Os 124 anos do nascimento de J.R.R. Tolkien

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Escrito por Alexandre Erwin Ittner

Hoje, três de Janeiro, J.R.R. Tolkien comemoraria 124 anos ou, dando um certo estilo hobbitesco ao número, dozenta e quatro anos. E nada como comemorar a data relendo seus trechos favoritos e seguindo uma tradição iniciada pela Tolkien Society e reproduzida por fãs de todo o mundo — exatamente às 21:00, no horário local, reúna-se com outros leitores próximos e faça um brinde à moda britânica: fique de pé, erga um copo ou taça com sua bebida preferida (não necessariamente alcoólica) e, antes de beber, diga “Ao Professor” ou “The Professor“.

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A Tolkien Society mantém uma lista de cidades europeias e norte-americanas onde leitores organizaram encontros presenciais para o brinde e, no Brasil, eventos similares também acontecem em Curitiba, São Paulo e possivelmente outras. Para quem não tem essa possibilidade, fica a sugestão de postar uma foto ou do trecho que você leu no nosso fórum.

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Clara

Fiz brinde com coca-cola e li um trecho de "O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei", da parte em que Frodo e Sam tentam escapar da Montanha da Perdição, após o infeliz do Gollum ter caído (com o  Anel) no poço de fogo e todo o entorno está desmoronando; até quando as águias resgatam os dois valentes hobbits.

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– Bem, este é o fim, Sam Gamgi – disse uma voz ao seu lado. E ali estava Frodo, pálido e exausto, e apesar disso era Frodo novamente; agora em seus olhos só havia paz; nem luta de vontade, nem loucura, nem qualquer temor. Seu fardo fora levado. Ali estava o querido mestre dos doces dias do Condado.

– Mestre! – gritou Sam, caindo de joelhos. Em meio a toda aquela ruína do mundo, naquele momento ele só sentiu alegria, uma grande alegria. O fardo se fora. Seu mestre se salvara; voltara a si de novo, estava livre. E então Sam viu a mão mutilada, sangrando.

– Sua pobre mão! – disse ele – E não tenho nada que sirva como atadura, ou que possa confortá-la. Eu preferiria dar-lhe uma das minhas mãos inteira. Mas agora ele se foi, e está além de qualquer alcance. Ele se foi para sempre.

– Sim – disse Frodo. – Mas você se lembra das palavras de Gandalf: Até mesmo Gollum pode ter ainda algo a fazer? Se não fosse por ele, Sam, eu não poderia ter destruído o Anel. A Demanda teria sido em vão, no fim de tanta amargura. Então vamos perdoá-lo! Pois a Demanda está terminada, e com sucesso, e tudo está acabado. Estou contente por tê-lo comigo.

Aqui, no fim de todas as coisas, Sam.

(O Retorno do Rei – A Montanha da Perdição)

Agora estavam parados, e Sam, ainda segurando a mão do mestre, a acariciava. Suspirou, – Fizemos parte de uma grande história, Sr. Frodo, não foi mesmo? – disse ele. – Gostaria de poder ouvir alguém contando! O senhor acha que eles vão dizer: Agora vem  a história de Frodo-dos-Nove-Dedos e o Anel da Perdição? E então todo mundo fará silêncio, como fizeram quando em Valfenda nos contaram a história de Beren-Maneta e a Grande Joia. Gostaria de poder escutar! E fico imaginando como a história continua depois da nossa parte.

Mas no momento em que dizia isso, para afastar o medo até o último instante, seus olhos vagaram para o norte, perscrutando o olho do vento, para onde o céu distante estava claro, enquanto o vento frio, transformando-se numa rajada, varria para longe a escuridão e a ruína das nuvens.

E foi assim que Gwaihir os viu com seus olhos penetrantes, enquanto descia em meio ao forte vento, e desafiando o grande perigo dos céus fazia rondas no ar: dois pequenos vultos escuros, abandonados, de mãos dadas, sobre uma pequena colina, enquanto o mundo tremia embaixo delas, e arfava, e rios de fogo se aproximavam. E, no mesmo momento em que os encontrou e desceu num mergulho, viu-os cair, exaustos, ou sufocados pela fumaça e pelo calor, ou finalmente derrubados pelo desespero, escondendo os olhos da morte.

Estavam deitados lado a lado, e Gwaihir veio voando baixo, seguido por Landroval e Meneldor, o veloz; e num sonho, sem saber o que lhes estava acontecendo, os caminhantes foram erguidos e carregados para longe da escuridão e do fogo.

(O Retorno do Rei – O Campo de Cormallen)

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Sempre emocionante.

Obrigada, Professor!

:beer:

Fábio Bettega

To Professor!

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