Ícone do site Valinor

Marcus

Sinopse: Eu não tenho idéia de como explicar, a não ser alertar para que peguem um lencinho
Classificação: Livre
Gênero: Drama
Disclaimer: Somente o Marcus é meu. Trabalho de ficção sem fins lucrativos.
Aviso: Não é para leitores sensíveis.
Texto Original: Marcus

 
Elrond pensou que seu coração fosse partir enquanto ele observava o seu caçula, teso, de pé ao seu lado. Seu queixo tremia, mas ele não queria ceder ao seu pesar.

Elrond relembrou o alívio que sentiu quando eles passaram por este lugar depois que Estel ficara doente. Os servos tinham hesitado quando Elrond pediu abrigo, mas o dinheiro colocado nas mãos do zelador apagou qualquer tipo de reservas que eles ainda tinham. O menino que morava lá ajudou a manter Estel entretido enquanto ele foi forçado a ficar na cama e os dois criaram uma forte amizade rapidamente. Marcus nunca tinha tido um amigo antes, e a exposição de Estel a crianças elfas sempre o fizera se sentir desajeitado e não muito bem-vindo. Os dois garotos faziam bem um pro outro. O senhor élfico jamais havia encontrado uma criança tão carente de atenção. O garoto, evidentemente, jamais tinha sido permitido que fosse a qualquer lugar com seus pais, os quais viajavam bastante, e nem lhe era permitido estar presente enquanto entretinham. Elfos tratavam os seus animais melhor do que este casal tratava o seu filho.
 

Quando eles descobriram que o aniversário de Marcus estava se aproximando, Estel implorou para que ele pudesse ficar. Elrond consentiu e começou a fazer uma flauta para Marcus e a colocar tantas estórias élficas em pergaminhos quantas o seu estoque limitado de papel permitisse. À medida que o dia começou a ficar mais próximo, Elrond perguntou ao zelador sobre quando os pais do garoto chegariam e descobriu que eles não iriam retornar a tempo para o evento. Elrond ficou chocado com a calma aceitação de Marcus a essa notícia.

Enquanto os servos pareciam não ter qualquer afeição verdadeira pelo menino, eles ainda assim planejaram uma refeição especial para o garoto. Quando o dia chegou, no entanto, Marcus estava muito doente para poder comer. Estel estava apavorado de que Marcus tivesse pegado a sua doença, mas o zelador assegurou a eles de que Marcus sofria desse mal desde a sua infância. O médico foi chamado, mas apesar dos seus esforços combinados com os de Elrond, eles foram incapazes de salvar a criança. Uma mensagem foi enviada aos seus pais. Quando a resposta veio, ela não continha qualquer remorso, apenas instruções para o funeral do menino. Elrond pensou que fosse passar mal.

Agora eles se encontravam de pé em frente aos servos ao lado do túmulo do menino. Estel moveu-se um pouco à frente e colocou os pergaminhos e a flauta no pequeno monte, depois, virou-se e correu para os braços do seu pai, chorando como se ele jamais fosse parar. Os servos partiram em silêncio, deixando pai e filho sozinhos. E quando os soluços de Estel aquietaram-se, ele falou voluntariamente pela primeira vez desde a morte do seu amigo. “Ada?”

“Sim, ion nîn?”

“O Marcus vai ficar nos Palácios de Mandos com a minha mãe e o meu primeiro pai?”

“Eu acredito que sim, Estel.”

“Que bom! Então eles vão ter um garotinho enquanto eu estou aqui com você e ao Marcus não vai faltar amor.”

FIM

Sair da versão mobile