Mais uma disputa legal com relação ao nome "Hobbit". Como a Valinor já
noticiou antes, parece estar havendo uma corrida, ao menos nos EUA,
atrás de negócios que usem a palavra "Hobbit" no nome.
Tudo começou cerca de nove meses atrás, quando Erickson foi contatado por representantes legais do falecido autor, renomado por livros como "O Hobbit" e a série "O Senhor dos Anéis". Eles afirmavam que Tolkien inventou a palavra "hobbit" e que Erickson, encontrada através do popular serviço de busca da Internet, estava usando ilegalmente o termo para seus negócios.
"No primeiro contato eu meio que pensei, ‘bom, se eu não responder talvez eles também não (continuem em frente)’ e sendo uma coisa do Google, eu pensei, ‘Quão sério é isso?’", disse Erickson.
Muito sério, ela descobriu, junto com inúmeros outros negócios através dos Estados Unidos que a Fundação visou em um de suas pesquisas periódicas na Internet. Erickson falou com os donos de alguns desses negócios, incluindo um "bed & breakfast" no Hawai chamado Hobbit Cottage.
"O (bed & breakfast) parecia a pequena cabana hobbit. É pegar a descrição do livro, você sabe, tudo pequeno e arredondado e isso marca a habitação de um hobbit", Erickson disse.
Seus negócios, por outro lado, apenas incorporam a palavra "hobbit" nos nomes, e ela nem mesmo inventou o termo "Hobbit Hill". Este se originou com Sue Anne Reedy, dona da pré-escola The Honeytree, quando ela era dona da Hobbit Hill. Erickson comprou o negócio de Reedy 11 anos atrás e mais tarde acrescentou Hobbit Hill Too e Hobbit Hill Cottage.
"Nunca passou pela minha cabeça que existisse um problema de marcas. Eu não teria feito isso 11 anos atrás", disse Erickson.
Ela buscou a ajuda de Dennis Adams, coordenador dos serviços de informação do sistema de bibliotecas do Condado de Beaufort, para investigar se havia alguma referência à palavra "hobbit" fora da obra de Tolkien, mas ele não encontrou nenhuma.
Então, Erickson respondeu ao contato inicial perguntando o que ela poderia fazer para manter os nomes. A fundação disse que ela poderia comprar o direito de usar a palavra, "mas eles nunca me dariam nenhum tipo de taxa".
"Eu nunca pensei em pagar a taxa, primeiro porque eles nunca deixaram claro sobre o que seria a taxa, (e) em segundo lugar, eles não garantiriam que a taxa continuasse a mesma, e eu simplesmente não quero entrar nesse barco", disse Erickson.
Então, por volta de Setembro, durante o ápice de sua disputa política, ela recebeu um pedido de cessar-e-desistir da Fundação, que demandava que ela mudasse os nomes dentro de seus meses.
"Eu escrevi de volta a eles e pedi que me deixassem terminar minha campanha ou um assento na Casa, e que eu eu lidaria com isso tão logo quanto pudesse", disse Erickson.
A Fundação "graciosamente" voltou atrás, e sua última correspondência foi cerca de três semanas atrás, com Erickson pedindo que fosse dado um ano para mudar tudo.
"Mudar o nome não parecia um grande problema, mas todas as três escolas tinham marcas. Nós temos dois ônibus que têm a marca das escolas, um site na Internet que deve ser completamente alterado, todas as camisetas dos nossos funcionários, todas as camisetas de nossas crianças, cada formulário que usamos, nossas licenças estaduais… tudo isso tem que ser alterado", Erickson disse. "Quero dizer, é um processo bastante árduo pensar todos os detalhes que devem ser alterados".
Sem mencionar a perda de reconhecimento do nome pela comunidade, ela ressalta…
"Minha argumentação com eles é que, além da palavra, não copiamos nenhum vernáculo ou descrição hobbitesca, além de serem pessoas pequenas, e eu acho que é uma definição muito ampla", disse Erickson. "Foi por causa do ressurgimento da popularidade de seus livros devido aos filmes que eu acho que isso foi trazido à luz".
Mas ela não tem os recursos financeiros para bancar uma disputa legal contra a Fundação.
"É uma pena, eu acho, porque eu obviamente não estou competindo com nada que tenha relação com J. R. R. Tolkien ou ‘O Hobbit ou ‘O Senhor dos Anéis’ ou nada disso", disse Erickson.