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Valinor: Iní­cio ou Fim?

Desejo traiçoeiro dos sucessores!
Mensageira do saber dos mortais!
Início da sabedoria élfica em metais!
Vento vindo do oeste carregando dores!

Dor que começou com a cobiça dos homens,
em ter uma vida finda na Terra abençoada,
onde a beleza é maior que a desejada,
e a distância faz com que muitos homens chorem.

 

Cobiça que trouxe a destruição de um alto valor,
uma ilha que conquistava com a sua altivez,
que alcançava magnitude mês após mês,
e que transformava as dores dos homens em amor.

Ilha que para muitos era apenas menosprezo dos Valar.
Mas para a maioria era a vida que queriam levar.
Com muitas árvores e montanhas de frente para o mar
E a certeza de que teriam a segurança de seu lar.

Lar que esteve seguro até a volta do desejo,
De uma vida imortal em uma Terra melhor,
Que trouxe consigo um cruel servo de Melkor,
E sobre a cobiça dos numenorianos,
A força e poderio dos Valar foi derramada,
Deixando submersa e afogada,
A alegria dos dunedain com o passar dos anos.

Traidora Valinor foi com os homens.
E sobre os elfos nada foi de diferente.
Uma história que para os elfos é tão recente,
Faz com que muito dos eldar ainda chorem.

No começo os Noldor descobriam Valinor com alegria.
Cada descoberta era um momento de felicidade aos eldar.
Felicidade que achou Fëanor nas Silmarils,
E nelas nasceu um novo jeito de brilhar.

Um brilho que logo despertou o descontente.
Queriam liberdade para uma nova vida,
Onde fariam descobertas e alimentariam suas mentes,
E para Beleriand prepararam sua saída.

Em Alqualondë pediram barcos emprestados.
Que os Telerin logo rejeitaram,
Temendo que os Noldor fossem rejeitados,
Pois a eles muito amor os telerin dedicavam.

Os Noldor nada queriam ouvir,
E o amor dos Telerin afogaram em uma batalha.
Com armas afiadas como navalha
Assassinaram os telerin e apressaram-se a partir.

Uma partida que foi aceita pelos Valar,
Sendo que logo após veio a condenação:
Até segunda ordem na Terra-Média pra sempre viverão,
E que não era permitido a volta desses eldar.

Foi assim que a luz do Antigo Oeste se apagou para os Noldor,
E na Terra-Média um novo sofrimento ameaçou,
As guerras com a sombra de Melkor por assim iniciou,
E na lembrança dos exilados estava Valinor.

Assim os Noldor lembravam de Valinor:
Um sonho que eles desprezaram do outro lado do mar,
Uma Terra que se apresenta nas espadas élficas e seu brilhar,
Que onde todos os Noldor tinham uma vida melhor.

Terra que se localizava ao sol se pôr,
Casa dos Valar e berço dos Eldar,
Luz que sempre brilha na imaginação de um olhar,
Canção mais bela que alimenta a vontade de compor.

Maravilha do oeste mais pronunciado pelos reis,
Advertência aos mortais para um destino perfeito,
Margem de muitos sonhos na calmaria de seu leito,
Segurança de corações onde o mal não tem vez.

Flor ao vento que transborda de coragem,
Ponte na esperança de todos viajantes,
Respeito á essa Terra onde deleitam os amantes,
Fim de uma longa e cansativa viagem.

Essa é a Luz do Antigo Oeste,
Onde a sombra se espreita com medo,
Onde o Sol se desperta mais cedo,
Na esperança de aproveitar a sensação mais celeste,
Com mais estrelas e harmonia,
Mais distante da sombra do leste,
Mais flores e alegria.

Valinor!
A certeza de uma vida maravilhosa,
Uma paz que segue ociosa ,
Um amor intenso e bem melhor.

É por esse e por muitos motivos
Que Valinor é a Terra abençoada.
Pois é esperança e esperada,
Por homens altivos,
Elfos e sua beleza,
Povos tão distintos
E ambos ricos em nobreza.

E uma dúvida nos contrai:
Terra que definhou Elfos e Homens,
Mas que tanta beleza nos atrai!
Ela foi o começo de tudo,
Início dos Elfos e Homens,
Princípio das coisas no mundo,
De bétulas, azevinho e alecrim
Mas também causou dor!
Valinor: Início ou fim?

Mas essa dúvida é o que menos importa,
Pois Valinor vislumbra nossa realidade,
E mesmo não a tendo vista,

Sentimos saudade!

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