criado de Tolkien, portanto as informações a seguir não são canônicas e
devem ser encaradas apenas como exercício de imaginação e uma leitura
divertida)
Nascido em Laeg Goak, no extremo leste de Endor em SE 1744, Komûl era o filho mais velho de Mûl Tanûl, o Grande Senhor ("Hionvor") dos Womaw. Sua mãe, Klea-shay, era popular, apesar de sua linhagem Shay, mas morreu quando o jovem herdeiro tinha apenas sete anos; a consorte Élfica de Tanûl, Dardarian, criou Komûl e serviu como sua principal conselheira até que este assumiu o trono de Womawas Drus em SE 1844. O relacionamento de Komûl com a manipuladora Dardarian corrompeu seus ideais e levou à sua incessante busca por imortalidade.
Como Hionvor e Mûl ("Rei") do reino Womaw, Komûl I presidia sobre o mais poderoso reino no leste da Terra-Média. Seu povo descendia da Primeira Tribo de Cuiviénen ("Águas do Despertar"), a mesma linhagem que produziu os Edáin de Endor ocidental. Sangue élfico corria nas veias dos Hiona ("Senhores", sing. Hion) Womaw, e a maestria destes sobre Homens se devia em parte à sua longevidade. Muito influenciado pelos Avari, os Womaw do tempo de Khamûl praticavam magia da Floresta e da Palavra e desfrutavam dos benefícios de uma tradição cultural rica e prática. Sua sofisticação política e militar os permitira dominar as costas leste da Terra-Média por milhares de anos. Esta hegemonia resistiu seu maior teste no meio da Segunda Era, mas Komûl I perdeu-se no conflito.
Os distantes primos Númenóreanos dos Womaw eram o único grupo de Homens que poderia desafiar a supremacia de Womawas Drus, e no início de SE 900, os Dúnedain estabeleceram embaixadas comerciais nas terras controladas pelos Womaw. Durante os próximos 650 anos, os Númenóreanos conseguiram apoio de muitos dos vizinhos meridionais dos Womaw e construíram colônias fortificadas nas ilhas do sudeste da Terra-Média. Os Homens da Ocidentalidade forçaram concessões dos Womaw e ameaçaram a estabilidade do reino oriental. Por volta do ano 150 do reinado militarista e tempestuoso de Komûl I (SE 1994), Womawas Drus parecia ter aceitado a dominação externa e muitos dos Hiona Womaw renunciaram sua aliança com o Grande Senhor. Orgulhoso e desesperado, Komûl procurou ajuda com sua antiga aliada Dardarian.
Dardarian encontrou Komûl na Ilha do Nascente, o ponto mais oriental da Terra-Média. Lá, a Rainha Élfica seduziu seu filho adotivo, usando sua grande beleza, charme e, mais importante, uma oferta de imortalidade. Komûl concordou com a aliança entre Womaw e o reino Avar de Dardarian em Helkanen. A união levou à concessões Númenórianas (sob o Primeiro Acordo) no ano seguinte, abrindo mão de qualquer conquista e restringindo os interesses Dúnadan a centros comerciais, e não a pontos estratégicos.
Infelizmente para os Womaw, o pacto de Dardarian levou à queda de seu Hionvor. Sem que Komûl I soubesse, Dardarian servia a Sauron de Mordor. Em SE 1996, apenas um ano após o Primeiro Acordo, Komûl aceitou o instrumento que lhe conferiria o presente prometido por sua amante. Tomando um dos Nove Anéis dos Homens, Komûl se tornou o escravo imortal do Senhor dos Anéis. Seu reinado sobre Womawas Drus terminara abruptamente.
Komûl I desapareceu de Laeg Goak na primavera de SE 1997, após quase sete meses de virtual isolamento de seu povo e sua corte. Estes sete meses foram marcados por intrigas no palácio e uma sangrenta transição para uma nova ordem. Mais de três dúzias dos conselheiros do Hionvor foram eliminados na matança que quase arruinou o reino. Os Hiona começaram a preparar uma revolta, e Komûl partiu, abdicando em nome da facção apoiada pelos Númenóreanos liderada por seu primo Aon. Quase ninguém percebeu a natureza crítica da abdicação do Rei, mas o destronamento de Komûl I provavelmente salvou Womaw da Sombra. O monarca deposto pouco mais pôde fazer que jurar vingança, uma maldição que ele colocaria em prática mais de um milênio depois.
Khamûl, o Espectro do Anel
Komûl apareceu em Barad-dûr, em Mordor, por volta de SE 2000. Ele passou a ser conhecido a partir daí como Khamûl, de acordo com a pronúncia na Língua Negra de seu nome. Enquanto na Torre Negra, serviu Sauron como Mestre da Casa, e suas responsabilidades incluíam a administração da cidadela até 3350, quando Ûrzahil de Umbar tornou-se o Boca de Sauron e Tenente da Torre.
Khamûl fugiu de Mordor quando Sauron foi capturado em SE 3262. Recolhendo-se ao Leste, ele primeiro foi para Nûrad e, após uma breve estada, ele prosseguiu para as terras Shay do povo de sua mãe. Ele ficou entre os Shay até SE 3319, criando uma rede de servos, cuja ambição causou a separação das Cinco Tribos. Esta corrupção continuou após Khamûl ter voltado à Terra Negra, e por volta de SE 3400, o agente de Khamûl, Monarlan, trouxe três das tribos para a Sombra.
O Easterling permaneceu em Mordor durante a Guerra da Última Aliança (SE 3429 – 3441), liderando a campanha de Ithilien que abriu o conflito. Durante os primeiros quatro anos e meio, ele viveu em Lug Ghûrzun ("Torre da Terra Negra") em Nûrn ("Ghûrzun") oriental; mas em SE 3434 o exército da Última Aliança de Elfos e Homens forçou passagem por Ûdun, e Khamûl voltou para o lado de seu Mestre. O Espectro do Anel esgueirou-se para dentro de Barad-dûr na noite em que se iniciou o cerco.
Quando a Torre Negra caiu em SE 3441, o Nazgûl enfrentou a vanguarda da hoste Élfica e lutou uma batalha longa e brutal. Desprotegido, Sauron foi forçado a lutar com seus inimigos pessoalmente. Isto provou ser desastroso pois, embora tenha matado Elendil, o Alto, e Gil-Galad, o Maligno perdeu o Anel Um (e seu dedo) no conflito, e seu espírito passou para o Mundo da Sombra.
A Terceira Era
Com o banimento do Senhor dos Anéis, os Nove perderam a habilidade de manter sua forma. Eles seguiram o Senhor das Trevas para a Sombra com o fim da Segunda Era. Seu exílio coincidiu com o de Sauron e durou mais de mil anos. O primeiro a retornar reassumiu sua forma em Endor por volta de TE 1050, quase cinqüenta anos após o reaparecimento de Maligno.
Diferente de seus companheiros, Khamûl habitou rapidamente com Sauron na cidadela de Dol Guldur no sul da Floresta Tenebrosa. O Senhor Negro escondeu-se sob o disfarce de "Necromante" e lentamente recuperou sua força. Então, por volta de TE 1300, ele reiniciou sua luta contra os Povos Livres, enviando o Rei-Bruxo a Angmar no noroeste das Montanhas Nebulosas, na esperança de esmagar os estados sucessores de Arnor.
Khamûl deixou seu posto de comandante da guarnição de Dol Guldur com a partida do Rei-Bruxo, e pelos próximos trezentos e quarenta anos o Easterling viveu em Sart e Mang, nas Montanhas do Vento. Destas duas fortalezas rochosas procurou ganhar poder sobre os povos do sudeste da Terra-Média. Trabalhando sempre em uníssono com Dwar de Waw, Khamûl lutou contra a influência dos Istari Alatar e Pallando sobre a região. Seu sucesso foi apenas parcial, mas por volta de TE 1635, o Senhor das Trevas estava satisfeito e ordenou que o Segundo dos Úlairi retornasse para Dol Guldur.
A chegada de Khamûl coincidiu com a Grande Praga que arrasou o noroeste de Endor, e pelos próximos quatro anos ele permaneceu em Rhovanion como o principal servo de Sauron. Ele era o Guardião da Colina da Feitiçaria e permaneceu lá até o fim da Vigia de Mordor, em TE 1640.
Aparência e Família
Khamûl tinha 1,87 m de altura, médio para padrões Womaw. Originalmente pesava 88 quilos, tinha pele branca, sem barba, olhos azuis acinzentados, e cabelo liso, longo e negro. Esta aparência descrevia um Womaw de alta linhagem. Ele usava um Elmo e Armadura Dragão azuis escuros, feitos de pele de Dragão.
Ninguém entre os Womaw era melhor caçador que Khamûl. Mesmo quando criança ele podia correr como uma corça, movendo-se em silêncio pelas escuras florestas de sua fria terra. Seu senso de olfato era excepcional, e bardos falavam jocosamente de sua "herança de cão de caça". Sombrio, solitário, e esperto, ele era imbatível em disputas de sutileza e furtividade. Estas qualidades o serviram bem nos complexos problemas que enfrentou como Hionvor, e fizeram dele uma admirável opção como o principal trilhador do Senhor das Trevas e guardião da cidadela de Sauron em Dol Guldur.
A esposa Womaw de Khamûl, Komiis, deu à luz três filhos: uma menina, Womiis, e dois filhos, Womûl e Komon. Dos três, apenas Womiis parecia com seu pai.