Autor: ungoliant

  • Hobbits, Humanos…e uma Humana!

    Relaxar! Relaxar! E relaxar! Era tudo que ela precisava. E também foi isso, que aquele terapeuta lhe receitou. Um velho maluco que ela nunca viu. Ficava soltando baforadas de cachimbo, enquanto concordava com tudo que ela falava! Ela achou que ele fosse bom! Tinha diplomas e diplomas na parede. Até era membro de uma tal Ordem dos Istari. Pelo que ela percebeu uma ordem super selecionada. É mas como relaxar, com aquela fila, para comprar um simples passaporte para o parque? Não podia reclamar, afinal estava tudo na mais perfeita ordem…
     

    – Olha gente! É a senhorita Liebe! – Sam

    – Eu quero uma surpresinha! – Frodo

    – Estávamos com saudade! – Merry

    – Há não! Vocês não! Eu vou chamar a segurança! Ou melhor, vocês não existem! – Liebe fecha os olhos e tampa os ouvidos – São personagens de um livro e …Ai!!! Está bem! Eu acredito em vocês agora! Não precisava pular no meu pé!

    – Por favor Senhorita Liebe! Nós seis prometemos nos comportar! – Pippin

    – Seis!? Seis de vocês? Eu vou morrer de estafa na casa dos vinte! Rugas e cabelos brancos antes dos trinta! – Liebe

    – Mas o Boromir e o Aragorn não são hobbits. E eles… – Sam choraminga

    – Não quero nem saber! Lá! Lá! Lá! – Liebe novamente de ouvidos tampados – Eu não estou escutando vocês!

    – Nós prometemos nos comportar! – Merry

    – Fica com a gente! – Pippin

    – Olha! Eu até trouxe essa flor do meu jardim! – Sam timidamente – Eu achei que ela me lembrava a senhorita!!

    – Mas que lindinho! Você me trouxe uma flor! Tá bom! Tá bom! – Liebe – Vocês venceram!!

    – Eu não sabia que ele tinha tanto jeito para as mulheres – Pippin sussurra para Frodo

    – E como é que você achou que ele teve treze filhos?? – Frodo

    – Ei! Boromir! Passolargo! – Merry grita – Nós encontramos uma amiga.

    Dois homens se aproximam. Os amigos dos quatro hobbits Mas ao invés de um aperto de mãos, e um "prazer em lhe conhecer", Liebe se sente encostada, na parede da bilheteria, pela ponta de uma espada. Na verdade, uma espada quebrada…

    – Eu avisei hobbits! Em terras estranhas precisamos ser cautelosos. Vocês tem certeza que ela é amiga? O inimigo já me preparou diversas peças antes! – Passolargo

    – Os homens de Gondor são valorosos e espertos! Eles não caem em truques do inimigo. – Boromir
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    – Tira isso do meu pescoço seu maluco! Para que serve uma espada quebrada? – Liebe

    – Isso não é uma espada qualquer! Dobre a língua para falar de Narsil. – Passolargo – Você pode provar que é quem afirma ser? Provar que é amiga deles?

    – É claro que eu conheço eles. Esse baixinhos são vidrados num cachimbo. Tarados por qualquer tipo de comida. – Liebe – Especialmente cogumelos.

    – Realmente você é amiga deles. – Boromir – Nem mesmo eu, vindo de Gondor, faria melhor descrição!

    – Realmente! Uma inimiga não teria essa aparência. – Aragorn – Você só pode ser a encarnação de Luthien, a Bela!

    – Cai na real cara!- Liebe – Essa cantada é pior que perguntar se o cachorrinho tem telefone!

    – Mandou a ver Senhorita Liebe! – Pippin – O herdeiro de Gondor levou um fora!!

    – Gondor não precisa de rei! – Boromir resmunga

    Antes que eclodisse uma briga entre herdeiros-de-reis e quase-futuros-regentes o grupo entra no parque.

    – Senhorita Liebe! – Passolargo – Nós temos um problema!

    – Isso nem o povo de Gondor consegue resolver! – Boromir preocupado.

    – Dispenso o senhorita! – Liebe, voltando sua atenção para o grupo – Essa não! Tudo menos isso…

    Os hobbits olhavam para a praça de alimentação! Vidrados! Nada mais podendo fazer, Liebe se considerou vencida. Os hobbits se revezavam para trazer as bandejas de comida. Enquanto isso, Liebe, Boromir e Aragorn ficaram na barraca de tiro ao alvo, ao lado da praça de alimentação. Liebe até ganhou um ursinho de Boromir, que não viu graça em nada.


    Duas horas depois, eles ainda estavam carregados com algodões-doces e maçãs-do-amor! Esperando na fila do carrinho de batidas. Mais uma fila, e mais demorada que a do SUS ou das Casas de Cura em tempo de Guerra. Enquanto isso Liebe explicava o brinquedo para eles. Chega a vez deles.

    – Essa não! Só tem três carrinhos! Vamos ter que nos dividir ou esperar mais. Passolargo e Boromir, vocês vão juntos. Mas sem discussões sobre quem vai herdar o trono de Gondor. – Liebe adverte– Um dos hobbits vem comigo. Os outros três vão juntos! E lembrem-se: não saiam do carrinho em hipótese nenhuma.
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    – Eu vou com o Senhor Frodo – Sam

    – Eu vou com você Liebe! – Pippin – Você já sabe mexer neste treco!

    Começam tranqüilos! Isso se você ignorar o Boromir soprando o Chifre de Gondor. Liebe até estranha. Os hobbits, Passolargo e Boromir marcam o seu carrinho. Ela e Pippin são sacudidos. O hobbit não aquentava mais aquela situação

    – Pippin! Senta no carrinho! Você já melecou meu cabelo com algodão doce! – Liebe tentando segurar um hobbit suicida

    – Foi mal! Mas dirige isso melhor! – Pippin – Eles sempre nós amassam.

    – Olha lá! Os caras amassaram os 3! – Liebe

    – Mandou bem Elessar ! – Boromir – Um a zero para Gondor ! O Condado não dá com nada! Nem no…

    – Sam! É para bater com o carrinho! – Liebe – Não para tampar a maçã-do-amor na cabeça do Boromir.

    – E ainda levaram bronca. Bem feito. – Aragorn – Dois a zero para Gondor.

    – Não Merry. O que eu disse sobre sair do carrinho? Também incluía pular na cara de outro motorista – Liebe – Assim o Aragorn não vai ver nada!

    – Esse é o objetivo! – Merry sorridente

    – Seus malucos! Vocês vão deixar o Frodo sozinho? Pippin! Cadê você? – Liebe – PIPPIN! Saí do meio da pista!

    – Eu pego ele.- Frodo mira o carrinho na direção dele.

    – Para com isso! Você vai matar ele! – Liebe
    Todos os carrinhos param! Intervenção de Illuvatar? Afinal, o tempo não acabou! O responsável pelo brinquedo o desligou, porque havia uma criança na pista! Liebe ainda levou um sermão por deixar seu " irmãozinho" solto daquele jeito.

    – Eu não acredito nisso!! – Liebe –Além de ser expulsa do carrinho de batidas, eu levo bronca por causa de vocês!

    – Liebe ! O que é aquilo? – Boromir

    – É maior que os Agornath – Aragorn

    – É a montanha russa! Vocês querem dar uma volta? – Liebe mais calma- Vamos aproveitar que a fila está pequena!

    Logo Boromir e Aragorn entram no carrinho! Quando os hobbits estavam prontos para entrar…

    – Sinto muito! Mas esse brinquedo tem limite de altura! – porteiro da montanha
    russa –E vocês não tem altura suficiente!
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    – Há não! – Merry – Eu queria tanto ir.

    – Faz o seguinte! Deixem o Boromir e o Aragorn ! Eu levo vocês em outro! – Liebe – Venham comigo.

    – O que é aquele cogumelo vermelho? – Frodo

    – Vocês só pensam nisso?- Liebe – Não é um cogumelo! É um pula-pula!

    – Haaaaaa! – quatro hobbits

    – Mas o que é um pula-pula?? – Pippin

    – Entrem lá para ver! Tirem os sapatos antes! – Liebe corrige-se, sob o olhar do hobbits – Já sei, vocês não usam sapatos…Muito bem! Agora comecem a pular!


    – Uma dama nunca deveria ficar desprotegida! – Aragorn

    – E aí caras? O que vocês acharam? – Liebe

    – Emocionante! – Boromir – Só os bravos homens de Gondor suportariam isso!

    – Os hobbits estão no pula-pula! Se vocês quiserem ir no trem-fantasma é logo ali! – Liebe – Eu não me arrisco a deixa-los sozinhos!

    Aragorn e Boromir vão para o trem fantasma. Liebe curte o silêncio! Quebrado pelo barulho do Chifre de Gondor. E logo depois por gritos! Nisso, pula-pula começa a murchar!

    – Ai! Ai! Ai! Aposto que isso é coisa deles. – Liebe – A fome bateu e eles morderam o pula-pula!

    Uma menininha saiu chorando. Outra assustada. A maioria saiu rindo. Mas todas, independente da reação, apontavam para quatro baixinhos q ficaram para trás.

    – Eu sabia que isso tinha dedo de vocês…- Liebe

    – Não foi dedo! – Sam

    – Foi a Ferroada! – Merry

    – Ferroada?! – Liebe

    – É, olha só! Ela ainda brilha quando se aproximam orcs! – Frodo mostrando a espada – O Bilbo que me deu. Legal, não é?

    – SEU MALUCO! COMO VOCÊ ME ENTRA COM UMA ESPADA NUM PULA-PULA DE PLÁSTICO??? – Liebe

    – Mas o Bilbo falou para mim nunca sair sem ela, e sem o colete de mithril! – Frodo choraminga
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    – Isso não é a Terra Média! Se esse colete não te proteger de bala perdida não serve para nada!- Liebe

    -AIIIIIIIIIIIIIIII! – uma voz feminina

    -SOCORRO!!!!!!!!!!! – outra mulher grita

    – Mais gritos! Essa não! – Liebe – Não me digam que vem do trem fantasma!

    Silêncio gera entre os hobbits!

    – Era o que eu temia! – Liebe

    As luzes do trem fantasma estavam desligadas e os carrinhos parados! Boromir e Aragorn aparecem brandindo espadas! E cada um carregando uma garota sobre os ombros.

    – Não temam nada senhoras. – Aragorn

    – Dois honrados cavalheiros estão aqui – Boromir – Para de me bater!! Eu salvei você!

    – Me larga!!!!!!!! – a mulher sobre Boromir

    – O que vocês fizeram?? – Liebe – Coloquem elas no chão!

    – Salvamos essas donzelas de monstros horríveis. – Aragorn – Aquilo lá estava mais infestado que as Terras Ermas.

    – Decepamos todos. – Boromir

    – Seus Malucos! – Liebe – Eram bonecos!

    – Por que alguém faz bonecos daquele tipo? – Boromir

    – Porque é um trem-fantasma. – Liebe – Serve para assustar as pessoas

    – Entendi agora. – Boromir

    – Olha a confusão que vocês arrumara!! É melhor a gente sair daqui! – Liebe


    Do lado de fora…

    – Foi mais divertido que tudo! – Aragorn

    – Melhor que a festa de despedida do Bilbo. – Merry

    – CALADOS!! Todos vocês! –Liebe – E parem de ficar me seguindo!

    – Mulheres! Vai entender!! – Sam

    – Por isso que eu prefiro as elfas! – Passolargo
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    – As mulheres de Gondor não são assim! – Boromir

    – Ninguém merece vocês! – Liebe

    – Liebe, quando você vai trazer a gente aqui de novo?? – Pippin inocentemente.

    – LIEBE! VOLTA AQUI! – Passolargo

    – Deixa o Pippin em paz! – Merry

    – Não entendo senhor Frodo. – Sam – Por que essa menina sempre tem que terminar correndo?

    Fim!!!!!

     

  • Arwen e Aragorn – O Inicio de Uma nova Era

    Logo após o término da guerra do anel, Aragorn filho de Arathorn herdeiro de Isildur é coroado rei de Gondor e se casa com Arwen Undómiel filha de Elrond, e ficam morando em Minas Tirith, no grande palácio sobre a Torre Branca, na muralha mais alta da cidade. Assim seguem-se meses de festividades e de reconstrução da cidade destruída, marcando o inicio de uma nova era, uma era de aparente paz e prosperidade.
    Gimli trouxe artesões da Montanha para ajudar a reconstruir a cidade e a muralha de Minas Tirith que tinha sido destruída durante a guerra nos campos de Pelennor. Além disso as ruas da cidadela foram mais bem planejadas e organizadas.
    Legolas e seu povo trouxeram da floresta flores para enfeitar os jardins das casas e pássaros para alegrarem a cidade com seu canto.
    A cidade branca brilhando a luz do sol tornou-se um lugar muito agradável para se viver, Arwen sentia como se estivesse vivendo nas terras de seu pai e por muitas vezes lembrava-se com saudades dos lugares onde passou sua infância onde os pássaros e as flores eram seus maiores companheiros.
     
    Passados seis meses, Aragorn parte com Gandalf, Legolas, Gimli para acompanhar os 4 hobbits de volta até o Condado. Arwen permanece em Minas Tirith tomando conta de tudo. Na véspera de sua partida, Aragorn e Arwen se despedem longamente e após uma noite de amor, Aragorn parte.
    Passaram-se 4 semanas quando Aragorn retorna. Arwen passeava na Praça da Fonte diante dos pés da Torre Branca . Bela como o entardecer, trajando um vestido branco longo e seus cabelos negros soltos ao vento. De repente ela avista Aragorn vindo em direção ao Grande Portão no primeiro arco da cidadela e saí correndo pelas ruas da cidadela indo ao seu encontro no portão.
    – Aragorn! Aragorn!- grita Arwen correndo ao seu encontro- estava com tantas saudades suas!
    – Eu também estava, melin ( querido)- acariciando o rosto de sua amada e olhando profundamente em seus belos e penetrantes olhos azuis- Como vão as coisas por aqui? Alguma novidade?
    – Nenhuma, melin, por aqui tudo esteve muito bem na sua ausência, e como foi de viagem?
    – Foi tudo tranqüilo, triste foi a despedida, mas… tem certeza que não tem nenhuma novidade?
    – Não- sem entender o porque da insistência – Esta muito cansado?
    – Não, melda (amado), vamos caminhar um pouco está uma bela tarde.
    Assim Aragorn e Arwen caminham de mãos dadas para além dos portões da cidadela. Após alguns minutos de caminhada chegam a um profundo vale com árvores tão altas que mal a luz do sol consegue penetrar, mergulhando todo o vale em uma profunda sombra fresca e agradável. Ao redor existe uma cachoeira com águas limpas e cristalinas e flores, muitas flores de todos os tipos e de várias cores.
    – Que belo lugar! – Arwen respira fundo sentindo toda a energia da natureza ao seu redor
    – É belo como você, minha rainha.
    – Imagina, minha beleza não é nada comparada a beleza desse lugar.
    – Como não? És a mais bela de todas, Undómiel, seus olhos são como a estrela mais brilhante desse céu! – Pega nas mãos da sua amada e a beija.
    Continuam caminhando pelo vale e aproveitando a natureza. Aragorn senta-se na grama ao lado do rio e puxa Arwen junto.
    – Queria não ter que viajar tanto e lhe deixar sozinha
    – Mas é o seu destino, e o que importa é que você está comigo agora, Aragorn.
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    – Depois de tanto tempo separados, de tanto sofrimento até finalmente estarmos juntos, não posso lhe deixar nenhum instante se quer.
    O rosto de sua amada se ilumina e ela o abraça. Após um tempo eles adormecem abraçados protegidos pela magia daquele lugar. Quando Aragorn acorda já anoiteceu. Arwen continua dormindo tranqüilamente, e sem coragem de acorda-la Aragorn fica observado sua amada dormir enquanto acaricia seu belo rosto jovem.
    De repente Arwen acorda assustada- Aragorn, o que aconteceu?
    – Nada meu amor, anoiteceu, vamos voltar?
    E assim Aragorn e Arwen retornam juntos para a cidadela. Ao adentrarem em um dos salões se deparam com uma mesa preparada para eles, com pães, frutas, água. Sentam-se e saboreiam juntos a refeição. Mas Aragorn está quieto e pensativo.
    – Porque está tão pensativo ? – pergunta Arwen
    – Estou pensando no nosso futuro.- responde Aragorn
    – E o que vê em nosso futuro?
    – Filhos, muitos filhos. Não seria maravilhoso ter crianças por aqui?
    – Sim, e quantos filhos você quer?
    – Um príncipe e uma princesa tão belos quanto você
    – E com a sua nobreza… – responde Arwen também pensativa, lembrando-se de quando estava partindo para Valinor e viu uma criança nos braços de Aragorn e soube que aquele era seu filho pois ele tinha o seu olhar, o olhar da estrela vespertina tão intenso e profundo. Neste momento soube que seu destino era permanecer na Terra- Média junto com seu amor.
    E assim, os dois estavam mergulhados em profundos pensamentos quando chega um mensageiro do rei trazendo uma mensagem de Faramir, capitão de Gondor, e a entrega ao rei.
    – O que diz a mensagem, melda? Aconteceu alguma coisa?- olhando preocupada.
    – Não- responde Aragorn sorrindo- É uma mensagem de Faramir dizendo que ele e Éowyn nos farão uma visita amanhã.
    – Que bom, daremos uma grande festa para recepciona-los. Faz tempo que não damos festas.
    – Sim melin, mas vamos descansar pois amanha termos um longo dia e estou um pouco cansado da viagem.
    Assim Arwen e Aragorn caminham juntos até seus aposentos e adormecem abraçados

    CAPÍTULO 2: A CHEGADA DE ÉOWYN E FARAMIR

    Amanhece,Aragorn acorda e como Arwen ainda está dormindo, caminha até a sacada de seus aposentos para observar a bela manhã de outono, o céu azul, o sol iluminando os campos. Ele observava as pessoas despertando nas cidadelas, os camponeses saindo de suas casas para o trabalho nos campos, situados nas planícies de Pelennor. A troca da guarda da cidade, o ferreiro construindo novas armas, as senhoras cuidando dos jardins e das crianças pequenas, as crianças brincando nas ruas.
    Novamente Aragorn se pega pensando em filhos, em como seria bom ver crianças correndo, brincando e alegrando o palácio. E ele também não consegue esquecer o rosto da criança que viu em seus sonhos durante toda a viagem. E assim se perde em pensamentos. Arwen acorda e não o vê deitado ao seu lado, então o avista na sacada e caminha ao seu encontro. Abraça seu amado por trás.
    – Bom dia, melin! Dormiu bem?
    – Sim- responde Aragorn sorrindo- e você?
    – Eu também- sorrindo e beijando –o nos lábios.
    – Veja que manhã linda, eu poderia passar o dia todo vendo sua beleza e a beleza dessa amanhã, rainha Undómiel.
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    -Sim, está uma bela manhã, mas vamos porque temos que organizar a festa para recepcionar nossos amigos.
    -Calma, antes vamos comer alguma coisa pois estou com fome.
    E assim Aragorn pega nas mãos de sua amada e juntos eles caminham até um dos salões onde existe uma mesa de café da manhã preparada para eles. Uma mesa com leite, pães, frutas. Aragorn puxa a cadeira para que Arwen se sente e senta-se ao l
    ado dela.
    – O que vai querer, melin?- pergunta Aragorn
    – Não sei se quero comer, não estou com fome- responde Arwen
    – Não estás com fome?- pergunta Aragorn preocupado
    – Preciso tomar um pouco de ar fresco- e assim Arwen se levanta e saí correndo em direção a pátio. Aragorn saí atrás dela com um fatia de pão na mão preocupado.
    Mas mal Arwen se levanta ela começa a sentir-se mal, ela sente o salão girando ao seu redor, de repete tudo fica escuro e ela desmaia.
    – Arwen!- grita Aragorn segurando-a .Ele a pega em seus braços, carrega até seus aposentos e a deita suavemente na cama. – Arwen! Arwen! Meu amor, acorde- tentando acordá-la.
    Um tempo depois Arwen acorda.
    – Arwen, o que aconteceu? Estais bem? – pergunta Aragorn preocupado colocando a mão no rosto de Arwen e percebendo que está febril
    – Não, não estou bem, estou me sentindo fraca. Estou com medo, fique comigo, fique ao meu lado.
    – Claro que ficarei- diz Aragorn- Acho que devemos cancelar a festa de hoje.
    – Não, melin ( querido), é só eu repousar um pouco que logo estarei melhor, organize a festa por mim.
    – Arwen, você não está bem e não quero que piore, não sabemos o que tens, é melhor cancelarmos- responde Aragorn preocupado.
    – Mas a essa hora eles já devem estar a caminho- insiste Arwen
    – Tudo bem, mas não os receberemos com uma grande festa e sim com uma recepção simples, e se você não estiver melhor somente eu irei- diz Aragorn muito sério- Vou mandar que preparem tudo, não quero sair do seu lado- acaricia o rosto de Arwen e saí do quarto.
    Pede a algumas criadas que preparem uma recepção simples no salão principal e volta para o lado de sua amada. E assim a tarde chega, fria e chuvosa anunciando o outono. Aragorn adormece ao lado de Arwen. Quando Arwen acorda Aragorn ainda esta dormindo, então ela caminha até a sacada e fica observando a chuva cair.
    -Arwen!- Aragorn acorda assustado e olha para os lados a procura de Arwen. Então vê que ela está na sacada e caminha até ela assustado.
    – Que foi, mellin?- pergunta Arwen assustada
    – Acordei e não te vi deitada e fiquei assustado, mas vejo que já está melhor.
    – Sim, eu me sinto bem melhor- responde Arwen abraçando Aragorn.
    – Fiquei preocupado com você, com sua saúde- diz Aragorn olhando nos olhos de Arwen.
    – Não se preocupe, estou bem. Como estão os preparativos para a festa?
    – Está tudo pronto, Éowyn e Faramir já devem estar chegando.
    – Então vamos nos arrumar.
    E assim, algum tempo depois Aragorn e Arwen saem de mãos dadas de seus aposentos e caminham até o salão. Arwen está usando um vestido vermelho longo, justo até a cintura e depois levemente rodado arrastando pelo chão, o decote é redondo e tem detalhes em renda. As mangas são longas e largas também com detalhes em renda. Seus longos cabelos negros estão soltos e na cabeça uma tiara prateada enfeitada com flores e pedras.
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    Aragorn usa calças e camisa preta, botas e por cima uma capa preta longa com um cinto preso na cintura, do lado direito sua espada e na cabeça a coroa de rei.
    No salão há algumas poucas pessoas, nobres de feudos vizinhos, nobres da cidadela. O salão estava todo enfeitado com flores, há vários tipos de comida e bebida distribuídos sobre as mesas espalhadas pelo salão. Todos estão alegres comendo e dançando ao som de uma música alegre mas suave tocada por uma harpa. Assim que Arwen e Aragorn adentram o salão todos os reverenciam. Então eles se dirigem à mesa principal e sentam-se.
    Logo Faramir e Éowyn chegam. Aragorn e Arwen vão ate eles recepciona-los.
    – Sejam bem vindos,meus amigos- Reverencia Aragorn
    – Mae govannen ! ( sejam bem vindos)- diz Arwen também reverenciando.
    E convidam Faramir e Éowyn a acompanha-los e sentarem-se na mesa com eles.
    – Como vão as coisas por aqui? – pergunta Éowyn
    – Vão bem- responde Aragorn. E assim eles ficam um tempo conversando e comendo até que Éowyn nota que Arwen não está bem, está quieta e não está comendo nada.
    – Que tens, Arwen, estais pálida- pergunta Éowyn preocupada enquanto Aragorn olha apreensivo para Arwen também notando que ela não está bem.
    – Nada, estou bem- responde Arwen naturalmente
    – Não, ela não está bem- responde Aragorn- Teve um desmaio pela manhã e esteve febril o dia todo.
    – Não precisava ter contado a eles, já me sinto melhor!- responde Arwen zangada.
    – Desculpe mellin, não fiz por mal
    – Vamos dançar- diz Arwen ainda zangada puxando Aragorn pelo braço e o arrastando até o meio do salão. Faramir e Éowyn se entreolham sem entender nada.
    – Você não deveria ter contado a eles- diz Arwen zangada
    – Eu insisto, desculpe-me mellin, já disse que não fiz por mal, não precisava ficar zangada comigo- diz Aragorn acariciando o rosto de Arwen e achando até engraçado vê-la zangada pela primeira vez – Vamos voltar, não podemos deixar nossos convidados sozinhos.
    Mas Arwen não estava mais ouvindo Aragorn, sua voz, assim como os sons do salão, estavam distantes, o salão estava girando ao seu redor e de repente tudo ficou escuro e Arwen desmaia novamente. Aragorn a segura.
    – Arwen!- grita Aragorn segurando-a- Meu amor!
    Algumas pessoas se juntam ao redor dos dois para ver o que aconteceu.
    – Afastem-se – grita Aragorn- Ela precisa de ar puro- Pega Arwen em seus braços e a leva até seus aposentos.
    Algumas pessoas os seguem incluindo Éowyn e Faramir, mas Aragorn só permite que Éowyn e Faramir entrem no quarto e pede para que as outras pessoas esperem do lado de fora e pede que alguém chame a curandeira.
    – Arwen! Arwen!- Aragorn continua tentando acorda-la.
    – O que está acontecendo- pergunta Éowyn preocupada
    – Está já é a segunda vez que isso acontece- responde Aragorn preocupado.
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    – O que aconteceu?- pergunta Arwen acordando.
    – Você desmaiou de novo- Responde ele com um olhar de preocupação.
    – Não se preocupe, estou bem- diz Arwen tentando se levantar.
    – Não Arwen, você não está bem- diz Aragorn impedindo-a de se levantar.
    Então a curandeira chega e pede para que todos saiam para que ela possa examinar Arwen. Aragorn e Faramir saem mas Éowyn pede para ficar.
    Lá fora algumas pessoas estão aguardando noticias, então Aragorn pede para que todos voltem para o salão que assim que ele tiver notícias ele avisa. Aragorn esta muito nervoso e caminha de um lado para o outro.
    Um tempo depois Éowyn sai dizendo à Aragorn que a curandeira quer falar com ele. Aragorn entra no quarto correndo e vai até Arwen que está sentada na cama pálida, séria mas com um brilho no olhar diferente. Um brilho que Aragorn nunca vira antes.
    – O que você tem ?- pergunta Aragorn olhando para a curandeira que está de pé a lado de Arwen.
    – Tenho uma noticia para te dar melin- diz Arwen- É uma coisa muito séria.
    – Uma coisa muito séria!- diz Aragorn preocupado- Que notícia? O
    que você tem?
    – Calma, melin, sente-se aqui ao meu lado
    Então Aragorn senta-se na cama ao lado de Arwen e pega nas mãos dela.
    – Está me deixando nervoso…
    – É que estou esperando um filho seu- diz Arwen sorrindo.
    – Um filho!?- dia Aragorn todo feliz e pega Arwen no colo e lhe dá um beijo. Entre sorrisos e beijos uma lágrima cai de seus olhos.
    Então a curandeira olha séria para Aragorn e pede para que ele tenha cuidado pois Arwen está franca e pode ter uma gravidez complicada.
    De repente Aragorn fica sério e coloca Arwen de volta na cama- Gravidez complicada?!
    Então a curandeira explica que Arwen está muito fraca e que ela vai precisar de cuidados especiais principalmente no inicio da gravidez.
    – Não se preocupe- responde Aragorn olhando da curandeira para Arwen- Cuidarei muito bem dela e de nosso filho.
    Então a curandeira sai do quarto e diz que se precisar é sóchamar.
    – O que sentes agora?- pergunta Aragorn colocando a mão na barriga de Arwen.
    – Seu bobo, não da para sentir nada ainda- responde Arwen sorrindo
    Aragorn beija a barriga de Arwen e saí do quarto para dar a noticia para Éowyn e Faramir que esta do lado de fora.
    – Quero que conheçam o mais novo pai desse reino! Arwen está grávida! – diz Aragorn não se contendo de felicidade.
    Eówyn e Faramir ficam muito felizes com a noticia e dão os parabéns á Aragorn.
    Arwen levanta-se da cama, caminha até a porta do quarto e abraça Aragorn.
    – Está melhor?- pergunta Aragorn encostando seu rosto no de Arwen.
    – Sim, e muito feliz, vamos voltar para a festa e contar a noticia para todos.
    Aragorn dá um beijo na testa de Arwen, pega em suas mãos.
    Faramir e Éowyn comprimentam Arwen pela novidade. E seguem com eles para o salão.
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    CAPÍTULO 3- TEMPOS NEGROS

    Aragorn e Arwen caminham de mãos dadas até o salão. O salão estava silencioso e todos estavam sentados preocupados aguardando noticias de Arwen. Assim que eles entraram todos olham em sua direção esperando que eles digam alguma coisa. Alguns olham apreensivos para Arwen ainda pálida mas com um sorriso no rosto e mais bela do que antes.
    – Meus amigos queridos, peço um minuto de sua atenção, quero lhes dar uma grande notícia- diz Aragorn olhando para Arwen com ternura- Acabei de descobrir que vou ser pai, Arwen está grávida- sorrindo.
    Todos olham para Aragorn e Arwen sorrindo. Faramir e Éowyn levantam um brinde ao herdeiro do rei.
    Todos brindam felizes, e a música recomeça, a festa recomeça. Arwen e Aragorn vão sentar-se.
    – Melda ( querido) , tem uma coisa que eu queria te perguntar, quando você retornou de viagem, olhou nos meus olhos e perguntou se eu tinha alguma notícia para te dar, você já desconfiava da minha gravidez? Digo, você já tinha visto isso em seus sonhos?- pergunta Arwen olhando para Aragorn.
    – Sonhei com isso a viagem toda- responde Aragorn olhando nos olhos de Arwen.
    – E exatamente o que sonhou?
    – Sonhei que estávamos em um belo jardim olhando para as estrelas e , de repente, apareceu uma linda criança.
    – Igual aconteceu comigo quando eu estava indo para os Portos Cinzentos . Eu vi uma criança e soube que era o meu destino se revelando para mim, que essa criança era no nosso filho. Então decidi voltar e ficar com você não importando o que fosse acontecer- diz Arwen acariciando o rosto de Aragorn que sorri.
    – O que será que teria acontecido se Frodo tivesse falhado na sua missão?- continua Arwen após refletir um pouco.
    – Não sei, melda, realmente não sei- responde Aragorn- Se Frodo tivesse falhando você partiria para Valinor?
    – Não, mas provavelmente eu não viveria muito, mas mesmo assim preferia viver um dia com você do que ir para Valinor e passar todas as eras desse mundo sozinha.
    – Você acha que Sauron foi realmente destruído? E Saruman, por onde ele anda?- continua Arwen
    – Saruman está morto, mas Sauron.. não sei se realmente foi destruído, se seu espírito também morreu quando seu anel foi destruído- responde Aragorn- Mas porque me pergunta essas coisas?- pergunta Aragorn despreocupado tomando um pouco de vinho.
    – Medo de te perder, medo do mundo em que o nosso filho irá viver- responde Arwen preocupada.
    – Não se preocupe, farei de tudo para proteger você e o nosso filho caso o mal desperte novamente- responde Aragorn tomando mais uma taça de vinho e acariciando o rosto de Arwen- Mas vamos parar de pensar nisso, hoje é um dia de alegria- tomando outra taça de vinho.
    – Sim, de imensa alegria- diz Arwen sorrindo- Mas está ficando tarde e estou um pouco cansada, vamos para nossos aposentos… antes que você tome vinho demais- rindo
    Aragorn beija Arwen suavemente nos lábios, acaricia sua barriga, toma mais uma taça de vinho e levanta-se. Ajuda Arwen e levantar-se e juntos caminham até seus aposentos abraçados e imensamente felizes. Aragorn um pouco mais alegre devido às taças de vinho. Assim os dois chegam até seus aposentos e adormecem abraçados.
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    De repente Arwen se vê correndo pelas terras de Mordor, o lugar está deserto e escuro mas Arwen sente que não está sozinha. Continua correndo olhando para todos os lados apreensiva e sem entender o que está fazendo lá, pois há minutos atrás estava em Minas Tirith deitada em seus aposentos ao lado de Aragorn “Devo estar ficando louca” pensa ela.
    De repente vários orcs vêm correndo ao encontro dela e começa a persegui-la. Arwen começa a correr , procura por sua espada mas não a encontra. Logo começa a ficar cansada e não consegue mais correr. Os orcs a alcançam, prendem-na e a levam para uma torre alta e escura.
    – Não, me soltem, estou grávida, não quero perder meu filho- grita Arwen.
    Aragorn acorda e fica observando ela que está transpirando e está muito agitada.
    Arwen tenta desesperadamente se soltar, consegue fugir mas um dos orcs atira um flecha nela e ela cai gritando por socorro
    – Aragorn! Aragorn! Socorro! Soltem-me, deixem-me ir embora…
    – Arwen !Arwen!- grita Aragorn- Acorde!
    Então Arwen acorda.
    – Calma melin- e Aragorn a abraça fortemente
    – Aragorn me ajude, eles me prenderam, meu filho, não quero perdê-lo- e começa a chorar e só então se dá conta de que está em Minas tirith deitada em sua cama e que tudo foi apenas um pesadelo.
    – Arwen! Está ardendo em febre- grita Aragorn ao colocar a mão no rosto de sua amada- Você está delirando.
    – Acalme-se foi só um pesadelo- continua Aragorn a abraçando tentando acalma-la mas assustado.
    – Melin, fique comigo, estou com medo, chame meu pai- diz Arwen ainda nervosa.
    Então Aragorn deita Arwen suavemente na cama e pede que ela fique ali enquanto ele vai pedir que mandem uma mensagem urgente para Elrond para que ele venha o mais rápido possível e depois vai até a Casa de Cura buscar uma curandeira. Logo Aragorn volta com a curandeira e diz que já mandou uma mensagem para Elrond e que ele deve chegar em 3 dias. A curandeira examina Arwen e parece preocupada.
    – Meu senhor- diz a curandeira- A senhora Arwen está mal, a febre me preocup
    a mas eu não posso lhe dar nenhuma erva por causa da gravidez. Só podemos aguardar que ela reaja e melhore. Ela precisa de repouso absoluto. Não pode deixa-la um minuto só.
    Aragorn preocupada passa a noite toda sentado na cama ao lado de Arwen acordado. Umedece um lenço e coloca sobre o rosto de Arwen para que a febre abaixe, mas Arwen não dorme direito a noite toda, está inquieta, em sua mente imagens de orcs, Mordor vêm a toda hora. Aragorn ainda está acordado ao lado de Arwen quando finalmente amanhece e ela acorda.
    – Melin, o que você está fazendo acordado ainda?- pergunta Arwen ainda deitada acariciando o rosto de Aragorn.
    – Estou cuidando de você- reponde Aragorn preocupado acariciando o rosto de Arwen- Está melhor?
    – Não sei, está tudo confuso, lembro-me de orcs me perseguindo… O que aconteceu?- pergunta Arwen confusa.
    – Você teve um pesadelo, melda e esta com febre. Não se preocupe estou aqui do seu lado e cuidarei de você- responde Aragorn carinhosamente lhe dando um beijo nos lábios.
    – E meu pai?
    – Ainda não chegou, chegará em 3 dias.
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    – Eu preciso tanto dele aqui ao meu lado, talvez ele pudesse me ajudar a tentar entender o que está acontecendo comigo- diz Arwen preocupada.
    – Ele chegará…. Está com fome?
    – Não.
    – Tens que comer, está fraca.
    – Mas eu não sinto vontade…. talvez um pouco de água, estou com sede.
    Então Aragorn pega um jarro de prata que está ao lado da cama e coloca água num copo – Tome
    – Sabe o que eu realmente preciso agora?- diz Arwen tomando a água.
    – O que , melin- acariciando o rosto de Arwen
    – Do seu amor- responde Arwen sorrindo.
    – Tens todo meu amor melin- Abraçando Arwen.
    – A única coisa que seria bom para mim agora é lembas
    – Claro vou ver se encontro.
    E Aragorn sai do quarto a procura de lembas, o pão de viagem dos elfos, leve e muito nutritivo. Anda pela cidadela toda a procura de lembas. Quando está retornado para o castelo com a lembras que uma senhora da cidadela guardava encontra com Faramir e Éowyn que perguntam como Arwen está. Aragorn responde que ela está em seus aposentos e sai rápido pois tem pressa em chegar ate o quarto. Arwen está acordada, sentada na cama olhando pela sacada a bela manhã e com uma lágrima nos olhos que esconde assim que vê Aragorn entrando.
    – Como está meu amor?- indo em direção a Arwen.
    – Um pouco menos confusa, encontrou lembas?- diz Arwen forçando um sorriso.
    – Sim, está aqui, foi uma gentil senhora da cidadela quem me deu- diz Aragorn entregando o pão a Arwen.
    – Quando eu puder me levantar irei pessoalmente agradecer a essa senhora- diz Arwen comendo com vontade.
    – Espero que isso aconteça logo- diz Aragorn torcendo pela melhora de Arwen.
    Após terminar de comer Arwen olha com ternura para Aragorn, acaricia seu rosto e deita-se novamente- fique ao meu lado enquanto durmo, estou com medo.
    – Medo?- diz Aragorn surpreso
    – Não sei, um medo enorme cresce em meu coração.
    – Não tenhas medo, estou ao seu lado- e abraça Arwen.
    Aragorn fica uns minutos ao lado de Arwen até ela adormecer e então sai para ver como andam as coisas pelo reino e pede que Éowyn fique com Arwen e o chame caso ocorra alguma coisa com Arwen.
    Arwen dorme tranqüilamente e Éowyn senta-se numa cadeira ao lado da cama e começa a ler um livro, mas por vezes se perde observando Arwen dormindo. Tão bela, mas tão frágil e pálida. E como a invejou por ter o amor de Aragorn mas isso foi numa época de escuridão, onde o mal ainda dominava, e agora os tempos eram outros, ela está feliz e ama muito seu marido Faramir que tanto a ajudou em momentos difíceis, e também com o tempo foi entendendo que o destino de Aragorn e Arwen estava determinado à muitos anos atrás, antes até de seus nascimentos, e que era o destino de Arwen reinar e ser feliz ao lado de Estel, a esperança, como era conhecido Aragorn entre os elfos. Arwen também era tão doce e amável para com todos que era impossível odiá-la e querer-lhe algum mal.
    Então Arwen se vê novamente em Mordor, orcs a perseguem e gritam que o herdeiro do rei que destruí toda a força de seu senhor não irá nascer. Ela tenta correr mas não consegue pois sua gravidez já está avançada a barriga pesa. Os orcs a capturam e a lavam ate a torre. Arwen tenta fugir mas não consegue.
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    Éowyn se assusta com a agitação de Arwen e pede a uma criada que vá buscar Aragorn.
    – SOCORRO, ME AJUDEM, NÃO CONSIGO ME MECHER, MEU FILHO, ELE NÃO PODE MORRER, ARAGORN!!!!- grita Arwen tentando fugir sem sucesso.
    Aragorn dá uma olhada em como andam as coisas pelo reino, lê uma mensagem envida por Éomer de Rohan. Então um mensageiro aprece dizendo que Éowyn o está chamando
    Enquanto isso Arwen continua agitada e chamando por socorro e Éowyn apavorada sem saber o que fazer.
    – ARAGORN!!!!
    Aragorn chega no quarto e corre para o lado de Arwen.
    – Arwen! Arwen!- tentando acordá-la.
    Arwen acorda agitada, abraça forte Aragorn e começa a chorar.
    – O que ela tem?- pergunta Éowyn preocupada.
    – Está novamente delirando- responde Aragorn
    Éowyn sai para buscar a curandeira. Enquanto Aragorn continua abraçando Arwen que aos poucos vai se acalmando. Aragorn esta com um semblante preocupado pois começa a achar que talvez possa ter alguma verdade nos sonhos de Arwen, que talvez ela esteja começando a apresentar um pouco da vidência de seu pai Elrond e de sua avó Galadriel.
    Aragorn deita Arwen na cama e fica ao lado dela que não está nada bem e logo mergulha novamente em um sono profundo. Uma lágrima caí do rosto de Aragorn sobre as mãos de Arwen. Éowyn chega com a curandeira que examina Arwen e diz que ela não está bem, que ela e a criança correm risco de vida e que não há mais nada a fazer, a não ser esperar que ela reaja. Todos saem do quarto muito tristes deixando Aragorn com Arwen. Aragorn senta-se ao lado dela na cama segurando suas mãos e chora.
    Agora Arwen dorme profunda mas tranqüilamente porem ainda ardendo em febre. Aragorn fica o tempo todo ao lado dela com medo de que algo lhe aconteça. Coloca um lenço umedecido sobre a fronte de Arwen para tentar abaixar a febre. E assim as horas passam sem nenhuma melhora. Chega a noite fria e chuvosa e Arwen volta novamente a se agitar. Amanhece mas Arwen não acorda, continua mergulhada em uma sombra negra. A cidadela pára, todos estão tristes temendo que o pior aconteça. Aragorn não tem mais esperanças e fica perdido em pensamentos negros. Deita-se na cama ao lado de Arwen, a abraça fortemente e adormece, enquanto o dia passa e chega a noite mas ninguém tem coragem de penetrar nos quartos para ver o que está acontecendo….
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    CAPÍTULO 4- A CHEGADA DE ELROND

    Aragorn dorme abraçado a Arwen quando Faramir e Éowyn entram correndo no quarto dizendo que Elrond chegou. Aragorn levanta-se correndo e vai ao encontro de Elrond e chora desesperado. Elrond não diz nada apenas olha sério para Aragorn mas parece preocupado e Aragorn o leva até os seus aposentos onde Arwen d
    orme profundamente. Explica a Elrond o estado de saúde de Arwen.
    Elrond senta-se na cama ao lado de Arwen e acaricia o rosto de sua adorada filha. Fica por um tempo observando a filha com um olhar sério. Aragorn vai até a porta e faz menção de sair do quarto para deixar Elrond e Arwen a sós.
    – Não, Aragorn, fique, é importante que você ouça o que eu vou dizer- diz Elrond

    Aragorn volta e senta-se na cama do outro lado de Arwen.
    – Eu vim o mais rápido que pude porque vi que isso iria acontecer- começa Elrond.
    – Viu?- pergunta Aragorn
    – Vi e sempre temi que isso fosse acontecer.
    – Contes-me tudo que viu.
    – Arwen não podia ter ficado grávida agora, ela está muito frágil- Continua Elrond ainda acariciando o rosto da filha.
    – Mas um filho é sempre bem vindo, sempre deixa a mulher mais bela e mais feliz.
    – Sim Aragorn, mas quando Arwen abriu mão de seu povo e de sua imortalidade para ficar com você, o poder de Sauron crescia. Sem sua pedra élfica e com o poder de Sauron crescendo, eu já temia pela vida dela e cheguei a vê-la morta. Por isso que fui te procurar para que você buscasse ajuda na Senda dos Mortos, como a última esperança contra Sauron.
    – E o que acontecerá agora?
    – A vida dos eldar a deixou no momento em que ela se desfez da sua pedra élfica, mas como as forças de Sauron ainda cresciam, ela enfraqueceu, e mesmo Sauron tendo sido destruído, ela ainda está frágil e a gravidez a deixou mais frágil ainda. Vai levar um tempo para ela se recuperar…se recuperar-se – diz Elrond preocupado.
    – E o que vai ser dela agora? Ela vai se recuperar?- Aragorn bombardeando Elrond de perguntas.
    – Não sei ao certo, nem sei se o que eu trouxe irá realmente ajuda-la
    – Temos que tentar!- diz Aragorn cheio de esperanças.
    – Sim- e Elrond tira do bolso o colar de Arwen, a Estrela Vespertina, sua pedra élfica fabricada pelos elfos de Lorien e que a acompanha desde seu nascimento.
    Ao decidir permanecer na terra média, sua pedra teria que ser destruída mas Elrond não a destruiu achando que Arwen pudesse precisar dessa pedra.
    – Tome Aragorn- diz Elrond entregando-lhe a pedra- coloque em Arwen, você sabe o que significa essa pedra?
    – Não- responde Aragorn pegando o colar e colocando no pescoço de Arwen.
    – Essa pedra representa sua vida, sua imortalidade.
    – Mas quais são as chances dela se recuperar com essa pedra?- pergunta Aragorn ansioso.
    – Essa pedra permitirá que ela recupere a força dos eldar.
    – Que assim seja- diz Aragorn beijando suavemente os lábios de Arwen.
    – Mas essa recuperação poderá ser lenta e dependerá do seu amor por ela- continua Elrond.
    – Eu a amo muito!
    Elrond coloca as mãos no rosto da filha. Nesse momento Arwen se vê caminhando por campos floridos em uma manhã ensolarada. Está deitada na grama macia e verde rodeada por flores quando vê Aragorn vindo a seu encontro com uma criança nos braços, um lindo menino.
    O rosto de Arwen fica corado e uma nova vida parece renascer sobre ela.
    – Isso é um bom sinal, é o sinal de que ela vai se recuperar- diz Elrond sorrindo- Mas lembre-se, fique ao lado dela, ela ainda está muito fraca mas está se recuperando e logo estará bem.
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    – Não posso imagina viver sem ela, ficarei ao lado dela a todo momento- diz Aragorn sentando-se ao lado de Arwen na cama .
    – Eu sei, é por isso que trouxe uma surpresa para vocês. Quando eu e todos os elfos tivermos partido para Valinor, não esquecermos vocês, deixarei um navio nos portos cinzentos à espera de vocês para que quando estiverem cansados daqui ou sentirem a velhice se aproximando, que possam ir para Valinor e levar para a terra dos imortais o amor de vocês que é tão belo e tão puro. Você mostrou ser nobre e merecedor do amor dela, enquanto ela mostrou ser capaz de abrir mão de tudo por seu amor…- diz Elrond.
    – Hannon le (obrigada)- agradece Aragorn abraçando Elrond.
    – Vou deixar vocês a sós, insista para que ela beba muita água, mais tarde voltarei para ver como ela está.- e assim Elrond sai do Quarto.
    Aragorn passa a noite toda ao lado de Arwen observando-a melhorar a cada instante. Então sai na sacada para observar a noite. Por volta da meia noite Arwen acorda e Aragorn vai na direção dela.
    – Aragorn, que fazes aí de pé?- diz Arwen sentando-se na cama
    – Estou aqui ao seu lado, seu pai chegou- responde Aragorn sentando-se ao lado de Arwen e acariciando seu rosto e ficando feliz ao ver que ela não está mais com febre.
    – Pensei que estivesse sonhando pois o vi em meus sonhos.
    – Não, esteve aqui ao seu lado, saiu agora a pouco.
    – Eu também vi nosso filho, Aragon, era um menino…
    – Um menino !- diz Aragorn feliz- O que mais viu?
    – Vi campos verdes, o sol brilhando, estávamos felizes- diz Arwen sorrindo- ajude-me a levantar quero ir até meu pai – levantando-se da cama.
    – Não, esta fraca, não pode se levantar, seu pai recomendou-lhe repouso absoluto- diz Aragorn colocando Arwen de volta na cama.
    – Mas eu me sinto tão bem- insistindo em se levantar. Arwen levanta-se mas quase cai porque ainda está fraca. Aragorn a segura e a deita na cama.
    – Viu como não podes levantar, olhe como está fraca.
    – Sim, você tem toda razão- e assim Arwen coloca a mão no pescoço e percebe que está usando sua estrela.- Quem trouxe minha estrela? Pensei que ela tivesse sido destruída quando decidi ficar com você.
    – Não , seu pai trouxe. Disse que nosso amor é tão puro e bonito que será levado para Valinor.Seu pai nos concedeu um navio até Valinor.
    – Mas eu não quero ir embora agora, quero ficar aqui.
    – Mas não é agora, é para quando quisermos.
    – Então sim…. mas chame meu pai, estou com saudades…
    Aragorn sai pra chamar Elrond.
    Quando Elrond entra no quarto acompanhado por Aragorn, Arwen levanta-se da cama e corre para abraça-lo.
    – Ada, que saudades que eu senti- E assim Arwen cai nos braços de seu pai. Elrond ajuda Arwen a se deitar e lhe explica todo o que aconteceu enquanto acaricia o rosto de Arwen. E assim Arwen adormece com seu pai acariciando seu rosto e Aragorn segurando suas mãos. Então eles saem um pouco mais felizes por verem Arwen se recuperando. Conversam um pouco no salão. Então Elrond vai descansar um pouco enquanto Aragorn volta para o lado de Arwen. Amanhece, Arwen acorda bem mas um pouco fraca ainda . Aragorn dorme segurando suas mãos.
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    – Aragorn! Ainda ao meu lado?
    Aragorn acorda com a voz de Arwen e lhe dá um beijo suave sorrindo- Estarei sempre ao seu lado.
    – Ajude-me a levantar, quero sair, sentir o sol no meu rosto.
    – Claro! Já podes levantar?
    – Acho que sim- Arwen tenta se levantar mas como ainda está fraca se agarra em Aragorn . Aragorn segura Arwen pela cintura, apóia o braço dela em seu pescoço e juntos caminham ate a sacada. Arwen se apóia na sacada e observa a bela manhã de inicio de inverno as planícies de Pellenor. Aragorn a abraça e acaricia sua barriga.
    Algum tempo depois Aragorn pega Arwen no colo e a coloca de volta na cama e pede que tragam algo para ela comer. E assim os dois tomam o café da manhã alegremente quando Elrond entra
    no quarto e sente-se imensamente feliz ao ver Arwen feliz e recuperada. Aragorn beija Arwen e saí para ver como andam as coisas pelo reino. Arwen e Elrond conversam alegremente relembrando as festas em Valfenda, Elrond traz notícias dos irmãos de Arwen. Aragorn volta várias vezes para ver como Arwen está e fica feliz ao vê-la feliz.
    Então anoitece. Aragorn retorna para seus aposentos com o coração leve. Encontra Arwen na sacada usando um lindo vestido branco a sua espera. Uma luz parece envolve-la e uma delicada fragrância de rosas emana de sua pele. Aragorn nota nela uma beleza que nunca tinha reparado antes.
    – Como está nosso filho?- pergunta ele acariciando a barriga de Arwen.
    – Agora ele está bem, vem aqui, abrace-me forte, ele precisa te sentir e sentir o nosso amor.
    Aragorn abraça Arwen e a deita suavemente na cama e eles tem uma noite de amor.

    CAPÍTULO 5: PARTIDA INESPERADA

    Amanhece. Arwen acorda e levanta-se cuidadosamente para não acordar Aragorn e vai até o salão onde existe uma mesa de café da manhã preparada para eles. Pega uma bandeja, coloca dois copos com leite,pães, frutas, enfeita a bandeja com flores e caminha em direção aos aposentos. Quando chega Aragorn já esta acordado indo à sua procura e fica encantado ao ver sua esposa entrando no quarto com uma bandeja de café da manhã.
    Arwen está com uma camisola branca e semi-transparente, através da qual já dá para ver sua barriga. Três meses de alegria e recuperação se passaram e Arwen está agora no quarto mês de gravidez.
    Arwen coloca a bandeja sobre a cama e ela e Aragorn saboreiam felizes o café da manhã enquanto raios de sol da manhã penetram pelas janelas de suas aposentos.
    – Como está nosso filho? – pergunta Aragorn acariciando a barriga de Arwen
    – Está bem.
    – Está mais linda com essa barriga – sorrindo.
    – Vamos passear nos campos? Está uma manhã tão linda anunciando o inicio da primavera
    – Sim, vamos!- responde Aragorn levantando da cama alegre puxando Arwen pela mão e já indo em direção à porta do quarto.
    – Calma meu amor, preciso me arrumar primeiro, não posso sair assim.
    Então Aragorn senta-se na cama e fica olhando Arwen se arrumar.
    – Por favor, vire de costas, assim eu fico tímida.
    – Tudo bem- Aragorn vira-se de costas rindo.
    – Pronto, estou pronta, vamos?
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    Arwen está usando um vestido branco longo. Aragorn pega em suas mãos e caminham juntos. Andam um pouco pela cidadela e depois atravessam o portão da cidade e vão passear pelos campos onde chegam a uma cachoeira.
    – Sabe o que eu queria melin?
    – O que? – pergunta Aragorn
    – Tomar um banho de cachoeira, vamos vire-se de costas.
    – Porque não me deixa vê-la?
    – Porque fico tímida.
    – Mas sou seu marido.
    Então Arwen começa a tirar o vestido na frente de Aragorn e entra na cachoeira puxando Aragorn para dentro da água de roupa. E eles ficam ali um tempo na água, está uma agradável manhã.
    Então chega um mensageiro a procura de Aragorn. Aragorn sai da água todo molhado e recebe a mensagem. È uma mensagem de Éomer de Rohan. Aragorn lê a mensagem apreensivo e olha para Arwen que esta saindo da água e se vestindo.
    – O que diz a mensagem?- pergunta Arwen preocupada.
    – Éomer pede minha ajuda, orcs estão atacando as torres do norte de Rohan.
    Arwen olha preocupada para Aragorn e se perde em pensamentos. Todo o sorriso e a alegria de seu olhar se apagam de repente.
    – Terei que ir, é urgente.
    – Sim, vamos voltar para o palácio- diz Arwen triste.
    – Voltarei assim que puder, melin,não fiques assim- diz Aragorn
    Assim que eles chegam ate o castelo vão para os seus aposentos. Enquanto Arwen toma um banho, Aragorn começa a preparar suas coisas para a partida. Aragorn percebe que Arwen está angustiada ao olhar em seus olhos, mas Arwen desvia o olhar evitando encarar Aragorn. Uma lágrima cai dos olhos de Arwen e ela tenta esconder. Vira de costas para Aragorn e termina de se arrumar. Aragorn vê Arwen chorando mas não diz nada.
    – Que horas vai partir- diz Arwen forçando um sorriso e segurando uma outra lágrima que insiste e cair.
    – Daqui a uma hora- responde Aragorn terminando de se arrumar.
    – Tens mesmo que partir?Meu pai também vai?
    – Tenho- diz Aragorn segurando nos braços de Arwen e olhando profundamente nos olhos dela- Seu pai também vai.!
    Então Arwen começa a chorar não conseguindo mais esconder de Aragorn.
    – Não chores- diz Aragorn passando a mão suavemente no rosto de Arwen para enxugar suas lágrimas- Voltarei logo, não sei preocupe.
    Arwen abraça forte Aragorn como se quisesse impedi-lo de ir. Ficam alguns minutos abraçados. Aragorn se despede de Arwen com um longo beijo. Arwen acompanha Aragorn e Elrond até o portão principal. Arwen se despede de Elrond e longamente de Aragorn.
    – Volte logo melin, preciso de você- diz Arwen abraçando fortemente Aragorn. Nesse momento ela vê imagens de orcs e começa a chorar. Aragorn a segura pela cintura e dá-lhe um beijo apaixonado. E depois parte, como o coração partido por deixar Arwen triste mas não olha para trás porque sabe que se olhar para trás não terá coragem de partir e voltará correndo para abraçar Arwen.
    Arwen fica parada no portão observando Aragorn, Elrond e um exercito partirem, até que eles desapareçam completamente. Então entra no castelo, senta-se em uma cadeira em um dos salões e fica perdida em lembranças imaginando por onde Aragorn estará cavalgando.

    Aragorn cavalga por horas, rápido mas pensativo. Ainda longe de Rohan eles decidem parar para descansar. Aragorn deita-se na relva mas não dorme, fica apenas observando anoitecer. A milhas dali Arwen observa o mesmo por do sol.
    Um das criadas vem avisar que o jantar está servido mas Arwen diz que está sem fome, vai para o quarto e fica na sacada quase a noite toda na esperança de ver Aragorn retornado. No meio da noite, cansada de ficar de pé e com dores nas costas deita-se na cama, mas não adormece.
    Aragorn continua cavalgando e a noite já está avançando quando ele, Elrond e seu exército chegam a Edoras, lá juntam-se ao exercito de Rohan comandado por Éomer e seguem para o norte. Durante a cavalgada para o Norte, Aragorn pensa muito em Arwen ficando muitas vezes perdido em pensamentos tendo que ser despertado por Éomer que cavalga a seu lado. Amanhece quando eles chegam ao seu destino, muitos orcs estão lá.
    Arwen continua deitada na cama e assim passa o dia todo ansiando por noticias de Aragorn enquanto a batalha começa cruel. Mas logo mais homens de Rohan chegam e os orcs começam a ser cruelmente massacrados.
    Aragorn envia uma mensagem para Arwen. No final da tarde ela recebe a carta de Aragorn dizendo que pretende voltar em 4 dias.. Arwen dorme feliz ao saber que Aragorn estará bem e logo irá voltar.
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    CAPÍTULO 6: O SEQUESTRO

    Amanheceu um novo dia com novas esperanças para Arwen que acorda cedo arruma-se feliz e sai para caminhar um pouco pelas ruas da cidade, sai pelo portão principal e caminha
    até a cachoeira onde ela e Aragorn passearam há dois dias atrás.
    Ela caminha tranqüilamente ao redor da cachoeira pensando em Aragorn. Acaricia sua barriga e sente seu filho. Está uma perfeita manhã num dia perfeito e logo ela poderá abraçar seu amor novamente.
    Porém, de repente uma sombra negra se aproxima dela pro trás e a agarra, amarra suas mãos e coloca um capuz sobre sua cabeça. Nesse instante, á milhas de distância, Aragorn sente um aperto no coração e por um instante quer sair correndo para casa mas um orc vem em sua direção e o traz para a realidade, a realidade da batalha.
    Os orcs colocam Arwen em cima de um cavalo e começam uma longa caminhada. Uma marcha rápida rumo a Mordor. Eles conversam entre si e o comentário é que a prisioneira não deve ser machucada, deve chegar intacta até o chefe deles, mas Arwen não consegue entender o que eles falam e também não sabe para onde está sendo levada, mas sente o ar denso e pesado conforme caminham. Uma sensação de como se estivesse adentrando uma nevoa densa, cheia de ódio e de maldade.. Fica pensando em Aragorn, imaginado quando ele virá salva-la
    Aragorn por sua vez parece sentir que algo não está bem mas não sabe o que é, não se aquenta de angústia e como já passaram quase o dia todo lutando e a batalha já está praticamente ganha vai até Éomer e diz que tem que partir. Vira-se e cavalga rápido em direção ao acampamento para arrumar suas coisas e partir imediatamente para Minas Tirith. Fecha os olhos e pensa em abraçar sua bela rainha, sentir seu filho que ainda não nasceu mas já muito amado e esperado, e cujo rosto já está muito vivo na sua mente.
    Porém quando desce do cavalo para adentrar em sua tenda encontra Elrond na porta.
    – O que faz aqui Aragorn?- pergunta Elrond- O que aconteceu?
    – Estou a caminho de Minas Tirith – responde Aragorn num misto de ansiedade e alegria.
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    – Porque? A guerra ainda não está acabada, embora já esteja ganha.
    – Mas senti algo de ruim dentro do meu peito e resolvi voltar- responde Aragorn olhando para Elrond.
    Elrond coloca a mão o ombro de Aragorn e percebe que ele está ferido- Aragorn- diz Elrond seriamente- Não pode voltar para Minas Tirith assim, está ferido e precisa se recuperar primeiro, Arwen está protegida lá.
    – Não é isso que sinto, tenho que voltar- insiste Aragorn.
    – Você ainda não pode voltar, não conseguirá chegar até lá.
    – Mesmo assim insisto em partir- diz Aragorn subindo em seu cavalo.
    Mas Elrond arrasta Aragorn do cavalo e o leva para as casas de cura improvisadas ali no acampamento.Nas casa de cura estão muitos feridos de batalha. Aragorn deita-se em uma das camas de o curandeiro vem em sua direção examina-lo. Ele diz que o ferimento no ombro não é grave, faz um curativo na ferida e pede para que ele fique em repouso por um tempo.
    Nesse exato momento Arwen chega com os orcs a Mordor. Eles carregam Arwen para um lugar que ela não sabe para onde é mas imagina que seja uma torre pois ela sente que estão subindo e o ar vai ficando denso e pesado.
    Eles amarram os braços e as pernas de Arwen para que ela não fuja, tiram o capuz de sua cabeça e a deixam deitada em um canto da torre. O chão está frio, está muito escuro lá e ela sente muito medo tentando imagina o que os orcs querem com ela se vão mata-la.
    Fica pensando no sofrimento de sua mãe quando ela também foi seqüestrada por orcs, e questiona-se se seu destino será igual ao dela.. Arwen também pensa muito no bebê que ela carrega no ventre e em Aragorn, Fica se perguntando se seu filho irá nascer e se Aragorn virá salva-la. Seu pensamento está diretamente conectado com o de Aragorn e mentalmente ela pede socorro.
    Há muitas milhas dali Aragorn dorme deitado em uma das camas da casa de cura. Tem um pesadelo horrível, está tudo escuro, ele não consegue ver o rosto de Arwen mas ouve ela gritando por socorro. Acorda assustado, levanta-se e caminha até a porta da tenda, já é noite, olha para o céu e vê que ele não está estrelado e que não tem lua, uma imensa escuridão se apodera de tudo, como se a estrela mais brilhante do céu tivesse se apagado e com ela tudo se apagou também. Então Elrond entra na tenda para ver como Aragorn está. Elrond está muito sério e encontra Aragorn assustado e apreensivo olhando para o céu.
    – Aragorn, você estava certo, temo que alguma coisa tenha acontecido com Arwen, ouvi seus gritos- diz Elrond.
    – Sim, eu também ouvi mas não consegui ver seu rosto – diz Aragorn preocupado com o pesadelo que teve e como o que Elrond disse.
    – Acho que devemos voltar para Minas Tirith, o curandeiro disse que seus ferimentos não são grave e que se você quiser já pode partir
    – Irei então- diz Aragorn- você vem comigo?
    – Irei com você.
    E assim Aragorn e Elrond arrumam suas coisas, despedem-se de Éomer e partem rumo a Minas Tirith no meio da noite escura e sem brilho.
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    CAPÍTULO 7: LÁGRIMAS E DESESPERO

    Aragorn cavalga rápido e preocupado em direção à Minas Tirith, Elrond cavalga ao seu lado.

    Enquanto isso, muito distante dali, Arwen sofre na torre. Orcs vem até ela lhe trazer comida mas ela não come. Eles começam a brigar entre si por causa dela. Um dos orcs vem e acaricia o rosto dela , outro passa a mão na barriga dela e diz que seu filho não irá nascer, outro quer a estrela que ela carrega no pescoço e que emite um brilho que ofusca a visão deles e também porque a estrela foi fabricada pelos elfos de Lorien. Arwen começa a chorar desesperada. Um deles vem lhe bater para que ela pare de chorar mas nesse momento os orcs são chamados para a vigia da noite e a deixam em paz mas ela não consegue dormir pois tem medo que eles a matem enquanto ela dorme.
    A noite vai passando e Arwen é vencida pelo cansaço e adormece. Então ela vê uma realidade diferente. Ela e Aragorn estão em Valfenda, esta uma noite linda de estrelas e lua cheia. Eles estão deitados em uma espécie de sofá abraçados apreciando o frescor da noite e o barulho da cachoeira. Aragorn acaricia a barriga de Arwen, eles esperam ansiosos pelo nascimento do seu filho daqui a alguns dias, estão felizes e em Paz.
    Nesse exato momento Aragorn e Elrond decidem parar perto de um pequeno rio pois cavalgam a horas e os cavalos estão cansados e precisam de água. Os cavalos bebem água e logo eles partem novamente em uma corrida contra o tempo. Os gritos de Arwen pedindo socorro não saem da cabeça de Aragorn.
    Amanhece, orcs entram na torre fazendo barulho e Arwen acorda assustada mas felizmente eles a ignoram.E ela passa o dia todo deitada no chão já sem esperanças de conseguir sair dali.
    No final do dia Aragorn e Elrond chegam a Minas Tirith.
    Aragorn desmonta do cavalo e sobe as ruas da cidadela correndo, entra no castelo e corre para o quarto ansioso por abraçar Arwen e descobrir que tudo foi só um sonho ruim.
    Mas decepciona-se ao adentrar no quarto e não encontrar Arwen lá. Saí do quarto
    desesperado procurando Arwen por todos os cantos do palácio. Uma das criadas vem ao encontro de Aragorn.
    – Meu senhor, que bom que o senhor retornou. Arwen saiu ontem de manha para passear e não voltou mais, fiquei preocupada, mandei que a procurassem ao redor da cidadela e nas planícies próximas mas não a encontraram, e eu temo que algo de grave tenha acontecido a ela!- diz a criada muito preocupada.
    Aragorn mal termina de ouvir o que a criada diz e sai desesperado. No caminho encontra com Elrond querendo saber o que aconteceu, mas Aragorn não diz nada, apenas olha preocupado e sai correndo.Elrond o segue.
    Aragorn desce pelas ruas da cidadela perguntando a todos se alguém viu Arwen mas ninguém a viu desde ontem de manhã. Desesperado Aragorn desce até o estábulo, pega seu cavalo e cavalga até a cachoeira onde eles se viram pela última vez.
    – Arwen! Arwen!- grita Aragorn olhando para os lados. De repente vê no chão o lenço branco que ele lhe deu antes da partida. Abaixa-se e pega o lenço cheirando-o e sentindo uma mistura de aroma de flores com cheiro de orcs, no chão encontra pegadas de orcs.
    – O que aconteceu com Arwen?- pergunta Elrond chegando logo em seguida
    – Orcs! Orcs estiveram aqui e a levaram- responde Aragorn desesperado e com raiva- Eles estiveram aqui ontem de manhã mas não sei para onde a levaram.
    – Precisamos descobrir logo, a cada minuto que passa ela pode estar correndo risco de vida- diz Elrond.
    – Não temos tempo para descobrir, vamos para Mordor, é o local mais próximo daqui e depois da queda de Sauron nem toda a maldade que lá habitava foi destruída – diz Aragorn montando em seu cavalo e indo em direção a Mordor há um dia de cavalgada. Elrond o segue em silêncio mas pensativo.
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    A noite chega fria e chuvosa. Eles continuam cavalgando rápido e calados mas Aragorn sente seu coração apertado.
    Os orcs são chamados novamente e a torre fica vazia. Arwen tenta reunir as poucas forças que lhe restam e tenta se soltar. Com as mãos amarradas ela consegue desamarrar suas pernas. Levanta-se e caminha lentamente e com cuidado na direção da escada. Começa a descer devagar as escadas mas como está fraca sente uma tontura, quase caí e esbarra em umas espadas que estavam na escada derrubando-as e fazendo barulho, chamando a atenção dos orcs.
    O orc que estava de vigia na porta da torre vai atrás de Arwen nas escadas e a agarra. Arwen pega uma das espadas que estava na escada, acerta o orc que a agarrou e saí correndo. Desde a escada aos tropeços e chega do lado de fora e sente depois de vários dias pela primeira vez a brisa da noite em seu rosto. Mais orcs vem correndo ao seu encontro e a cercam. Um deles se prepara para atirar uma flecha nela mas o chefe deles aparece dizendo para não matarem ela, para manterem ela viva e eles começam a discutir entre si. Arwen se aproveita do momento de discussão e tenta fugir novamente. Mas um dos orcs percebe e a agarra, nesse momento ela perde os sentidos. Os orcs a levam novamente para a torre. Amarram suas mãos e seus pés e a deixam deitada no chão no mesmo lugar onde ela estava e ainda desacordada.
    De repente o cavalo de Aragorn para e se recusa a continuar. Elrond também para.
    – Sinto algo de ruim! Aconteceu algo de ruim com Arwen- diz Aragorn apreensivo.
    – Eu também sinto, não podemos parar, vamos continuar!
    Aragorn força seu cavalo a continuar e assim eles cavalgam por toda noite. Amanhece quando eles chegam nas terra de Mordor.

    CAPÍTULO 8: SURGE UMA ESPERANÇA

    Arwen acorda, já é o terceiro dia que ela está presa, sem comer nada e deitada no chão frio. O ar está cada vez mais denso e Arwen já não consegue respirar direito. Ela sente-se cansada e fraca e se entrega, já não tem forças para lutar e a morte parece certa, fecha os olhos e começa a chorar. Nesse momento surge uma luz iluminando toda a torre negra. Aparece Galadriel avó de Arwen e Celebrían, mãe de Arwen. Galadriel senta-se ao lado de Arwen e começa a acariciar seu rosto e seus cabelos. Celebrían senta-se do outro lado da filha pega em suas mãos e depois acaricia sua barriga. Elas falam para Arwen não se entregar, para ela não desistir de viver e ter esperanças pois a ajuda está chegando. Então uma nova esperança surge, Arwen sente paz e tranqüilidade que a muito não sentia e adormece.
    Aragorn e Elrond chegam a um local onde ficava o Morannon, o antigo portão de Mordor. Elrond vê o ódio nos olhos de Aragorn mas pede que ele tenha calma e não se precipite pois seu ódio poderá piorar mais ainda as coisas. Então eles chegam a um local onde os cavalos não podem passar, descem dos cavalos e seguem a pé.
    Após caminharem um pouco avistam a escura torre dos orcs. Eles entram na torre, sobem as escadas silenciosamente e matam cruelmente os poucos orcs que estavam ali na torre manchando suas espadas com o sangue negro deles. Aragorn olha para os lados e vê uma escada estreita. Elrond pede que Aragorn suba sozinho enquanto ele fica no salão dando proteção caso algum orc aparece e vasculhando o local.
    Aragorn sobe sozinho as escadas e chega a um salão menor, escuro e sujo mas aparentemente abandonado. No meio da escuridão ele vê uma pequena luz num canto, é a Estrela Vespertina e corre em direção à luz. Lá está Arwen deitada no chão gelado de costas para o topo da escada. Suas mãos e seus pés estão amarrados. Ela está usando um vestido branco que Aragorn tanto gosta e que agora está sujo e rasgado devido aos maus-tratos e à tentativa de fuga. Seus cabelos estão soltos e desarrumados. Ele percebe que ela está dormindo ou morta. Está mais pálida do que antes com arranhões no rosto mas seu semblante esta calmo e sereno. Senta-se ao lado dela, coloca a cabeça dela em seu colo e acaricia seu rosto e seus cabelos “ ela ainda está viva, mas quanto sofreu” pensa Aragorn. Dá um murro no chão de raiva e começa a chorar.
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    – Undómiel ! – diz Aragorn, chorando e tentando acordá-la- Melin !
    Coloca a mão no ventre de Arwen e sente seu filho vivo. Enxuga as lágrima e uma nova esperança surge em seu coração.
    Lá de baixo Elrond grita para que Aragorn saia de lá logo antes que seja tarde. Aragorn pega Arwen no colo e desce as escadas. Caminham carregando Arwen até onde eles deixaram os cavalos. Aragorn coloca Arwen em cima do cavalo, monta atrás dela, a abraça fortemente e ele e Elrond partem dali o mais rápido que podem longe do perigo de Mordor.
    Durante todo o caminho Arwen continua dormindo, várias vezes Aragorn coloca a mão no rosto dela e percebe que ela está febril e durante todo o caminho Arwen permanece com a mão em seu ventre o que faz Elrond e Aragorn acreditarem que ela possa estar sentindo dores . Eles cavalgam por todo o dia e na metade da noite chegam à Minas Tirith. Aragorn desmonta do seu cavalo e carrega Arwen até seus aposentos onde ele e Elrond tentam acorda-la.
    Arwen acorda confusa e sem entender o que está acontecendo- Aragorn você é real- e o abraça chorando e olhando para se pai.
    – Sim Arwen, estou aqui- abraçando-a- acalm
    e-se e me contes o que aconteceu- levantando o rosto de Arwen e enxugando as lágrimas
    Elrond olha gravemente para Aragorn- Não, é melhor deixar isso para depois, Arwen não está bem, vou procurar a curandeira para que a examine e sai do quarto deixando Aragorn e Arwen abraçados.

    CAPÍTULO 9- MOMENTOS DE DÚVIDA

    A curandeira entra no quarto para examinar Arwen. Elrond e Aragorn ficam ao lado observando apreensivos.A curandeira parece séria. Elrond também está sério pois em seu íntimo teme o pior para sua amada filha e para o filho que ela carrega em seu ventre.
    – Ela corre algum risco? E o bebê- pergunta Aragorn olhando de Elrond para a curandeira.
    – Sim. A febre me preocupa, pode prejudicar o bebê, e ela sente dores no ventre e tem sangramento, embora ela já esteja entrando no quinto mês de gravidez tenho medo que ela não consiga segurar a criança em seu ventre- diz a curandeira preocupada- Ela precisa de máximo repouso e precisamos esperar que ela consiga reagir pois não posso lhe dar nenhuma erva por causa do bebê, sinto muito.
    Aragorn fecha os olhos e abaixa a cabeça segurando as mãos de Arwen que estava acordada ouvindo tudo o que a curandeira disse e começa a chorar. Elrond sai do quarto junto com a curandeira e deixa os dois sozinhos. Elrond pega um cavalo e sai pela noite sem destino.
    – Awen, melin, não fique assim, conte-me tudo o que aconteceu.
    – Eu estava feliz com a carta que você me mandou e fui passear na cachoeira mas de repente fui agarrada. Não consegui nem me defender, quando vi já estava amarrada e com um capuz na cabeça, não conseguia nem respirar direito e não sabia para onde estava sendo levada.- diz Arwen chorando
    – O que eles disseram?
    – Eles não disseram nada, apenas caminhavam rápido em silêncio ou discutindo entre eles, depois me levaram para aquele lugar horrível e escuro onde você me encontrou.
    – Estou com você agora- responde Aragorn acariciando o rosto de Arwen e lhe dando um beijo.
    – Foi horrível ficar lá, não sei quanto tempo fiquei presa, não comi nada pois não tiver coragem de comer a comida deles, o chão estava frio, por isso acho que fiquei doente, eles me maltratavam lá, diziam que meu filho não iria nascer- diz Arwen chorando.
    – Acalme-se agora esta aqui, não vou deixar que nada aconteça nem a você nem a nosso filho.
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    – Promete que nunca mais vai me deixar sozinha?
    – Prometo, nunca mais, agora descanse.
    Aragorn acaricia o rosto de Arwen e fica ao lado dela enquanto ela dorme. Fica feliz por tê-la de volta mas preocupado pensando nela e em seu filho e em quando poderá desfrutar momentos felizes da gravidez de Arwen.
    Arwen dorme agitada por causa da febre e com a mão sobre o ventre parecendo sentir dores.
    – le melon ( te amor), Belain na le ( que os eldar estejam com você)- diz Aragorn para Arwen enquanto dorme.
    A madrugada já ia terminando quando Arwen acorda assustada.
    – O que foi? Teve pesadelos? Está bem?- pergunta Aragorn que estava cochilando ao lado de Arwen e acorda assustado também.
    – Tinham orcs me perseguindo- diz Arwen chorando e abraçando Aragorn.
    – Não chore, estou aqui.
    – Eu sinto tanta dor no corpo.
    – Quer que eu chame a curandeira?
    – Não, preciso só do seu carinho e de um banho, estou me sentindo suja e talvez o banho me ajude a relaxar um pouco.
    Então Aragorn saí para chamar uma das criadas e pede que preparem um banho morno com fragrância de rosas para Arwen.
    Aragorn ajuda Arwen a se despir e então nota que ela tem várias marcas roxas e arranhões por todo o corpo.
    – Você está bem? Orcs malditos- diz Aragorn vendo o que eles fizeram com Arwen com muita raiva.
    – Acho que sim, não se preocupe.
    Por um momento Aragorn pensa em sair atrás dos orcs. Mas desiste da idéia e ajuda Arwen a se banhar, a se vestir e depois a leva novamente para a cama
    – Deite-se agora, ainda está fraca.
    – Fique comigo
    – Claro- diz Aragorn sorrindo e deitando-se ao lado de Arwen
    Assim que Arwen adormece Aragorn levanta-se, beija suavemente os lábios de Arwen, acaricia sua barriga e saí do quarto sem fazer barulho. Vai até o estábulo e lá encontra Elrond chegando após ter passado a noite toda cavalgando.
    – O que vai fazer Aragorn- diz Elrond
    – Irei até os orcs!
    – E irá deixar Arwen sozinha nesse momento?
    – Mas eles fizeram coisas horríveis com ela, isso não pode ficar assim!
    – Acalme-se e deixe para depois- diz Elrond colocando a mão no ombro de Aragorn- Venha comigo, preciso falar seriamente com você
    E assim Aragorn e Elrond vão até um dos salões do castelo para conversar.
    – A situação de Arwen é muito mais séria do que você pensa. Ela sofreu vários ferimentos enquanto esteve lá na torre dos orcs.Ela e a criança que ela carrega em seu ventre correm risco de vida. Infelizmente existe uma sombra negra sobre eles porque ainda existe muita maldade naquele lugar. Estive a noite toda atrás de ahlelas na esperança de que seja capaz de ajuda-la mas não encontrei- diz Elrond preocupado.
    – Acho que devo desistir de procurar os malditos orcs?
    – Pelo menos por enquanto, volte para ela, ela precisa muito do seu amor nesse momento.
    – Sim, é o que eu vou fazer. Mas eu acho que sei onde posso encontrar athelas. Fique com ela que já volto.
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    – Não, é melhor que eu vá, diga-me onde posso encontrar- diz Elrond- Tenho medo que seu ódio seja muito maior e que você vá atrás dos orcs.
    – Não, irei, dou-lhe minha palavra, fique com minha espada – e Aragorn desembainha anduril , entrega para Elrond, monta em seu cavalo e saí da cidadela.
    Lembra-se que no vale onde ele e Arwen costumam passear tem athelas ou folha do rei como é conhecida em Gondor.Vai até o vale, procura por todos os lados e finalmente encontra a planta. Corta a planta com um facão de prata que carrega sempre junto de si.
    Enquanto isso Elrond fica ao lado da filha que não reage e dorme inquieta e febril.
    Aragorn chega correndo no castelo e pede que uma das criadas prepare um chá com a planta que ele trouxe. Depois corre para o quarto. Elrond fica feliz ao ver que Aragorn conseguiu encontrar athelas.
    Então Aragorn senta-se na cama ao lado de Arwen “ pega duas folhas, coloca-as nas mãos e sopra nelas, amassando-as em seguida. Imediatamente um frescor de vida enche o quarto, como se o ar tivesse despertado e estremecido faiscando de alegria. Depois Aragorn joga as folhas em uma tigela com água fumegante, e na mesma hora todos os corações ficaram mais leves. A fragrância que inundou o quarto era como uma lembrança de manhãs orvalhadas, de som sem sombras.” Então Aragorn aproxima a tigela do rosto de Arwen.
    – Arwen, Lasto beth nîn, tolo dan na ngalad.( Arwen, ouça minha voz, volte para a luz)
    E assim o rosto de Arwen fica mais corado e há vida em seu rosto. Aragorn e Elrond sorriem felizes e Arwen acorda. Nesse momento batem a porta.
    – Deve ser o chá- diz Aragorn indo abrir a porta.
    Era uma criada vindo trazer o chá.
    Aragorn ajuda Arwen a sentar-se e insiste para que ela beba todo o chá. Após toma o chá Arwen deita-se na cama e volta a adormecer
    . Em seus sonhos ela vê Galadriel e Celebrían. Está uma linda manhã em Lorien, tudo está bonito como um dia de primavera, Arwen sente o ar fresco e uma fragrância de flores no ar. De repente Aragorn aparece carregando uma criança em seus braços e a entrega para Arwen.
    E assim Arwen vai melhorando gradativamente a cada dia e após algumas semanas encontra-se totalmente recuperada e passeia alegremente pelos jardins do castelo na companhia de Aragorn.

    CAPÍTULO 10: PARTIDA PARA VALFENDA

    Mais dois meses se passaram e agora Aragorn e Arwen caminham felizes de mãos dadas pelos jardins do castelo em tempos de paz. Arwen se encontra no sétimo mês de gravidez completamente recuperada. Está um dia ensolarado de verão, está quente mas uma brisa suave sopra vinda do mar. Então Elrond aparece no pátio.
    – Arwen minha filha, estou a muito tempo longe de Valfenda e sinto necessidade de regressar – diz Elrond olhando nos olhos da filha e pegando nas mãos dela – Porem eu estive pensando em uma coisa

  • A Paixão dos Edain – Parte 2, Sob as Graças da Senhora

    Aos Cuidados de Galadriel

    A Senhora Galadriel trabalhava em seu tear quando Niéle se aproximou:

    – Minha Senhora.
    – Sim, Niéle?
    – Haldir está aqui, Minha Senhora. Trouxe consigo uma mulher edain em grande sofrimento, faz dois dias que está em trabalho de parto.

     
    A urgência e a piedade na voz usualmente calma da serena e bela dama imediatamente encontraram resposta na Senhora Galadriel, Rainha do Reino da Floresta. Suas outras damas, rápida e graciosamente, foram em busca de seus apetrechos de cura, enquanto Galadriel seguia Niéle até Haldir.

    O elfo estava debruçado sobre o corpo quase sem vida que colocara na cama do quarto que Niéle lhe indicara, e levantou-se com uma profunda reverência à chegada de Sua Senhora.

    – Minha Senhora, me perdoe…
    – Você fez bem em trazê-la, Haldir – falou a Senhora de Lothlórien antes que o capitão continuasse.

    Com outra reverência, Haldir se retirou, ante a ordem silenciosa de Galadriel.

    – Então? – perguntou Rúmil, quando o irmão mais velho se aproximou dos outros dois. Não saberia dizer em que falhara mais com Seus Senhores: se em ter deixado a pobre mulher cruzar a fronteira, se em poluir a incomparável Caras Galadhom com a presença daquela criatura, ou ainda em deixar seu irmão apresentar-se aos olhos da Etérea Rainha no estado em que se encontrava.

    – A Senhora Galadriel disse que fizemos bem em trazê-la. Estas foram suas palavras. Vamos agora. Vamos nos lavar, comer e descansar. Vamos!

    A mão da Senhora refrescou a fronte ardente, embora ninguém pudesse imaginar como aquele ser depauperado ainda possuía energia para gerar calor. O corpo da mulher estava sendo lavado pelas damas da Senhora, e Galadriel o estudou brevemente, apoiando-se à cama.

    – Minha Senhora – Niéle oferecia-lhe seus apetrechos de cura, mas a Senhora de Lothlórien dispensou-os com um aceno e pediu a outra de suas damas que lhe trouxesse uma faca limpa, pura e afiada.
    – Não, Niéle, se o bebê não encontrou um caminho para nascer até agora, não encontrará mais.

    Uma gota preciosa escorreu pela face madrepérola de Niéle. O fado dos edain era realmente triste.

    Galadriel escolheu um dos frascos trazidos por outra de suas damas, e despejou seu conteúdo na boca da mulher. Os gemidos fracos já quase inaudíveis foram cessando por completo. A expressão de sofrimento abandonou suas feições, dando lugar à paz naquela fronte.

    As damas da Senhora Galadriel entoavam agora um canto baixo, triste mas sereno, com expressão de misericórdia.

    A Senhora Galadriel pegou a faca de prata que Maitera lhe entregou numa caixa. Incrustada em seu cabo havia uma esmeralda verde clara, que reluzia.

    Era um gesto de piedade acabar com aquele sofrimento, pensavam as damas presentes. Mas a Senhora Galadriel não dirigiu a faca para o coração ou a garganta da figura mirrada, e sim para a base do ventre.

    “Mas é claro, a Senhora vai tentar salvar a criança!” – Pensou Niéle correndo para o outro lado da cama, aparando o sangue que começava a escorrer do corte antes que atingisse a Rainha.

    Como se houvessem recebido instruções silenciosas, as damas se entregaram a uma série de tarefas, até que uma criaturinha grande para o corpo do qual havia saído, mas roxa, inchada e quase morta foi ter nos braços de Niéle. As elfas começaram a limpar o corpinho suavemente, enquanto Maitera dirigia todo o seu pensamento em transmitir o sopro da vida para a criança inanimada.

    De repente o bebê tossiu, como se houvesse engasgado e começou a chorar, primeiro baixinho, depois a plenos pulmões, para deleite de todas.

    Niéle, Maitera e as demais damas de Galadriel voltaram-se em êxtase para Sua Senhora ainda sentada na cama.

    O corte no ventre da mulher edain estava fechado.

    A Ausência de Crianças

    Poucos dentre os elfos tinham muitos filhos, e, naquela época de incertezas em que o mal crescia e seu domínio sobre a Terra Média declinava, os séculos haviam visto raras crianças em Caras Galadhom.

    Na verdade, há muito não se via nenhum nascimento entre aqueles que sentiam o chamado das Terras Imortais. O filho da mulher edain foi uma fonte de encanto. Um encanto há muito adormecido, mas que se revelou forte e poderoso mesmo num reino de encantamento como o da Senhora Galadriel e do Senhor Celeborn.

    A criança foi honrada com um quarto próximo ao dos próprios Senhores, mas não seria incorreto dizer que berços e colchões lhe eram desnecessários, pois sempre havia braços ávidos por segurá-lo, e colos macios para o embalar.

    Mîleithel, o bem amado, ele foi chamado, pois no coração de todos o amor pelo pequeno se acendia. Seu doce perfume de recém-nascido inebriava os sentidos de Caras Galadhom.

    Risonha, animada e disposta a prodigalizar seus dons a todos que caíam em seu raio de visão, a criança, tomava sempre o caminho reto e direto para o colo e o coração de tantos quantos se aproximassem. Só quando já se estava sob seu domínio é que se chegava a perceber a verdade, que então tornava-se desimportante: o menino era feio, ao menos para os padrões dos elfos.

    Haldir Conquistado

    Rúmil ainda felicitava a si e aos irmãos pela decisão de levar a mulher a Caras Galadhom, quando Haldir foi chamado novamente à Capital de Lórien.

    Haldir aproximou-se de Caras Galadhom com reverência. Experimentava a idéia de que, se a distância imposta pela função na fronteira lhe impingia a ausência, através desta lhe renovava a incomensurável alegria do retorno àquele lugar.

    Em sua admiração pela colina incendiada de estrelas em que a cidade das árvores se transformava à noite, quando suas lamparinas verdes, douradas e prateadas se iam acendendo, escolhera para si mesmo um talan fora das muralhas, onde passava as noites que não estava na fronteira contemplado o coração do Reino dos Elfos na Terra Média.

    Niéle olhava com adoração para a criança que dormia, mas se perguntava se todas as crianças dos edain seriam assim, com essa assimetria de feições, a pele escura e manchada, a testa proeminente, o maxilar mal encaixado?

    Acariciou a plácida face adormecida e dirigiu-se ao quarto em que se encontrava a mulher.

    A dama élfica sentou-se na borda da cama, observando agora a mãe daquela criaturinha tão amada. Largos e fortes eram seus traços, rudes se comparados aos traços delicados e elegantes das eldar, mas ainda assim harmônicos, belos em seu vigor – pelo menos agora que um pouco de carne começara a tomar seu lugar entre a pele e os ossos. Quadrados o queixo e os malares salientes, forte o nariz, embora curto; cheia e bem desenhada a boca, mas não rosada como a das mulheres élficas, e sim cada vez mais vermelha à medida em que a convalescença avançava.
    ..

    Três semanas a Senhora Galadriel lutara contra a febre e a exaustão do corpo mortal, até se fazer vencedora. Entretanto a mente da jovem nada revelara. Seu nome, sua origem, sua história permaneciam desconhecidos até mesmo para Galadriel, a Sábia.
    – Um véu tolda toda sua mente, como se somente no oblívio total sua alma pudesse permanecer junto ao corpo – dissera a Rainha.

    – Niéle – Haldir pronunciou baixo seu nome.

    – Mae Govannen, Haldir. – Suave era a voz de Niéle, e meigo seu olhar. Os longos séculos de amizade pouco diminuíam a timidez da dama frente ao soldado. – Feliz é sua vinda nestes dias felizes que chegaram – completou baixando os olhos.

    Um murmúrio alegre chegou às suas orelhas pontudas, e Niéle sorriu novamente, fazendo sinal para que Haldir a acompanhasse ao cômodo contíguo.

    – Mîleithel, meleth tithen, seu benfeitor está aqui, veio conhecer seu protegido – balbuciava ela ao sorriso sem dentes que lhe estendia os bracinhos.

    – Niéle, fui chamado pela Senhora, devo me dirigir à Sua presença.
    – Então já o fez, Capitão – A voz da Senhora Galadriel era sorridente, enquanto o guardião se lhe curvava.
    – Faça-se de seu conhecimento que, desde sua última vinda a Caras Galadhom, é deste cômodo que os Senhores de Lórien governam. – A Rainha aproximou-se da dama, que com uma pequena reverência passou a criança aos seus braços.

    Galadriel contemplou o rosto pequenino, sentindo a fragrância do corpinho. Além de sua filha, ela acalentara também os netos, é claro, mas então ela ainda não havia partido…
    – Minha Senhora, espero que minhas ações tenham trazido mais um alívio do que um peso.
    – De certo ele está ganhando peso rapidamente – Galadriel sorriu ao Capitão um tanto desconcertado com a resposta. – Em poucas semanas, já parece ter vários meses. Cresce em ritmo acelerado essa criança, e eu já vi muitas dentre os segundos filhos desde o seu despertar.

    O menino acompanhou o som da voz da Rainha até se dar conta da nova presença em sua volta. O pequeno se esticou em direção a Haldir, e a Rainha o estendeu ao elfo.

    Sem jeito ante o gesto inesperado, Haldir segurou o bebê, que imediatamente agarrou com força uma mecha de cabelo loiro, rindo muito enquanto puxava com força.
    – Senhora … ei … acho que temos aqui um guerreiro forte e poderoso. – Haldir lutava para segurar o pequeno e ao mesmo tempo libertar sua trança, enquanto Niéle e a Senhora Galadriel deliberadamente observavam sem interferir, deliciadas com a magia em operação.
    – Ei, calma.
    – Ahn A!
    – Vou lhe arranjar uma espada para você agarrar com essa mãozinha de ferro.
    – Ih Ih Ahn.
    – Vamos, tithen, largue por favor.
    – …
    – Não vai largar?

    – Perdão Senhora. – Um sorriso cobria os lábios do Capitão dos galadhrim, suas feições relaxadas, os olhos brilhantes.

    Fora a conversa mais íntima que o guardião jamais sonhara em ter com a Senhora de Lórien, mas naquele quarto, ouvindo os balbucios do garoto, envolvidos por sua presença, parecia absolutamente natural.

    – Ele realmente é muito desenvolvido e forte. A Lua mal retornou ao ponto onde estava quando deixei Caras Galadhom pela última vez – o guardião lutava para recuperar a compostura frente à Rainha.- Realmente – Galadriel retomou parte de seu tom sério habitual, fazendo o Capitão acompanhá-la para longe da criança no colo de Niéle – contudo enquanto sua semente desabrochava como se aquecida por um sol generoso, a mãe mergulhava ainda mais fundo nas sombras. Só agora ela começa a voltar para a luz, mas parece haver perdido a chave da própria existência. Sua mente é um deserto, no qual não se vislumbra sequer miragem de memória.


    Maegovannem leitor,

    Se você está a procura de romance veio ao lugar certo, afinal, onde Haldir de Lórien, o arrogante capitão do galadhrim, é encontrado, a temperatura sempre sobe…

    Se você está lendo essa história, gostaria muito de saber o que você está achando, através do e-mail myriara@yahoo.com.br, mesmo que seja só para criticar.

    Aguardo por você no próximo capítulo,

  • Diário de Aragorn

    Dia Um: Espectros do Anel Mortos: 4. Muito bom. Encontrei os Hobbits. Andei 64 km. Tirei a pele de um coelho e o comi. Não sou Rei.

    Dia Quatro:  Entochado nas monstanhas com os Hobbits. Boromir realmente chato. Não sou Rei ainda.

     

    Dia Seis: Orcs mortos: nenhum. Desapontador. Pêlos: eu pareço rude e másculo. Yes! Continuo querendo chutar o Gimli. Estou me segurando. Ainda nada de Rei.

    Dia Dez: Desculpe, sem adições ultimamente. Muito escuro nas Minas de Moria. Grande Balrog. Nada de Rei ainda hoje.

    Dia Onze: Orcs mortos: 7. Muito bom. Pêlos: parece asqueroso. Legolas pode ser mais quente do que eu. Mas me pergunto se ele vai gostar de mim quando eu for Rei?

    Dia 28: Começando a achar Frodo perturbadoramente atraente. Sinto que se fizer uma tentativa Sam poderia me matar. E também, pés peludos são um desestimulante. Ainda não sou Rei.

    Dia 30: Em Lothlorien. Acho que a Galadriel está dando em cima de mim. Garota atrevida. Bom papo com Boromir. Ele não é tão mau. Tomei um banho. Yay! mas continuo não sendo Rei.

    Dia 32: Orcs mortos: nenhum. Pêlos: sutilmente peludo. Legolas me disse que uma sombra e uma ameaça têm crescido em sua mente. Eu acho que legolas pode ser meio gay. Não, nada de Rei.

    Dia 33: Orcs mortos: incontáveis milhares. Muito bom. Boromir morto pelos Orcs. Vagabundo. Embora ele tenha morrido bravamente em meus braços, estou agora bastante certo de que ele definitivamente era gay. Não estou muito certo sobre o Gimli também. RIP Boromir. Ainda não sou Rei, mas pelo menos Boromir pareceu pensar que eu era. No final das contas pode ter sido uma perda cruel.

    Dia 34: Frodo foi a Mordor. Disse que ia sozinho mas levou Sam. Por que? Meu Deus, todo mundo neste filme é gay menos eu? Não estou muito certo sobre mim também. Droga, ainda não sou Rei.

     

  • Diário do Espectro do Anel nº 5

    Dia 1: Acabei de abrir o presente de Natal de Sauron. Bonito, bonito, bonito, bonito anel!
     
    Dia 1,000,967: Ganhei uma caixa de doces…
     

    Dia 1,001,056: Muito monótono em Barad-Dur. Nada para fazer além de jogar Palavras Cruzadas com Orcs. É muito aborrecido pois os Orcs só sabem a Fala Negra de Mordor. Você tenta soletrar Azg Nazg Gimbatul para uma palavra pontuação tripla. Ei, eu não tinha pensado nisso!

     
    Dia 1,001,102: Acho que Sauron está armando algo. Passou o rímel brilhante especial. Acho que ele ficará muito feliz quando ele recuperar o corpo e finalmente poder se vestir a rigor de novo.
     
    Dia 1,001,105: Sim, Sauron definitivamente está armando. Tem dado ordens para saírmos rápido e caçar hobbits e amigos íntimos de hobbits, que de alguma maneira conseguiu o Anel Governante. A sugestão do Bruxo-Rei de Angmar para colocar fotos do Anel Governante em caixas de leite e esperar por telefonemas foi ignorada.
     
    Dia 1,001,106: Me foi dado um cavalo veloz novinho em folha. Não para espancar, claro. Lá vou eu! Infelizmente, ainda sem corpo.
     
    Dia 1,001,107: Muito perto de prender o Portador do Anel hoje � noite, mas o Nazgul chefe sofreu ataque de risos enquanto observava o excesso de carícias entre o Portador do Anel e os três "companheiros" dele.
    Suspeito que Gandalf escolheu o Portador do Anel mais por causa dos grandes olhos azuis e do lábio inferior carnudo, do que pela força que seria típica de um herói.
    Alcançaremos o menino Hobbit bonitinho e o harém de namorados diminutos em Bri. Espero poder tomar umas e outras depois disso.
     
    Dia 1,001,109: Maldito Aragorn. Maldito Isildur e todos os seus Herdeiros. Gerações de pervertidos tarados por hobbit, inútil para qualquer um. Filho de Arathorn pegou o Portador do Anel. Para combater a decepção pelo fracasso em alcançar as metas estabelecidas por Sauron, passei a noite toda bebendo em Bri. Habitantes muito informativos.
     
    Bebidas: 10 Cubas Libres (então empalei o estalajeiro em espetinhos de aperitivo)
    Mortos: 17 homens humanos. Nós somos demais!
     
    Dia 1,001,115: Tenho seguido o herdeiro de Isildur e o bando de Hobbits durante seis dias. Aragorn obviamente está a fim do Portador do Anel. Sam o matará se ele tentar qualquer coisa.
     
    Dia 1,001,116: Fui todo alegrinho para cima do Portador do Anel na Colina do Vento. Aragorn veio todo enciumado e possessivo e me incendiou. E realmente Sam tentou me matar, embora só tivesse notado muito mais tarde que fui atingido nos joelhos com uma frigideira.
     
    Dia 1,001,119: Encontrei a namorada elfa do Herdeiro de Isildur hoje. Estava tão ocupado rindo com a idéia de que Aragorn o Tarado por Hobbit tem uma "namorada" que inconvenientemente fui levado por uma enchente.
     
    Cavalo morto, armadura toda enferrujada. Tenho que voltar para Mordor para lubrificar. Não! Não esse tipo de lubrificação! Por acaso você está achando que sou um pervertido espectro tarado, hein? hein?

     

  • Diário de Gimli, Filho de Glóin

    DIA UM

    Grr. Argh.

    DIA DOIS

    Circulando em Valfenda com elfos afeminados, muito ruim para minha digestão. Pedi para Elrond que me transferisse para o segundo andar já que não posso entrar no banheiro aqui sem ser sujeitado à assistir hobbits que tomam banho entre velas cheirosas. É ridículo. Espirraram espuma de banho de morango ontem em mim. Em compensação, barba agora sedosa e condicionada.

     

    DIA TRÊS

    Elrond recusa a me trocar de quarto. Dei de cara novamente com os hobbits esta manhã. O que estavam fazendo com aquela cenoura? Grupo de imbecis natos, não me admiro que eles nem ao menos cultivem barbas decentes.

    DIA SETE

    Suspeito que Aragorn filho de Arathorn seja um pervertido tarado por hobbit. Ignora completamente a noiva elfa gostosa para barganhar a atenção de gnomos de calções de couro e pés-cabeludos. Sorte que eu, Gimli filho de Gloin, estou aqui para cuidar da solidão dela.

    …depois…

    Mulheres elfas têm a altura certa para manter minhas orelhas aquecidas. Me dei bem!

    DIA NOVE

    Concordei em ir na demanda. Arwen ficando terrivelmente amarrada na minha. Gimli filho de Gloin não será amarrado. Passei tanto tempo com hobbits sensíveis e elfos afeminados que ficar em Valfenda está acabando com "nossa relação".

    DIA TREZE

    Muito frio no topo de Caradhras. Briga grande sobre quem iria carregar os hobbits montanha acima. Não participei já que estava ocupado amostrando a Legolas como fazer uma trança só com a mão direita. A briga terminou quando Aragorn apanhou o Portador do Anel e o enfiou dentro das calças dele. Está certo, Herdeiro de Isildur, sufoque o Portador do Anel. Francamente, essa gente…

    DIA QUATORZE

    Em Minas de Moria. Posso ter feito um leve erro de cálculo, já que parece que primo Balin está morto há pelo menos sessenta anos. Suponho que deva ter acontecido desde a última vez que recebemos cartão de Natal dos companheiros de Moria. Ora, não pode se esperar que mantenhamos o controle de tudo.

    DIA QUINZE

    Gandalf caiu na sombra. Hobbits usaram isso como desculpa para ficarem nas pedras chorando e se acariciando. Levei um abraço varonil de Boromir, embora ele estivesse com a Corneta de Gondor espetando o meu plexo solar. Pelo menos, espero que tenha sido a Corneta de Gondor. Não vou ficar pensando se foi ou não.

    DIA DEZESSEIS

    Legolas me falou que Aragorn está a fim de Frodo. Sam o matará se ele tentar qualquer coisa. Sugeri a Legolas que poderíamos querer um líder que fosse menos libertino. Legolas perguntou então se eu queria tomar um banho com ele. Estou começando a suspeitar que toda aquela poesia Élfica sobre a glória dos laços-de-guerra entre homens e só uma grande fachada para brincadeiras de espancamento safadas.

    DIA VINTE

    Em Lothlorien. Galadriel totalmente gata. Enquanto hobbits estão de abraços por aí e Boromir persegue Aragorn, tive tempo para lhe mostrar alguns truques de anão. Nada extravagante, só um pouco de Esconda o Capacete e Explorando as Minas. Muito satisfatório para todos, exceto Celeborn possivelmente. Pensando bem, talvez fosse Celeborn. Não consigo diferenciar muito os elfos.

    DIA VINTE E DOIS

    Deixei Lothlorien. Tenho navegado há dias em barcos. Estou ficando muito sozinho. Hobbits já não parecem tão ruins. Bastante atraentes de fato, apesar dos mullets. Já que não consigo chegar perto de Frodo sem ser mordido nos joelhos por Sam, e que Pippin está flertando com Boromir, então verei se talvez Merry queira dar um agradável passeio sob o luar hoje à noite. Hurrah para laços-de-guerra entre homens.

  • Diário secreto de Bill (o pí´nei)

    Dia 01

    Fiquei sabendo sobre um anel e uma tal de guerra e o fim do mundo….esse povo ta tudo doido…

    Dia 02

    Droga de vida, agora tenho que carregar uma hobbit gordo nas minhas costas… Humm acho que ele gosta de um outro hobbit chamado Frodo…. gostei dele…aqueles olhos azuis….

     

    Dia 03

    Sam está deprimido pois hoje de manhã Frodo não deu pra ele…

    Dia 04

    Frodo foi ferido por um Nazgûl.

    Uma elfa boazuda levou ele para Valfenda

    Dia 06

    Chegamos em Valfenda.

    Dia 08

    Notei que Sam dá muitos banhos no Sr. Frodo, e depois dos banhos eu vejo ele fumando o seu cachimbo com uma certa satisfação…O que será que ele vê de tão divertido em da banho no Sr. Frodo… se bem que o Sr. Frodo…hummm…

    Dia 14

    Saímos ontem de Valfenda.

    Sam não dá mais banhos no Sr. Frodo.

    Dia 22

    Gandalf nos fez passar por uma montanha de neve…

    Velho insolente…

    Dia 24

    Vamos para as Minas de Moria

    Dia 27

    Aragorn não deixou eu entrar em Moria…

    OBRIGADO POR ME LIVRAR DAQUELE HOBBIT TARADO, DEUS EU SABIA QUE VOCÊ EXISTIA!!!

  • Diário do Carrapicho

    DIA …

    CORRER, correr e correr mais um pouquinho….

    Lembrar de não esquecer alguma coisa….

    Noby é uma lesma.

     

    DIA…

    Eu sei… mas não sei. Será que esqueci algo??? Eu tenho que fazer algo com ou para Gandalf ( espero que seja com).

    Noby é uma lesma.

    DIA…

    Homens vestidos de preto (acho muitooo atraente a cor preta…). Pelo que o povo fofoca parece que são malvados, uii!!!

    Noby continua a ser uma lesma.

    DIA…

    Os homens vieram me visitar achei-os muito apressadinhos. Quem será esse tal Bolseiro? Não descobri o que é aquela carta.

    DIA…

    Quatro hobbits chegaram a Bri. Espero que estejam vindo para cá. ADORO HOBBITS!!!

    Mais tarde…

    SIM!!! Eu estava certo. Gostei do cacheadinho, será que ele gostou de mim?

    O guardião gostosão não parou de olhar para os MEUS hobbits, vou furar os olhos dele…

    Noby é uma lesma.

    DIA…

    Cachinhos lindooos, Cachinhos lindooos!!! Muitas coisas estranhas estão acontecendo: cavalos fugindo, pessoas sumindo, (uii!!!) que clima!!! Espero que meu Merry fique aqui para sempre!!!

    Noby é uma lesma.

    DIA…

    Ele foi embora!!! Não vou agüentar!!! Ele levou o guardião junto!!! BUÁA, BUÁA!!!

    Mesmo assim… Noby é uma lesma.

    DIA…

    Estou um pouquinho triste ainda…

    Correr, Correr, Correr.

    Noby é uma lesma.

    DIA…

    Correr mais um pouco…

    Noby começa a parecer atraente!!!

    DIA…

    NOBY É UM HOBBIT!!! NOBY É O MEU HOBBIT!!!!!

    NOBY É O MEU LESMA!!!!!!

  • Diário de Elladan

    Dia 1 – Brigas em  Valfenda. Quando é que meu pai vai parar de roubar as roupas de  Arwen? Desde a Segunda Era que todos tentam convence-lo que ele não fica bem de roxo, mas não dá certo!

    Dia 2 – Toda essa confusão sobre moda terminou com Arwen de cara amarrada e Glorfindel sendo despachado para bem longe. Acho que vou andar por aí também.

     

     

     

    Dia 9 – Na Floresta das Trevas. Fui direto para o bordel de Dol Guldur. De lá se controla também todas as plantações ilegais da erva dos hobbits nas "zonas escuras" da floresta. È impressionante como Thranduil consegue manter tudo debaixo dos panos

    Dia 10 – Hoje achei a criatura mais atraente da Terra Média em Dol Guldur. È loirinha de olhos azuis e bem safadinha. Tenho que manter segredo…

    Dia 11 – Ouvi falar que Aragorn está em Valfenda. Tenho que contar para ele imediatamente que descobri que Thranduil tem convites extras para a Valinor Fashion Week.

    Dia12 – Aragorn logo que soube dos convites quis voltar para a floresta, mas não adiantou muita coisa, pois um prisioneiro dos elfos roubou os convites e fugiu. Parece que se chama Gollum. Aragorn aparentemente já andou caçando essa criatura antes, talvez para a

    Dia 15 – Conselho de Elrond. Meu pai definitivamente não sabe dar uma festa. Espere! A coisinha de Dol Guldur está aqui! È Legolas, filho de Thranduil! Será que ele tem convites também?

    Dia 16 – Legolas realmente tem convites, mas nem eu nem Aragorn conseguimos nada. Pensei em chamar Glorfindel para ajudar, mas eles tiveram uma discussão fenomenal mais cedo. Aragorn também não ajuda! Fica o tempo todo atrás de Frodo! Pervertido tarado por Hobbits! Sam vai mata-lo se ele tentar algo.E Arwen nem percebe…

    Dia 17 – Adivinhem para quem Legolas vai dar os convites?! O anão do Gimli. Quem ele teve que subornar ( e como ) para conseguir permissão para um anão entrar em Valinor eu não sei, mas…

    Dia 18 – Ninguém mais tem convites extras.Tenho que caçar o tal do Gollum.

    Dia 20 – Gollum ta perseguindo a Comitiva, e Aragorn tentando pegar ele por conta própria. Já aumentou a concorrência!

    Dia 25 – Fui atrás de Gollum, mas não consegui passar de Lothlórien, porque Haldir mandou fechar cerco, já que ele também tem os convites. Já to começando a achar que é melhor juntar todo mundo que quer os convites e arrumar outro jeito de entrar. Vamos fretar um barco de Círdan, e Manwë ou Finarfin devem ter algum ponto fraco…è, vou avisar todo mundo.

  • Diário secreto de Haldir de Lórien

    Dia 01

    Hoje na floresta encontrei Aragorn e os outros…Legolas estava todo afoito, acho que ele pensou que eu ia matar aquele anão, bobo, eu nem gosto de gente gorda…

    Nossa aqueles olhos do Aragorn são realmente ma-ra-vi-lho-sos…

    Hummm o Frodo me olhou de um jeito, acho que ele gostou do meu cabelo, também adorei os olhos deles.

    Levei todos até a senhora Galadriel…

    Aquela elfa metida…

     

    Dia 02

    Vi o Boromir conversar com Aragorn, o que será que eles conversaram?

    Dia 05

    Frodo foi olhar no espelho da Galadriel, ela estava com o vestido branco que eu peguei ontem escondido. Acho que ela notou…

    Frodo caiu no chão depois que olhou no espelho… ai como eu queria estar ali embaixo para segura-lo… O Sam vai me matar se ler isto.

    Dia 15

    Fiquei sabendo que Boromir morreu com três flechas no peito… tadinho ele até que era bonitinho.

    Frodo e Sam foram para Mordor, aff, agora aquela coisinha pequenina está muito longe para eu tirar uma casquinha, mas também, acho que o Sam não ia deixar.

    Dia 16

    Roubei definitivamente o vestido da Galadriel, ela está louquinha da vida, hahaha, ela nem sabe que fui eu…. a propósito estou vestido ele, ele está meio apertado em mim…

    Dia45

    Eu e um batalhão de elfos vamos ajudar o Aragorn na batalha contra os orcs e Uruk Hai

    Dia 47

    Eu e a tropa chegamos ao local da batalha, Aragorn estava tão sexy, Legolas estava ajudando Gimli, nossa que anão feio, o que será que Legolas viu nele?

    Dia 48

    Lutei e matei alguns orcs … Droga estraguei minha unha… orc maldito.

    Um orc me acertou …. ai doeu muito… cai nos braços de Aragorn…ai que olhos… que braços…que peito…. ops…

    Morri…orc idiota