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Um Antigo e Mais novo Inimigo da Terra-média – Cap. 15

Cap. 15: Revelação – A expressão de Pallando muda de um leve sorriso para a seriedade,
afinal aquela era uma batalha decisiva e duríssima, a única vantagem
dos homens era a poderosa muralha de Helm, reconstruída e reforçada com
pelos anões, pois, os goblins estavam em maioria. Virando-se para os
soldados falou em alto e bom som pra que todos ouvissem:

 

 
– Não confiem apenas nas muralhas para garantir nossa defesa, os goblins são criaturas rápidas e astutas, escalam paredões e muralhas como se estivesse se movimentando no chão plano, só que com menos velocidade, essa falta de velocidade é outro ponto que devemos aproveitar, portanto, fiquem todos apostos nas muralhas!

Eomér Completou:

– Vamos soldados se posicionem, armem as catapultas e as balistas, quero os arqueiros a frente! Gastem todas as suas flechas nesses malditos enquanto tentam subir, temos que debilitá-los o máximo enquanto escalam, pois quando começaram a invadir as muralhas nossos cavaleiros devem agir!

Os soldados começaram a se posicionar e quando ainda estavam se organizando, um grande som se ouviu vindo do meio das tropas, parecia um grande sopro semelhante ao chifre de Gondor, mas era um som maligno e macabro e, quando procuraram, via-se no centro Gorkil montado em seu escorpião gigante soprando um pedaço de chifre de Mumakil, logo em seguida muitos gritos de guerra ouvia-se vindo das tropas de Gorkil. Trolls, Gigantes e Goblins, era uma junção de sons gasguitos e rocos que quando se misturavam produziam uma sonoridade intimidadora.

– Não se intimidem homens de Rohan, não podemos nos abater com esse som maligno que vem com a intenção de nos destruir, temos que impor nosso porte, nossa superioridade e destruí-los por completo! – Gritava Pallando para as Tropas-

Mas o som intimidador somado aos constantes sopros de Gorkil não eram simplesmente um ato intimidador, era um chamado, e enquanto Pallando tentava evitar que os soldados tivessem sua moral abalada os som emitidos pelas tropas de Gorkil para subitamente e a voz de Pallando ecoou sendo interrompida pelo grito de Halmá do alto próximo a uma das balistas, parecia assustado.

– Algo vem do horizonte no ar, tem asas e parece gigantesco!

Todos olharam assustados e mantiveram seu olhar fixo para um grande vulto que vinha pelo ar numa velocidade impressionante, e, quando se aproximou o suficiente viram que era um Dragão imenso, vermelho como o fogo, e muitas listras negras. Em sua cabeça viam-se três chifres, dois enormes que pareciam crescer para trás chegando até metade do pescoço do dragão, e sobre seu nariz mais um chifre, pontiagudo, mas não tão comprido quanto os outros e assim como seu filho Dargortt, Dargorot tinha uma grande bola ao final de sua cauda semelhante a uma maça estrelada.

– É tudo o que eu temia. Dargorot um dos mais poderosos dragões da época da verdadeira sombra negra de Arda, não sabia que ele estava vivo, achei que os anões o tinham matado…, mas não, ele é que está por trás de tudo isso, ele é que é o verdadeiro comandante dos goblins e decidiu se revelar nessa batalha… Dizia Pallando para Eomér com uma profunda tristeza e surpresa estampada em sua face.

A expressão de Eomer era de terror, todos os soldados estavam completamente abalados, e paralisados enquanto o dragão se aproximava, os goblins por sua vez, estavam agitados e com a certeza da vitória. O dragão então sobrevoou suas tropas e era saldado com muitos gritos e ovações logo em seguida dirigiram-se até próximo as muralhas e começou a falar:

– Foi por Culpa de Vocês que meu filho Dargortt foi morto, aquelas malditas árvores gigantes o mataram, agora a minha ira é profunda e a raça humana deve ser destruída por completo! Sua voz era imponente e poderosa, ecoava como se muitos estivessem falando ao mesmo tempo e abalou ainda mais a moral dos soldados.

Pallando toma Frente e começa a falar e conforme falava seu tom aumentava a cada frase:

– Fangorn me contou do acontecido em Isengard, e a culpa Dargorot é completamente sua! Você é o responsável pela morte de seu filho! Você que o mandou juntamente com esses malditos goblins para tentar invadir e assaltar Isengard! Portanto você é o único responsável por isso! Não nos acuse de atitudes as quais você se arrepende profundamente de ter feito e por não querer assumir isso tenta culpar outros pelo acontecido, essa sua “fuga” não vai adiantar nada, por que o que vai pesar mesmo é a sua consciência por ter matado seu próprio filho! E esse vai ser o maior dos sofrimentos para você Dragão!

-Cale-se mago! Eu não tenho consciência! Não tenho tempo para esses sentimentos humanos fracos e inúteis!

-Mas não é o que parece, assim que falou de seu filho seus olhos brilharam de ódio, ódio esse por ele ter perecido, no fundo, Dargorot, ainda sobrou um pouco de instinto animal em você, Melkor não lhe corrompeu por completo, pois antes dele você como animal foi criado por Iluviatar e ninguém podia, pode e nem poderá jamais com seu poder! Iluviatar é onipotente Dargorot.

-Não tenho tempo a perder com você mago. E virando-se para as tropas gritou – Vamos goblins ataquem!

Nesse momento Gorkil que já estava à frente das tropas levantou sua espada e complementou a ordem de Dargorot, os goblins começaram a corre em direção a muralhas e escalá-la, os trolls se dirigiram aos portões, enquanto os gigantes arremessavam as enormes pedras contra os soldados no forte visando às catapultas e balistas.

– Você é o primeiro mago. Disse Dargorot e lançou uma bola de fogo incandescente contra o mago e todos aqueles próximos.

– Não é tão simples Dargorot! E com movimentos rápidos Pallando aponta seu cajado em direção a bola de fogo, dele insurgiu uma grande ventania que se chocou com abola de fogo de Dargorot dissipando-a e logo em seguida atingindo o dragão em cheio e afastando-o, em um grito Dargorot se desequilibrou e perdeu altitude, mas rapidamente se recompôs e num poderoso bater de asas fez uma poderosa ventania contra-atacando derrubando Pallado e um grande grupo de soldados próximos.

-Afastem-se de mim. Gritava Pallando com os soldados ainda no chão tonto e continuou. Eu cuidarei deste dragão, vão defender os portões!

Os soldados correram em direção aos portões e quando estavam próximos uma grande bola de fogo desferida por Dargorot os atingiu em cheio matando a todos.

Enquanto isso os arqueiros atiravam incansavelmente contra os goblins que escalavam as muralhas, mas, ainda assim ficavam cada vez mais próximos.

-Precisam atirar mais rápidos! Gritava Eomér. Eles estão avançando! Rápido, preciso de arqueiros nos portões os trolls estão o destruindo dividam-se, mais nos portões, mais nos portões!

No alto Halmá comandava as catapultas e balistas, muitas já haviam sido destruídas pelas pedras dos gigantes, e também alguns deles já tinham sido abatidos principalmente pelas balistas.

-Continuem atirando! Gritava Halmá. Do alto ele via o combate em baixo cada vez mais complicado, Goblins já começavam a penetrar nas muralhas e os portões já estavam começando a ceder, bolas de fogo eram desferidas por Dargorot para todos os lados e muitos soldados já tinha perecido.

-Maldito dragão… virem-se homens, vamos virem essa balista em direção ao dragão!

Halmá esperou o momento certo e disparou contra Dargorot. Quando este viu o tiro já estava muito próximo e pouco pode fazer para desviar, ele tentou um mergulho, mas a grande flecha da balista encravou na sua asa esquerda que já estava cheia de flechas dos arqueiros, um grito se ouviu, Dargorot então arrancou a grande flecha de sua asa e mergulhou contra Halmá e os homes na balista tentando abocanhá-los, estes, se jogaram ao chão e Dargorot atingiu apenas um, percebendo isso, ainda golpeou o local com sua poderosa cauda atingindo dois dos homens fazendo um grande estrondo e uma cratera no local do impacto onde os corpos dos soldados estavam esmagados, pegando Halmá de raspão, arremessado-o contra a parede que estava atrás deles deixando-o desacordado.

Enquanto isso embaixo os homens começaram a perder terreno, os trolls derrubaram os portões e invadiram o primeiro circulo seguido de Gorkil e dezenas de goblins.

-Recuem! Para o segundo circulo, vamos homens subam! Gritava Pallando

Muitos soldados conseguiram subir inclusive Eomér e Pallando e enquanto os outros subiam, Dargorot, num mergulho desceu e pousou no topo da rampa esmagando quem estivesse e impedindo que os demais subissem. Os soldados pararam assustados, a rampa estava completamente tomada por eles, um dos soldados então conteve seu medo decidiu atacar o dragão, ao ver essa atitude os demais soldados que subiam ergueram suas espadas e partiram para cima do Dragão.
Pallando e Eomér Pararam se voltando para rampa e viram a cena, desesperado Pallando Gritou:

-Afastem-se ele vai acabar com vocês… rápido Eomér mostre-me sua lança!

Eomér levantou sua mão e lá estava a lança, rapidamente Pallando segura na ponta da lança e um forte brilho emana de sua mão encantando a lança.

Enquanto isso na rampa os olhos de Dargorot brilham num vermelho intenso abre sua boca e desfere uma poderosa baforada de fogo, matando todos da rampa instantaneamente, inclusive goblins que perseguiam os soldados

-Nãooooooooooooo!! Gritou Eomér e tomado pelo ódio arremessa sua lança contra o Dragão. Metade da lança encrava em suas costas e mais um grito terrível é ouvido, a dor de Dargorot era imensa, imediatamente ele levanta vôo e virando-se desfere uma bola de fogo contra Pallando e Eomér, Pallando mais uma vez lança uma poderosa onda de vento que dissipa a bola de fogo numa explosão, o impacto derruba os dois, a fumaça os encobre e quando se dissipa via-se Dargorot descendo mais uma vez tentando abocanhá-los, porém uma das catapultas o atinge em cheio no ar derrubando-o ao chão num estrondo.

Pallando já estava cansado, muito de sua energia ele tinha usado naquela luta contra o Dragão, e foi levantado por Eomér.

Muitos cavaleiros lutavam contra os Goblins, e na direção deles vinha Gorkil montado em seu escorpião gigante, derrubando cavaleiros um a um sem muita dificuldade, as patas juntamente com o ferrão do escorpião eram letais e corpos ficavam pelo chão por onde ele passava, vinha em direção a Eomér e Pallando subindo a Rampa.

Eomér assistia aos poucos, cada vez menos cavaleiros e mais goblins, a grande maior parte da destruição era feita por Dargorot que não poupava sequer aliados, ele continuava a lançar suas bolas de fogo e mergulhar golpeando os soldados em chão, mesmo sendo ferido várias vezes e ter suas asas quase que completas por flechas.

A noite já começara a ir embora e o negrume estava lentamente dando lugar ao belo azul do céu, como se a esperança mesmo nas maiores dificuldades sempre viriam mais cedo ou mais tarde, então ela se concretizará e todos os temores desapareceriam dando lugar a alegria e felicidade assim como a noite vira dia.

– Não podemos com eles Pallando, temos que fugir!

Um pouco ofegante Pallando completou:

– Não podemos com Dargorot, Eomér. Precisamos de muito mais soldados para detê-lo, tenho certeza que se ele não tivesse aparecido mesmo com um contingente daquele dos Goblins nós venceríamos, venha chame todos para os dentro do palácio, vamos ter que fugir pela passagem secreta.

Eomér chamou todos os homens para dentro do palácio, e lentamente foram recuando e entrando, alguns tiveram que ficar do lado de fora para que outros entrassem. Dos elfos apenas Elor ainda estava vivo e veio carregando Halmá ainda desmaiado.

Ficar do lado de fora era um sacrifico doloroso, mas, que buscava salvar a vida da maioria, grandes amigos e familiares foram separados, pais ficaram do lado de fora para salvar os seus filhos e a pior parte foi aceitar que um tinha que se sacrificar pelos outros, mas a guerra é assim e rapidamente aqueles que entraram, e sobreviveriam perceberam que era necessário, então ergueram sua cabeça e se dirigiram a passagem secreta, reforçaram a porta com grandes vigas de madeira enquanto adentravam a escura e úmida passagem secreta.

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