se aos outros.