Harlond era o porto fluvial de Minas Tirith. Localizava-se a sul das muralhas da cidade na margem Norte da curva Oeste do Grande Rio. Durante a Terceira Era o principal ponto para o escoamento e chegada de entrepostos advindos das atividades comerciais existentes nas províncias gondorianas e com outros reinos.
Esta "decadência" é devido a situação momentânea, pois Gondor já vivera momentos de auge, poderio bélico e influência cultural em várias regiões da Terra média e se tornou um ícone e referência para outros povos, inclusive para o próprio Sauron, que via tal supremacia como uma ameaça aos seus intentos de dominação "global" do continente, principalmente nas administrações reais e com referência ao reinado de Hyarmendacil. Tal poderio de Gondor era tão grande que nenhum inimigo aberto declarou contestar o poder do rei, e no seu tempo de glória seus domínios se extendeu até Celebrant e as bordas a ostro da Floresta Verde, indo para o Leste até os domínios internos do Mar de Rhûn e seu posterior reino, e para além do Sul do rio Harnen chegando até as proximidades da pequena península de Umbar. Esse fato constata a relação interativa sobre os territórios no qual sobre fazia valer seu poder polítoco, geopolítico e interativo.
Com relação os processos interativos nas províncias do Sul, a ameaça à navegação era iminente, pois Gondor do Sul conhecida como Harondor, era um território praticamente desabitado e bastante disputado entre os gondorianos e sulistas. Embora Harondor apresentasse áreas de transição desérticas nas porções meridionais, os seus limites setentrionais era ambientalmente rico, justificando no passado, uma considerável ocupação de Gondor nos momentos de apogeu e/ou ascensão militar. Entretanto, como a desolação era um fato presente, a Gondor presenciava momentos de vulnerabilidade, abriu-se a brecha para que a força de Harad penetrasse na região levando perigo aos habitantes que usavam até mesmo as fozes do rio Anduin. Outro fato em questão seria o rio Poros que fazia os limites entre Ithilien do Sul e Harondor, também estavam comprometidos, neutralizando os intercâmbios com Harlond pelas ameaças sulistas e pela posição proeminente das forças de Minas Mórgul que estavam declarando sua soberania nos domínios da Encruzilhada (Crossroads) e vertente oeste das Ephel Dúath até a montante dos Poros, a sudeste de Ithilien do Sul. Este rio Poros foi um marco muito importante, pois confrontos militares foram travados neste corpo d´água. Estes confrontos tinham um objetivo fundamental, o controle se possível de grandes partes do reino de Gondor, entre Ihilien até os limites ao Sul de Harondor, regiões ao oeste do Harlond chegando até Pelargir e Belfalas caso fosse possível os homens de Umbar e Harad assim fazer.
Ainda com respeito a comunicação, sempre foi um instrumento de peso no reino gondorinao, talvez esse anseio seja um costume herdado desde os tempos de Númenor, quando os homens do Oeste buscavam novas terras, novos contatos em lugares até então desconhecidos. Os processos interativos entre varias regiões de Gondor através das hidrovias mostram a força e a capacidade dos gondorianos neste sistema avançado para os padrões da Terra média e identifica a dependência pelo uso da navegação. Como o reino era muito amplo e apresentava uma diversidade ambiental considerável era imprescindível a comunicação das províncias através de pontos tidos como referencia Dol Amroth, Pelargir, Harondor e Ithilien do Sul via rio Poros (nas áreas navegáveis), rio Sirith e principalmente o porto de Harlond nas proximidades de Minas Tirith.
Com o desenrolar da Guerra do Anel e a posterior queda de Sauron, fica claro a necessidade na busca pelo Sul novamente. Essa busca se fundamenta no restabelecimento das províncias de Harondor, Ithilien e Umbar, em vários casos, através do conflito armado entre Gondor e os sulistas. Como Aragorn tinha o compromisso de levantar seu reino, pontos estratégicos são novamente restabelecidos, dentre os quais Cair Andros, Osgiliath e Harlond. Assim, o restabelecimento das províncias ter-se-ia dado através de campanhas militares por estradas e também por navios que poderiam sair das áreas portuárias e principalmente por Harlond estar mais próximo de Minas Tirith, não desconsiderando os outros portos.
Verificando o mapa da região, a maneira mais viável de penetrar nos domínios de Umbar seria através da navegação, e para o restabelecimento de Harondor, pelas estradas que já existiam, principalmente a estrada de Harad, mas como Harondor não era somente um território nas margens da estrada, com certeza Aragorn e seu exército adentrou para várias áreas do território de Gondor do Sul refazendo assim a ocupação e ao mesmo tempo construindo outras vias de comunicação, o que era fundamental para esta vasta parte de Gondor, ou seja, a integração ao reino.
A supremacia de Gondor e também Rohan era real na Terra média, o que forçou os homens de Harad, Khând e Rhûn a retornarem para seus territórios de origem. Mesmo assim, conflitos sempre existiram, mas houve momentos de paz e respeito aos limites territoriais dos regimes e a uma nova ordem mundial na Terra média. Os processos interativos sempre ocorreram em vários reinos da Terra média ao longo de várias eras, e com grande ênfase aos descendentes de Númenor que habitavam e atuavam no reino de Gondor, perfazendo uma rede imprescindível para a existência de controle do reino. Como citado, os processos interativos tiveram momentos de apogeu e declínio e durante as Eras; sendo perceptível um restabelecimento mais dinâmco através do retorno do rei Aragorn com sua posterior gestão nos reinos do Sul e Norte.
Referências Bibliográficas
TOLKIEN, John Ronald Reuel Tolkien. O senhor dos anéis: as duas torres. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
TOLKIEN, John Ronald Reuel Tolkien. O senhor dos anéis: o retorno do rei. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
TOLKIEN, John Ronald Reuel Tolkien. Contos Inacabados: Martins Fontes, 2007.
TOLKIEN, John Ronald Reuel Tolkien. O Simarillion: Martins Fontes, 2007.
http://www.glyphweb.com/arda/ – pesquisa em 03/08/08