A minha estória se passa na 4ª era, e tomei a liberdade de modificar algumas coisas do Livro de Tolkien para fazer possível a estória como pensei. Aragorn já tomara seu posto de Rei em Gondor, mas não conhecia Arwen, ou ela não existia. Frodo não foi para os Portos Cinzentos com seu tio, Bilbo, pois quis ajudar uma amiga conhecida de infância, Alda, que no caso é a protagonista desta estória. Gimli e Legolas também não partiram para o mar, mas continuaram juntos a Aragorn, e partiram com ele quanto este se cansou de ficar parado em um mesmo lugar. Sam não se casou, e trabalhava junto com Alda em uma estalagem. Nem Galadriel, nem Elrond, muito menos Gandalf partiram para os Portos também, continuando a viver em Arda.
Os personagens criados por mim (Alda e Huim) e pela Luma (Lhûgëa) tem seus próprios motivos para terem nascido, mas isto será explicado ao fim da terceira parte. Alda foi tirada do nada, só estava “brincando” em um site para fazer nomes em Élfico e tirei meu nome e sobrenome, depois peguei a tradução. Gostei de utilizá-lo, pois costumo basear os personagens das estórias em pessoas que conheço na vida real, e no caso, o jeito de ser de Alda foi uma herança minha na parte boa. Huim foi uma idéia enquanto estive dormindo, e foi para relatar meu lado de quando o garoto que eu gostava não gostava de mim, e muitas vezes me ignorava, mas vice-versa aqui como versão na segunda parte. Lhûgëa foi outra retirada do site de Montagem de Nomes Élficos, e a Luma deu a aparência de Lhûgëa a que ela gosta, e quanto a seu jeito de ser, eu misturei o jeito das minhas três amigas mais próximas. Os outros personagens tentei manter como são no Senhor dos Anéis, mas nem todas às vezes consegui isso.
Nas partes em élfico, em alguns diálogos não coloquei as traduções, então caso queiram traduzi-las, entrem no site www.valinor.com.br , na seção Ardalambion e baixe os arquivos de dicionário do idioma Quenya. A escrita e a ordem não devem estar perfeitas, pois ainda não comecei a estudar Quenya direito, e só irei fazê-lo quando as férias começarem (bem depois de terminar de escrever isto).
Quanto à estória, ela trata-se do começo da vida que Alda sempre desejou: Com batalhas, um amor de verdade e muitos amigos e companheiros, e até mesmo inimigos. Isto se torna possível graças ao interesse repentino de Gandalf em uma corrente élfica única, que era exatamente a que Alda ganhara de Elrond em Valfenda. Assim, Aragorn, já começando a entediar-se de ficar parado em um mesmo lugar, sai com Legolas e Gimli atrás dessa garota desconhecida, que trabalha em uma popular estalagem do Condado chamada Trodo. No começo Alda não se dá muito bem com todos, mas vai se acostumando com os amigos e vira a pessoa em que todos mais confiam.
Assim a história tem muita aventura, pouca comédia e uma pitada pequena de romance. Esta estória terá três partes, sendo esta a primeira é a mais importante de todas: Sem ela, não saberão o por quê dos acontecimentos posteriores.
Nota da Autora: Fic sobre Senhor dos Anéis. Arwen viajara para os portos ou não existia, e Frodo já destruíra o Anel. Como quando comecei a escrever essa fic eu não tinha lido O Retorno do Rei, não há erros, mas eu “voltei” o tempo um pouco sem querer, Ok?Ah tem muitos Trolls e Orcs espalhados pelo mundo.
1- A visita
Em um belo dia de Sol, Aldailis Echuiré, voltava à casa de seu melhor amigo do Condado da Quarta Sul até a Quarta Oeste. Era uma humana, a única que se via no Condado naquelas épocas felizes.Tinha olhos azuis que sempre brilhavam de alegria, e cabelos negros até a cintura.Alda, como era chamada pelos amigos, era dona de uma ótima estalagem, a Estalagem Trodo, que, junto com Samwise Gamgi, fazia um grande sucesso pelo seu gigante desjejum.Ela ia de carroça, cantando baixinho para si mesma:
A estrada em frente vai seguindo
Deixando a porta onde começa.
Agora longe já vai indo,
Devo seguir, nada me impeça;
Por seus percalços vão meus pés,
Até a junção com a grande estrada,
De muitas sendas através.
Que vem depois? Não sei mais nada
Após duas horas de viagem, ela finalmente chegou a Bolsão, que Frodo havia tomado de volta dos Sacola-Bolseiros.Alda chegou e bateu na porta. Frodo perguntou:
– Quem está aí? É meio cedo para visitas!
– Sou eu Frodo, Aldailis!- A garota respondeu
– Ahhh! Alda! Desculpe, esqueci que você vinha!- Frodo abriu a porta sorridente – Vamos, deixe suas coisas no quarto de hóspedes!
– Sinto muito amigo, mas esqueci de avisar, tenho que voltar cedo para a Estalagem…Tem dois orcs hospedados lá, e não confio neles! – Alda entrou, abaixando a cabeça.
– É claro, é claro! Nunca confie em orcs, é o que eu diga. Acho que você já ouviu demais sobre isso, não? – Frodo indagou sorridente
– Sim, e muito! Como seu tio Bilbo falava disso na estrada!Era até engraçado ouvir…Mas como vão as coisas?Como tem andado? – Alda disse mudando de assunto
– Eu estou ótimo! Está tudo muito perfeito! Semana passada fui até Valfenda a cavalo, mas voltei rápido quando Elrond me disse que iria receber sua visita! – Frodo sorriu – E então, o que quer? Chá?Vinho?Leite? Torradas? Torta?…
– Só chá, obrigado! Não se incomode com minha presença! – Alda respondeu carinhosamente
– Imagine, sua presença nunca me incomoda! Vamos, sente-se Alda, sente-se! A casa é sua! – Frodo disse dirigindo-se para a cozinha.
Alda olhou em volta antes de sentar-se. Viu os mapas espalhados, algumas imagens dos amigos antigos de frodo e um pôster gigante de Bilbo. Ela se sentou, e Frodo voltou a falar:
– Tive notícias de Gandalf esses dias! Ele está em Gondor, ao lado de Aragorn…Mas pelo que entendi, Aragorn não está agüentando ficar sem viajar! Ele se acostumou muito com viagens…
– Soube de algo parecido também, daqueles orcs. Pelo que entendi, ele já abandonou o reino há uma semana deixando-o para Faramir, o Regente, temporariamente.- Alda completou sem interesse algum
– Você nunca foi tão interessada em Aragorn durante toda sua vida, não? Apesar de ter um pôster dele na sua Estalagem é só para me ver feliz…Certo? – Frodo apareceu na sala com um bule e duas xícaras de chá.
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– Não mesmo! E não vejo o por quê que eu deveria me importar…É só um rei, e um grande guerreiro! Eu sei usar uma espada e um arco, mas até hoje nunca precisei usá-los…E você sabe que sou bem diferente de todas as humanas de Arda, não me interesso por Reis e grandes palácios! – Alda bebeu um pouco do chá
– Sei…Mas do mesmo modo fica admirando o retrato, não? – Frodo se sentou numa poltrona perto da lareira
– Uma coisa que sempre disse: ele tem uma bela apar&ecir
c;ncia. Nada mais que isso…Bom, vou precisar ir dentro de uma hora! Vamos botar nossa conversa em dia! – Ela terminou de beber seu chá e colocou-o de lado, mudando completamente de assunto.
No Fosso Branco, na Quarta Leste, três viajantes desconhecidos vagavam. Iam rumo a Quarta Oeste, conversando alegremente sobre como era bom viajar de novo. Eles seguiam devagar com seus cavalos, sempre dando algumas paradas para os animais beberem água.
De volta a Bolsão, três horas se passaram e Alda falava transtornada a Frodo:
– Ah Frodo, eu realmente preciso ir! Fiquei mais tempo do que devia! Até almocei contigo! Sam deve estar uma vara comigo…
– Então Sam ainda está trabalhando na estalagem?Como ele está? – Frodo continuou como se fosse uma última pergunta
– Ele está ótimo! Eu e ele conseguimos dar conta da estalagem perfeitamente!Ele disse que viria aqui dentro de uma semana…Veja só, eu estou aumentando a conversa! Preciso realmente ir! Tchau Frodo! Obrigado pelo almoço! – Alda se levantou indo em direção da porta.
– Tchau, Alda! Espero que nos vejamos logo!- Frodo a acompanhou até a porta.
Alda saiu rápido, pulou na carroça e, com um último aceno, partiu a toda velocidade de volta a Quarta Oeste para a Estalagem Trodo (em homenagem a Frodo).Ao mesmo tempo em que ela ia cavalgando, os três viajantes pararam em Bolsão, mas não se demoraram. Em meia-hora saiam em disparada para a Quarta Oeste. Alda chegou na estalagem, e um Sam mau-humorado a saudou:
– Olá, Srta. Alda! Apenas uma hora, hein? Estou vendo que se divertiu muito lá para ficar três horas! Não sabe como foi horrível cuidar de dois orcs e 3 hobbits sem você aqui!
– Desculpe, Sam! Já disse que detesto que você me chame de Srta. Alda…Eu ouvi no caminho que três viajantes estavam vindo pra cá, e que provavelmente vão chegar daqui a pouco…Vamos entrar! – Alda entrou rindo-se
– Qual a graça, Alda? Algo em minha cara?- Sam retrucou
– Calma Sam! Lembrei-me de Frodo contando como você fora corajoso, e ri por você trabalhar comigo! – Alda foi pra trás do balcão, e abriu uma gaveta trancada a chave. De lá, tirou um arco, e uma flecha e disse admirada – Como eu gostaria de um dia poder usá-la…Seria muito legal! – Ela apontou para a corda que segurava o pôster de Aragorn preso na parede.
– Você não sabe o que diz…Aldailis Echuiré? – Um viajante, alto, com pernas longas indagou, tirando o capuz e mostrando-se Aragorn – Tem um quarto para 1 humano, um elfo e 1 anão?
– S-s-sim! – Sem pensar Alda atirou na corda que prendia o pôster, e acertou bem na mira – Preciso dos nomes de seus amigos…O seu eu sei que é Aragorn, claro, quem não sabe não é mesmo?
– Sou Legolas, um elfo da Floresta. E meu amigo é Gimli, filho de Glóin.- Legolas tomou a palavra
– Ah claro! Frodo disse muitas coisas de vocês!Deixe-me tomar nota… – Ela abaixou pra procurar algum papel.
– Aragorn! Legolas! Gimli! – Sam saiu do restaurante e correu até eles – Quanto tempo! O que os traz aqui na Estalagem?
– Negócios, Sam! – Gimli respondeu rindo – Sentimos falta da sua amizade com Frodo para nos alegrarmos na estrada!
– Que bom! Então, vão ficar na casa de Frodo ou aqui? – Sam indagou
– Aqui, claro! – Aragorn respondeu surpreso com a pergunta – Mas só por alguns dias, até explicar tudo… -Esse olhou e viu os dois orcs encarando-o. Legolas murmurou algo em élfico e Aragorn respondeu com um sim.
– Quando vocês terminam as atividades da estalagem para poderem descansar? – Legolas foi até o balcão e perguntou a Alda.
– As exatas 23:30. Por que, se me permite perguntar Meu Senhor? – Ela se levantou e escreveu os nomes deles em um papel
– Hum…Será que todos nós poderíamos conversar às 22:30? Após a janta? – Legolas respondeu com outra pergunta
– Sim senhor! O que quiser! Acho que deveriam se descarregar. O quarto fica no andar de cima, primeira porta a esquerda…Boa estadia! – Alda terminou a conversa entregando a chave para Legolas
– Obrigado Srta. Echuiré…- Aragorn começou
– Me chamem de Alda. Se são amigos de Frodo e Sam, são meus amigos também! – Ela respondeu sorrindo – E, além disso, detesto que me chamem de Senhorita. Pior ainda pelo sobrenome!
– Claro…Obrigado Alda…Por sinal: bela pontaria! – Aragorn sorriu, e seguiu Gimli, Legolas e Sam.
Alda caiu na cadeira do balcão, ainda não acreditando: O que os três estavam fazendo lá? Como ela não tinha resposta para essa questão, pegou o pôster e escondeu junto com sua espada e arco na gaveta, tirando a flecha da parede em seguida e trancando-a. Ela se sentia muito honrada que o grande Rei estava lá, mas estava muito transtornada com o por quê de ele estar lá.
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2- Uma estranha conversa
Às seis horas em ponto, Alda e Sam foram para a cozinha preparar o jantar. Os três hobbits foram embora no almoço, e só sobraram os orcs e os três amigos de Frodo. Sam ficou encarregado da comida dos orcs e Alda dos outros três. Ela perguntou:
– O que um anão gosta de comer? De um humano e elfo eu sei…Mas de um anão não faço idéia!Nunca nenhum anão veio para o Condado antes.
– Gimli gosta de qualquer coisa que satisfaça a fome.Faça a mesma comida para os três! – Sam respondeu sabiamente
– Isso eu já ia fazer! Mas queria saber se o anão também gostava…Vou fazer uma comida do Norte, um arroz com torradas e molho vermelho! – Ela disse deliciada
– E nós também vamos comer isso? Afinal, eles convidaram-nos para cear com eles. – Sam perguntou com a língua entre os dentes
– Claro!Farei uma porção pra cinco então!- Alda terminou sorrindo.
Eles terminaram a comida e às nove horas chamaram os hóspedes. Primeiro Sam serviu os orcs, fazendo um sorriso falso que com certeza não foi contribuído. Alda demorou uns cinco minutos e apareceu ainda de cabelo molhado servindo o prato para os cinco.Sam sentou ao lado direito de Gimli e Alda sentou ao lado direito de Sam e ao esquerdo de Aragorn. Sam foi o primeiro a se servir com os olhos brilhando, pois a comida pelo menos aparentava estar boa. Gimli ainda hesitou em comer, pois aquela comida lhe era estranha; Mas depois de Aragorn se servir, este mudou totalmente de idéia e pegou um prato cheio. Alda ainda tentou começar uma conversa, mas sem muito êxito.
– Hum…Como foi a viagem?- ela tentou
– Falaremos disso depois. Agora não é uma boa hora. – Aragorn cortou, lançando um olhar aos orcs.
Eles terminaram de comer em quinze minutos, e Alda e Sam se retiraram para a cozinha lavar os pratos. Quando acabaram ainda era nove e meia, e decidiram descansar um pouco atrás do balcão. Alda relutou em tirar o pôster de Aragorn com a presença dele aí, e Sam a questionava por que várias vezes seguidas, até que ela parou de prestar atenção.Ás 22:30 ela e Sam seguiram para a sala dos companheiros, e Aragorn tomou a palavra assim que eles entraram.
– Bem…Devo começar pelo motivo que estamos aqui…É pelo seu anel falso que carrega no pescoço, Alda. Ele é o segundo anel do poder que existe no mundo.
– O que? Eu sei que não, não é possível! – Alda recebeu a notícia com muito desespero e Ara
gorn riu.
– Não, não, não. Realmente não. Isso foi uma piada do Aragorn. Por incrível que pareça sua comida teve um efeito meio "forte” nele… – Legolas deu uma bronca em Aragorn indiretamente
– Claro que teve…É um antigo prato dos Dúnedain do Norte, tem efeitos colaterais em qualquer um. – Alda disse de cara amarrada.
– Desculpe, desculpe…Mas agora vamos falar sério. Gandalf está em Gondor, como vocês sabem muito bem eu acho. Ele andou pesquisando e pesquisando, até que finalmente encontrou o que estava procurando numa carta de Frodo que dizia que um colar élfico foi dado a uma garota chamada Aldailis Echuiré no Condado, em uma estalagem na Quarta Oeste. Gandalf procurava por isso há anos, e o motivo ainda não deve ser dito.
– Está bem, outra piada não é? Pra que iriam querer minha corrente élfica?Querem comprá-la, é? – Alda indagou – Porque ela é a única lembrança de meus pais!
– Não, não! Nunca faríamos isso minha jovem! Mas Gandalf gostaria muito de vê-la, ela pode ajudar muito nas batalhas que ainda são feitas…Então, ele descobriu que tinham alguns orcs e trolls, e até mesmo wargs caçando-a para usá-la contra nós nas batalhas…E não vamos levá-la a força! – Gimli respondeu tudo de uma vez
– Não mesmo…Mas, mesmo se levássemos a corrente não ia dar certo, pois ela iria se soltar de nossos pescoços a toda hora: Ela só fica presa no pescoço de quem a tem por direito absoluto. A quem foi dado, a quem está usando-a agora. O que quer dizer, que queremos que você vá junto conosco até Gondor. Para levar a corrente e para se aventurar um pouco, e quem sabe usar aquele arco? Você tem uma bela pontaria, se me permite dizer. – Aragorn completou calmamente
– Claro que permito! Isso faz bem pra minha baixa auto-estima.E Gimli, cuidado quando for chamar-me de minha jovem, não faz idéia de minha idade para chamar-me assim! Vou com vocês com todo o prazer! Mas Sam pode ir junto? Não sei se ia agüentar sem alguém para falar do Condado… – Alda respondeu com um sorriso.
– Sim, isso mesmo! Agora tenho uma nova amiga-parceira, e eu os seguiria mes… – Sam começou, mas foi interrompido por Legolas.
– É claro Sam que você vai junto! Por que acha que está aqui também? Ah, mais uma coisa…Daqui a pouco, você vai dar um fim nas atividades da estalagem, não é, Alda? – O elfo disse olhando sério para Alda
– Sim, vou! Por que Legolas?- Alda respondeu desconfiada
– Os orcs agora sabem que você está com a corrente…Se esconda debaixo do balcão com seu arco e suas flechas, pois eles vão tentar te atacar de noite…Ah, já temos tudo armado, não se preocupe. Mas eles vão embora hoje, não? Quando você fechar? – Ele respondeu com mais perguntas
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– Sim, vão! Agora já entendi…Caso eles tentem fazer algo, posso atirar? – Alda disse com os olhos brilhando
– Pode…Mas se o outro tentar fazer algo, e sua flecha já tiver sido usada, use a espada! Eu vi que você tem uma guardada… Qualquer coisa é só gritar por nós que vamos ajudar. Devemos partir amanhã pela manhã…Boa noite! – Aragorn acabou a conversa
-Esperem! E onde eu irei dormir? No chão? Ah, mas é claro!- Alda recomeçou ironicamente, mas ainda rindo de satisfação.
– Nós pegamos uma cama extra, pode dormir conosco…Agora, boa noite. – Aragorn definitivamente acabou com a conversa, pois levantou e retirou-se.
Alda também saiu, deu um fim nas atividades da estalagem, pegou o arco, a flecha e a espada. Entrou debaixo do balcão e ficou olhando atentamente para a porta de seu quarto. Alguns minutos depois, ela ouviu passos pesados de orcs descendo a escada rumo o balcão. Os passos se apressaram e Alda pode ver um pé de orc indo pra dentro do balcão. Os orcs se comunicavam em sua própria língua, e depois o outro par de pés apareceu dentro do balcão. Ambos adentraram o quarto de Alda, que se levantou e no maior silêncio se postou ao lado da porta. Ouviu um barulho de travesseiros sendo rasgados. Colocou a flecha em seu arco e mirou no pescoço do orc que destruía sua cama. Acertou bem na mira, e o outro orc saltou em direção a porta de espada em punho.
Alda desembainhou e começou a lutar pela primeira vez seriamente com alguém. O orc era bom, parecia treinado. Quando Alda se encheu, usou a espada do orc como apoio para a sua e deu uma cambalhota por cima do orc dando-lhe uma espadada no meio das costas.A espada atravessou o corpo do orc, e ela puxou a espada de volta para si, girando-a como se para ver se ela ainda funcionava. Algo prendeu em sua espada e ela tirou a sua do alcance quando viu que era Aragorn.
– Eu já ia subir…Só ia pegar minha flecha… – Alda foi até o outro orc morto e tirou a flecha e guardou tudo na gaveta.
– Tire isso daí…Leve lá pra cima. Iremos levar isso, e terá mais flechas…E alguns suprimentos, nós pegaremos na casa de Frodo. Sinto muito, mas terá que cavalgar comigo, pois Legolas irá com Gimli, Sam com Frodo que insistiu em ir até Valfenda conosco. – Aragorn disse segurando a gaveta aberta
– Sem problemas.- A garota respondeu, meio que desesperada para ele não ver seu próprio pôster ali.
Ela tirou as armas da gaveta, e foi para seu quarto pegar uma mochila com as coisas necessárias. Alda voltou e subiu as escadas com Aragorn a frente, sem nem tentar conversar. Mas o próprio Aragorn antes de entrar no quarto acabou falando:
– Eu vou ficar de guarda hoje à noite… -Aragorn começou
– Não estou com sono…Acho que vou guardar um pouco também antes de me cansar.
Alda sentou-se na porta com a cabeça encostada na abertura, pensando. Novamente Aragorn começou:
– É a primeira vez que destrói alguma coisa, não é? – Aragorn perguntou.
– Não. Mas da última vez não tive que lutar…O orc não me viu. – Alda respondeu
– É bem difícil…É como ser um guardião e de repente voltar a ser rei…É difícil nos primeiros dias, mas você acaba se acostumando depois.
– Pois é…E ser a única garota da raça dos homens nessa terra distante do Condado, e de repente ter de sair numa aventura até Gondor é muito parecido, não acha Sr. Aragorn? – Ela respondeu sem interesse
– Pode me chamar de Aragorn, mas sem o Senhor na frente…Não gosto de amigos me chamando de senhor.- Aragorn sorriu
– É…Achamos uma coisa em comum. Eu detesto quando me chamam de senhora ou senhorita…Mas quase ninguém me ouve e insiste. – Alda suspirou
– Isso é o pior de tudo! Mas diga, você já abandonou a área do Condado? – Aragorn continuou. Alda respondeu com um não se mostrando desinteressada de novo. – Você não gosta muito de mim, não é?
– Quem disse? – Alda levantou a cabeça de repente
– Ninguém, perguntei por curiosidade…Pois é o que parece, ou pelo menos o que demonstra. – disse Aragorn
– Não… Mas sinceramente, você estava com uma cara de mistério demais no retrato do Frodo, aí pode se considerar que não gosto nem desgosto. – Ela respondeu ainda desinteressada.
– Sim…Muitos pensam assim.
Acho que seria bom tirarmos pelo menos um cochilo, pretendemos avançar pelo menos até a Floresta da Quarta Sul, depois de passar em Bolsão… – ele começou, mas a cansada Alda caiu adormecida contra a lateral da porta. – Ou talvez fosse melhor partir depois de amanhã.
Aragorn suspirou, levantou-a e colocou Alda na cama extra. O próprio Aragorn de repente se sentiu exausto e se jogou na cama, dormindo no instante em que colocou a cabeça no travesseiro.
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3- Livro infantil.
Alda foi acordada por um Sam desesperado no dia seguinte. Ela só entendeu que ele gritava algo sobre o desjejum, saindo correndo para a cozinha. Após fazer o desjejum apressado para três elfos (que só passaram pelo desjejum) e para seis hobbits famintos (três recém-chegados), além de sua “Escolta Particular”.Alda colocou a comida para todos correndo e se jogou na mesa que Sam, Legolas, Gimli e Aragorn estavam sentados.
– Tudo bem agora Sam.Aproveite seu dia de folga que eu arrumo tudo aqui. – Alda disse ofegante.
– Obrigada Alda!Acho que vou visitar Frodo para contar melhor as coisas para ele! – Sam sorriu.
– Se precisar de ajuda é só avisar! – Legolas disse.
– Não se preocupem!Se não forem fazer nada durante a tarde, podem entrar no meu quarto e pegar um livro. Pode ser qualquer um, menos os de capa vermelho fogo. – Alda disse.
– É, e porque é o único que ela deixa ler estes é Frodo! – Sam riu.
Alda forçou um riso e subiu em uma cadeira.- Caros hóspedes da estalagem! Sinto muito, mas tive um imprevisto e terei de fechar a estalagem por algum tempo. Mas em vez de 30 gemas como de costume, só serão cobradas 15 gemas pela diária completa!Então peço para que arrumem suas coisas, para que pela manhã ou hoje no fim da tarde possam partir com tranqüilidade!
Os hobbits resmungaram, mas os elfos a apoiaram. Alda voltou a sentar e suspirou aliviada.
– Por que essa sensação de alívio, Alda? – Aragorn perguntou.
– Porque da última vez que dei um aviso sério algumas hobbits atiraram os pratos do café na minha cabeça! – Alda riu – Mas não nego que foi engraçado!
– Foi, e muito! Eu vou indo, Alda! Até mais tarde! – Sam levantou rindo.
Alda olhou em volta, fez que sim com a cabeça e saiu correndo para tirar a mesa e lavar a louça. Legolas e Gimli foram até os elfos e começaram a conversar. Aragorn foi até o quarto de Alda e pegou um livro de capa verde, indo para a sala reservada ler.
Assim que Alda acabou de ajeitar a cozinha, foi preparar os cavalos e juntando suas malas. Lembrou que deixou uma na sala e reservada e entrou. Ao ver Aragorn, se desanimou um pouco.
– Com licença, meu Senhor, você viu uma mochila cheia por aqui? – Alda perguntou.
Aragorn apontou para a mesa com a cabeça sem tirar os olhos do livro.Alda pegou a mala, mas ficou curiosa com que livro ele pegara.
– Que livro está lendo? – Alda perguntou.
– A capa é verde. – Aragorn respondeu.
– Sim, mas qual é o título? – Alda tentou ver a capa.
– É muito interessante. – Aragorn escondeu a capa.
– Cuidado… – Alda sentou ao lado dele -Tem um orc ali…Não se mova…
Aragorn tirou os olhos do livro e Alda o pegou.Ele tentou pegá-lo de volta, mas Alda virou-se contra o sofá e leu o título. Quando virou, rindo, deu de cara com Aragorn curvado sobre ela.Alda riu de novo, e empurrando o livro contra o peito dele, o fez sentar e ela mesma se sentou.
– Elsamar Além-Mar-Um conto de Fantasia. – Alda riu mais ainda – Só porque foi feito para crianças, não significa que adultos não possam ler.
– Por que, você leu quando adulta? – Aragorn perguntou.
– Li já faz vinte e cinco anos, quando estranhamente chegou pelo oceano.A história é real. – Alda respondeu – Se me dá licença, tenho que acabar de guardar minhas coisas.
A tarde passou rápido após o almoço e o jantar de descanso chegou.Alda se reuniu a todos alguns minutos após servir o jantar, ao mesmo tempo em que Sam chegava.
– Eu pensei que você vinha mais cedo, Sam! – Alda disse.
– Desculpe, perdi a noção do tempo, Alda!Mas foi bom…Frodo vai estar nos esperando amanhã de manhã. – Sam disse. – Parece muito animado!
– Isso é bom! Porque no começo teremos de ser muito velozes! – Legolas disse.
– Bem, bem, bem…Vamos tentar descansar um pouco, não vamos pensar na viagem que faremos amanhã…Realmente preciso pensar um pouco! – Aragorn pediu.
– Ele tem razão…Eu vou dormir! Boa Noite! – Alda levantou. – Como não tenho outra cama que caiba em meu quarto, vou lá para cima novamente…
Alda subiu devagar e se jogou na cama.Aragorn foi devolver o livro que pegara, e a seguiu.Legolas, Gimli e Sam ainda conversaram um pouco, mas subiram e dormiram calmamente.
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3- Uma elfa legal.
Ao nascer do Sol, Aragorn levantou todos de suas camas. Ele já tinha arrumado tudo, inclusive fechado à estalagem.Alda não gostou desse último detalhe, mas não falou. Trocou seu vestido por uma camiseta e uma calça, pendurou o cinto com a espada, uma aljava de flechas nas costas e o arco junto.Ela desceu, e já encontrou os outros, inclusive Sam prontos. Todos foram andando até a porta, e Aragorn explicava para Alda o que fariam:
– Nós iremos para Bolsão pegar os alimentos, e depois seguiremos direto para o Bosque do Condado. Pretendemos parar na ponta do bosque, e seguir amanhã.
Alda não disse nada, só concordou com a cabeça, pois ainda estava em seu mau-humor matinal. Legolas ajudou Gimli a subir no cavalo e subiu também. Sam subiu em outro cavalo sozinho, o que deixou Alda com uma ponta de ciúmes, e a própria teve que subir atrás de Aragorn. Assim, começaram a cavalgar.
Poucos hobbits estavam acordados àquela hora, e os que estavam não estavam fora de casa, pois deveriam estar fazendo seu nobre e sagrado desjejum. Meia hora depois eles já estavam na Encruzada, e continuaram seguindo reto passando pela Estrada do Leste.
Ninguém conversava, então o silêncio os dominava, e tudo o que podia ser ouvido era o barulho dos cascos dos cavalos. Chegaram até o Beirágua, onde tiveram que virar um pouco mais para Oeste para passarem pela ponte. Logo em seguida chegaram a Vila dos Hobbits. A maioria dos hobbits já estava acordada e acenavam alegremente para Sam e Alda. Eles atravessaram a Vila dos Hobbits rapidamente e chegaram a Bolsão mais rápido ainda. Aragorn desceu do cavalo e ofereceu ajuda a Alda, que negou.Pulou caindo em pé. Bateu na porta, e uma voz sonolenta veio de dentro:
– Não estou aceitando visitas antes do almoço hoje… Quem está aí?
– Frodo, somos nós! Alda, Aragorn, Legolas, Gimli e Sam!- Alda disse alto e claramente
– Ah, sim, claro! Entrem, entrem! – Frodo disse abrindo a porta – Sentem-se, vou pegar minhas coisas!
Frodo saiu correndo para seu quarto, e todos se sentaram nos sofás da sala, a não ser Sam, que insistiu em escolher os suprimentos. Enquanto isso, os outros quatro permaneciam em silêncio, até que Frodo manifestou-se:
– Não vão conversar nada? Vão ficar aí, parados?
– Eu vou, não sei quanto aos outros… – Alda respondeu encarando o retrato de Aragorn na estante
– Hum, você
; eu já sabia! Mas olhe só, pelo que eu saiba, você já deveria estar acostumada! Deveria largar a mão de besteiras, Alda! – Frodo berrou do quarto
– Claro, claro! Já me acostumei, mas não a acordar as seis da manhã! Você sabe o quão mau-humorada eu fico de manhã, Frodo! – Alda encerrou a conversa
– Hum… Já arrumou tudo, Sr. Frodo? – ouviram Sam gritar da cozinha
– Sim, sim! Só estou ajeitando a Ferroada no meu cinto! Já deu nome para sua espada, Alda? – Frodo respondeu, aparecendo com a cabeça na porta.
– Uhum…Táridur em élfico.Em nossa língua significa Grandioso. – Alda respondeu, finalmente começando a acordar.
– Frodo, sinto em estragar sua conversa, mas gostaríamos de partir logo! E vamos a toda velocidade, pois alguns orcs sabem que estamos indo. – Aragorn interrompeu
– Oh, claro! Tinha me esquecido disso! – Frodo apareceu na porta da sala – Vamos Sam!
Sam saiu correndo da cozinha, com uma mala bem cheia. Saíram logo, e montaram os cavalos. Legolas explicou para Frodo o que deveria ser feito:
– Vamos à maior velocidade dos cavalos pelo menos até a beira da floresta, depois, podemos parar e descansar sob as árvores…Segure firme, Gimli!
Gimli concordou na hora, sabendo que o cavalo ia muito rápido. Alda se segurou firme em Aragorn, e o rei disse:
– Caso veja algum orc, pode se soltar e tirar seu arco e gastar a flecha; Caso você faça menção em cair eu a seguro, está bem?
-Certo! Espero que nenhum apareça! – Alda concordou.
Assim começou uma viagem não muito longa.Os cavalos saíram em disparada na ponte, e passaram reto pela Estrada do Leste. Seguiram rápido, sem parar, passando pela Pedra das Três Quartas ao meio dia. Deslocaram-se um pouco mais para Oeste, para chegar a Tuqueburgo pela trilha maior.
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Quando chegaram no portão de Tuqueburgo, alguns orcs estavam na porta, e começaram a atirar flechas. Legolas e Alda pegaram seus arcos e flechas, e começaram a atirar também: A de Legolas voou no meio do rosto de um, e a de Alda no pescoço do outro. Decidiram que seria melhor passarem mais rápido, para gastarem menos flechas. Andaram três milhas, até que um bando de 35 orcs os cercaram. Aragorn desceu do cavalo, tirou a espada e começou a lutar contra alguns. Frodo e Sam faziam o possível, e por enquanto, Alda e Legolas acertavam flechas e mais flechas. Após derrubarem 10 orcs, foram todos cercados. Aragorn murmurou:
– Lembra aquele truque de apoio na espada que você usou contra o orc noite passada?
– Lembro, não posso me esquecer! Treino-o a mais de dez anos…Já entendi… – Alda respondeu com um sorrisinho.
Os orcs apontavam lanças para os inimigos. Ela guardou o arco nas costas e tirou Táridur. Apoiou em uma das lanças, deu uma cambalhota e matou o Chefe-orc pelas costas.
Ao ver seu líder morto, os outros orcs se retiraram rápido para a Ladeira Tûk. Os colegas de Alda elogiaram seu truque, mas ela dizia que Aragorn que a lembrou. Assim, continuaram seu caminho sem mais problemas. Em vez de ir para a Ladeira Tûk, subiram a colina na Terra das Colinas Verdes. Alda conseguiu manter uma conversa com Aragorn durante todo o tempo, e parou de pensar que ele era mesquinho e chato. Quando desciam a colina, Alda ensinou uma canção meio-triste para Aragorn.
Acorde-me por dentro, Acorde-me por dentro
Chame meu nome e salve-me da escuridão.
Oferto meu sangue pra fugir,
Salve-me do nada que me tornei
Traga-me para vida
Congelada por dentro,
Sem seu toque, sem seu amor querido
Só você é a vida entre
a Morte
– Onde aprendeu canção tão triste e ao mesmo tempo bonita? – Aragorn perguntou a Alda
– Traduzi de uma língua estranha…Um viajante me disse na língua dele, e depois de muito estudar, consegui traduzir! – Ela respondeu sorrindo
– Vejam! Tem alguns guardas ali! Vamos acelerar o passo! Segurem-se! – Legolas interrompeu com seus bons olhos.
– Segure-se Alda, vamos muito rápido por aproximadamente dez milhas! – Aragorn aconselhou
A garota segurou firme na cintura de Aragorn, com um pouco de vergonha, e prestou atenção em tudo que ocorria. Agora ela também via os guardas, e entendeu por que tinham que acelerar. Aragorn acelerou o cavalo e se Alda não estivesse se segurando já teria caído. Pularam por cima dos guardas, e nem deram tempo para eles reclamarem da passagem-sem-identificação. Correram mais algumas milhas até passar do Alfineteiro, até que adentraram o Bosque. O cavalo foi diminuindo a velocidade, até andar bem devagar, o suficiente para soltar o companheiro da frente.Alda ouviu alguma coisa vinda da árvore ao lado dela, e, sem mais nem menos, subiu-a. Lá em cima viu uma elfa da floresta, como Legolas, tentando se esconder. A elfa era alta, só um pouco mais baixa que o Legolas, olhos cinzas e cabelos ruivos. Alda começou uma conversa:
-Olá, Srta. Elfa! Percebi você aqui desde que entrei no bosque! O que estava olhando?
– Bem…Aquele elfo loiro se é seguro lhes dizer algo! – A elfa respondeu
– Elfa esperta você! – Alda sorriu para a elfa e estendeu a mão. – Sou Aldailis Echuiré, antigamente do povo dos Dúnedain e atualmente do Condado.E você?
– Sou Lhûgëa Rûthuial… Seu nome é em élfico, não é? Significa árvore com o topo cheio de neve animando! – Lhûgëa respondeu
– Isso mesmo!E o seu é Serpente Irritada…Você é temperamental? – Alda estranhou, rindo.
– Não mesmo!Sou extremamente calma, calma até demais! – Lhûgëa respondeu sorrindo
– Claro! De onde você vem? – Alda sentou-se em um galho
– Venho de Lothlórien! E estou voltando para lá! – Lhûgëa respondeu
– Ah, legal! Vamos passar por lá no nosso caminho! Que tal ir conosco? – Alda perguntou sorrindo – Seria ótimo ter mais uma companheira! Aí acho que você teria que ir no cavalo do Legolas, que agüenta mais peso!
– Hum…Legolas é o elfo! Quando vocês vão partir? – Lhûgëa perguntou com os olhos brilhando
– Estamos indo agora! Mas daqui a pouco vamos descansar! Vamos lá! – Alda pulou da árvore e alguém falou no ouvido dela:
– Como você some assim, Alda?
– Acalme-se, Aragorn! Conheci uma amiga nova! Vai andar conosco! É uma elfa de Lórien! Vem, desce Lhûgëa! – Alda berrou pra cima.
Lhûgëa desceu, e se apresentou:
– Muito Prazer, sou Lhûgëa! Estou indo até Lórien, e ela disse que podia ir com vocês!
– Muito prazer, Lhûgëa! Sou Legolas, o único elfo do grupo! Seria ótimo que você fosse conosco! Esse meu amigo é Gimli, e o outro grande é o Aragorn. O hobbit de cabelos escuros é Frodo, e o outro é Sam. – Legolas apresenta todos
– Bem…Acho que falamos demais! Temos que penetrar um pouco mais o bosque e aí sim descansar! Lhûgëa, você vai com Legolas e Gimli! Vamos! – Aragorn interrompe o momento feliz subindo no cavalo.
Lhûgëa deu de ombros e montou atrás de Legolas, na frente de Gimli. O grupo foi andando mais um pouco, até chegar em uma clareira onde daria para acampar. Aragorn indicou o turno:
– Cada um vigia uma hora…Gimli vigia a primeira hora, depois Legolas, Frodo, Sam, Lh&uc
irc;gëa e eu… – Aragorn foi falando
– Ha-ha-ha!Vá sonhando Aragorn!Eu vou vigiar com você então já que não vou fazer nenhum turno antes disso! – Alda se invocou ligeiramente – Ou eu troco com a Lhûgëa!
– Ok, faça o último turno comigo…Qualquer coisa, todos já sabem, acordem-nos.Agora, vamos procurar lenha! – Aragorn concordou com cautela.
Aragorn, Lhûgëa e Legolas foram atrás de galhos mortos para acender um fogo, e Gimli, Frodo e Sam foram preparando os suprimentos enquanto Alda arrumava os sacos de dormir. Alguns minutos depois, um fogo quente crepitava e eles comiam frango assado ao som da voz de Lhûgëa cantando:
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Na floresta de Lórien,
Tudo é feliz.
Com suas folhas douradas,
Sou uma aprendiz.
Digo que Lórien,
É um lugar belo.
Sobrevive as trevas
e predomina a luz.
Sabendo que tudo se reproduz.
– Bela canção!Deve ter sido feita em Lórien mesmo, não é? – perguntou Legolas muito interessado a Lhûgëa
– Sim! Eu nasci lá, mas vim até aqui a pedido da Senhora para encontrar vocês…Depois ela disse que explica!Vou dormir…Boa noite! – Lhûgëa completou, enrolando-se nos seus cobertores.
Todos fizeram o mesmo menos Gimli, que ficou de vigia. Aragorn parecia dormir, mas estava de olhos abertos somente pensando. Alda dormia fundo, mas já estava pensando em acordar de novo. Uma hora mais tarde, Gimli acordou Legolas que se colocou de pé e começou a olhar em tudo que tinha em volta. Com seus bons olhos, podia ver mais longe que todos os seus amigos. Aragorn parou de pensar e fez de tudo pra fechar os olhos, e até que conseguiu, se não tivesse ouvidos muito bons e escutasse Frodo levar um susto quando Legolas o acordara. Frodo ficou indo de um lado para o outro, procurando algo interessante a fazer, mas como nada encontrou depois de uma hora, foi acordar Sam.Sam fez um barulho tão grande quando levantou que Alda acordou, mas permaneceu deitada pensando…Como seria o caminho deles? Será que mais orcs iriam aparecer? Sam aproveitou e comeu o resto do frango assado observando tudo na hora dele. Depois acordou Lhûgëa, que já estava acordada antes. Ela subiu em um galho mais baixo da árvore mais alta e ficou observando tudo que havia em volta. Depois de seu turno, preferiu por tentar acordar Alda e depois Aragorn, mas os dois da próxima vigia estavam acordados. Lhûgëa só deu um aviso:
– Fiquem de olho para o Leste…Algo vem vindo, eu vi lá de cima.Boa noite! – e voltou a dormir.
Nem Alda nem Aragorn se comunicaram nos primeiros quinze minutos. Na tentativa de saber se Aragorn estava tão ansioso quanto ela, sentou-se de surpresa um pouco mais ao lado dele. Esse por sua vez, levou um susto, mas depois até ficou aliviado, começando uma conversa:
– Como você foi parar no Condado?
– Bom…Tive que fugir de minhas terras aos meus cinco anos. Nessa época já tinha uma considerável habilidade com a espada e estava aprendendo a usar o arco…Fugi por causa de um ataque de orcs, e nunca mais vi meus pais novamente. Fui para o Condado, e cheguei lá aos meus oito anos quando os Bolseiros me abrigaram.- Alda disse o mais rápido que podia, olhando para o céu.
– Sinto muito, não quis magoá-la… – Aragorn encostou o ouvido no chão e se apressou a acordar todos – Enrolem-se em suas capas élficas…Lhûgëa e Legolas preparem uma flecha em seus arcos debaixo da capa!Vem vindo muitos orcs…Encostem-se nas árvores!
– Eu não tenho capa élfica sabe? – Alda reclamou
– Então vem comigo! Galadriel me deu uma capa maior do que o necessário…Ela disse que iria precisar dela um dia! Vamos lá… – Aragorn respondeu, apontando para a árvore mais grossa.
Alda sentou-se junto a Aragorn, com o arco mirado para o centro da clareira, ao mesmo tempo em que ele jogava a capa sobre eles.
N/A: A Luma que deu a idéia da elfa Lhûgëa, que surge nesse capitulo.
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4- Um dia chuvoso
Uma garoa começou a cair, e passos pesados começaram a passar por perto.Alda tentava calcular a altura dos orcs, e mirava na altura dos pescoços deles. Legolas, deitado contra o chão, mirava no chamado truque do calcanhar de Aquiles. Lhûgëa estava em cima da árvore, pronta para acertar na cabeça dos orcs. Eles finalmente chegaram, todos armados e de armadura. Olharam em volta e falaram alguma coisa na língua deles, que todos identificaram como: "Cadê eles?! ONDE ESTÃO?!". Alda soltou a flecha. Ela zuniu e parou bem no pescoço de um orc que caiu no chão. Legolas acertou o calcanhar de outro, que quase cai em cima dele. Lhûgëa acertou o centro da cabeça de um, que caiu morto embaixo da árvore. Alda soltou mais duas flechas, uma acertando o orc na frente dela e a outra o do orc ao lado. O orc mais esperto do grupo identificou de onde saiu essas flechas, e Alda murmurou para Aragorn:
– Eles estão vindo pra cá…Desembainhe a espada…
Aragorn fez que sim com a cabeça e desembainhou sua espada, ao mesmo tempo de Alda, e saíram debaixo da capa élfica. Todos os orcs automaticamente foram na direção deles que se separaram: Aragorn correu na direção onde Legolas estava deitado e Alda continuou parada. No tempo em que ela começou a usar a espada, Legolas começou a lançar flechas no alvo certo e com muita rapidez.Lhûgëa desceu alguns galhos da árvore e fez a mesma coisa, enquanto Frodo e Sam faziam o que podiam para se proteger. Gimli usava seu machado para ir acabando com a raça dos orcs de pouco em pouco. Assim, os orcs se separaram indo cada um para um canto.
A garoa se tornou uma chuva muito forte após alguns minutos angustiantes. Alda lutava como melhor sabia, inclusive acertando alguns orcs pelas costas. Quando a situação complicava-se para os pequenos Hobbits, Aragorn ia destruir os orcs que tentavam matá-los. Legolas acertava o maior número de orcs possíveis, e Gimli ia contando para ver com Legolas quem destruiu mais. Lhûgëa acertava vários, sempre de cima das árvores, onde os orcs não subiam por nada no mundo. Uma hora depois, sobraram somente 10 em pé, e eles não desistiam. Lhûgëa matou os dois que estavam perto de sua árvore e respirou aliviada. Gimli e Legolas também mataram os dois últimos, Aragorn, Frodo e Sam mataram três, e viram que Alda lutava com dois. Um acertou-a de raspão no braço, mas foi impiedosamente decapitado, enquanto o outro desapareceu. Pensando que tudo tinha ocorrido bem, Alda respirou aliviada. Um orc estava atrás da árvore onde ela estava um pouco mais à frente, e Aragorn foi o único que viu isso. O orc tirou a espada silenciosamente e foi em direção a garota, mas foi impedido por Aragorn: Ele empurrara Alda para o lado e lançou uma pequena faca élfica no orc que caiu morto no chão.Aragorn caiu com um baque surdo ao lado de uma Alda ofegante.
– Muito obrigado Aragorn! Acabou de salvar minha vida! – Alda agradeceu
– É nosso dever mantermos uma equipe unida…Precisamos partir para Bri antes que mais orcs cheguem! – Aragorn olhou tudo e todos molhados em volta, e se levantou – Vamos…Nossos cavalos ficaram escondidos atrás das árvores… – ele assobiou e os cavalos vieram.
– Orcs malditos! Espero que eles tenham aprendido a
lição! – Gimli disse
– Ainda não aprenderam, Gimli, filho de Glóin! – Alda mirou uma flecha que passou por cima da cabeça de Lhûgëa e acertou o orc fujão
– Obrigada! E agora aprenderam! – Lhûgëa riu
– Vamos! Eles chegaram! – Sam apontou para os três cavalos.
Alda subiu na garupa de Aragorn e se segurou firme, ainda com um certo pudor. Partiram em grande velocidade, e logo estavam na ponta do bosque. A ordem era de que iriam pela Floresta Velha, na trilha principal ao lado do rio Voltavine. Alda foi observando a chuva cair, e os campos passando…Então, assim como Sam na garupa de Frodo, dormiu.
Quando Alda acordou no dia seguinte, viu que ainda não tinham parado e que a chuva caia mais forte que antes: e viu também que a capa de Aragorn estava sobre si mesma.
– Você deveria usar sua capa, Aragorn! – Alda comentou com um murmúrio sonolento.
– Tinha uma capa reserva!Estamos quase no Salgueiro-homem! – Aragorn respondeu e avisou os colegas atrás.
– Se eu fosse vocês, não pararia embaixo dele…Da última vez que passei aqui, esse Salgueiro quase engoliu Merry e Pippin por completo! – Frodo lembrou
– Apesar de que fomos socorridos pelo velho Tom Bombadil, não foi Frodo? – Lembrou Sam
– Tom Bombadil! Já ia me esquecendo! Ele disse que quando eu passasse pela Floresta Velha, mesmo com amigos, poderíamos parar para descansar na casa dele! – Alda berrou
– Seria uma ótima idéia! Descansar sobre um teto antes de partir seria ótimo! – Gimli respondeu
– Então vamos parar na casa desse Tom Bombadil! – Legolas decidiu por todos.
Continuaram cavalgando, passaram pelo Salgueiro Homem e chegaram à casa do bom e velho Tom Bombadil. Alda desceu e bateu na porta. Uma voz feliz atendeu:
– O velho Tom Bombadil é um bom camarada!Olá! Quem está aí fora, logo após a aurora?
– Tom Bombadil, é a Alda! – Alda respondeu
– Alda! Que bom que parou por aqui! Vamos, entrem todos! – Tom abriu a porta – Mas que dia ruim vocês foram pegar,não?
– Pois é! Fazer o que! – Frodo se intrometeu
– Oh! Os dois jovens hobbits que precisaram de minha ajuda no Salgueiro-Homem!Frodo e Sam, não é mesmo? – Tom se voltou para os hobbits
– Sim, somos nós, Sr. Bombadil!Onde está Fruta D’Ouro? – Sam respondeu sorrindo.
– Está tomando chuva nas montanhas! No mais tardar na aurora ela aparecerá por aqui! – Bombadil respondeu.
Enquanto todos conversavam alegremente perto da lareira se esquentando, Aragorn estava sentado ao lado da janela, olhando fixamente para a orla da Floresta Velha. Lhûgëa percebeu que ele estava isolado e foi tentar ajudar:
– Olha, nós todos sabemos do perigo por dentro, mas…Pelo menos um bom almoço seria ótimo para todos! Depois nós logo partimos, Ok?
– Não é isso…Estamos sendo seguidos… – Aragorn começou
– Isso desde que saímos do Condado. É por algum ser baixo, não é um anão nem um hobbit…É um Storm. – Alda ouviu o que diziam e se intrometeu
– Sim, é isso mesmo! Havia me esquecido do nome! É um ser pequeno, da cor de uma árvore, muito corajoso…Mas não sei se é bom ele estar nos seguindo… – Aragorn tirou os olhos da janela para olhar a sala.
– Isso significa boa sorte. Ser seguido por um Storm significa que nossa busca trará resultados prazerosos, e conseguiremos derrotar grande maioria dos inimigos. – Alda continuou – Mas é melhor só almoçarmos e seguirmos para Bri, como a Lhûgëa falou.Ah, e isso é só superstição!
Aragorn fez que sim com a cabeça e olhou para fora: O Storm estava indo em direção a casa de Tom Bombadil.
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5- Um Storm esquisito
Aragorn continuou olhando firme, e percebeu que o Storm queria chegar na casa de Tom Bombadil.Antes de o Storm tocar a porta, ele a abriu e o outro deu um passo para trás. Ele disse:
– Só vim avisar que um orc fugiu e foi avisar o mestre deles…Vocês deveriam tomar cuidado…
– Pensei que Storms traziam notícias boas, e não más!Qual é seu nome? – Alda começou uma conversa
– Sou Scor, acho que o único Storm que traz coisas ruins! – o Storm respondeu choramingando
– Ah…Sinto muito por você! Vamos, entre, entre! – Tom Bombadil convidou-o totalmente social
– Então você vai acabar nos seguindo, é isso? – Gimli perguntou, preparado para pegar o machado.
– Sim, Scor vai! Mas não preciso de cavalos, consigo andar tão rápido quanto um! – Scor respondeu soltando um esboço de sorriso
– Oh…Claro, claro…Em todas as viagens um Storm segue os viajantes, mas eles nunca se apresentam! – Lhûgëa lembrou
– Por isso que eu só trago más notícias! Sou um péssimo Storm! – Scor começou a chorar
– Não precisa chorar. Pode seguir-nos, desde que não nos atrapalhe, entendido? – Aragorn disse com piedade
– Muito obrigado, Lorde Aragorn! Eu agradeço muito! – Scor respondeu com lágrimas de felicidade nos olhos
-Está bem, está bem! Chega de conversar e vamos almoçar! Não se preocupe Tom, eu arrumo tudo! Já estive aqui uma vez e sei tudo… – Alda interrompeu correndo pra cozinha
Os outros, inclusive Aragorn, começaram outra conversa mais animada e feliz, mesmo com Scor no meio. Alda preparou o melhor prato que podia ser feito com as coisas na despensa, e pegou o vinho indicado por Tom.Colocou a comida na mesa e prato para todos, mas fez questão de ela própria servir o vinho para cada um. Segundo ela e Tom, era a "Tradição da casa do velho e bom Tom Bombadil", então ninguém recusou. E ainda, era comum deixar uma "mensagem" de quem servia taça para quem estava com a taça. Alda iria passar as mensagens, e primeiro foi o próprio Tom Bombadil.
– Para meu velho e bom amigo Tom Bombadil, espero que continue ajudando a floresta e que tenha sua vida repleta de alegrias!
– Scor, o Storm…Espero que você traga boa sorte para nós, em nosso caminho para Gondor! – Alda colocou um pouco para Scor
– Gimli, Filho de Glóin…Espero que volte a ver as cavernas que tanto gostou nos Abismos de Helm, e que eu vá junto! – Alda piscou e Gimli sorriu.
– Legolas…Que consiga chegar em seu objetivo sem problemas! – O elfo sorriu em resposta
– Lhûgëa! Espero que nos tornemos grandes amigas, e que goste de Lórien mais do que já gostava! – Lhûgëa agradeceu com um aceno com a cabeça.
– Frodo e Sam…Espero que os dois sempre continuem amigos, leais e que sempre continuem indo a minha estalagem!
Depois dessa houve uma forte onda de risos, no qual Sam até caíra da cadeira de tanto rir, e socorreram-no depois. Alda derramou um pouco na taça de Aragorn, e quando foi entregar ao Rei, a mão dele tocou na mão dela. Ele soltou na mesma hora, e ela colocou na mesa, simplesmente dizendo:
– Para Aragorn, filho de Arathorn, espero que consigamos nos entender melhor… – Ela colocou para si mesma e sentou-se, calada.
Almoçaram demoradamente, pois conversaram e se divertiram muito. Scor no fundo era engraçado e muito gentil. Era um Storm que conseguia falar coisas difíceis para ele e ao mesmo tempo fazer uma piada empolgante, e também sabia manejar um arco com perfeição. Nisso, Aragorn o admirou, pois tudo que ouviu f
alar de Storms era que eles ficavam escondidos sem fazer nada nem para ajudar nem para atrapalhar. Eles passaram meia-hora só conversando e rindo, até que Aragorn lembrou-se do que iam fazer:
– Temos que ir ficamos tempo demais! Obrigado pelo almoço, Tom…Até a próxima! – Ele levantou e abriu a porta, e todos passaram.
– Scor, você quer um cavalo? – Alda perguntou gentilmente a Scor antes de subir na garupa de Aragorn
– Não, Srta. Alda…Eu corro muito rápido e não canso! Não se preocupe comigo! – Scor respondeu corando.
– Scor, por favor, não me chame de Senhorita que eu detesto! Chame-me de Alda! – Alda disse.
Alda subiu na garupa de Aragorn e voltaram a cavalgar. Como já tinham passado pela floresta, faltavam aproximadamente 10 milhas para chegarem as portas de Bri. Cavalgaram com algumas pausas, mais para se localizarem do que para descansarem e no meio da tarde estavam no portão de Bri. O mesmo porteiro que atendera Frodo quando estava com o anel abriu a janelinha:
– Quem são e o que querem?É difícil ver raças juntas assim, principalmente com um Storm no meio…
– Quem somos é problema nosso…-Aragorn respondeu com aquele capuz de guardião que todos os outros haviam colocado – Aqui me chamam de Passolargo, mas faz muito tempo que não venho. Queremos ir a Estalagem do Pônei Saltitante.
– Ah, sim, claro…Entrem… – o porteiro desconfiado abriu a porta para os viajantes entrarem.
Eles seguiram reto numa rua pequena, até chegar no Pônei Saltitante.Lá se instalaram, cada um em um quarto.A todo o momento davam voltas na cidade e conversavam tanto com turistas tanto com moradores locais para saber como está o caminho para Gondor. Uma vez Aragorn passou ao lado de Alda conversando com um elfo e ouviu-a perguntando:
– Kena Nulla hyarmen?
– il – O Elfo respondeu – úner vanta andúnë…
Alda fez sinal de obrigada e passou a mão na testa. Viu Aragorn e comentou:
– Detesto falar em élfico. É muito difícil!
– Hum…Um elfo avisou para mim…- Aragorn parou e tentou se lembrar – ú-vanta hyarmen, vanta ullumë avahaira Gondor…Significa: Nunca caminhe para o Sul, caminhe longe de Gondor…E depois disse em westron: você pode perder alguma coisa muito importante.
– Oh…Ótimo, vou tentar descobrir sobre isso…Tchau! – Alda saiu de perto como um rato fugindo de uma cobra.
Alda definitivamente não estava com conversas para ninguém além dos elfos, e continuava perguntando:
– Kena Nulla hyarmen?
E a maioria das vezes recebia um não…Desistiu às 6 da tarde, voltando ao Pônei Saltitante. Sentou-se na mesa onde Lhûgëa já estava sentada, e nenhuma das duas falou. Alguns minutos depois, Frodo, Sam e Legolas apareceram e sentaram-se também, conversando entre os três. Depois veio Gimli discutindo com Scor, e Aragorn chegou só na hora da ceia. Esse deu a idéia de seguirem a idéia de Tom Bombadil, então, dessa vez, Legolas deixou uma mensagem para cada um na língua geral. Para Alda, ele preferiu dizer em sua própria língua, só Lhûgëa, Aragorn, o próprio Legolas e a Alda conseguiram entender:
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– Hendi run o lóna…
– Ter tana? – Alda respondeu
– Ter tana… Ten tana quentë!- Legolas encerrou sentando-se em silêncio.
Todos foram subir rápido, menos Alda e Aragorn, cada um em um canto da mesa presos em seus próprios pensamentos. Aragorn disse uma única frase:
– Vamos embora amanhã de manhã…
Alda nem respondeu, só fez que sim com a cabeça. Já estava muito cansada, e preferiu subir e pensar no seu quarto. Sem companhia, Aragorn resolveu segui-la e pelo menos tentar dormir.