A ação se volta para Frodo e Sam, que estão atravessando as colinas dos Emyn Muil, e sofrem com as paredes íngremes que os impedem de descer. Eles acham um lugar onde uma descida poderia ser possível, e Frodo tenta descer; um grito terrível atravessa o céu naquele momento [provavelmente de um dos nazgûl], e Frodo cai. Felizmente ele cai em uma saliência na rocha. Sam se lembra da corda que os elfos de Lórien lhe deram, e salva Frodo com ela; então ambos descem pela corda, e para a surpresa deles, conseguiram recuperá-la facilmente, como se não tivesse sido amarrada. Eles planejam passar a noite debaixo do precipício. Notam então Gollum, que os tinha seguido todo o tempo; ele escala facilmente, quase como uma aranha, mas cai na parte final da subida. Sam o ataca, e com a ajuda de Frodo eles forçam Gollum a prometer que os conduziria até Mordor. Logo depois Gollum tenta escapar, mas eles o pegam e descobrem que a corda élfica, com a qual eles quiseram amarrá-lo, o machuca muito. Ele jura pelo Anel que os obedeceria, e eles o desamarram. Um tempo depois, quando a lua estava no céu, eles partem novamente.
Os dois hobbits, conduzidos por Gollum, estão fazendo o seu caminho lentamente para os Portões Negros de Mordor. Já que atravessar por campo aberto, cheio de estradas orc, seria muito perigoso, Gollum os conduz ao longo de caminhos menos conhecidos pelas terras pantanosas. Eles cruzam os Pântanos Mortos, onde foram enterrados muitos guerreiros caídos durante a guerra entre a Última Aliança e o Senhor do Escuro no final da Segunda Era; agora luzes estranhas chamejam, e podem ser vistas horríveis faces de mortos debaixo da lama. Espectros do Anel voam freqüentemente sobre eles, aparentemente procurando o Anel e sentindo sua presença de alguma maneira; e o fardo do Anel sempre parece maior a Frodo conforme eles se aproximam de Mordor. Dentro de Gollum duas "personalidades" estão lutando pela dominação: o Sméagol bom, e o Gollum mau; e o desejo pelo anel parece estar vencendo novamente. Finalmente eles chegam às terras desoladas e estéreis diante de Mordor, e somente com o comando rígido de Frodo é que Gollum os guiará mais além.
Os companheiros chegam ao Portão Negro de Mordor. O Portão é vigiado pelos Dentes de Mordor, duas torres altas erguidas há muito tempo pelos Homens de Gondor, mas depois abandonadas e então ocupadas pelas forças de Sauron. Também há muitas outras muralhas e números enormes de orcs; várias estradas conduzem ao portão, e numerosos exércitos do Leste e do Sul estão entrando em Mordor. Entrar em Mordor parece absolutamente impossível. Neste momento Gollum sugere outro caminho: ir para o sul na cidade fantasma de Minas Ithil, e então até a passagem de Cirith Ungol. Lá as chances de não serem notados são um pouco maiores; naquela direção Sauron conquistou terras até o Anduin, e sente-se mais seguro. Assim, não é provável que o lugar seja vigiado completamente. Gollum afirma ter escapado de Mordor ao longo daquele mesmo caminho; entretanto, parece provável que essa "fuga" era conhecida e aprovada pelo Senhor do Escuro. No entanto Frodo, depois de um pouco de hesitação, decide aceitar esse plano.
Viajando para o sul, os hobbits alcançam Ithilien, que só foi conquistada recentemente pelo Senhor do Escuro, e não foi devastada nem maculada. Sam está cada vez mais preocupado com a comida: a única comida deles é lembas, que apenas durará até que eles alcançam Orodruin, e certamente não mais que isso. Assim, certo dia, enquanto eles descansam em uma floresta, Sam pede para Gollum que pegue algo comestível. Gollum pega um par de coelhos jovens e Sam prepara um ensopado. Porém, logo que eles terminam de comer , o fogo começa a fazer fumaça e o dois hobbits são rodeados por quatro soldados de Gondor, um deles sendo Faramir, o Capitão. Frodo explica algo sobre a sua missão, e Faramir parece muito interessado nisso; mas no momento ele deixa dois homens para os vigiar, e vai embora preparar-se para a batalha: os homens de Minas Tirith vieram a Ithilien para atacar exércitos que vieram de Harad, ao sul de Mordor, para se juntar às forças de Sauron. Sam vê uma coisa surpreendente durante esta batalha: um "olifante", um dos grandes animais cinzentos que só são conhecidos no Condado através de velhas canções.
Depois da batalha, Faramir [que é o irmão de Boromir] volta e questiona Frodo durante algum tempo; ele é no princípio um pouco desconfiado, e conta que tinha visto o barco com o corpo de Boromir flutuando no Anduin. Depois ele decide que Frodo e Sam deveriam vir com ele e seu exército a um refúgio escondido, uma caverna oculta atrás de uma cachoeira. Diferente de Boromir, que sempre buscou ganhar glória com sua coragem nas guerras, Faramir não é tão hostil e tem um maior respeito pelas coisas antigas e tradições [e pelos elfos]. Ele fala por muito tempo com os dois hobbits, e conta muito sobre Minas Tirith e as suas guerras, a história de Gondor, sua aliança com os rohirrim; Frodo descreve a viagem dos Nove Andantes, evitando o assunto do Anel cuidadosamente. Quando o assunto da conversa são os elfos e Lórien, Sam menciona o Anel acidentalmente. Aqui Faramir prova que ele é verdadeiro em suas palavras, e não tenta pegar ou mesmo ver o Anel.
Depois, naquela noite, Gollum aparece no lago perto da caverna, pegando peixes, sem saber do lugar escondido. As leis de Gondor requerem que qualquer um que chegar perto da caverna deve ser morto; mas Faramir desperta Frodo e lhe pergunta a opinião dele. Frodo explica que a criatura que eles viram era Gollum, e que ele os guiou, e que ele não deveria ser morto. Faramir não deixa Gollum vagar livremente sobre a área, e Frodo vai até o lago e convence Gollum a segui-lo. Dois dos guardas pegam-no e o levam para a caverna, vendado e amarrado. Faramir interroga Gollum, e Gollum jura que ele nunca voltará à caverna escondida. Então Faramir dá permissão a Frodo para andar livremente por Gondor, e o adverte, dizendo que Minas Morgul é um lugar mau e perigoso.
Faramir dá a cada um dos hobbits um cajado e também algumas provisões, e então os hobbits e Gollum partem. Eles viajam para o sul durante dois dias e chegam perto da estrada das ruínas de Osgiliath para Minas Ithil. Gollum continua dizendo-lhes para se apressarem, enfatizando o perigo que estão correndo. Eles viram para o leste, para as Encruzilhadas, o cruzamento da estrada de Osgiliath e a estrada norte-sul. No dia seguinte a escuridão começa a emergir de Mordor; grandes nuvens cobrem o céu, e o dia é tão escuro quanto a noite. Eles alcançam as Encruzilhadas; uma grande estátua de pedra de um rei está lá. Sua cabeça estava derrubada, aparentemente cortada pelos servos de Sauron, e jazia no chão perto da estátua; o sol aparece detrás de uma nuvem escura e um de seus últimos raios brilha na cabeça como uma coroa, dando a Frodo esperança nova.
Os viajantes passam pela cidade de Minas Morgul, e Frodo sente que o Anel atraía-o na direção dela. Eles vêem um grande ajuntamento de exércitos da cidade, indo aparentemente em direção a Gondor, conduzido pelo Capitão dos Espectros do Anel. Então os hobbits e Gollum sobem uma escada longa e íngreme, seguida por outra, mais longa mas não tão íngreme. Eles decidem descansar durante algum tempo, e enquanto Frodo e Sam estão falando Gollum desaparece; ambos caem adormecidos, e Sam desperta para ver Gollum, que se agacha na direção de Frodo. Embora pareça que ele não teve nenhuma intenção má naquele momento, Sam está cheio de desconfiança. Ele desperta Frodo, que diz para Gollum partir livremente, como se os hobbits pudessem continuar sozinhos dali. Mas Gollum diz que eles não podem alcançar o topo da passagem por si próprios, e os três se preparam para continuar.
Pouco tempo depois eles alcançam uma grande parede onde o caminho continua por um túnel. Um fedor terrivelmente asqueroso está vindo dali. O túnel é muito longo, e sobe sempre, com passagens laterais em alguns lugares. Os hobbits, enquanto caminham alguns passos atrás de Gollum, notam que o fedor está se tornando cada vez pior, até que eles alcançam uma passagem lateral de onde o cheiro desagradável parece estar vindo. Eles passam por ela, e o ar começa a melhorar; mas logo eles chegam a uma bifurcação do túnel principal. Gollum parece tê-los abandonado; eles tentam uma das passagens e descobrem que está bloqueada. Naquele momento eles notam os olhos de alguma criatura terrível atrás deles. Frodo se aproxima dela com o Frasco de Galadriel em uma mão e Ferroada na outra, e os olhos se retiram da luz. Os hobbits continuam depressa pelo túnel, mas acham a saída bloqueada por uma barreira que se mostra ser a teia de uma aranha gigantesca. Frodo corta a teia com a espada dele, e começa a correr para a passagem, que está distante só alguns passos. Sam vem atrás dele; contudo a criatura que eles viram no túnel faz o mesmo: Laracna, uma aranha enorme. Laracna surge de uma entrada lateral no túnel e começa a correr na direção de Frodo. Antes que Sam pudesse ajudá-lo é atacado por Gollum; depois de uma briga desesperada, Gollum foge.
Sam corre e acha Laracna, que se agacha sobre o corpo de Frodo. Isto deixa Sam furioso, e ele ataca a aranha gigantesca; ele fere os olhos da criatura e corta uma de suas garras, mas ela coloca seu corpo enorme por cima dele e tenta esmagá-lo. Porém, Sam mantém sua espada erguida, e Laracna acaba recebendo um ferimento profundo com sua própria força. Ela então abandona os hobbits e foge. Sam tenta acordar Frodo, que não mostra nenhum sinal de vida. Sam se desespera e não pode decidir o que fazer; no fim das contas, sabendo que tudo pereceria se desistisse, ele decide continuar a Demanda, e toma consigo a espada de Frodo, o Frasco de Galadriel e o Anel. Depois de dar os primeiros passos, porém, ele ouve vozes de orcs que se aproximam, e coloca o Anel. Ele descobre que pode entender a língua dos orcs quando usa o Anel: parece que há duas companhias, uma da torre de vigia na passagem e uma de Minas Morgul. Eles levam o corpo de Frodo e atravessam um túnel; Sam os segue, e escutando os capitães orc ele descobre que Frodo provavelmente ainda está vivo, e que será preso, e não morto. A companhia de orcs atravessa portas grandes, que se fecham antes que Sam pudesse atravessá-las.
[tradução de Luciano Soares e Reinaldo]