Categoria: Heren Quentaron

  • O Silmarillion

    Autores: Bagrong, Fëanor e Smaug.

    Apresentação:

    No dia de hoje, há exatos 28 anos, O Silmarillion era publicado pela George Allan & Unwin, na Inglaterra, trazendo em seu conteúdo um material muito valioso que serviria de explicações para muitos pontos soltos. É impossível imaginar o Legendário, as histórias de Arda, sem o importante Silmarillion, que graças a dedicação de Christopher Tolkien foi lançado após 4 anos da morte de J.R.R. Tolkien.

    Portanto, como de costume, o grupo Heren Quentaron traz uma homenagem alternativa à este livro, que para muitos é considerado a Bíblia dos fãs.

     

     

    Fëanor – alguns pontos relevantes sobre o criador das Silmarils

     

    A partir do momento em que Fëanor fez as três Silmarilli, mudou-se o destino de Arda. Através do Silmarillion acompanhamos como o destino do mundo molda-se em torno dos fatos relacionados a essas pedras.

    Mas por que tanto alarido em cima de três gemas feitas por aquele elfo?
    Convém relatar algumas coisas então: as três gemas possuíam justamente aquilo que Melkor mais almejou possuir através dos tempos, mas não teve capacidade: a Luz. Não uma simples luz de uma tocha, mas sim a Luz primordial, fruto do labor dos Valar. E não podendo possuir tal Luz, sua única alternativa era destruí-la. Assim fez com as Lâmpadas dos Valar e com as Duas �?rvores. Também tentaria mais tarde, e sem sucesso, com o Sol, Anar.

    Voltando ao assunto: Depositadas nas três gemas estava uma parcela do desejo de Melkor. E como ele, o mais poderoso vala não conseguiu tal façanha, e um “mero elfo�? sim? Essa pergunta devia remoer sua cabeça, e de presente ele também ganhou uma boa quantidade de inveja de Fëanor. E Fëanor, cabeça quente como era, acabou por ter a ousadia de bater o portão no nariz de Melkor, ao descobrir as intenções mascaradas do mesmo. E, ao fazer isso, ele agiu de maneira incisiva sobre o futuro de Arda. Ou seja: não foi simplesmente a existência das pedras que poderia mudar algo, mas sim algumas atitudes dos seres a ela relacionados de alguma maneira. E bater a porta no nariz de Melkor foi uma dessas atitudes.

    Pouco mais tarde, Fëanor perde seu pai, que ele amava mais que as três pedras, e estas também. Então ele se rebela contra os Valar (ele realmente era cabeça quente), e conclama seus familiares à segui-lo para além mar, onde Melkor havia se instalado. Mais uma atitude que iria dar uma guinada brusca no curso da história. Se essa rebelião não tivesse ocorrido, nem Silmarillion haveria. As pedras estariam lá, e só.

    Para aqueles que leram o Silmarillion, Fëanor lembra em primeira instância ódio, amor, loucura, magnitude. Mas o que isso pode significar? Quis Tolkien passar alguma mensagem através deste personagem?
    Talvez não diretamente, mas, como a grande maioria dos personagens da grande maioria das histórias, Fëanor acaba passando uma mensagem. Uma não, várias na verdade.

    Talvez a mais relevante seja a maneira de como o poder pode enlouquecer alguém. Mesmo Fëanor sendo o “maior de todos os filhos de Eru�?, ele acaba caindo na loucura, e cometendo atos repugnantes. Traça-se aí a clássica linha que divide a loucura da genialidade. A parte onde tudo as emoções são postas à prova máxima, e onde uma leve mudança de contextos altera a personalidade da pessoa. E, como dizem, quanto mais alto, maior o tombo. Mesmo Fëanor sucumbiu às emoções que sentiu, não suportando a realidade passivamente, e transcendendo para a loucura. Aqui pode-se destacar mais um ponto: o modo como as ações más podem derrubar mesmo os corações mais inabaláveis.

    Pois a causa da loucura de Fëanor, foi Melkor diretamente. Primeiro, ele semeia a discórdia, plantando falsas idéias entre seus inimigos, fazendo com que eles entrem em colisão. Depois, sua cobiça e inescrupulosidade o levam a praticar o roubo dos dois maiores pertences de Fëanor: seu pai e sua maior obra. Antes disso, Melkor já era o maior inimigo do elfo. O Elfo então se deixa levar totalmente pelo ódio e desejo de vingança. Toda a sua capacidade volta-se para o objetivo de desforrar-se do Vala. Sua genialidade é deturpada por suas emoções.

    Tolkien foi grandioso no desenvolvimento de seus personagens. O Silmarillion é recheado deles, e cada um pode repassar alguma mensagem, que geralmente fica a cargo da interpretação do leitor. Fëanor é um desses personagens. Ele não foi feito para ser um simplesmente um herói queridinho ou um vilão sinistro. Vê-lo como tal, significa interpretar superficialmente a obra.

     

    De Beren, Lúthien, Tolkien e Edith

    Dos diversos capítulos de O Silmarilion, com certeza um dos mais empolgantes e importantes é o que narra a Balada de Leithian, aonde é contada a história dos heróis Beren e Lúthien.

    Beren é um homem, mortal, que sofreu muito em toda a sua vida e que, por uma brincadeira do destino, acabou superando o Cinturão de Melian e indo para em Doriath, onde encontrou a mais bela de todas as elfas: Lúthien Tinúviel.

    Enquanto era o homem um sofredor, a elfa havia sido criada sob proteção e cuidado de seus pais e jamais havia enfrentado grandes perigos ou problemas que parecem não tem resolução. Ela era teoricamente frágil.

    O pai de Lúthien, Thingol, decretou que sua filha só se casaria com Beren caso este o presenteasse com uma Silmaril, que estava engajada na coroa de ferro de Morgoth. Após muito sofrimento e determinação, Beren e Lúthien conseguiram entrar na fortaleza de Melkor e, ao distraí-lo com uma das belíssimas canções da elfa, roubaram-no uma pedra.

    Um mortal e uma elfa conseguiram fazer com pouquíssima ajuda o que todos os mais poderosos exércitos dos elfos não conseguiram: recuperar uma Silmaril. Isso demonstra o valor que Tolkien dá ao amor e aos verdadeiros valores. Enquanto milhares de elfos deram suas vidas em uma guerra vazia de princípios, movida apenas pela cobiça e ódio, sendo mal sucedidos, um casal apaixonado consegue realizar a façanha, pois manteve-se firme com seus valores e suas convicções.

    Neste ponto vale ressaltar que Beren e Lúthien nunca tiveram cobiça ou desejo pelas pedras, eles apenas queriam entregá-la ao rei para poder viver suas vidas em paz. Depois de diversos acontecimentos terríveis com o Rei de Doriath e seu povo, a pedra recuperada acabou voltando para Lúthien, já engajada no colar Nauglamîr, e ao colocá-lo, a elfa se tornou a mais bela visão em toda a história de Arda.

    É interessante analisar a história dos pais de Lúthien: Thingol e Melian, pois eles são, respectivamente, um elfo e uma maia. Lúthien já nasceu da miscigenação de dois povos e depois se casou com um homem, o que faz dessa união uma mistura maior do que a normalmente notada.

    Provavelmente, Tolkien gostava muito dessa história, pois, ao morrer, deixou gravado em seu túmulo "Beren" e no túmulo de sua esposa "Lúthien". Talvez haja relação entre os personagens e a vida do autor, já que este sofreu por um bom período antes de encontrar sua amada e, depois disso, foi para a guerra, separando-se dela por certo tempo.

    Um texto belo que narra o amor entre Tolkien e sua esposa, Edith, pode ser conferido aqui mesmo, na Valinor: Tolkien & Edith: Um amor de 89 anos

    Concluímos que o escritor se baseou no amor que sentia por Edith e na imagem que tinha dela em sua juventude para escrever uma das mais belas histórias de todos os tempos: A Balada de Leithian.

     

    As diferentes edições

    Da edição brasileira:

    Com tradução de Waldéa Barcellos e revisão técnica de Ronald Kyrmse, o livro O Silmarillion foi publicado no Brasil em dezembro de 1999 e já está junto dos fãs brasileiros há quase 6 anos. Até março de 2003, já foram feitas 4 tiragens da 1ª edição. A capa, diferente de edições estrangeiras, é a única para O Silmarillion no Brasil.

    Da edição ilustrada por Ted Nasmith:

    Em 2004, uma edição muito bonita foi lançada pela Houghton Mifflin Company, com um total de 45 ilustrações até então inéditas de Ted Nasmith. A edição que também traz um mapa colorido desdobrável de Beleriand e das terras ao norte, possui 386 páginas.

    No início do livro, em inglês, o leitor poderá encontrar a famosa carta 131, em que Tolkien escreve para o editor Milton Waldman, falando, na verdade, dando um resumo de O Silmarillion, com cerca de dez mil palavras! A carta não está datada, mas provavelmente é de 1951. E Milton ficou tão impressionado, que mandou fazer uma cópia desta.

    O fã português Daeron (Eru, o Único), do Portal Tolkienianos, que possui esta edição, nos passou várias fotos do livro, e o grupo selecionou algumas de dar inveja:

    Capa
    O Silmarillion, como fica sem a capa especial
    Contra-capa
    Mapa desdobrável de Beleriand

    Se você ficou com água na boca, possui uma boa reserva, é só passar na Amazon.com e fazer o pedido.

    Das capas:

    Muitas capas já foram usadas para as edições de O Silmarillion pelo mundo, e um acervo muito interessante de capas encontra-se no site Tolkien Books.
    Conclusão:

    Como já foi dito, O Silmarilion é um dos livros mais importantes de Tolkien, pois narra todos os acontecimentos desde o começo dos tempos. Neste texto não seria possível analisar cada aspecto, cada capítulo, cada personagem do livro, por isso selecionamos apenas dois dos mais importantes temas para comemorar a data de lançamento.

    O grupo agradece pela colaboração de Eru, o Único, do Portal Tolkienianos.

  • Lá e de Volta Outra Vez: As Férias de um Hobbit – Capí­tulo 3

    Autores: Smaug, Bagrong, Imadofus, Fëanor, Proview e Mith

    Apresentação:

    Depois dos maravilhosos Primeiro e Segundo capítulos do projeto Lá e de Volta Outra Vez – As Férias de um Hobbit, já se pode conferir o Terceiro!

    Agora todos poderão ler mais um pouco do Histórico de O Hobbit, além das análises de outros personagens, como Gwaihir, Gollum, Beorn e os Wargs. E tem mais: a galeria de imagens está fenomenal!

    Aproveitem!

     

     

    Das datas e dos acontecimentos

     

    Bilbo havia ficado para trás, após cair das costas de Dori. Depois de um período inconsciente, ele acordara em meio à escuridão, apavorado. Tateando em meio às sombras, ele encontrou um anel de metal, e guardou no bolso. Não sabia, mas aquilo iria mudar sua vida.

    Andando entre os túneis, e seguindo quase a mesma trilha de Gandalf e os anões, ele encontrou Gollum. Bilbo errara apenas um corredor, o que o levou até a caverna de Gollum, onde se encontrava um lago largo, profundo e frio, que devia possuir cerca de 400 pés (algo em torno de 120 metros) de diâmetro, em cujo centro havia uma pequena ilha, onde o mesmo vivia.

    Ali eles travaram um jogo de adivinhas. Se Gollum vencesse, ele iria fazer de Bilbo o seu banquete, e caso Bilbo vencesse, Gollum lhe mostraria a saída. De fato Bilbo saiu vencedor, ainda que não muito honestamente, o que fez com que Gollum não lhe mostrasse a saída de vontade própria. Bilbo somente escapou por sua astúcia e a ajuda do anel, que o deixara invisível, permitindo à ele seguir Gollum, que se dirigia à saída. Ele farejara os orcs na sala de vigia, onde estava a porta traseira da caverna. Era um cômodo pequeno, onde os orcs se amontoavam. Por ali Bilbo passou, invisível, alcançando a saída e o vale posterior.

    A companhia dos anões, por outro lado, já passara por esse caminho antes. Bilbo, seguindo o mesmo caminho deles, não demorou a encontrá-los. Estando ainda invisível, aproximou-se sem ser notado, pegando-os de surpresa. Eram cerca de cinco horas da tarde de quinta feira, dia 19 de Julho. Após uma breve conversa, eles partiram com pressa, para garantir que os orcs não os seguissem. Antes do anoitecer chegaram a um deslizamento de terra, onde desceram e prosseguiram por entre os pinheiros, seguindo em direção ao Sul, chagando por fim numa clareira.

    Ali ouviram um uivo longo e assustador. Imediatamente subiram nas árvores, a fim de proteger-se dos wargs que chegaram bem no momento em que Bilbo conseguira escalar uma árvore com a ajuda de Dori. Logo a clareira estava tomada por wargs, que preenchiam cada vez mais o local. Após ouvir um dos wargs se pronunciar aos demais, Gandalf descobriu que os orcs estavam vindo se encontrar com os wargs justamente ali, a fim de se vingar da morte do Grão-Orc. Gandalf sentindo o perigo aumentar a cada momento, resolveu agir, ateando fogo em pinhas e atirando-as nos lobos, que entraram em pânico.

    O alvoroço chamou a atenção das �?guias, que chegando ao local, logo perceberam a situação, que ficara mais complicada com a chegada dos orcs. Estes não temiam o fogo, e o usaram contra Gandalf e seus companheiros, incendiando as árvores. A situação estava quase perdida, tanto que Gandalf resolvera se atirar lá de cima, sacrificando-se para eliminar a maior quantidade de orcs possível. Porém neste momento ele foi resgatado por Gwaihir, e assim os demais membros da companhia foram salvos pelas �?guias.

    Após passarem uma noite dormindo nas montanhas, que eram a morada das �?guias, os anões, Gandalf e Bilbo foram levados até solo firme, de onde prosseguiram. Gandalf os conduziu através da Carrocha até a casa de Beorn. Uma ilustração da casa, feita por Tolkien, mostra que, segundo Karen: “… se a mesa de armar temporária tivesse cerca de 4 por 8 pés, a sala teria cerca de 20 por 35 pés, e a lareira central cerca de 6 por 8 pés�?, justificando assim que o recinto “parecia mais comprido que largo�?.

    Ali puderam descansar e recompor suas forças para prosseguir. Beorn os acolheu gentilmente, e apesar de ser realmente alguém estranho para anões ou um hobbit, ele os tratou cordialmente, servindo comida e oferecendo camas. Pela manhã do dia 22 Beorn apareceu, após ter ficado fora por um dia. Arranjou-lhes pôneis, que os levariam até a entrada da floresta, providenciou comida para a viajem e deu-lhes arcos e flechas.

    Arrumadas as bagagens, a Comitiva seguiu na direção norte e logo depois pegou a direção noroeste. No caminho iam encontrando cervos, pássaros, coelhos e outros animais belos. Beorn dissera-lhes que chegariam no Portão da Floresta no início do quarto dia de cavalgada. Ansiosos por encontrar a borda oeste da Floresta, avançaram durante o entardecer do terceiro dia e foram noite adentro, sob o luar.

    Finalmente, um pouco antes da aurora do dia 25, avistaram a borda da Floresta das Trevas. Já muito perto do Portão, descansaram sob a sombra que se projetava das árvores. Depois disso, se prepararam para entrar. Gandalf os incentivou e deu conselhos, mas também consolou os anões ao dizer-lhes que não poderia seguir junto, tinha “alguns negócios urgentes no sul�? para resolver[1]. Os anões e Bilbo ficaram tristes, mas logo depois entraram na floresta, pela trilha conhecida como a Trilha dos Elfos.

    Nela fizeram um percurso longo e muito assustador. “O ar não se movimentava sob o teto da floresta�?. Era muito raro verem a luz do Sol penetrar na floresta, assim o escuro predominava e os deixava mais ansiosos. Para Bilbo “parecia séculos�?. Trilharam o caminho durante meio mês, com uma média de cerca de 6,5 milhas por dia, até que em 16 de agosto, após 143 milhas percorridas, encontraram o Rio Encantado. Ele “era negro[2]�? e não muito largo; mas se alguém entrasse em contato com a água, cairia em sono profundo.

    Bilbo conseguiu avistar um barco no outro lado do rio. Bolaram um esquema: primeiro arremessariam uma corda com um gancho para puxá-lo; depois trabalhariam com duas cordas: uma fixa no lado oposto para que os anões chegassem à borda leste puxando-a, já que não tinham remos, e a outra para os que ficassem na oeste pudessem puxar o barco de volta e assim se juntar com os que já haviam atravessado o rio.

    Quando todos os anões tinham chegado na margem leste, menos Bombur, aconteceu o inesperado. De barulhos entre as árvores um veado surge e assusta a Comitiva, num salto poderoso atravessa o rio e faz Bombur, o anão gordo, que estava recém saindo do barco, tropeçar e cair na água do Rio Encantado. Antes que ele caísse em sono profundo, ainda conseguiu agarrar a corda que lhe jogaram. Mas quando foi d
    eitado, encontrava-se dormindo profundamente com um sorriso no rosto.

    Restavam ainda 45 milhas para percorrer de um total de 188. Dois trechos do livro indicam que Bombur dormiu durante quase 6 dias: “A uns quatro dias de distância do rio encantado chegaram a uma região onde a maioria das árvores eram faias […] Bombur ainda dormia�?, dois parágrafos depois: “dois dias depois viram que a trilha começava a descer…�?.

    Na parada do 6º dia após a travessia do rio, Bilbo subiu numa alta árvore para avistar o quanto faltava para a borda leste da Floresta. Era pouco, mas Bilbo não percebeu. Ao relatar aos anões que só avistara árvores e mais árvores, eles amaldiçoaram o hobbit como se ele tivesse culpa. E neste momento, como de consolo, Bombur acordou. Sentia muita fome, mas as provisões dos anões havia praticamente acabado.

    Foi então, que mais adiante, observaram um brilho vermelho fora da trilha. Era noite do dia 22 de agosto. Contrariando os conselhos de Beorn e Gandalf, os anões e Bilbo abandonam a trilha da floresta, e seguem a luz vermelha. Eles tinham escutado vozes, e tudo indicava ser um banquete, sejam de trolls, orcs ou de elfos, eles estavam famintos e a fome falou mais alto. Se eles se sairão bem ou não forem devorados, é assunto para o Capítulo 4, dia 22 de setembro.

    Mapas:
    Salvamento das �?guias (clique na imagem para ampliá-la)
    A Casa de Beorn (clique na imagem para ampliá-la)

     

    Histórico de O Hobbit

    Meses de expectativa: o livro é publicado

    Em menos de uma semana a editora londrina George Allan & Unwin enviou uma carta ao professor Tolkien, dizendo que estavam interessados na publicação do livro. Muito satisfeito, J.R.R. Tolkien mandou uma série de mapas para que fosse incluído à obra. A editora gostou, e mais tarde acabou publicando ao livro o Mapa de Thror e o Mapa das Terras Ermas, devidamente redesenhados, por conterem cores demais. Porém, antes de o livro ir para a gráfica, Tolkien havia proposto, com certa ingenuidade, que O Hobbit fosse impresso em tinta invisível, para que só pudesse ser lido contra a luz (como o caso das “letras da lua�? dos anões).

    Rayner Unwin havia dito em seu relatório que “… esse livro não precisa de nenhuma ilustração�?, apesar disso, na mesma carta em que enviou os mapas, Tolkien ainda enviou um conjunto de ilustrações para compor seu livro. Os editores receberam com alegria, apesar de Tolkien ter feito uma autocrítica: “As gravuras parecem principalmente provar para mim que o autor simplesmente não sabe desenhar�?.No final das contas usaram 8 ilustrações, todas impressas em preto e branco.

    Em fevereiro de 1937, Tolkien recebeu as provas do livro, que aparentemente estavam prontas para a impressão. A editora provavelmente pensou que Tolkien veria o produto final e daria o sinal verde, mas eles não conheciam-no bem ainda. Pois Tolkien resolveu reler o manuscrito, editando, acrescentando ou modificando trechos. Ele não tinha gostado da maneira como fizera tantos apartes ao leitor, e os cortou. Mesmo assim, permanecem 45 casos em que o autor conversa com o leitor.

    Tolkien podia não ser o autor mais fácil com quem se trabalhar, mas esse era o seu jeito. Foram necessários 2 meses de trabalho, durante a primavera daquele ano. Durante esse tempo, os editores tentavam convencê-lo, dizendo que qualquer modificação a mais seria paga por ele. Inarredável, ele continuou retocando cada palavra. Por fim terminou, perto do início de junho. O problema seguinte seria a data de lançamento.

    Tolkien preferia junho, mas a editora queria fins de setembro, para conquistar o mercado natalino. O professor ficou com medo que seus colegas catedráticos desconfiassem que ele tivesse usado fundos de sua bolsa, a Bolsa de Pesquisa da Leverhulme, como financiamento para a carreira de escritor, já que a bolsa tinha começado em outubro de 1936 e acabaria 1 ano depois. Mas a editora londrina convenceu que era uma preocupação desnecessária a de Tolkien.

    Stanley Unwin e seus assessores tiveram tempo, então, para preparar o livro. E no dia 21 de setembro de 1937, a primeira edição de O Hobbit era lançada, pela George Allan & Unwin, na Inglaterra. As vendas foram boas e o livro esgotou-se perto do Natal. Certamente muitas crianças da época receberam um belo presente de Natal. E agora com o livro ao alcance de muitos, Tolkien tinha de estar preparado para receber elogios e críticas dos dois lados, e é o que vamos ver abaixo.

    Críticas e Elogios: a Terra-média é conhecida

    De início, os colegas de Tolkien não chegaram a conhecer O Hobbit, até que uma resenha do livro foi publicada no The Times. A reação deles foi de surpresa e um certo desprezo pela obra. As universidades de Oxford e Cambridge eram famosas por sempre criticarem em tom de gozação as novas obras publicadas, como uma espécie de autodefesa.
    Apesar da ridicularização inicial, que já era esperada por Tolkien, os tais colegas acabaram por não poder permanecer muito tempo sem querer saber mais a respeito da obra.

    C.S. Lewis, grande amigo de Tolkien, publicou uma crítica no The Times e depois no Times Literary Supplement a respeito d’O Hobbit, impressionando os contemporâneos de Tolkien ao ressaltar as enormes qualidades da obra, seu contexto magnificamente bem descrito e intrigante, e a simbiose surpreendente entre os personagens e o cenário.

    Até poderia parecer suspeito Lewis tecer tais comentários, por ser grande amigo de Tolkien, mas mesmo após a amizade deles esfriar um pouco, Lewis continuou elogiando O Hobbit e chegou a prever o sucesso e importância que ele ainda atingiria. Independente da amizade, Lewis agiu com sinceridade.

    Já no inverno de 1937 O Hobbit tornou-se um sucesso de vendas, e com isso Stanley Unwin esperou uma seqüência, e Tolkien estava animado a produzi-la. Em 1938 o livro já atingira o público americano (com a ressalva que Tolkien fizera de vetar qualquer possível parceria com a Disney, por cujas obras possuia aversão), onde foi muito bem recebido, atingindo o mesmo sucesso que obtivera na Grã Bretanha. No mesmo ano, Tolkien recebeu um prêmio do New York Herald Tribune, elegendo o Hobbit como o melhor livro juvenil do período.

    Com toda esse sucesso inicial, Tolkien decidiu que não haveria de parar com a história, prontificando-se a escrever a sua seqüência. Todos sabemos o que se seguiu, mas isso já é outra história.

    Adivinhas no Escuro

    No mais profundo local adentro das gigantes Montanhas da Névoa, um estranho jogo acontecia, um jogo de adivinhas entre o jovem hobbit Bilbo e o errante hobbit Gollum. Essa história é conhecida por todos, pois está nar
    rada em O Hobbit no capítulo Adivinhas no Escuro. Acontece que esta parte no livro vendido atualmente é bem diferente da versão publicada em 1937.

    Ao contrário da publicação de 1951, a primeira trás um Gollum muito mais bondoso e honesto, que teme Bilbo (ou sua espada) e não ousa trapacear. Nesta versão as adivinhas são sugeridas por Sméagol para que ele parecesse amigável até descobrir tudo sobre seu adversário e o prêmio, caso Bilbo ganhasse, seria um presente: O Anel.

    Está claro que Tolkien fez mudanças drásticas em Gollum, pois é difícil de imaginar essa criatura oferecendo seu precioso. Aliás, na primeira versão, Gollum usa o termo precioso para referir-se a si mesmo, não ao Anel.

    O jogo de adivinhas se desenvolve de maneira muito semelhante nas duas versões, o grande contraste surge após a vitória de Bilbo. Neste momento, Gollum vai pegar o seu anel para dá-lo como presente ao vitorioso, mas não o encontra (pois ele já está com Bilbo), então recompensa o hobbit mostrando-lhe a saída. Caso Sméagol ganhasse, Bilbo viraria seu alimento (assim como na versão de 1951).

    Após isso o desenrolar dos fatos volta a ser parecido nas duas versões, aonde Bilbo escapa da caverna dos Orcs por estar invisível usando o Anel.

    Analisando as mudanças que Tolkien fez, está claro que o objetivo dele modificando a personalidade de Gollum era adequar-se aos acontecimentos de O Senhor dos Anéis e não deixar sua obra com controvérsias ou pontos mal explicados.

    Curiosidade

    Sobre a origem do nome de Gollum, segue um fragmento de uma nota retirada do texto (Adivinhas no Escuro). O autor da nota é o tradutor Fabiano Neme.

    • A palavra gull em norueguês arcaico significa “ouro�?. Nos manuscritos mais antigos, aparece como goll. Uma forma flexionada seria gollum, “ouro, tesouro, algo precioso�?. Também pode significar “anel�?, como pode se perceber na palavra composta “fingr-gull�?, “anel de dedo�? – questões que podem ter ocorrido a Tolkien.
    Dos personagens

    Gollum:

    Quem visse o pobre Gollum no seu último ano de vida, jamais iria pensar que aquilo já foi um hobbit. Sméagol, como era antigamente chamado, era um hobbit da raça dos Grados, e vivia nos Campos de Lis. Pouco se sabe sobre sua vida antes de encontrar o Anel. Apenas que ele vivia com sua família, sua avó sendo a chefe. No dia do seu aniversário, por volta de 2463 da Terceira Era, Sméagol foi pescar com seu primo Déagol. Déagol acabou caindo na água, e achando o Anel que Isildur havia, muitos anos antes, deixado cair ali. O desejo de Sméagol pelo Anel levou-o a matar seu primo Déagol (sob a justificativa de que seria "seu presente de aniversário"). Esse ato fez Sméagol ser expulso da família por sua avó. Ele fugiu para o norte e se refugiou nas Montanhas Nevoentas, e passou a ser chamado de Gollum, por causa do som involuntário que fazia com sua garganta.

    Gollum viveu, durante pouco menos de 500 anos com o Anel, num lago profundo no interior das Montanhas Nevoentas, se alimentando de peixe cru e até mesmo dos orcs que moravam ali. O Anel o deixava invisível aos olhos dos outros, o que tornava a caça muito mais fácil. Porém, no ano de 2941 da Terceira Era, Gollum perdeu seu Anel nas cavernas da montanha. Por coincidência uma comitiva de 13 anões, um mago e um hobbit passavam por ali. E, acidentalmente, o hobbit, Bilbo Bolseiro, acabou pondo a mão no Anel de Gollum, enquanto tateava o caminho para a saída. O resto da história pode ser lida logo acima, nesse mesmo artigo.

    Beorn:

    Personagem do Hobbit famoso por sua habilidade de "trocar de peles", Beorn era, em sua "pele" humana, um homem alto e forte de cabelos negros. Às vezes ele se apresentava em sua outra "pele", como um grande urso negro.
    Beorn não é muito educado, mas é uma boa pessoa, adora seus animais e conversa com eles. Ele não come animais selvagens, se alimenta principalmente de pão, creme e mel de suas abelhas.

    Beorn muito ajudou a comitiva dos anões, Bilbo e Gandalf. Tanto antes de irem para a Floresta das Trevas, quando passaram dois dias na casa de Beorn e depois pegaram emprestados alguns de seus pôneis até a borda da Floresta, quanto na batalha dos 5 exércitos, onde Beorn participou na luta contra os Orcs.

    A origem do "dom" de Beorn é um enigma deixado por Tolkien, que é claro ao dizer que apesar de sua capacidade incomum, Beorn é humano. Alguns dizem que Radagast passou um pouco de seu poder para ele, mas não há confirmações de que essa teoria é verdadeira.

    Nos apêndices do Senhor dos Anéis fala-se de algumas batalhas nos arredores da Floresta das Trevas, onde lutaram os descendentes de Beorn (que já havia morrido, provavelmente de velhice), os beornings, ocorridas durante a Guerra do Anel.

    Gwaihir:

    Dentre todos os pássaros, não seria enganoso dizer que as águias são os mais nobres. Criadas por Manwë e Yavanna antes mesmo do despertar dos primogênitos, essas gigantescas aves tiveram papel fundamental em diversos momentos ao longo da esplêndida história de Arda. A maior e mais poderosa de todas as águias foi Thorondor, pai de Gwaihir e Landroval, que liderou as aves por longos séculos.

    Gwaihir é outro personagem de destaque nas histórias de Tolkien. Muito amigo dos magos e elfos (principalmente depois que Gandalf o curou de um ferimento envenenado) foi ele que resgatou o Mago Cinzento do alto da torre de Orthanc e do pico de Zirak-zigil, assim como foi ele que, com a ajuda de seu irmão e de Meneldor, salvou Frodo e Sam das enconstas do Orodruin depois da destruição do Um Anel.

    Um dos feitos não menos notáveis dessa ave foi salvar Bilbo, Thorin e os outros anões durante a Demanda de Erebor, em 2941. A Companhia estava no alto de árvores que pegavam fogo, sendo também atacada por Orcs e Wargs quando foi salva pelo Senhor das �?guias das Montanhas Nebulosas, Gwaihir, que mais tarde os levou para Carrocha. Além disso, as águias tiveram uma valorosa participação na Batalha dos Cinco Exércitos.

    Wargs:

    Os wargs são enormes lobos selvagens que geralmente vivem na floresta, eles provavelmente são descendentes de Draugluin, que viveu na primeira Era. Essas criaturas usam sua própia língua (que é muito rudimentar) e na hora de batalha, estão quase sempre aliados aos Orcs, por quem são montados.

    Em O Hobb
    it
    os Wargs aparecem duas vezes: na primeira os anões, Bilbo e Gandalf confrontam os grandes lobos que habitam o Limiar do Ermo; A segunda é na batalha dos Cinco Exércitos, aonde os Wargs lutam junto dos Orcs.

    Assim como em vários outros aspectos da obra de Tolkien, os Wargs são inspirados na mitologia nórdica, aonde aparecem lobos demoníacos como Fenrir e Skoll.

    Galeria de Imagens

    Bilbo na escuridão – "Não havia ninguém por perto."
    "Muito devagar ele se levantou e, de quatro, tateou o chão, até tocar a parede do túnel, mas não encontrou nada nem acima nem abaixo: absolutamente nada, nenhum sinal de anões." (Capítulo V)

    Gollum na ilha – "… o velho Gollum, uma pequena criatura viscosa."
    "Gollum vivia numa ilha de pedra viscosa no meio do lago". (Cap. V)

    Adivinhas no Escuro – "Que beleza e que moleza, meu preciossso!
    "Gollum entrou no barco e afastou-se da ilha enquanto Bilbo estava sentado na borda, completamente atarantado, no fim do caminho e com o juízo no fim." (Cap. V)

    Gollum é derrotado – "Gollum estava derrotado"
    "Tinha perdido: perdido a presa, e perdido, também, a única coisa de que gostava, o seu precioso. O grito fez com que o coração de Bilbo lhe viesse à boca, mas mesmo assim ele continuou correndo.
    – Ladrão, ladrão, ladrão! Bolseiro! Nós odeia ele, nós odeia ele para sempre!" (Cap. V)

    As Montanhas da Névoa, vista para o Oeste – "… até que o sol começou a descer para o oeste."
    "Escorregaram para dentro de um bosque de pinheiros que naquele trecho subia a encosta da montanha, vindo das florestas mais escuras e profundas do vale lá embaixo." (Cap. VI)

    Salvamento das águias – "… prendeu-os nas garras e se foi."
    "O Senhor das �?guias emitiu um grito forte, pois Gandalf agora lhe falara. As aves que estavam com ele voltaram e desceram como enormes sombras negras.
    Outras aves voaram até as copas das árvores e agarraram os anões, que agora subiam mais alto do que jamais teriam ousado." (Cap. VI)

    O Resgate de Bilbo – "O pobrezinho do Bilbo quase foi deixado para trás…"
    "Conseguiu apenas agarrar as pernas de Dori, no momento em que Dori era levado, por último; e assim os dois passaram juntos por sobre o tumulto e o incêndio, Bilbo balançando no ar, com os braços quase se quebrando." (Cap. VI)

    Bilbo acorda com o Sol da manhã em seus olhos – "Dormiu na rocha dura…"
    "No dia seguinte Bilbo acordou com os primeiros raios do sol batendo em seus olhos. Levantou-se num salto para ver as horase pôr a chaleira no fogo – e percebeu que não estava em casa. Sentou-se e desejou em vão poder se lavar e pentear." (Cap. VII)

    Beorn – "Ugh! Aqui estão eles."
    "(…)No meio jazia um grande tronco de carvalho e, ao lado, vários galhos cortados. Perto estava um homem enorme com barba e cabelos negros espessos, os braços e as pernas descobertos, grandes, negros e musculosos. Vestia uma túnica que lhe descia até os joelhos e apoiava-se num grande machado." (Cap. VII)

    No salão de Beorn – "Você chama dois de vários?
    "Ali sentaram-se em bancos de madeira enquanto gandalf começava sua história, e Bilbo balançava as pernas penduradas e olhava as flores no jardim." (Cap. VII)

    O Salão de Beorn – "…viram-se num salão amplo com uma lareira…"
    "Embora fosse verão, havia lenha queimando e a fumaça subia até as vigas enegrecidas procurando a saída através de uma abertura no teto." (Cap. VII)

    Bombur em sono profundo – "Estava encharcado do cabelo até as botas…"
    "Quando o deitaram na margem, já estava num sono profundo, uma mão segurando a corda com tanta força que era impossível tirá-la dali; e num sono profundo permaneceu, apesar de tudo o que fizeram." (Cap. VIII)

    Crédito das Imagens:
    Alan Lee
    Irmãos Hildebrandt
    J.R.R. Tolkien
    Steve LeCouilliard
    Ted Nasmith

    Notas

    [1]. Negócios a resolver?

    Mais tarde ficou-se sabendo que Gandalf fora participar de uma reunião. No ano de 2851 (um ano depois de Thráin II, pai de Thorin II, ter morrido – fatos narrados em ‘A Busca de Erebor’, Capítulo 2 deste projeto) Gandalf reúne-se com o Conselho Branco, à fim de convencer Saruman atacar Dol Guldur, porém Saruman impede. Ele estava interessado no Anel, e não quis atacar o lugar pois esperava que, deixando Sauron em paz, o Anel poderia-se revelar, e assim Saruman aproveitaria e tomava o Um para si.

    Já em 2941, enquanto os anões iam para Erebor, Saruman mudou de idéia e aceitou a proposta de Gandalf para atacar a fortaleza de Sauron. As coisas tinham mudado de 2851 para 2941.

    Em 2939 Saruman descobriu que o Senhor dos Escuro estava vasculhando o Grande Rio, perto dos Campos de Lis. Ele ficou alarmado com isto, por isso resolveu seguir a idéia de Gandalf mais tarde. Assim, atacando Dol Guldur, ele estaria atrapalhando Sauron de vasculhar o Anduin em busca de seu objeto de poder. Saruman teria a oportunidade de procurar pelo Anel sozinho.

    Claro que na época da elaboração de O Hobbit essas questões ainda não existiam claramente. Foram acrescentadas depois, com o surgimento da saga do Anel. O Senhor dos Anéis e O Hobbit tinham de entrar em harmonia. Mas é aí que vemos que por trás do aparente livro infantil, uma Terra-média se move.

    [2]. Sobre o Rio Encantado.

    É descrito em O Hobbit que as águas do Rio E
    ncantado, que cruza a grande Floresta das Trevas possui uma coloração escura. Curiosamente, um rio que cruza a maior floresta deste mundo, o Rio Negro, na Floresta Amazônica, também possui uma cor muito escura, tanto que ganha este nome.

    O fato se dá por ela ser cercada de árvores, que quando as folhas delas caem na margem, juntamente com outras matérias orgânicas, ocorre uma acidez, liberando uma cor que a tinge desta cor escura. As águas deste rio não se misturam com a do Solimões, pois o Solimões é mais denso e quente.

    Talvez seja uma curiosidade interessante para o fã, olhando por este lado. Mas pode ser apenas uma especulação.

    Consultas

    Livros

    O Hobbit (J.R.R. Tolkien), Martins Fontes
    O Atlas da Terra-média (Karen Wynn Fonstad), Martins Fontes
    Tolkien – Uma Biografia (Michael White), Imago Editora

    Sites
    Valinor
    Enciclopédia Valinor

     

  • 2 de Setembro de 2005: 32 anos depois

     
     
    Neste dia 2 de Setembro de 2005 completam-se 32 anos do falecimento do maior criador de mundos fantásticos que a literatura já conheceu, J.R.R. Tolkien. O autor de O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarilion, inspirou muitos músicos, artistas e escritores. E por isso nada mais justo do que nesta homenagem, mostrarmos que mesmo depois de mais de 30 anos de sua morte, o legado que o Professor deixou ainda vive em nossos corações.
     
    O grupo fez 4 entrevistas com fãs especiais, e selecionou outros depoimentos de críticos, do documentário “J.R.R. Tolkien: Master of the Rings�?. Vamos a eles:

    A escritora brasileira de livros juvenis, Rosana Rios (do recente Senhoras dos Anéis – As Mulheres na Obra de J.R.R. Tolkien) começa dizendo:

    “Fazem 32 anos que John Ronald Reuel Tolkien partiu para as Terras Imortais. Fazem 50 anos que O Retorno do Rei foi publicado. E a obra permanece mais viva que nunca… Por que? Que força estranha faz com que a literatura de Tolkien, embora desprezada pela crítica, continue sendo amada e reverenciada por fãs de todas as idades?�?

    Como que respondendo a pergunta de Rosana, o tradutor das Letters of J.R.R. Tolkien no Brasil, Gabriel O. Brum comenta:

    “O motivo para tamanha durabilidade do fascínio que os livros de Tolkien exercem sobre as pessoas é a verossimilhança de seu legendário e dos temas inseridos nele: são coisas que tocam profundamente o leitor com um mínimo de vivência de mundo; suas próprias emoções estão refletidas na Obra de maneira muito fidedigna e com o atrativo especial da fantasia extremamente detalhada que permeia tal ambiente – a identificação com experiências pessoais e sonhos do leitor é imediata. Como não se afeiçoar a algo assim? É preciso que a pessoa seja feita de puro granito para que isso não aconteça�?.

    Rosana ainda nos conta um fato interessante que ocorreu semanas atrás, na Inglaterra:

    “Acabo de voltar da Inglaterra, onde tive o privilégio de participar da Tolkien 2005, encontro internacional das Sociedades Tolkien, como uma das representantes do Conselho Branco e do Brasil. O que vi lá foi emocionante: pessoas de mais de 30 nacionalidades, vindas de todo canto do mundo, e falando várias línguas, unidas em torno de um universo fictício que se impôs no imaginário de todos, fosse qual fosse sua cultura�?.

    Vemos aí a força, o valor do legado que Tolkien deixou para leitores de vários países. Por isso ela segue:

    “O legado de Tolkien, então, deve ser algo fortíssimo para ter esse impacto multicultural que elimina disputas e diferenças. Qual é ele? Talvez seja cedo para dizer, e devamos esperar mais 50 anos para analisar o fenômeno�?.

    Ronald Kyrmse, tradutor do Contos Inacabados e do Atlas da Terra-média para o Brasil, acrescenta:

    “Tolkien é perene. Não porque tenha criado um gênero literário – o da ficção fantástica -, não porque um filme baseado em sua obra tenha alcançado um sucesso imenso, mas porque fala aos corações de todos nós. Os personagens de Tolkien são reais; a Terra-média é aqui; as mensagens que ele nos legou valem para nosso dia-a-dia do mesmo modo que para todas as gerações vindouras�?.

    Daí, perguntado sobre como o editor e escritor Thiago Marés (do livro O Segredo da Guerra) vê o fato de leitores estarem lendo as obras de Ronald Tolkien ainda hoje, ele diz:

    “O maior legado é este mesmo, o de mesmo depois de sua morte, as pessoas ainda se divertirem com as histórias que ele criou. Para mim sempre ficou claro que o maior objetivo de Tolkien era contar uma história, entreter as pessoas com suas aventuras�?.

    Porém, o reconhecimento vai se estabelecendo com o tempo, como escreve Gabriel:

    “Embora o reconhecimento por parte dos fãs tenha se estabelecido há mais de 50 anos e seja reforçado continuamente com o surgimento de novos leitores, apenas recentemente o legado literário de Tolkien vem recebendo um considerável reconhecimento (embora ainda longe do justo) por parte da crítica, e obras sobre o autor e sua Obra abundam, tais como o anuário Tolkien Studies – em grande parte ainda apenas em outras línguas, infelizmente.
    Espero que o lançamento das Cartas em português estimule um estudo mais aprofundado da Obra por parte dos fãs brasileiros a ponto de existir a possibilidade do surgimento de mais livros do tipo, sejam traduzidos, sejam de autoria nacional�?.

    Retomando a fala de Rosana Rios, ela nos dá dicas de como descobrir o que ela disse, e conclui:

    “Seja como for, há algumas pistas, e se há alguém que pode nos ajudar a encontrá-las, é Frodo – o herói improvável que, diante de uma jornada impossível e sem volta, não ficou quieto esperando que outros se desincumbissem da missão, mas ergueu-se e declarou simplesmente que levaria o Um Anel à Mordor, embora não soubesse o caminho. A atitude de Frodo pode ser um bom ponto de partida para quem deseja entender o porquê de o SdA permanecer hoje tão atual como quando foi escrito… para mim, pelo menos, ela tem ensinado muita coisa.�?

    Thiago também arremata sua opinião:

    “Evidente que não podemos negar as inúmeras influências que sua obra tem nas mais diversas áreas artísticas. No final Tolkien atingiu seu objetivo, pois suas obras passaram a ser fonte de inspiração para muitos artistas. E se formos olhar bem, assim também aconteceu com as histórias mitológicas. Por tanto Tolkien acabou escrevendo a sua mitologia. Pena que o Tempo não deixou que ele fosse mais longe�?.

    Entrando nas finalizações, vemos uma resposta de Ken Hensley, músico do “Uriah Heep�?, que se inspirou em Tolkien para compor algumas de suas músicas. A fala a seguir foi retirada do documentário citado:

    “Acho que ele já é eterno. Há muito poucas peças da literatura que são imortais e há muito poucas peças de arte e há muito poucas peças da música, mas acho que ele é suficientemente diferente e foi escrito num momento informativo importante para muitas pessoas como eu�?.

    O apresentador do documentário “Master of the Rings�?, Roberto di Napoli, nos deixa uma mensagem para se refletir, e ver o porquê de Tolkien ser especial na Literatura:

    “Desde que O Senhor dos Anéis tornou-se um sucesso, editores se apressaram em promover novos autores, “o próximo Tolkien�?, embora com resultados variados. Surgido como uma visão pessoal e particular que foi tomando forma na imaginação de seu autor durante décadas, O Senhor dos Anéis con
    seguiu efeitos que não podem ser facilmente duplicados. Preencher sua história com elfos, anões e magos não vai torná-lo outro Tolkien, embora muitos tenham tentado�?.

    Fechando com chave de ouro, diz Kyrmse:

    “Por isso creio que ele jamais há de ser esquecido, como autor, como filósofo e como ‘amigo de cabeceira’�?.

    Curiosidades do último ano:

    – 2005 é o aniversário de 50 anos da publicação completa d’O Senhor dos Anéis, uma vez que o terceiro livro foi lançado em 20 de outubro de 1955.

    – Em 25 fevereiro morreu o primeiro tradutor de Tolkien no mundo, Max Schuchart, aos 84 anos.

    – Especial "Calendário Tolkien 2005". Alguém quer comprar? :mrgreen:

    – Em novembro de 2004, a casa onde Tolkien viveu entre 1930 e 1947 e escreveu muitas de suas histórias, incluindo O Hobbit e O Senhor dos Anéis, foi tombada. A casa foi construída em 1924. Para quem quiser saber o endereço, anota aí: Northmoor Road, nº 20 – Oxford.

    – Em 3 de janeiro completou-se 113 anos do nascimento de Tolkien.

    O grupo agradece aos entrevistados: Rosana Rios, Ronald Kyrmse, Gabriel O. Brum e Thiago Marés, pelas importantes palavras que ajudaram na construção do texto.

  • Lá e de Volta Outra Vez – As Férias de um Hobbit – Parte 2

    Autores: Smaug, Bagrong, Imadofus, Proview, Fëanor ¥ e Mith

    Apresentação

    A segunda parte do projeto Lá e de Volta Outra Vez – As Férias de um Hobbit está finalmente concluída. Com análises profundas e interessantes, o usuário poderá divertir-se e adquirir mais conhecimento.

    Esta parte conta com um histórico sobre o livro O Hobbit; das datas e dos acontecimentos de qual estaremos falando; do encontro de Gandalf com Thorin e os momentos que precedem a história do livro; uma análise de Valfenda e seu senhor, Elrond; uma visão mais profunda acerca dos orcs, sua importância, origem e significado e, por fim, todos poderão apreciar a galeria de imagens.

    Na seção de Notas exploramos uma questão importante da nomenclatura correta da cordilheira na qual a Comitiva dos anões está enfrentando na aventura, com a consultoria de Ronald Kyrmse.

    Para quem não leu ainda a primeira parte do projeto, basta clicar no link e começar a acompanhar esses textos.

     

     

    Das Datas e dos Acontecimentos

    Gandalf salvara os treze anões e Bilbo da enrascada de serem fritos, assados ou esfolados pelos três monstruosos Trolls, com sua lábia. Era final de Maio, e agora encaminhavam-se para Valfenda. As Hithaeglir (Montanhas da Névoa[1]) começavam a aparecer no horizonte e o caminho que se estendia à frente da Comitiva até o lar de Elrond foi descrito da seguinte forma: "(…)parecia não haver árvores, vales ou colina (…) apenas uma vasta ladeira que subia lentamente".

    Chegaram lá na noite do dia 4 de Junho, após passarem pelo Vau do Bruinen (Ruidoságua). Os elfos estavam na espera, e os receberam com canções do tipo "Ei! tra-la-la-láli" e ali ficaram hospedados por impressionantes vinte e sete dias, como contou Karen.

    Entretanto, apesar de todo esse tempo, como narra Tolkien "há pouco a dizer sobre a estada deles lá", pois "é estranho, mas (…) os dias agradáveis são narrados depressa, e não há muito que ouvir sobre eles, enquanto as coisas (…) horríveis podem dar uma boa história e levar um bom tempo para contar." É, de fato os dias em Valfenda passam rapidamente, e os mortais têm dificuldade em contar o tempo nestas terras abençoadas.

    Era véspera do solstício de verão, quando Elrond leu as runas do Mapa de Thror, que estavam escritas na forma de letras-da-lua. Essas são letras rúnicas que podem ser lidas apenas no mesmo dia e estação em que foram escritas, com o brilho da Lua atrás delas. Portanto, as letras rúnicas foram escritas pelos anões com penas de prata neste mesmo dia, uma data de lua crescente.

    No dia seguinte, o 1º Lite [2], a Comitiva deixou o abrigo élfico para seguir a jornada. Calcula-se que levaram 25 dias até chegarem ao pórtico de entrada da caverna dos Orcs. Karen fez esse cálculo baseado na citação de que Bilbo havia comido morangos e avistado amoreiras apenas em flor; isso significava que, provavelmente, naquela latitude davam-se frutos de morangos, em meados de julho, em pleno verão.

    "Longos dias após terem partido do vale (…) ainda continuavam a subir" diz o livro. Foi só nas milhas finais que o tempo começou a fechar-se e então a tempestade seguida de trovões começou a cair. Pedras rolavam das montanhas e caíam perto dos anões e Bilbo, e eles podiam escutar os tais gigantes de pedra[3], "…do outro lado do vale, lançando pedras uns sobre os outros (…) onde elas se despedaçavam por entre as árvores…com um ruído ensurdecedor".

    Thorin mandou que Fili e Kili fossem na frente procurar algum abrigo, alguma caverna, onde pudessem se abrigar. Não demorou muito e os dois anões mais jovens da Comitiva voltaram com notícias. Tinham encontrado uma caverna suficiente para abrigar todos. Mas não sabiam que aquela era a entrada para os túneis e corredores que os Orcs usavam e haviam tomado na região.

    Ao chegarem, descarregaram as mochilas dos pôneis e foram, mais tarde, dormir. Bilbo começou a sonhar algo terrível, que uma fenda abria-se atrás dele, acordou e viu que parte do sonho era verdadeiro. Começavam a surgir Orcs, muitos, mas antes que pudessem alcançar Gandalf, um clarão de um raio se fez, e muitos caíram mortos. Os anões e o hobbit rolaram para dentro da fenda e Gandalf ficara de fora.

    Foram agarrados pelos horríveis orcs e conduzidos pelos escuros corredores. "Os corredores se cruzavam e se emaranhavam em todas as direções", diz O Hobbit e Karen completa: "A distância até a caverna do Grão-Orc foi estimada em cinco milhas". E estes últimos fatos ocorreram na Segunda-feira, 16 de Julho, durante a noite.

    Os orcs foram chicoteando-os ao som de terríveis canções, até que os anões foram jogados na Cidade dos Orcs. A caverna, estimada pela cartógrafa em 300 pés de comprimento e 100 pés de altura, tinha numa plataforma elevada, ao fundo na visão dos anões, o Grão-Orc, uma espécie de líder deles. Este conduziu um breve interrogatório com Thorin, perguntando o que estavam fazendo por ali.

    O salão tinha tochas de fogo espalhadas pelas paredes, mas ocorreu que num instante todas as luzes se apagaram e faíscas brancas começaram a dilacerar muitos Orcs. Era arte de Gandalf! Conseguiu rapidamente livrar seus amigos das amarras e os guiou por um longo corredor.

    Mas as luzes não demoraram à voltar e os Orcs restantes correram atrás deles. Desta vez, o corredor que dava para a Porta traseira, media cerca de 30 milhas, o que daria 2 dias para percorrer, segundo Karen. Num certo trecho das primeiras milhas, Gandalf e Thorin tiveram de lutar com os orcs enfurecidos que tentavam os agarrar. Mas no final do corredor, quando este fazia uma curva, Bilbo, que agarrava-se em um dos anões, tombou e rolou por um outro corredor, que dava acesso à Caverna do Gollum. Os anões e Gandalf escaparam, mas não deram pela falta de Bilbo.

    Só depois da fuga sentiram a falta do hobbit. Mas sobre esses acontecimentos ulteriores, das adivinhas que Bilbo travou com a criatura Gollum, da luta com os Wargs, e da caminhada inicial pela Floresta das Trevas, só poderão ser narrados no Capítulo 3 desta aventura. Em agosto!

    Mapas elaborados pela Karen desta aventura podem ser vistos nestes links:

    Cidade dos Orcs
    De Bolsão à Erebor

    Histórico de O Hobbit

    O manuscrito é finalizado

    A história de como
    o manuscrito de O Hobbit foi finalizado e foi parar nas mãos de Rayner Unwin (o garoto de 10 anos) começa com uma ligação curiosa entre 2 mulheres com a editora do pai de Rayner, a George Allan & Unwin. A primeira chama-se Elaine Griffiths, ex-aluna de Tolkien; e a segunda é Susan Dagnall, velha amiga de colégio de Elaine e também assistente editorial da editora londrina.

    É o ano de 1936. Elaine trabalha na revisão de Beowulf. Susan, uma antiga amiga dos tempos de colegial, chega em Oxford para conversar sobre os velhos tempos. Na conversa, Elaine lhe conta que seu ex-professor, Ronald Tolkien, lhe emprestara uma excelente história infantil que havia escrito. Ela incentiva Susan à visitá-lo em sua casa e ver se o Professor deixaria-a levar o manuscrito para ler.

    Susan segue o conselho e vai visitar Tolkien naquele mesmo dia. Para sua surpresa, Tolkien fica realmente muito satisfeito por emprestar-lhe o manuscrito. Assim, Susan faz a promessa de que devolveria o quanto antes. Excitada pela curiosidade, ela lê a história na sua viagem de volta para Londres, de trem. Em poucos dias depois, o Professor recebe uma carta com o manuscrito devolvido. Nela, Susan diz que Tolkien tem um enorme potencial, mas que precisaria terminar a narração, antes que ela pudesse entregar o texto aos seus superiores na editora.

    Tolkien ficara entusiasmado com a idéia de que a história de Bilbo poderia virar livro. O seu primeiro livro não-acadêmico! Pôs-se a trabalhar no mesmo instante, com a ajuda de seu filho Michael, com ainda 15 anos. Foi o período perfeito para começar a datilografar. O Professor já havia terminado de corrigir os trabalhos para o Diploma Escolar. Era início de agosto e das Longas Férias.

    O trabalho consumiu as Férias até o último minuto, literalmente. Iria começar o ano acadêmico, e exatamente naquele dia, 3 de outubro de 1936, o manuscrito foi finalizado. Na frente, Tolkien escreveu: "O Hobbit ou Lá e de Volta Outra Vez". A assistente da George Allan & Unwin, Susan, recebeu o texto datilografado e tratou de entregar à Stanley Unwin, o presidente da editora. A aventura editorial para a publicação de O Hobbit iria começar!

    O livro é aprovado

    Stanley gostou de imediato. Mas acreditava que as crianças eram os melhores juízes, pois o livro havia sido construído para os filhos de Tolkien, como contam as histórias. Assim, passou ao seu filho, Rayner, que leu e adorou a aventura do hobbit.

    "Meu pai era editor, ele costumava me pagar, como complemento à minha mesada, um xelim que, naquela época era uma boa quantia pelo meu relatório", disse. "Não é uma obra-prima da crítica, mas, naquele tempo, uma segunda opinião era desnecessária. Se eu dissesse que podiam publicar, publicavam", complementa Rayner. E explica: "Felizmente, para mim, e para todo mundo, escrevi um relatório aprovando e recebi meu xelim que provavelmente foi o melhor xelim que a empresa já gastou, e o livro foi publicado.

    O relatório de Rayner foi breve, e pode ser conferido nesta imagem: relatório de Rayner Unwin. A tradução segue abaixo:

    • Bilbo Bolseiro era um hobbit que vivia em sua toca de hobbit e nunca saía à cata de aventuras. Finalmente, o mago Gandalf e seus anões o convencem a sair. Ele se divertiu muito lutando contra goblins e wargs. Mas finalmente, eles chegam à Montanha Solitária. Smaug, o dragão que a guarda, é morto. E, depois de uma terrível batalha contra os goblins, Bilbo volta para casa rico. Com a ajuda de mapas, esse livro não precisa de nenhuma ilustração. É bom, e deve agradar crianças com idade entre 5 e 9 anos.

    A partir daí, o livro estava pronto para ser impresso. Mas uns detalhes ainda precisavam se acertar. Saiba, no Capítulo 3 deste projeto, como o livro foi publicado e como ele foi recebido pela crítica e pelo público.

    A Busca de Erebor

    Se fossemos contar da história de Erebor, da sua fundação aos tempos de Thorin II, da linhagem dos anões, ou da influência dos dragões e orcs na história destes, levaríamos muito tempo através de longos parágrafos, uma vez que os contos de Tolkien se encaixam entre si, formando um enorme Caldeirão de Histórias [4], quase que perfeitamente, e acabam por nos apresentar uma cadeia de fatos impressionante. Por isso optou-se pelo seguinte:

    Agora que os Anões e Bilbo estão na estrada sob o comando de Gandalf, vamos entender através desta seleção adaptada do texto A Busca de Erebor, do Contos Inacabados, o porquê dos anões irem à Montanha Solitária para recuperarem o tesouro roubado pelo dragão Smaug; além dos motivos que fizeram Gandalf persuadir Thorin à levar Bilbo na viagem. Neste livro é Frodo quem faz a narração, sob a contação do mago.

    As primeiras ligações mais diretas com essa aventura datam de 2850 da Terceira Era, quando Gandalf penetra em Dol Guldur, a então fortaleza de Sauron, 40 anos antes do nascimento de Bilbo ou 91 anos antes da expedição dos anões. O mago encontrou Thráin II, pai de Thorin II, jogado nos poços, bastante debilitado, apenas podendo ter uma breve fala com ele.

    O anão lhe entregou um mapa e uma chave. O Mapa de Thror e a chave da porta secreta de Erebor. Disse-lhe "Para meu filho" e faleceu. No momento Gandalf não sabia que era aquele anão o pai de Thorin Escudo de Carvalho. Sentiu por Thráin ter suportado pelo menos cinco anos nas torturas de Dol Guldur.

    E assim Gandalf guardou os objetos e partiu da Fortaleza de Sauron, localizada na parte sudoeste da Floresta das Trevas. O tempo passou e os dois itens quase caíram no esquecimento do mago. Mas ocorreu que ele resolveu retornar ao Condado, para buscar tranqüilidade e descanso, após ter ficado os últimos 20 anos tentando solucionar situações nada agradáveis.

    É o ano de 2941. Pensamentos de como "salvar" as terras do norte ainda correm pela mente de Gandalf, pois ele tenta mostrar ao Conselho Branco que os riscos agora são: do poder crescente de Sauron, o Necromante, em Dol Guldur; e do dragão Smaug, que pode ser usado pelo novo Senhor do Escuro como arma poderosa de destruição, abalando os reinos de Valfenda e Lórien. Sendo que o primeiro pensamento pesa mais em sua consciência.

    Nesse caminho que percorre rumo ao Condado, Gandalf encontra Thorin. Há duas versões para o local do encontro: a dos Apêndices de O Retorno do Rei sugerem ter se dado na estalagem de Bri e a versão dos Contos Inacabados diz que foi numa estrada próxima de Bri. Porém o fato é que o encontro se deu em 15 de Março.

    E nesse dia Thorin contou sua história ao mago. "A maré começou a virar" lembrou Gandalf. O anão, que vivia em exílio agora nas Montanhas Azuis (Ered Luin), despertou no mago bastante interesse. As intenções de Thorin II coincidiam
    com as vontades de Gandalf de ter povos restabelecidos no norte, pois esta passagem ficara exposta e desprotegida.

    E assim os dois foram para os salões das Ered Luin, onde Thorin pôde contar melhor toda história, e onde também Gandalf conseguiu convencer Thorin a levarem Bilbo consigo. O que se desenvolveu nessa conversa foi que Thorin mostrava claramente que não queria perder mais tempo, e queria partir logo em busca do tesouro há muito perdido: mesmo que isso resultasse em batalhas, mortes e perdas – tanto que Thorin tinha afiado seu machado e mostrava-se pronto para uma batalha.

    Gandalf, porém, ponderou e aconselhou-o a não espalhar que a aventura seria feita, que fosse acompanhado de parentes e amigos fiéis, e levasse junto uma surpresa para o dragão Smaug. É aí que entra o pacato Bilbo. Da última vez que o mago o viu, este demonstrava muito interesse por histórias, querendo vive-las. Mas Bilbo tornara-se adulto, fora se reservando e tornando as suas aventuras apenas um sonho particular.

    Gandalf não tinha visto essa mudança, pois ele e Thorin partiram de Bri direto às Ered Luin para conversarem. A descrição que o mago fez de Bilbo à Thorin era do Bilbo jovem. Mas independente das mudanças, Bilbo seria uma surpresa, uma novidade, para o velho dragão. Ao mesmo tempo em que os hobbits são tão pequenos quanto os anões, e tão silenciosos em seus passos quanto os elfos, Bilbo era o sujeito ideal para enganar Smaug, pois o dragão nunca sentira o cheiro de hobbit.

    Bilbo possuía a essência do hobbit ideal para a aventura: tinha sangue de Bolseiro e um toque Tûk. E assim Thorin foi persuadido por Gandalf. Seguiram eles e os treze anões para Bolsão, na celebrada festa.

    Como falou-se, Thorin acabou desconfiando dos relatos de Gandalf de que Bilbo estaria pronto para a aventura, ao vê-lo espantado correndo pelos corredores. Mas Gandalf havia pensado e planejado muito bem, tinha uma carta na manga. O mago sabia que no seu íntimo, o Sr. Bolseiro acabaria optando em partir, portanto ocorreu o seguinte:

    Os anões chegaram preparados, já com os materiais de viagem, prontos para levarem Bilbo – seguindo os conselhos de Gandalf – assim, no fim do dia da festa, dormiram na toca. Na manhã do dia seguinte saíram cedo deixando um bilhete. Esse bilhete, escrito por Thorin, de certa forma forçava o lado Bolseiro de Bilbo responder pela aventura. Ele não poderia perder essa oportunidade! E assim a história seguiu como a conhecemos.

    O Abrigo Élfico

    Valfenda e Elrond

    Valfenda é um dos últimos redutos élficos na Terra Média. Localizado em um vale, por onde corre o rio Bruinen, esse é um local de paz e beleza, onde muitos conhecimentos e histórias dos elfos eram preservados. Ali vive Elrond Peredhil, o senhor de Imladris (outro nome de Valfenda que também é conhecida pelo nome de "Karningul" em Westron). Elrond é um senhor nobre, de belas feições, forte como um guerreiro, sábio como um mago, venerável como um rei dos anões, generoso como o verão. Ele é filho de Eärendil e Elwing, sendo portanto um meio-elfo, a quem foi dada então a opção de escolha, entre levar uma vida élfica ou mortal, sendo que ele escolheu a primeira.

    Elrond fundou Valfenda no ano de 1697 da segunda era, após Sauron ter devastado Eregion, com o intuito de criar uma fortaleza que pudesse resistir às forças de Sauron.. Foi em Valfenda que, no final da segunda era, reuniram-se os exércitos da Última Aliança, comandados por Elendil e Gil-Galad, de onde partiram para Mordor, numa luta que culminaria com a derrota de Sauron. Isildur, filho de Elendil, tomou o Um Anel de Sauron, mas foi morto mais tarde. Porém sua linhagem foi preservada em Valfenda, onde sua esposa e seu filho permaneceram salvos, além dos tesouros da Casa de Isildur: o cetro de Annuminas, a Elendilmir, o Anel de Barahir e os fragmentos de Narsil. Por volta de 1300 o senhor dos Nazgûl estabeleceu em Eriador o domínio de Angmar, que batalhou contra os homens e contra as forças de Valfenda, sendo derrotado.

    Graças à ação do anel de Elrond, Vilya, Valfenda tinha características especiais, tais como um retardo na passagem do tempo e uma sensação de bem-estar e vigor renovado sentida por seus habitantes. Os efeitos do Anel ainda podia ser maiores, envolvendo também a cura, como no caso da cura de Frodo ou nas palavras do próprio Bilbo: "Um pouco de sono traz uma grande cura na casa de Elrond, e cura o mais que puder.." (O Hobbit, A Última Etapa).

    E é no ano de 2941 que Gandalf, Bilbo e os anões chegam a Valfenda. Não puderam permanecer muito no reino élfico, para continuar em sua jornada a Erebor, mas puderam desfrutar de momentos de paz e tranqüilidade que já não existiam em outro lugar da Terra Média. E, apesar de pouco tempo, a visita foi suficiente para despertar em Bilbo um grande amor por Valfenda, aonde viria morar muitos anos mais tarde.

    Da união de Elrond e sua esposa Celebrian foram gerados três descendentes: os irmãos Elladan e Elrohir e a bela Arwen. Além disso, habitava ainda em Valfenda o poderoso senhor élfico Glorfindel.

    Valfenda em Imagens

    Valfenda, é um tema muito retratado por artistas tolkienianos. O próprio Tolkien chegou a fazer alguns desenhos retratando o refúgio élfico de Elrond. "Chegando em Valfenda" é um deles. O rascunho "Valfenda olhando para o leste" é outro, e assim como "Valfenda" retrata o vale mais íngreme do que o primeiro desenho.

    John Howe, provavelmente o mais conhecido artista tolkieniano do mundo, mostra em sua imagem "Valfenda"
    mostra uma cachoeira em primeiro plano e Gandalf e um hobbit descendo em direção a Valfenda mais atrás, com essa última ao fundo. Como é característico em suas pinturas, a casa de Elrond é retratada como um castelo medieval.

    Ted Nasmith, especializado em pintar paisagens da obra de Tolkien, também chegou a fazer uma pintura de Valfenda, mostrando a beleza do vale com as montanhas ao fundo e a casa de Elrond pequena em meio à beleza da Terra-média.

    Alan Lee, o artista com um dos maiores acervos de desenhos baseados na obra de Tolkien mostra nessa imagem a Última Casa Amiga a oeste das Montanhas da Névoa no meio de um vale cheio de árvores com folhas douradas.

    Joan Wyatt retrata o vale de Valfenda muito bem, com montanhas ao redor e um belo sol nascente ao fundo. Entretanto, o que chama mais atenção na figura é o modo como o artista retratou a casa de Elrond, que mais parece um prédio moderno ou medieval do que um refúgio élfico.

    Paul Monteagle costuma fazer desenhos de certo modo ameaçadores. No seu desenho de Valfenda, ele mostra o vale mais estreito do que o normal, com poucas árvores e com um detalhe que chama a atenção: duas estátuas parecendo gárgulas no portão em primeiro plano.

    Billy Mosig é autor de muitos desenhos belos sobre a obra de Tolkien, incluindo Imladris, que mostra o vale com muitas cachoeiras e florestas ao redor da Casa, que é retratada mais ou menos como foi nos filmes, com muito espaço aberto.

    David Wyatt fez esse desenho de Valfenda que mostra a Casa de Elrond como três prédios circulares de madeira aparentemente "espremidos" entre o rio Bruinen e a parede do vale.

    Rodney Matthews fez essa estranha pintura de Valfenda. Tanto o vale quanto o rio estão muito bem representados, mas a Casa em si lembra a arquitetura oriental, mas em nada se parece com a arquitetura élfica.

    Agora um fato curioso. A própria Mãe Natureza parece ter criado um vale na Suíça que em muito lembra o lar de Elrond.

    Dos Orcs

    Orcs são seres totalmente maléficos, incapazes de fazer o bem, que destroem tudo o que podem, matam sem piedade alguma, entre outros males não menos desprezíveis. Eles não fazem coisas bonitas, mas fazem coisas engenhosas, são capazes de construir túneis com grande habilidade, sendo superado apenas pelos anões; gostam de instrumentos de tortura, rodas, motores e explosões. Como é então que criaturas tão temíveis residem na Terra-média? Qual é a origem dos Orcs?

    Essa pergunta decerto é muito difícil de responder, nem Tolkien poderia dizer sem dúvidas qual é a origem desses seres maléficos. Uma das teorias, apresentada em O Silmarilion, diz que os Orcs são elfos corrompidos ao longo de muitos anos, mas essa teoria é controversa, já que Melkor poderia corromper o hröar (corpo) mas não o Fëa (alma) dos primogênitos. O próprio escritor acabou por descartá-la numa das cartas que escreveu. Outra teoria é que eles tenham sido criados durante o terceiro tema, na dissonância de Morgoth. O certo é que ninguém pode responder isso com certeza.

    O que importa mesmo nesse quesito não é como eles apareceram, e sim o quê significavam para Tolkien: eles representam tudo o que há de ruim na guerra moderna, ou Guerra das máquinas, como o professor a chamava. Ronald Tolkien via orcs nas indústrias, que espalham poluição, produzem máquinas mortais e exploram seus funcionários em galpões escuros: como os "prisioneiros e escravos que têm de trabalhar até morrer por falta de luz" dos orcs.

    Além disso, os soldados que matam tudo o que vêm pela frente, destroem sem necessidade, marcham horas a fio e guerreiam sem propósito algum, ao estilo dos que eram vistos quando seu filho Christopher Tolkien lutava na Segunda Grande Guerra, ou quando ele mesmo lutava na Primeira, o escritor costumava vê-los como pessoas que gostavam da brutalidade da guerra, assim como os Orcs.

    Na Carta 96 do livro "The Letters of J.R.R. Tolkien", datada de 30/01/1945, o escritor fala, referindo-se à Segunda Guerra Mundial:

    Bem, a primeira Guerra das Máquinas parece estar se aproximando de seu capítulo final e inconclusivo – deixando, infelizmente, todos mais pobres, muitos desolados ou mutilados, e milhões de mortos, e apenas uma coisa triunfante: as Máquinas. À medida que os servos das Máquinas se tornarem uma classe privilegiada, elas ficarão enormemente mais poderosas."

    É muito interessante pensar assim, pois poucas vezes vemos as reais influências que levaram Tolkien a colocar essas criaturas de origem incerta na Terra-média. Ele claramente cria os Orcs numa alusão às tão odiadas Máquinas.

    Outro ponto interessante a ser destacado, é o fato de a tradução brasileira ter "atropelado" certa espécie de Orcs. Os goblins aparecem várias vezes na obra original, sendo diferenciados na mesma de Orcs normais. Mesmo assim, a tradução brasileira simplesmente ignorou isto e traduziu ‘goblin’ para ‘Orc’. Mais detalhes sobre isso, você encontra aqui mesmo na Valinor, no texto "Eu Acredito em Duendes!!".

    Uma das figuras que se destaca nesse grupo é o Grão-Orc, o chefe dos Orcs que atacaram Bilbo e os anões na Montanha da Névoa. Ele é maior, mais forte e muito mais inteligente que os outros orcs (o que não é lá grande coisa), por isso comanda todo o grupo de seres do mal.

    Uma das melhores discussões sobre o tema aconteceu no tópico orcs- oq eles saum ?, lá o usuário poderá conferir opiniões das mais diversas e uma discussão riquíssima em argumentos.

    Bem, se os orcs são elfos corrompidos, dissonâncias musicais, máquinas, goblins ou outra coisa qualquer, isso só podemos supor. O que podemos afirmar sem dúvidas é que esses s
    eres do mal criaram muitos problemas aos heróis da obra Tolkieniana.

    Galeria de Imagens

    Valfenda (Rascunho) – "Aqui está, finalmente."

    "Viram um vale lá embaixo. Conseguiam ouvir a voz da água, correndo num leito pedregoso; a fragrância das árvores se espalhava no ar e havia uma luz na encosta do vale, do outro lado do rio." (Capítulo III)

    Valfenda – "Posso sentir o cheiro da lenha queimando na cozinha."

    "O ânimo de todos melhorava à medida que desciam. As árvores eram agora faias e carvalhos, e havia uma sensação confortável no crepúsculo. O último tom de verde quase desaparecera da grama quando finalmente chegaram a uma clareira não muito acima das margens do rio." (Capítulo III)

    Gandalf e Glamdring – "Estas lâminas parecem boas."

    Disse Elrond: “Esta, Gandalf, era Glamdring, Martelo do Inimigo, que o rei de Gondolin usava outrora.�? (Capítulo III)

    A Trilha da Montanha – "… mais que uma trovoada, uma verdadeira guerra de trovões."

    "Os relâmpagos se estilhaçam nos picos, as rochas tremem e grandes estrondos partem o ar e vão ecoando e invadindo cada caverna e cada gruta, e a escuridão se enche de um ruído esmagador e de clarões inesperados." (Capítulo IV)

    Recebendo chicotadas – “Os Orcs eram muito rudes, e beliscavam sem dó.�?

    "Surgiu diante deles o vislumbre de uma luz vermelha. Os Orcs começaram a cantar, ou grasnar, e marcavam o ritmo batendo na pedra os pés chatos e sacudindo os prisioneiros.
    …faziam-nos correr a mais não poder na frente deles, e mais de um anão já choramingava e berrava feito louco quando caíram todos dentro de uma grande caverna.
    …estava iluminada por uma grande fogueira no centro e por tochas ao longo das paredes, e estava cheia de orcs." (Cap. IV)

    O Grão-Orc – "Quem são essas pessoas miseráveis?"

    "O Grão-Orc soltou um uivo de raiva verdadeiramente hediondo quando viu a espada, e todos os seus soldados rangeram os dentes, bateram os escudos e os pés. Reconheceram a espada imediatamente. Ela matara centenas de Orcs em sua época, quando os belos elfos de Gondolin os caçavam nas colinas ou travavam batalhas diante de seus muros." (Capítulo IV)

    Pandemônio – “… espalhava faíscas brancas e lancinantes por entre os orcs.�?

    "As faíscas abriram buracos nos orcs, e a fumaça que caía do teto deixava o ar espesso, tornando a visão difícil até para eles. Logo estavam caindo uns sobre os outros, rolando aos montes no chão, mordendo, chutando e lutando como se estivessem todos enlouquecidos." (Capítulo IV)

    Créditos das Imagens

    John Howe
    J.R.R. Tolkien
    Terry A. Ernest

    Notas
    Além dos motivos que fazem o grupo explorar os pontos de relevância no texto, há também nesta seção uma história por trás dos fatos.

    1. Montanhas da Névoa ou Montanhas Sombrias?

    Um caso semelhante já ocorreu na elaboração do capítulo final de A Guerra do Anel, quando o nome da cordilheira ao norte de Mordor foi trocado pelo nome da cordilheira ao norte da Floresta das Trevas, e um dos membros reparou no erro.

    Aqui a história é a seguinte: nas edições de O Hobbit, da Martins Fontes, traduzida por Lenita Maria Rímoli Esteves, a cordilheira que aparece no Mapa das Terras Ermas vem com o nome de Montanhas Sombrias, enquanto que o mesmo acidente geográfico, no mapa da página 80, por exemplo, do Atlas da Terra-média, traduzido pelo membro da Tolkien Society, Ronald Kyrmse, vem com o título de Montanhas da Névoa.

    O nome correto da badalada cordilheira é Montanhas da Névoa, que em sindarin é Hithaeglir (esse nome élfico está contido nos mapas de Karen). E, analisando mais um pouco, até o nome em Sindarin está errado no mapa da Terra-média das edições de O Senhor dos Anéis, pois está impresso como Hithaiglin.

    É da Névoa, "pois o erguimento orográfico, possivelmente até a altura de mais de 12.000 pés, teria produzido as condições de nebulosidade, que não somente deram nome à cordilheira, mas também (…) especialmente, produziram a tremenda batalha de trovões que fez Thorin e Companhia buscarem abrigo", explica Karen Fonstad.

    O grupo consultou o tradutor do Atlas da Terra-média, Ronald Kyrmse, e ele disse o seguinte:

    Em O Senhor dos Anéis e em O Hobbit, o nome Hithaeglir ( = Misty Mountains / Mountains of Mist), a oeste de Eriador, foi traduzido por Montanhas Sombrias, e Ephel Dúath ( = Shadowy Mountains), a leste de Mordor, foi traduzido por Montanhas da Sombra. Em O Silmarillion e em Contos Inacabados, optou-se pela nomenclatura mais coerente:

    • Misty Mountains –> Montanhas da Névoa

      Mountains of Mist –> Montanhas da Névoa

      Shadowy Mountains –> Montanhas de Sombra

      Mountains of Shadow –> Montanhas da Sombra

    2. Calendário do Condado – A Contagem das Datas

    1º Lite é uma data que no Calendário do Condado não se encaixa dentro dos 12 meses listados, mas está entre o término e início dos meses Pré-Lite (6) e Pós-Lite (7). Karen, no Atlas, diz que Tolkien poderia ainda não ter criado o Calendário, mas de qualquer forma as datas pouco variam em relação ao nosso calendário Cristão. Todos meses tinham 30 dias. Acrescentando-se mais 5 datas especiais: 1º e 2º Lite; 1º e 2º Iule e o Dia do Meio do Ano.

    3. Gigantes de Pedra?

    Aí está um ponto que Tolkien admitiu ter vivido: "A jornada do hobbit (Bilbo) de Valfenda para o outro lado das Montanhas da Névoa, incluindo a descida abaixo das pedras deslizantes nos bosques de pinheiros, está baseado em minhas aventuras de 1911" – As Cartas de J.R.R Tolkien, carta 306. Tolkien estava com quase 20 anos na época, e escreveu essa carta para seu filho Michael.

    A única informa
    ção que se tem em todo Legendário sobre os "gigantes de pedra" é somente nestas passagens. Mas se não há informações detalhadas sobre quem poderiam ser estes, há pelo menos um fato bastante curioso:

    • Um dia subimos em uma longa marcha com guias a geleira de Aletsch – foi quando eu cheguei perto de morrer. Tínhamos guias, mas ou os efeitos do verão quente estavam além da experiência deles, ou eles não tomavam bastante cuidado, ou nós estávamos começando tarde. De qualquer modo, ao meio-dia fomos enfileirados ao longo de uma trilha estreita com uma rampa de neve à direita subindo o horizonte, e na esquerda um mergulho abaixo em uma ravina. O verão daquele ano derretera muita neve, e pedras e pedregulhos estavam mais expostos do que (eu suponho) estivessem normalmente cobertos. O calor do dia continuou o derretimento e nós fomos alarmados ao ver muitas dessas grandes rochas começarem a rolar a rampa ao ganhar velocidade: qualquer coisa do tamanho de laranjas a grandes bolas de futebol, e algumas muito maiores. Elas estavam silvando por nosso caminho e mergulhando no desfiladeiro, ‘golpeando forte’ senhoras e senhores. Elas começaram lentamente, e então normalmente mantiveram uma linha direta de descida, mas o caminho era áspero e também se tinha que ficar de olho nos próprios pés. (As Cartas de J.R.R Tolkien, carta 306).

    Ver versão na íntegra, no site Dúvendor: carta 306.

    4. Caldeirão de Histórias

    Este termo foi criado por Tolkien, e não é difícil entender: basta imaginar um Caldeirão enorme, onde Tolkien lançasse todos seus contos, e depois de uma boa mexida, nos espantamos pela incrível ligação de um com o outro. É como um bolo bem feito, com a harmonia dos ingredientes. Há ecos dos vestígios de Gondolin na história de O Hobbit, mesmo eras depois da destruição deste reino, figurando as espadas Glamdring e Orcrist. E isto era o que Tolkien fazia e fez durante toda sua vida, sempre procurou ligar os fatos.

    Vocabulário

    Orográfico: Orografia, estudo ou tratado a respeito do relevo terrestre.
    Consultas
    Livros
    O Hobbit (J.R.R. Tolkien), Martins Fontes
    O Atlas da Terra-média (Karen Wynn Fonstad), Martins Fontes
    O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (J.R.R. Tolkien), Martins Fontes
    Contos Inacabados (J.R.R. Tolkien), Martins Fontes
    Tolkien – Uma Biografia (Michael White), Imago Editora
    Explicando Tolkien (Ronald Kyrmse), Martins Fontes

    DVD’s
    O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel (extras)
    J.R.R. Tolkien – Master of the Rings

    Sites
    Valinor
    Dúvendor

     

  • Retrospectiva 1o. Semestre Valinor 2005

    Apresentação:

    Como parte das comemorações e festividades neste mês de Julho dos 4 anos do site Valinor, a Heren Quentaron traz uma novidade especial: uma Retrospectiva de todas as notícias lançadas na página inicial no último Semestre.

    Tratam-se de todas as notícias publicadas entre 1º de Janeiro e 30 de Junho de 2005, separadas por suas respectivas categorias, catalogadas abaixo. Há o link para a notícia, e um breve resumo do que ela trata.

    Como toda Retrospectiva, essa também tem a intenção de fazer uma releitura dos meses que passaram, para lembrarmos de fatos marcantes e datas curiosas. Mas além disso, esperamos que este "catálogo" sirva também como fonte de pesquisa e consulta posterior de qualquer interessado.

    É isso, bom divertimento.

     

     

    Retrospectiva 1º Semestre Valinor 2005

    Tolkien

    As notícias mais importantes relacionadas diretamente ao Professor estão catalogadas aqui, entre eventos, premiações e datas marcantes.

    Janeiro

    1– Nossos Parabéns, Professor!
    Os fãs se reúnem para comemorar os 113 anos de J.R.R. Tolkien.

    2– 113 Anos de John Ronald Reuel Tolkien
    Um artigo que reúne a cronologia da vida de Tolkien é publicado em homenagem ao Professor Tolkien.

    3– Morre o biógrafo Humphrey Carpenter
    Aos 58 Anos, falece no dia 4 de Janeiro, o autor da 1º e mais conhecida biografia de Tolkien.

    4- O Hobbit no Teatro!
    Peça de Teatro adaptada do livro de Tolkien, O Hobbit.

    Fevereiro

    1- Arda Vista do Espaço
    Uma montagem bacana de como seria a vista de Arda por satélite.

    2- Tolkien até no Carnaval
    Escola de Samba se inspira nas armaduras dos filmes para fazer fantasia.

    Março

    1- Alan Lee estréia seu site oficial
    Um dos melhores ilustradores de Tolkien apresenta seu site oficial novo.

    2- "Hobbits" da Indonésia tinham Cérebro Avançado
    Análise no crânio do Homo floresiensis revela que mesmo pequeno ele era inteligente.

    3- Ilustradora Catherine Karina Chmiel estréia novo site
    Ilustradora desconhecida de Tolkien mostra as caras com belíssimas ilustrações em site.

    4-"A Queda de Gondolin" há 85 Anos
    Leitura do conto completou 85 anos em 10 de Março.

    5- Tolkien & Edith: Um amor de 89 anos
    Casamento de J.R.R. Tolkien e Edith completaria 89 anos no dia 22 de Março.

    6- Dia Tolkien de Leitura
    Evento promovido pela Tolkien Society inglesa para encorajar as pessoas a lerem mais sobre Tolkien, no dia 25 de Março.

    Abril

    1- Tolkien e a Mitologia Nórdica na revista Superinteressante
    Matéria sobre conteúdos que serviram de inspiração para Tolkien.

    2- Fracasso da peça teatral "O Hobbit", na Nova Zelândia
    Peça que estava prevista para durar 18 meses, não passou dos 5 dias.

    Maio

    Nenhuma notícia publicada.

    Junho

    1- Mithopoeic Awards
    Divulgação das obras que estão concorrendo na categoria de "Mithopoeic Scholarship Awards for Inklings Studies" deste ano.

    2- Musical de SdA vende milhões em ingressos
    O musical que estréia em Março de 2006 no Canadá já está faturando muito com a venda de ingressos pela internet. Já na primeira semana, as vendas atingiram 7 milhões de dólares canadenses (cerca de R$ 13.600.000).

    Livros

    O que acontece de novo em relação aos livros do Professor é relatado aqui, entre os lançamentos por vir e revisões sobre o que já foi publicado, além de livros sobre Tolkien ou baseados nas obras dele.

    Janeiro

    Nenhuma notícia publicada.

    Fevereiro

    1- Livro do Curso de Quenya e suas Camisetas
    Mudança quanto as reservas dos livros e das camisetas para o período de 5 dias.

    2- Campanha Por uma Literatura na Terra-média
    Convocação para a ajuda voluntária na divulgação do livro Curso de Quenya.

    3- Use um banner do Curso de Quenya
    Lançado um banner do Curso de Quenya para promover as vendas!

    4- Site oficial de Ted Nasmith com imagens novas
    Novas imagens relacionadas ao Silmarillion no site oficial do artista.

    5- Ei, fã de Tolkien? Carta para Você
    A notícia mais bombástica dos últimos anos: editora Arte & Letra compra os direitos de publicação das Letters de J.R.R. Tolkien!

    Março

    1- Os Heróis Anônimos de "O Senhor dos Anéis"
    Pré-venda de um livro escrito por Lynnette R. Porter sobre os personagens "menores" do livro e da importância deles.

    2- O Curso de Quenya Também em Livrarias
    O livro da língua élfica à ve
    nda também em livrarias de Curitiba.

    3- Morre Karen Wynn Fonstad, autora de "Atlas da Terra-média"
    Morre, aos 59 anos, a autora de "O Atlas da Terra-média", Karen Fonstad.

    4- Use banner de "As Cartas de J.R.R. Tolkien"
    Banner promocional para incentivar vendas do novo livro

    5- Curso de Quenya nas livrarias do Rio e Limeira
    Como prova do sucesso do livro, além de disponível pela Net, agora também pelas livrarias do país.

    Abril

    1- Heren Ohtari Parmaron fundada!
    Fundou-se em 6 de Abril, a "Ordem dos Guerreiros dos Livros" que têm como objetivo proporcionar um conhecimento melhor sobre assuntos preciosos.

    2- Novo livro de fantasia: "O Segredo da Guerra"
    Anúncio do lançamento do livro escrito pelo colega Thiago Marés, sobre um grupo de aventureiros no meio de uma guerra.

    3- Livro de Quenya em Porto Alegre
    À venda o Curso de Quenya numa livraria de Porto Alegre.

    4- Buemba! Buemba! Os orcs transavam!
    Biólogo divulga estudo que revela que existiam orcs fêmeas. Logo, os orcs transavam!

    5- Tolkien Studies Vol. 1 para download e lançamento do Vol. 2
    Disponível o volume 1 de "Tolkien Studies: An Annual Scholarly Review" para download em HTML e PDF.

    6- Dia Mundial do Livro
    Dica de livros sobre Tolkien e suas obras para compras e leituras.

    Maio

    1- Jovens espanhóis lendo mais que os pais
    Jornal "Diário de León" revela pesquisa mostrando que jovens da Espanha estão lendo mais que seus pais atualmente.

    2- Capa do Segredo da Guerra divulgada!
    Thiago Marés divulga a capa de seu livro, "O Segredo da Guerra".

    3- Novas ilustrações de Ted Nasmith
    Sete novas ilustrações são mostradas por Nasmith em seu site, baseadas no Silmarillion.

    Junho

    1- Lançamento do Livro O Segredo da Guerra
    Convite feito pelo seu autor, Thiago Marés, para comparecer ao lançamento de O Segredo da Guerra, na FNAC – Parkshop Barigui.

    2- O Poder Mágico da Palavra
    Rosa Sílvia Lopez entra em contato com a Valinor divulgando seu excelente trabalho feito, lançado em livro: "O Senhor dos Anéis & Tolkien – O Poder Mágico da Palavra".

    3- Curso de Quenya SEM FRETE
    A Arte & Letra editora lança a promoção: compre O Segredo da Guerra e o Curso de Quenya e não pague frete!

    Filmes

    Notícias referentes à trilogia cinematográfica d’O Senhor dos Anéis de modo geral.

    Janeiro

    1- Peter Jackson revela seu próximo filme após King Kong
    O próximo projeto de Peter Jackson, após o remake de King Kong é a adaptação de The Lovely Bones, de Alice Sebold.

    2- Mais cenas dos filmes?
    Notícia que revela os planos do diretor Peter Jackson de incluir cenas novas no filme, futuramente.

    Fevereiro

    1- The Ring Thing
    Depois do sucesso dos filmes de Peter Jackson, os suíços resolveram filmar "The Ring Thing", uma paródia de "O Senhor dos Anéis".

    2- Weta Workshop em animação baseada em livro neo-zelandês
    O diretor da Weta Workshop, Richard Taylor, anunciou que, uma vez que não se encontra muito ocupado com o próximo filme de Peter Jackson, King Kong, irá produzir uma animação infantil baseada no livro "Jane and the Dragon", do autor neo-zelandês Martin Bayton. A animação será feita da mesma maneira que se fez com Gollum, utilizando a técnica da captura de movimentos de atores reais.

    3- Gollum na Superinteressante
    A Revista Super Interessante na Seção Ciência Maluca, publicou uma reportagem sobre a insanidade do personagem Gollum.

    4- "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei" recebe dois Grammys
    O Retorno do Rei vence nas categorias "Melhor canção para filme, televisão ou outra mídia visual", com ‘Into the West’ e "Melhor trilha sonora para filme, televisão ou outra mídia visual".

    5- Herói que inspirou ‘O Senhor dos Anéis’ também vira filme
    O herói de ação que inspirou J. R. R. Tolkien a criar a trilogia "O Senhor dos Anéis" está para chegar às telonas.

    Março

    1- Dá o preciosso pra nós, dá sim!
    A Wingnut Films, empresa de produção do cineasta Peter Jackson, está processando a New Line Cinema.

    2- Lucros Através do DVD
    Desde que o DVD entrou no mercado, por meados de 1997/98, às vendas de filmes têm aumentado cada vez mais, pelo fato do DVD tornar-se mais atraente. E a soma que se têm das vendas de DVDs somam um número maior do que o valor das bilheterias dos seus respectivos filmes

    3- O HOBBIT só daqui 3 anos…
    Peter Jackson disse à imprensa australiana que o filme "O Hobbit" pode começar a ser produzido somente daqui a uns 3 ou 4 anos.

    4- Musical de "O Senhor dos Anéis"
    O muscial de "O Senhor dos An&eacu
    te;is", dirigido por Matthew Warchus, vai estreiar em Março de 2006, em Toronto, no Canadá.

    5- Site do Musical de SdA no ar.
    O musical que levará a trilogia "O Senhor dos Anéis" para o teatro já está com seu website no ar.

    Abril

    1- Ringers é matéria da revista SFX
    "Ringers: Lord of The Rings Fans" é um documentário que trata do impacto global de "O Senhor dos Anéis" desde seu lançamento, até os dias atuais, com o fenômeno causado pelos filmes de Peter Jackson. A revista SFX, em sua edição a ser lançada em Maio, virá com uma matéria sobre Ringers

    2- Ringers: Premiere no Newport Beach Film Festival
    "Ringers: Lord of The Rings Fans" (um documentário que trata do impacto global de "O Senhor dos Anéis" desde seu lançamento há pouco mais de 50 anos, até os dias atuais, terá sua premiere neste dia 23, sábado, no Newport Beach Film Festival, na Califórnia, EUA.

    3- WETA Workshop: Site oficial
    A WETA Workshop, responsável pelos efeitos especiais dos filmes de "O Senhor dos Anéis" possui uma página na internet.

    4- Versão Estendida de O Retorno do Rei ganha prêmio no Canadá
    Na segunda premiação anual do Canadian Entertainment Network Awards a VE de RdR arrebatou vários prêmios

    Maio

    1- Acredite se quiser: O Retorno do Rei recebe mais um prêmio.
    Por incrível que pareça, RdR continua faturando premiações. Agora foi o Nebula Awards®, da Science Fiction and Fantasy Writers of America.

    2- Top 50 trilhas sonoras do cinema. Quem ficou em 1º ?
    A Classic FM realizou uma votação para um "Top 50 Trilhas Sonoras do Cinema". Eis que a maravilhosa trilha de O Senhor dos Anéis de Howard Shore ficou em 1º lugar.

    3- Coca da Boa divulga notícia falsa sobre senhor dos anéis
    O site divulgou uma notícia falsa, dizendo que a Warner está sendo processada por um "Easter Egg" no DVD d’A Sociedade do Anel.

    4- Gollum é assustador!
    Saiu na Life Style Extra, o Top 10 dos personagens de histórias infanto-juvenis mais assustadores. Na 5º colocação está o nosso Gollum, de "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis"

    5- Tecnologia de "O Senhor dos Anéis" chega ao Brasil.
    O moderno recurso tecnológico chamado Motion Capture, usado por Andy Serkis para fazer o personagem Gollum, finalmente chega ao Brasil.

    6- O Senhor dos Anéis X Star Wars
    Revista Veja diz que os efeitos especiais de O Senhor dos Anéis são melhores que os de Star Wars.

    7- Senhor dos Anéis entre os 100 melhores de todos os tempos
    A revista TIME divulgou uma lista com os 100 melhores filmes de todos os tempos, feita pelos críticos Richard Corliss e Richard Schickel. Como não era de se espantar, o nosso "O Senhor dos Anéis" está lá.

    Junho

    1- Massive 2.0 à venda
    O Massive é um programa de computação usado para animar grandes quantidades de personagens, de forma que eles se comportem individualmente, com base em padrões preestabelecidos.Criado para animar as batalhas na trilogia de Peter Jackson, o programa agora está à venda.

    2- Museu de Ciência Natural de Houston faz exposição sobre SdA
    O Houston Museum of Natural Science, nos Estados Unidos, iniciou ontem, dia 4 de Junho, uma exposição dedicada aos filmes de "O Senhor dos Anéis", que permanecerá aberta até 28 de Agosto.

    3- Erros de O Senhor dos Anéis em matéria de Revista
    Todo mundo têm algum "erro de gravação" de filme para contar: desde os mais fáceis, como microfones no alto da tela até detalhes de figurino, ou de seqüencia na história. Pois é sobre esse assunto que Eduardo Torelli trata em matéria da Revista "DVD Aúdio e Vídeo Magazine", desse mês.

    4- As Duas Torres hoje na HBO
    O filme O Senhor dos anéis – as duas torres passa no canal HBO

    5- As Duas Torres entre as 100 Melhores Frases da História
    Gollum e seu "My precious" acabam de entrar na lista das 100 maiores frases ditas no cinema. A frase conseguiu ficar em 85º lugar.

    Elenco

    Novidades e homenagens aos atores e atrizes que atuaram na trilogia.

    Janeiro

    1- Aniversário de Orlando Bloom
    Homenagem ao ator Orlando Bloom no dia de seu aniversário.

    2- Agora é a vez de Éowyn. Miranda Otto grávida!
    Miranda "Éowyn" Otto, 37, está grávida de seu primeiro bebê.

    3- Feliz Aniversário Elijah Wood
    Texto que faz uma homenagem ao ator, por seu aniversário.

    4- Sean Astin vai ser pai… de novo!!!
    O ator Sean Astin honra o personagem que interpretou e encomenda mais um filho para a cegonha

    5- Gimli enfrenta… CHUPA-CABRAS!?
    O adversário de John "Gimli" Rhys-Davies em seu novo filme é ninguém menos que… o CHUPA-CABRAS!!!

    Fevereiro

    1- Cate Blanchett é favorita ao Oscar
    Uma revista especializada, divulga o nome de Cate como um dos favoritos ao Oscar.

    2- Cate Blanchett ve
    nce no Screen Actors Guild Awards

    Cate Blanchett venceu o prémio de Atriz Secundária nos Screen Actors Guild Awards.

    3- Entrevista com John Noble
    O site Badtaste apresentou uma entrevista realizada com John “Denethor” Noble

    4- Cate Blanchett em Capa de Revista
    Cate Blanchett vai ser o destaque de capa da edição especial de Oscar da revista norte-americana "Vanity Fair" de 2005

    5- Cate Blanchett vence BAFTA
    A atriz Cate Blanchett venceu o prêmio "The Orange British Academy Film Awards", a premiação da BAFTA – British Academy of Film and Television Arts

    6- Quando Cate vira Kate
    Texto sobre a performace de Cate Blanchet no filme O Aviador

    7- Feliz Aniversário Sean Astin!
    Homenagem a Sean Astin, o Sam do filme O Senhor dos Anéis.

    Março

    1- Brad "Gríma" Dourif faz 55 anos!
    Dia 18 de Março, o ator que fez o o personagem Gríma Língua-de-cobra no filme "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres" comemora seus 55 anos de idade.

    2- A tristeza de Christopher Lee
    O ator de 82 anos, que interpretou brilhantemente o mago Saruman na trilogia "O Senhor dos Anéis" declara como anda chateado com o que fizeram com suas cenas em "O Retorno do Rei".

    Abril

    1- Nasce o bebê de Miranda Otto!
    Miranda deu à luz a uma menina dia 01/04/2005

    2- Vídeo da canção de Christopher Lee com Rhapsody disponível!
    O ator mais que veterano Christopher "Saruman" Lee gravou recentemente participações em músicas da banda italiana de heavy metal Rhapsody. Agora podemos ver um vídeo de Lee com a banda em sua mais nova parceria.

    3- Novo trailer de Ancanar disponível a partir de amanhã!
    Ancanar é um filme independete muito influenciado pelas obras do Professor Tolkien. Contudo, trata-se de algo completamente novo, nada relacionado com a Terra-Média, embora extremamente inspirado nela.

    4- Feliz aniversário, Hugo Weaving!
    Texto que homenageia o ator Hugo Weaving, por seu aniversário.

    5- Quer emagrecer? Faça como o PJ!
    Peter Jackson está perdendo sua "forma de hobbit". O diretor neozelandês está 13Kg mais magro.

    6- Feliz Aniversário Sean "Boromir" Bean
    Texto para homenagear Sean Bean pelo seu aniversário.

    7- [20/04] – Aniversário do Andy Serkis!
    Homenagem ao ator Andy Serkis, no dia de seu aniversário.

    Maio

    1- John "Gimli" Rhys-Davies faz 61 anos!
    Texto em homenagem ao aniversário do ator John Rhys-Davies, que interpretou Gimli na trilogia.

    2- O homem mais poderoso de Hollywood
    O site Ireland On-line afirma que a edição de Junho da revista Premiere trará Peter Jackson como "o homem mais poderoso de Hollywood".

    3- Peter Jackson engana sites de cinema
    Peter Jackson inventou uma mentira sobre o filme King Kong, para enganar os repórteres no dia primeiro de Abril.

    4- Aniversário de Cate Blanchett
    Texto para homenagear a atriz Cate Blanchett por seu aniversário.

    5- Viggo Mortensen beija diretor na boca em Cannes
    Uma demonstração de carinho pouco comum marcou a sessão de fotos para promoção do filme A History of Violence, no Festival de Cannes. O diretor David Cronenberg e o ator Viggo Mortensen trocaram um beijo na boca diante dos olhares atônitos da imprensa e do público.

    6- Dia do Mago!
    Texto homenageando o brilhante ator Sir Ian McKellen pelo dia de seu aniversário.

    Junho

    1- Gandalf em O Código da Vinci
    Ian McKellen (O Gandalf de "O Senhor dos Anéis") vai interpretar o magnata Sir Teabing em O Código da Vinci.

    2- [01/07] Feliz Aniversário Liv Tyler
    A belíssima Liv Tyler, que interpretou Arwen em O Senhor dos Anéis, faz aniversário e a Heren Quentaron presta uma pequena homenagem à ela.

    Lothlórien

    Aqui, no cantinho artístico dos fãs, estão os eventos, novidades sobre textos e obras recentes, e eventuais concursos da Lothlórien.

    Janeiro

    1- Gifs Animadas (e hilárias) de Senhor dos Anéis
    Alguns gifs engraçados de SdA, para dar boas risadas.

    Fevereiro

    Nenhuma notícia publicada.

    Março

    Nenhuma notícia publicada.

    Abril

    1-Dia do Desenhista
    Uma parabenização aos magistrais ilustradores da Obra de Tolkien.

    Maio

    1- Atualização na Lothlórien!!!
    A Lothlórien recebe uma atualização, com a adição da nova versão do conto "Glória e Angústia – O Conto de Fëaruin, o Noldo", escrito pelo Marcus Vinicius "Fëaruin Alcarintur" Pilleggi.

    Junho

    Nenhuma notícia publicada.

    Valinor

    Notícias concernentes às novidades da Valinor, bem como avisos da administração, eventos no s
    ite, editoriais e acontecimentos relativos ao grupo.

    Janeiro

    1- DDoS
    Devido a supostos ataques, a Valinor ficou temporariamente fora do ar.

    2- Salão das Árvores & Salão do Fogo – Estamos de volta!
    Depois de um período de férias, a os grupos de discussão na ValinorNet voltam à ativa.

    3- Concurso "Natal em Arda" – E o Ganhador é…
    A usuária Luna foi a vencedora do concurso de desenhos com temas natalinos.

    4- Artaqueti Valinórëo de volta!
    Após uma pausa para as férias, os Debates de Valinor retornam, dessa vez com o Ósanwë-kenta.

    5- Mostre o seu Livro do Curso de Quenya!
    Comprou o Livro do Curso de Quenya? Queremos vê-lo!

    6- Salão das Árvores & Salão do Fogo
    Após um pequeno problema, a ValinorNet volta à ativa, debatendo Uma Faca no Escuro no Salão do Fogo, e Da quinta batalha: Nirnaeth Arnoediad no Salão das Árvores.

    Fevereiro

    Devido ao Carnaval, os Salões dão uma pausa nos dias 5 e 6 de Fevereiro, para retornar no dia 19.

    2- Heren Quentaron Para Todos Lerem
    A Ordem dos Narradores mostra sua cara, para todos ficarem a par do que ela é, e quem são seus membros.

    3- Salão de Fogo & Salão das Árvores
    Após o Carnaval, nada melhor que voltar com ânimo para os debates do Senhor dos Anéis (com Fuga para o Vau) e do Silmarillion (De Túrin Turambar).

    4- [Editorial] Por uma Terra-média
    Uma reflexão de Thiago "Ispaine" Marés sobre o fandom brasileiro de Tolkien.

    5- [São Paulo -SP] 1 Ano De Conselho De Leitura Valinor!
    Uma festa em comemoração ao 1º ano do Conselho de Leitura Valinor.

    6- Artaqueti Valinórëo 07
    O texto a ser debatido dessa vez á a Carta 246, onde Tolkien fala sobre Frodo e sua atitude nas Fendas da Perdição. Teria ele falhado?

    7- Salão de Fogo & Salão das Árvores
    Dessa vez, o Salão do Fogo debate o capítulo Muitos Encontros, da Sociedade do Anel, e o Salão das Árvores vai de Da Destruição de Doriath, d’O Silmarillion.

    Março

    1- Salão do Fogo & Salão das Árvores
    Os capítulos da vez são O Conselho de Elrond (Salão do Fogo) e De Tuor e da queda de Gondolin (Salão das Árvores).

    2- Artaqueti Valinórëo 08 dia 15/03!
    Enquanto rola o debate do Artaqueti 07, o 08 já é anunciado. O texto a ser debatido é o Dos Anões e Homens, retirado do volume 12 da série "History of Middle-Earth".

    3- Conselho de Leitura Valinor Faz 1 Ano
    Uma homenagem ao Conselho de Leitura Valinor, com entrevistas e depoimentos a respeito do 1º ano do grupo.

    4- Salão do Fogo & Salão das Árvores – Importante
    Com o Silmarillion chegando ao final, são precisas sugestões para dar continuidade aos debates de domingo. O Conselho de Elrond é o capítulo da vez no Salão do Fogo, ao passo que De Tuor e da queda de Gondolin continua a ser debatido no Salão das Árvores.

    5- Advinhas no Escuro
    Texto do próprio Tolkien, traduzido pelo Fabiano "Skywalker", o texto traz o capítulo "Adivinhas no Escuro" antes das modificações pós Senhor dos Anéis.

    6- Salão de Fogo & Salão das Árvores
    Devido à Páscoa, os Salões são adiados para a próxima semana, quando serão debatidos Uma Jornada no Escuro no Salão do Fogo, e Da Viagem de Eärendil e da Guerra da Ira, o último capítulo d’O Silmarillion no Salão das Árvores.

    7- Sexo Élfico
    Texto interessante e sério (nada de invenções) sobre o Sexo Élfico, escrito por uma autora que se identifica por Tyellas, e traduzido pelo Fabiano "Skywalker".

    8- Lista de Discussão Valinor
    As duas listas de discussão da Valinor, Obras e Filmes, se unificam em uma só, a Lista de Discussão Valinor, um espaço aberto, integrado e divertido para discutir todos os aspectos da obra tolkeniana e suas influências.

    Abril

    1- III Eleni Valinóreva
    O III Estrelas de Valinor tem início, com 14 categorias, divididas entre Valinor, Lothlórien, MUD, Listas de Discussão e Brasil.

    2- Salão do Fogo & Salão das Árvores – Importante
    A última discussão oficial do Salão das Árvores vai de Akallabêth e Dos Anéis de Poder e da Terceira Era. Já o Salão do Fogo é animado com A ponte de Khazad-dûm.

    3- Feliz Aniversário Fábio Bettega!
    Homenagem do Heren Quentaron feita especialmente para o aniversariante do dia e fundador da Valinor, Fábio "Deriel" Bettega.

    4- Abertas as votações para o Eleni Valinóreva III !!!
    Durante uma semana, os usuários votam nos seus canditados, para decidir quem serão as Estrelas de Valinor.

    5- Salão do Fogo – Aviso
    Devido ao feriado nacional de Tirandentes, o Salão do Fogo fica suspenso por uma semana, retornando no final de semana subseqüente.

    6- Artaqueti Valinórëo 09 – Dia 01 Maio!
    O Artaqueti retorna para terminar a discussão de Dos Anões e Homens, seguindo da parte II, "Os Atani e suas línguas"

    7- Você adquiriu um E-mail da Valinor ano passado? SORTUDO!
    Todos os detentores de e-mails @valinor.com.br, recebem mais 12 meses gratuitos de utilização do e-mail, como agradecimento pela ajuda.

    8- Resultado do III Eleni Valinóreva – As Estrelas de Valinor
    Enfim, a revelação do ganhadores do III Eleni Valinóreva – As Estrelas de Valinor. O destaque desta edição foi a extrema coincidência entre o voto popular e o do juri.

    9- Entrevista na comunidade SdP
    Início das entrevistas na comunidade Sociedade do Pastel, começando por uma pessoa especial, Denise Lisboa, a Coordenadora de Comunicação da Toca do Paraná.

    10- Salão do Fogo – Participe!
    Após uma pausa, o Salão do Fogo retorna, debatendo o capítulo Lothlórien da Sociedade do Anel.

    11- Faz Tempo, Não?
    Algumas notícias fornecidas pelo Deriel a respeito da situação da Valinor em diversos aspectos.

    Maio

    1- Salão do Fogo – O espelho de Galadriel
    Mais uma reunião do Salão do Fogo, dessa vez debatendo o capítulo VII da Sociedade do Anel, O Espelho de Galadriel.

    2- Hall da Fama Valinor!
    Os vencedores das três edições do Eleni Valinóreva, as Estrelas de Valinor, ganham seu lugarzinho, o Hall da Fama Valinor, onde é contado um pouco sobre cada um deles.

    3- Salão do Fogo
    Dessa vez, dois capítulos são discutidos, na penúltima reunião do Salão: Adeus a Lórien e O Grande Rio

    4- Salão do Fogo – "Aqui, no fim de todas as coisas"
    Na última reunião do Salão, o capítulo debatido é O rompimento da sociedade.

    5- Lá e de Volta Outra Vez – As Férias de um Hobbit
    O Novo projeto do grupo Heren Quentaron, dessa vez realizando um trabalho em cima do livro "O Hobbit". Nesta primeira parte, constam, entre outros, uma biografia ilustrada de Bilbo, uma biografia breve dos trolls além de mapas das trilhas percorridas.

    6- [EDITORIAL] Valinor – Se, se e tão somente se…
    Algumas novidades a respeito da Valinor, entre a saída do phpBB, um possível novo servidor e a prestação de contas em relação aos banners do Google.

    Junho

    1- Uma Carta de 50 anos!
    Há 50 anos atrás, era enviada aquela que seria denominada Carta 163, de Tolkien para Auden, revisor no New York Times Book Review and Encounter de A Sociedade do Anel, fornecendo muitas informações interessantes sobre a lingüística na obra, a relação d’O Hobbit com O Senhor dos Anéis, entre outros assuntos.

    2- Novo sistema de Atendimento ao Visitante!
    A Valinor implementou um novo sistema de Help Desk, visando melhorar o atendimento ao visitante. Com esse sistema, a meta é de que o suporte aconteça em até 72 horas no máximo.

    3- Regras para Liberação de Logins (Nicks) na Valinor
    Atendendo a diversos pedidos, são implantadas regras a respeito da liberação de nicks de pessoas que não entram na Valinor a muito tempo.

    4- Gildor ao Oeste
    A despedida de Gildor da Valinor, após tanto ter ajudado a tornar-lá o que ela é hoje. Ficam os agradecimentos pelo excelente trabalho e pela pessoa que ele é. Sucesso, Gildor!

    5- Final da Novela "Camisetas Valinor"
    Anúncio para que qualquer pessoa que acredite ter alguma pendência quanto ao problema das Camisetas possa acertar isso, entrando em contato com a equipe.

    6- Processo de Migração Valinor
    Se inicia o processo de migração da Valinor para o vBulletin.

    7- Migração Concluída: Valinor Volta ao Ar Segunda-Feira, 19:00
    A migração da Valinor é concluida com satisfação, restando configurações e manutenções a serem realizadas.

    8- IMPORTANTE Valinor Versão 3.0
    Informações para quem está confuso com todo o processo de migração da Valinor.

    Jogos SdA & RPG

    Tudo o que surge de novo na área de jogos que abordam temática Tolkieniana está catalogado aqui, sem esquecer do RPG (Roleplaying Game).

    Janeiro

    1- Wallpapers dos games de SdA
    Disponibilização de wallpapers de games de SdA pelo site GameWallpapers

    2- Arda em Neverwinter Nights?
    Divulgação de modulos Tolkien Based para o jogo Neverwinter Nights

    Fevereiro

    1- Game à Altura dos Filmes
    A revista set publica um matéria elogiando o jogo Battle for Middle-Earth

    2- RPG – Mapas da Terra-média 2
    Seis mapas de cidades e fortalezas desenhadas com descrições para RPG

    3- Sideshow Collectibles Preview: Troll De Mordor
    Lançado bonecos SdA de Galadriel e Battle Troll of Mordor (Troll de Batalha de Mordor)

    4- Sideshow Collectibles com mais novidades
    Lançada a estátua miniatura "O Rei dos Mortos"

    Março

    1- Novidades no entretenimento tolkieniano
    Novos bonecos produzidos e jogos para computador e vídeo-games em produção.

    2- Sideshow Collectibles: Topo do Vento!
    Novas minituarias lançadas agora sobre SdA: O Topo do Vento

    3- Jogo online de SDA previsto para 2006
    a Softhouse Turbine adquiriu os direitos de criar um MMORPG sobre SdA e promete lançamento para 2006

    Abril

    1- Novidades para os jogadores de SdA TCG
    Lançamento de nova expansão e cards do LoTR TCG, o jogo de cards dos filmes

    2- Balsa de Buqueburgo. Mais uma da Sideshow Collectibles!
    Miniatura da Balsa de Buqueburgo lançada

    3- Novas imagens dos bonecos da Coleção Épica
    A Toy Biz fornece o site com imagens dos bonecos de SdA

    4- Jogos em flash baseados no SdA
    Jogos SdA no site Games of Gondor

    5- Jogo de ‘O Retorno do Rei’ agora a um preço mais acessível
    Relançado o jogo The Return of The King da Eletronic Arts mais barato

    Maio

    1- Site para o wargame do Senhor dos Anéis reformulado!
    O site Lord of The Rings Brasil, foi reformulado

    2- Novas imagens do Gandalf da NECA
    O site NECA divulga fotos do Epic Scale Gandalf.

    Junho

    1- Tagmar II
    2º versão do rpg brasileiro Tagmar.

    2- Sideshow Collectibles: Mais um lançamento
    Lançado o busto de um soldado Rohirrim.

    3- Alatar e Pallando na nova expansão do LoTR Trade Card Game
    Lançada a nova expansão do jogo de cards de SdA, e entre a lista de cartas encontramos os Magos Azuis.

    4- Sideshow Collectibles: Legolas e Gimli montados em Arod!
    Mais uma miniatura de SdA agora de Legolas e Gimli.

    Músicas

    As notícias sobre bandas, canções e shows Tolkien-based ficam discriminadas aqui.

    Janeiro

    Nenhuma notícia publicada.

    Fevereiro

    Nenhuma notícia publicada.

    Março

    1- Bo Hansson – Mais um influenciado pela obra de Tolkien
    Relançado o album Music inspired by Lord of the Rings de Bo Hansson, originalmente gravado em 1972

    2- Musical de "O Senhor dos Anéis"
    O muscial de "O Senhor dos Anéis", dirigido por Matthew Warchus, vai estrear em Março de 2006, em Toronto, no Canadá

    3- Site do Musical de SdA no ar.
    No ar o site sobre o musical "O Senhor dos Anéis"

    4- Biografia da banda Battlelore
    Battelore é uma banda de metal da filândia que dedica suas letras as obras de Tolkien.

    5- Biografia da banda ABIGOR
    Publicada a discografia da banda austríaca Abigor na Valinor

    Abril

    1- Thomen deixa os bardos
    O baterista da banda Blind Guardian deixa o grupo

    2- Tradução da letra de "Sons of Riddermark" do Battlelore
    A Valinor publica a tradução da letra de Sons of Riddermark do Battlelore

    3- Tradução da letra de "Sword’s Song" do Battlelore
    Mais uma tradução de música do Battlelore

    4- Tradução da letra de "The Mark of the Bear" do Battlelore
    A música The Mark of The Bear é traduzida na Valinor

    Maio

    1- Tradução da letra de "Buccaneers Inn" do Battlelore
    Outra letra de Battlelore traduzida, dessa vez foi Buccaners Inn

    2- Guitarrista da banda Gorgoroth condenado a 3 anos de prisão
    Roger Tiegs, guitarrista da banda Gorgoroth foi condenado a três anos de prisão

    Junho

    1- Novo CD do Battlelore em Julho
    Lançamento do cd Third Age of The Sun da banda Battlelore

    CTB

    A Confederação Tolkiendili Brasileira é a sessão em que ficam listadas as notícias sobre o que acontece nas comunidades Tolkien do país.

    Janeiro

    1- I Concurso de desenho em Paintbrush do Condado
    Concurso de desenho em Paintbrush em comemoração aos três anos dessa comunidade.

    2- An
    iversário da Comunidade O Pônei Saltitante

    Festa em duas cidades brasileiras no dia 22 de janeiro.

    3- Lançamento Portal da Comunidade O Pônei Saltitante
    O Pônei Saltitante faz três anos e cria um portal na internet.

    4- Palestras sobre Tolkien em São Paulo
    Comunidade O Condado faz palestras sobre as Batalhas da Terra-Média e sobre as Origens do Legendário Tolkieniano.

    5- O domínio duvendor.com.br volta ao ar.
    Link mais prático para um dos sites tolkienanos com mais conteúdo do Brasil.

    6- Fãs Paranaenses!
    Deriel concorrendo a Tháin da Toca PR.

    Fevereiro

    1- Encontrão Tolkieniano em Curitiba/PR
    Deriel realiza encontro no Bar do Alemão.

    2- Conselho De Leitura da Valinor
    O Conselho de Leitura está de volta.

    3- 1º de março- Dia Do Rei!
    Ronald Kyrmse e Claudio Quintino dão palestra sobre Aragorn em São Paulo.

    4- Feliz Aniversário Sociedade do Pastel
    Um ano da Sociedade do Pastel.

    5- Livro: "Tengwar – O Alfabeto dos Elfos de J.R.R. Tolkien"
    Deriel anuncia um livro sobre Tengwar.

    Março

    1- Toca/Pr do Conselho Branco – Reunião Mensal
    O site da Toca PR tem fotos e relatórios das reuniões mensais.

    2- Fórum Sociedade do Pastel volta ao ar
    Após meses fora do ar, o Fórum da Sociedade do Pastel está de volta.

    3- MUD Valinor comemora 3 anos!
    MUD Valinor com três anos de história.

    Abril

    1- Agende-se: HobbitCon e Encontro Nacional da Valinor
    Notícia para todos irem se progamando, pois em Novembro há HobbitCon e o Encontro da Valinor no feriadão.

    2- HobbitCon! Sua Opinião Conta
    Pesquisa entre os fãs para saber a preferência dos debates de mesa redonda e de palestras.

    3- Dúvendor, parabéns pelos seus 5 anos
    O site Dúvendor, especialista profundo nos mais variados assuntos sobre Tolkien, desde a língüistica às ilustrações, fez o seu aniversário de 5 anos no dia 22 de Abril. Para esta data a homenagem é feita.

    Maio

    1- É a vez de Belo Horizonte
    Exemplares de ‘O Curso de Quenya’ chegam na Livraria da Travessa, em Belo Horizonte.

    2- Conselho de Leitura neste Sábado (21/05)
    O Cerco de Gondor é o capítulo discutido em mais um encontro do pessoal do Conselho de Leitura.

    3- "As Cartas de J.R,.R. Tolkien", HobbitCon e Encontro Nacional
    Os quatro dias de eventos em Novembro prometem ser memoráveis. Palestras, encontros, debates, tudo sobre Tolkien.

    4- Palestra de especialista em Tolkien no Rio de Janeiro
    Convite para a palestra de lançamento do livro "O Senhor dos Anéis e Tolkien: O Poder Mágico da Palavra", com a autora Rosa Sílvia López, na Cidade Maravilhosa.

    Junho

    1- Lista "O Condado" Promove Concurso de Dissertações
    A Lista de Discussão "O Condado" promove um concurso de dissertações, chamado de I Dissertolkien – Concurso Condado de Dissertação Tolkieniana.

    Línguas

    Qualquer notícia que tiver como temática a lingüistica de Tolkien, desde Quenya à língua Negra, é publicado nesta categoria. Publicações semelhantes, se dão em Livros.

    Janeiro

    Nenhuma notícia publicada.

    Fevereiro

    1- Vinyar Tengwar 47 será lançado no fim de Fevereiro
    Publicação do 47º volume do Vinyar Tengwar, publicação sem fins lucrativos dedicada ao estudo das línguas criadas por Tolkien.

    Março

    Nenhuma notícia publicada.

    Abril

    Nenhuma notícia publicada.

    Maio

    Nenhuma notícia publicada.

    Junho

    Nenhuma notícia publicada.

    Textos

    Aqui estão relacionados textos e artigos produzidos.

    Janeiro

    1 – A Guerra do Anel – Gandalf vs Balrog
    Texto elaborado pela Heren Quentaron sobre a batalha entre Gandalf e o Balrog de Moria.

    Fevereiro

    1- A Guerra do Anel – 4º Parte
    Lançamento do 4º capítulo: "Do Resgate de Gandalf à Saída da Sociedade de Lórien", do projeto do grupo Heren Quentaron, "A Guerra do Anel".

    2- Foi Há Um Ano
    1 ano após o "Retorno do Rei" ter ganho as 11 estatuetas, a Heren Quentaron traz um texto relembrando da festa como se fosse presente.

    Março

    1- 1º de Março – Dia do Rei Aragorn
    Homenagem ao dia do aniversário do personagem Aragorn, rei de Gondor.

    2- A Guerra do Anel & Suas Datas – 5º Parte
    Continuando o projeto, é lançado o texto número 5 da "Guerra do Anel".

    3- A Guerra do Anel & Suas Datas – 6º Parte
    A penúltima
    parte deste grandioso projeto é apresentada ao público, falando da batalha no Abismo de Helm e da captura de Frodo.

    Abril

    1- A Guerra do Anel – Capítulo Final!
    Com o perdão do atraso, a Heren Quentaron apresenta a última parte do projeto que consumiram os últimos 3 meses.

    Maio

    1- Os 59 anos de Humphrey Carpenter
    A Heren Quentaron traz a homenam póstumo no 1º aniversário após a morte de humphrey Carpenter, o consagrado biógrafo de Tolkien.

    Junho

    Nenhuma notícia publicada.

  • Quatro Anos de Valinor

    Autores: Bagrong, Smaug, Imadofus, Mith, Proview, e Fëanor

     

     

    Nesse dia 6 de julho, a Valinor completa 4 anos de existência. Em comemoração à data, o grupo Heren Quentaron organizou uma homenagem à comunidade, com a história do site e curiosidades.

    Antes de existir a Valinor, existiam a Calaquendi e Pelennor. A primeira, fundada por Fábio "Deriel" Bettega, tinha muito material sobre as obras de Tolkien, e a segunda, fundada por Reinaldo "Imrahil" Lopes e Fred "Dúnadan" Chiarelli, estava sempre cheia de notícias novas sobre os filmes de Peter Jackson.

    Após um certo tempo, os administradores dos sites perceberam que um complementava o que o outro não tinha, então surgiu a idéia da união dos dois. O acontecimento ocorreu em 6 de julho de 2001, dando origem à Valinor.
    A história deste site que se tonou a maior comunidade Tolkien da América Latina, é marcado por muita dedicação, discussão e amizade, mas nem por isso não hoveram momentos ruins, como foi o caso do:

    Darkness Fall, o dia em que a Valinor caiu:

    No dia 29 de janeiro de 2002, por volta das 18 horas, muitos usuários frequentes da Valinor e outros fãs de Tolkien que apenas davam uma passada para olhar notícias, notaram algo estranho. Uma mensagem explicando que a Valinor estava com dívidas que não podiam ser pagas pela equipe, e que por isso, o site estava fora do ar. Junto com a mensagem estavam o e-mail e o telefone do co-fundador e administrador do site e fórum Valinor, Fábio "Deriel" Bettega.

    A hospedagem da Valinor na época suportava 6 Gb de transferência, mas a fama dos filmes fez com que a comunidade usasse mais de 15 Gb, contraíndo uma grande dívida. O resultado disso foi o fechamento do site.

    No entanto graças a mensagem do Deriel, alguns fãs e freqüentadores do site ligaram e ofereceram suporte à Valinor. Um desses telefonemas oferecia uma proposta irrecusável: todo o apoio para o site ficar no ar, sem pedir nada em troca. Então, um dia depois da queda, a Valinor levantava-se novamente.

    Mas ainda havia o problema da dívida. Deriel poderia arcar pessoalmente com uma boa quantia mas não com tudo. Entre acertos aqui e ali, vaquinhas na Equipe, conversas com provedor ainda faltariam R$ 660,00 para serem pagos. Deriel fez um pedido formal de ajuda e em 4 dias se conseguiu o dinheiro com depósitos anônimos de fãs (incluindo depósitos de R$50,00).

    A moral da história, usando as palavras do próprio Deriel, é "faça e faça com o coração que não vai te faltar apoio". A Valinor sempre ofereceu espaço para fãs de Tolkien aprenderem muito sem cobrar nada, e faziam porque gostavam como ainda fazem. Por isso, com ajuda de fãs e com o esforço da equipe, a Valinor se reergueu mais forte que nunca.

    Esse fato marcou a história da Valinor por duas razões, primeiro pela triste queda e a segundo pelo amor e carinho que muitos usuários (e obviamente o pessoal da equipe) demostraram pelo grande trabalho que estava sendo feito no site e fórum, permitindo que a Valinor retornasse ao ar às 5:30 da madrugada do dia 30 de janeiro de 2002.

    Agora, segue a história das diveresas áreas do Grupo Valinor:

     

      Comunidade Valinor:

     
    Fórum

    Um dos motivos pelo qual a Valinor se tornou um grande portal Tolkien-based na internet é o fato de possuir um excelente fórum, que conta com mais de 18 000 membros cadastrados. Atualmente, o movimento diminuiu em relação à época dos filmes, quando houve um "Boom" de usuários no fórum, mas nem por isso as discussões perderam a qualidade.

    O Fórum foi criado pelo Deriel no mesmo dia da fundação do site, com o objetivo de que os fãs tivessem um lugar para discutir sobre Tolkien, tirar dúvidas, fazer amizade, etc., e esse objetivo foi cumprido, sem dúvida nenhuma,com o maravilhoso Fórum Valinor

    Enciclopédia Valinor

    A enciclopédia Valinor é o lugar onde ficam informações sobre os mais diversos aspectos das obras de Tolkien para serem consultados por qualquer pessoa. Essa enciclopédia tem algo de especial: qualquer pessoa pode criar artigos, editar os que já existem ou mesmo sugerir melhorias. É uma fonte de pesquisas muito flexível, diferente do padrão comum das enciclopédias.

    Recentemente, houve uma seleção de colaboradores, aonde cada candidato deveria traduzir um texto sobre As Asas de Balrogs, os que conseguiram passaram a ajudar a deixar a enciclopédia sempre atualizada.

    Esse projeto da Valinor demonstra o interesse de interagir com os fãs da comunidade. Qualquer um pode entrar lá e colaborar. É importante ressaltar que os textos devem ser editados com muita cautela, para não atrapalhar em vez de ajudar. A enciclopédia Valinor é mais uma maneira do usuário participar de grandes projetos do mundo Tolkien.

    MUD Valinor

    O MUD é um jogo textual online no estilo RPG, onde você cria um personagem virtual para interagir com um mundo virtual. A Valinor possui seu próprio MUD, com temática Tolkieniana. Seu personagem será inserido na Terra Média, onde ele deverá enfrentar monstros e interagir com outros usuários, em busca de aprimoramento de suas habilidades. O objetivo do MUD Valinor é oferecer diversão gratuita e de qualidade, além de ser um local onde você pode fazer novas amizades e desenvolver sua imaginação. Existem poucos MUDs em língua portuguesa atualmente, o o MUD Valinor é o único deles que é dedicado à obra de Tolkien

    Lista Valinor

    A lista de discussão Valinor, por incrível que pareça, é mais velha que a própia Valinor.Ela foi criada pelo Deriel cerca de um mês depois da criação da Calequiendi e funciona hoje.

    Para quem ainda não sabe, uma lista de discussão é uma forma prática e muito interessante de debater temas diversos.Uma vez dentro do grupo, o usuario receberá e-mails sobre o tema em questão e ao respondê-los, todas as pessoas cadastradas na listas recebem sua resposta.O usuário ainda tem a opção de entrar na página da lista para debater, caso não queira receber mensagens em seu e-mail.

    Uma das partes mais ‘Zen’ da Valinor sempre foi a lista, lá poucas brigas acontecem, e quando os ânimos se exaltam, logo a situação é contornada pelos moderadores.Uma coisa é importante ressaltar: os moderadores, antes de qualquer outra coisa são usuários comum, que discutem como qualquer outro.

    Quando o primeiro filme de Peter Jackson foi lançado, havia um gigantesco número de fãs querendo discutir a obra adaptada para a sétima arte, enquanto outros não toleravam de forma alguma que discutissem filmes na Lista.Foi por esse impasse que dividiu-se a Lista Valinor em duas: Obras (para se discut
    ir apenas os livros e a obra escrita deixada por Tolkien) e Filmes
    (para discutir as adaptaçoes para o cinema e opinar de todas as formas sobre elas).

    As listas tiveram seu público, gerando amizades e ótimas discussões.A turminha do Filmes era particularmente animada, muitas histórias divertidas podem ser contadas, como a do Ancalagon – o maior purista anti-filmes que já passou pela Valinor.Ele simplesmente repudiava a idéia de haver
    adaptações cinematográficas de O Senhor dos Anéis e viva na lista Filmes, criticando tudo.Era ele contra uma legião de fãs de PJ.

    Ambas viveram momentos bons como este, mas também passaram por problemas: após o fim do último filme, o movimento começava a diminuir constantemente (apesar de uma turma fiél jamais ter abandonado a Filmes), surgiu então uma questão que chateou muitos dos cinéfilos da Valinor: uma lista sobre filmes, sem ter mais filmes, não se justificava.

    Tardou muito pouco para que as duas listas fossem unificadas novamente na Lista de Discussão Valinor. Mas não pensem que a Equipe do site iria parar por aí, em breve haverá a integração da Lista com o Fórum, que consiste em um sub-fórum especial para lista, neste qualquer usuário poderá ler e responder as mensagens da lista, sem precisar se cadastrar no Yahoo Groups, ao mesmo tempo o pessoal da lista vai ser incentivado a se cadastrar no fórum.Será uma via de mão dupla.
     

     

      Sites

     
    Lothlórien

    A expressão artística dos fãs não poderia ser deixada de lado, e é aí que a Lothlórien entra. A Lothlórien é o espaço que a Valinor destinou aos fãs, onde os mesmos podem se expressar com fanfics, desenhos, textos e tudo o mais que seja produção de fãs para fãs. Qualquer um pode colaborar para com ela, enviando seu material, pois são os fãs que fazem da Lothlórien o que ela é. Fotos e descrições de encontros também estão no âmbito da Lothlórien, pois esse também é um meio de integração da comunidade tolkiendilli.

    Eventualmente ocorrem concursos, a fim de estimular a comunidade a participar e produzir sua arte.

    Durbatulûk

    Site ligado a Valinor dedicado a RPG tolkeniano. O Durbatulûk foi criado há mais ou menos 3 anos, no entanto permaneceu fora do ar por diversos motivos. Em novembro do ano passado ele foi remodelado e lançando no ar.
    Há um tempo atrás Deriel procurou candidatos para comandar um site de RPG ligado a valinor, o candidato apontado foi Fabiano "Skywalker" que chamou Eduardo "Eru, O ilúvatar" para cuidar do design do site.

    Os conhecedores de RPG e fãs de Tolkien, sabem bem a relação estreita entre os dois. Muita coisa do RPG é semelhante a admirável mitologia que Tolkien criou, em especial os halflings e os hobbits. ALém disso temso também a questão das armas mágicas, da relação dos elfos com a magia, a idéia da campanha envolvendo uma jornada, o grupo diversificado e funcional.

    Uma grande conquista foi a formulação do SdA D20 por Fabiano "Skywalker", que continua em constante atulização com suplementos a caminho.

    Com as "grandes empresas" que detem os direitos de publicação do RPG de Tolkien e com a Tolkien Estate parada quanto a isso. O site DUrnatulûk e o SdA D20 foi uma grande iniciativa para os fãs desse jogo saudável e também das obras de Tolkien.
     
     

    Ardalambion

    O filólogo norueguês Helge Kåre Fauskanger é o criador do site Ardalambion (Das Línguas de Arda), o portal com maior conteúdo ligüístico tolkieniano de toda a internet. Existem muitas traduções para diversas línguas, entre elas o português . Gabriel "Tilion" Brum, um dos maiores conhecedores de lingüística tolkieniana do Brasil, traduziu os textos para a língua portuguesa.

    O conteúdo do site inclui dissertações sobre as línguas que Tolkien inventou, além de textos em quenya ou sindarin analisados, e muitos outros artigos. Algo muito interessante disponível no site é o Curso de Quenya, também escrito por Fauskanger, que foi recentemente lançado em livro pela editora Arte e Letra, traduzido também por Gabriel "Tilion" Brum.
     
     
    Projetos:

    Curso de Quenya

    Não é só virtualmente que vive a Valinor, recentemente a equipe do site conseguiu pôr nas livrarias o livro “Curso de Quenya – A Mais Bela Língua dos Elfos�?. Fruto de um trabalho intenso, o curso satisfaz a necessidade que muitos têm de entender essa língua tão bela.

    Sob o comando de Thiago "Ispaine" (editor), Valarcan (criação da capa), Gabriel "Tilion" (tradução), Úvatar (editorador) e Fábio "Deriel" Bettega (Projeto e Organização), e com o aval do autor Helge K. Fauskanger, o projeto saiu do papel, mas não sem antes decidirem uma infinidade de coisas, como o aspecto da capa, cores, fonte e tamanho das letras, etc..

    O Projeto do Livro do Curso de Quenya pode ser inserido no Hall dos grandes acontecimentos da Valinor, pois não foi fácil levá-lo ao público. Podemos dizer que esse livro foi feito dos fãs para os fãs e que valeu a pena, pois enriqueceu o público brasileiro com mais uma obra referente ao professor Tolkien. Para finalizar esta parte, citamos as palavras de Ispaine sobre o livro:
     
    “Foi legal, eu nunca tinha falado com o Deriel antes de o livro aparecer. A sensação que tínhamos na reunião era de expectativa, se o livro saísse, sabíamos que ia ser uma coisa grande. Lembro que o Deriel falou ‘Estamos fazendo história’ e realmente estávamos�?.
     
     
    Força Tarefa Valinor

    A Força Tarefa Valinor é um dos importantes projetos que a Comunidade Valinor já realizou. Trata-se de uma equipe coordenada por Thiago Marés, o Ispaine, onde o objetivo foi revisar todos os erros de tradução da edição de “O Senhor dos Anéis�? da Martins Fontes. E tudo começou pelo anel de Saruman, em março de 2004.

    Foi quando a usuária da Lista de Discussão Valinor Obras, Mel, comentou sobre uma fala de Gandalf em relação ao seu encontro com Saruman em Orthanc. Na tradução da Martins Fontes, não havia a frase que no original em inglês tinha “wear a ring on his finger�?, que significa “usando um anel no dedo�? (do capítulo “O Conselho de Elrond�?), e muitos membros da Lista de Discussão entraram em dúvida: Saruman usava ou não um anel?

    Claurelin, a dourada, que trabalhou na FTV, explica:

    “Foi um choque. Logo sentimos a necessidade de ver se era só isso ou se o livro inteiro tinha problemas de tradução e omissão. Dessa forma, os voluntário
    s se apresentaram na lista. Eu me comprometi a fazer RDR inteiro. Quem podia pegava quantos capítulos quisesse. E começamos. O Ispaine organizava os erros todos, a Elentári arrumava na Enciclopédia.�?

    E Ispaine, que coordenou todo este trabalho, perguntado sobre o início da FTV, declarou:

    “Depois de se verificar a falta da informação do anel de Saruman na tradução brasileira, outras faltas começaram a aparecer. Propus que fosse feito um levantamento de quantas disparidades existiam e dei algumas sugestões de como organizar. Acabei gerenciando todo o trabalho.�? E continua:

    "Confesso que era divertido quando aparecia uma coisa um pouco maior, uma omissão que realmente fazia diferença. Você descobrir que o que a maioria das pessoas leu não é realmente aquilo é interessante. Mas não me lembro de nenhum fato fora do comum, os resultados eram mostrados na lista e eu catalogava tudo. Era bem burocrático."

    O pessoal descobria coisas absurdas. Erros de todo tipo, leste trocado por oeste, verde por vermelho, omissões de frases, palavras, parágrafos inteiros, um caos. O trabalho durou alguns meses, e cada membro da equipe ia fazendo a revisão linha por linha: num lado da mesa o livro em inglês e no outro o livro em português.

    Tudo foi catalogado na Enciclopédia Valinor, onde pode ser conferido através deste link: Histórico da Força Tarefa de Revisão da Tradução da Valinor. E ao perguntarmos sobre o que fica de resultado, do legado da FTV, Claurelin responde:

    "Espero que possamos enviar isso para a Martins Fontes quando eles forem fazer uma nova tradução… se eles aproveitarem o que encontramos, vai ser a glória…"

     

    Clubes

    Clube da Insônia

    O Clube da Insônia (CdI) é uma das partes mais intrigantes da Valinor.Envolvido em mitos, histórias e muita discussão, o grupo comandado por Uglúk, o Uruk-hai marcou muito dentro desta comunidade Tolkien.

    Neste grupo, discutem-se muitos assuntos que poderiam se encaixar no Geral, mas com um diferencial: a maneira de debater. No CdI as regras do fórum Valinor nem sempre se aplicam, vale mesmo o pequeno estatuto do grupo.Lá os usuários têm mais liberdade e estão a Mercê de um moderador como o Uglúk, isso deixa tudo diferente. Inicialmente só era permitido postar de madrugada, mas essa medida tornou-se inviável e o CdI foi aberto para todos os horários.

    Foi no Insônia que as coisas mais malucas da Valinor aconteceram, como por exemplo o BIB – Big Insoner Brasil – idéia que surgiu junto do primeiro Big Brother Brasil. Na versão insone do Reality Show, usuários eram "aprisionados" num subfórum especial, tendo seu acesso ao resto da Valinor cortado. Uma vez nesse subfórum, os usuários recebiam provas e gincanas do resto dos usuários do CdI e tinham que postar para provar que continuavam lá acordados.

    Além do BIB, as entrevistas também são dignas de nota. A primeira leva de entrevistas do Uglúk era menos dinâmica do que a que vemos atualmente, mas nem por isso era menos interessante, ao contrário, alguns dos entrevistados deram o que falar, como por exemplo a Ana Lovejoy que foi entrevistada bêbada.

    Por essas e outras histórias é que podemos afirmar sem titubear que o Clube da Insônia é parte marcante desses quatro anos de fórum Valinor!

    Clube dos Bardos

    O Clube dos Bardos, que antigamente era chamado de Clube dos Escritores é o lugar na Valinor destinado aos que gostam da profissão de J.R.R. Tolkien. No CdB, qualquer usuário pode publicar contos, textos, histórias, enfim, tudo o que é de sua autoria.

    Nesse espaço, os textos publicados recebem comentários, assim, o escritor poderá saber a opinião dos outros usuários sobre seu texto, o que ajuda o aperfeiçoamento do mesmo. Com organização e talento, o Clube dos Bardos ajuda a continuar a arte da literatura.

    Clube da Nostalgia

    O Clube da Nostalgia é o lugar reservado para os que não querem simplesmente esquecer o passado. Lá, os usuários se reúnem para falar daquelas coisas que marcaram e que não podem ser esquecidas. Do Atari ao Chubaba, no CdN tudo é bem-vindo.

    Um dos tópicos mais marcantes para os nostálgicos de plantão é o Você se lembra?, da onde surgiu o Conselho Olifantástico. Os olifantásticos são pessoas com um sentimento nostálgico muito forte, que adoram ficar conversando horas a fio sobre o que já passou. Esse conselho era formado por membros do CdN que queriam combater a ameaça de Forgethor, o senhor do Esquecimento, um vilão muito maligno que nos faz esquecer das coisas boas.

    De acordo com a definição de Fingolfin, "o mais importante para ser Olifantástico é ter a CHUBABA dentro de você (sem piadinhas de duplo sentido, por favor).�?.

    O Clube da Nostalgia já está marcado na vida de muitos usuários como algo que vai deixar saudades, inspirar mais nostalgia ainda. Para acabar essa parte do texto, lembramos da seguinte frase: "Na vida, o que mais vale é o sonho, mais vive quem mais sonhou e o sonho melhor da vida é sempre o que já passou".

    Muquifo do Bolinha e Clube da Luluzinha.

    O Muquifo do Bolinha e o Clube da Luluzinha, são espaços fechados para, respectivamente, os homens e as mulheres. Neles, as discussões rodam em torno de interesses de cada sexo.

    De acordo com as regras de ambos os grupos, é proibido comentar abertamente sobre o conteúdo dos mesmos, por isso não podemos falar muita coisa. Mesmo assim, fica a homenagem aos clubes que voltaram à ativa, depois de certo período fora do ar.

    Considerações Finais

     

    A Valinor é um site que com certeza jamais será esquecido pelos milhares de usuários que passaram por ela. E melhor: é um site que ainda não acabou (e que, se Eru quiser, não acabará tão cedo), podemos fazê-la dia após dia, com nossas idéias, nosso argumentos, nosso amor à esse tema tão importante nas nossa vidas.

    E, para concluir, o grupo entrevistou várias pessoas que ajudaram a tornar a Valinor o que ela é hoje. No fim de cada entrevista, pedimos para cada entrevistado deixar um recado para colocarmos no nosso artigo. Aí vão as frases de cada um:

    Lordpas – Sim. Queria convidar a todos os que se interessam por Tolkien, pelos Filmes e claro por diversão, a participar da Lista Valinor e seus mais de 600 cadastrados. Um lugar com um clima fantástico e que com absoluta certeza difere de qualquer outro lugar onde você já discutiu Tolkien, não dizendo que é melhor, apenas dizendo que é "diferente".

    Skywalker – Ahm, não joguem GURPS, hum.. não, acho que essa não serve. ah, baixem o meu livro (SdA d20), opinem e, já que ninguém tá a fim de criar a Terra-média por nós, f
    açamos nós mesmos!

    Pandatur – Espero que possamos comemorar essa data ainda muitas vezes. Acho que a Valinor é um lugar onde você não só conhece mais sobre Tolkien, mas conhece gente bacana também, e isso é muito bom.

    Dirhil
    – Aê galera! Vamos continuar prestigiando o maior site em português da obra de Tolkien. E lembrem-se: os filmes já foram, mas o espírito Tolkien não pode jamais passar! Lembrem-se dos livros, releiam inúmeras vezes! Revejam os filmes e participem da Valinor!

    Uglúk – "Quatro anos?! E eu torturei tão poucos usuários, tsc. Vou melhorar a marca nos próximos quatro anos, e nos próximos e nos próximos e nos próximos…"

    Gildor – Aproveitem muito bem seu ânimo, vivam momentos felizes. Afinal, é só isso que temos da vida, então é com o que compensa ocupar o tempo

    Idril
    – Continuem a freqüentar e a contribuir com a Valinor do melhor jeito que vocês sabem. Crescemos e estamos aonde estamos não somente devido a competência de todos que "trabalham" na Valinor, mas graças a vocês também! Ah, sim…novatos, apareçam nos encontros, heim!

    Tisf – Quatro anos… nossa. Bom, que o Fórum perdure e que continue como o vinil até hoje!

    Claurelin, a dourada – Hmmm… para mim é uma honra muito grande poder ajudar de alguma maneira um lugar como a Valinor, que realmente faz muito pelas obras de Tolkien e seus fãs pelo Brasil. E meu pedido é que os fãs do site e das listas prestigiem e leiam nossas traduções, que são feitas com muito carinho para que aqueles cujo inglês não é o forte possam acompanhar Tolkien, não só as obras dele, mas também o que se diz dele e de suas obras e personagens.

    Ispaine/Estus – A cada ano que passa a Valinor mostra que é um site indispensável para quem é fã de Tolkien. Ele não traz apenas a informação ou a notícia, ele produz.

    Fingolfin – Acho que a Valinor já deixou de ser meramente um site. A Valinor hoje é o melhor meio do fã brasileiro ter acesso a Tolkien, seja por notícias, textos, ensaios e agora os livros. Se vc quiser a Valinor ainda pode ser mais, pode ser seu grupo de amigos, seu ponto de encontro. São pouquíssimos lugares, dentro ou fora da internet onde você pode encontrar tudo isso. Então é com imenso prazer que eu dedico parte do meu tempo fazendo o pouco que me cabe. Que venham mais 4 anos.

    TT1 – Leiam, leia muito. Prestigiem os livros nacionais, pois só assim novos libros do estilo surgirão. Nunca bitolem, e lembrem-se que o botão "desliga", do pc, resolve a maioria dos estresses de internet. Mantenham a nostalgia sempre ativada e obedeçam as suas mães

    Imrahil
    – Gente, neste momento eu queria atravessar as barreiras de espaço, tempo e silício que nos separam e dar um abraço em cada um de vocês. Nunca imaginei que essa jornada fosse tão longe, e espero que ela vá em frente muito mais ainda. Obrigado por tudo. E só posso terminar com uma das frases mais lindas da obra de Tolkien, que eu vivo repetindo: peço a todos nós a benção de Ilúvatar – i Eru or i ilyë mahalmar eä tennoio, "o Único que está acima de todos os tronos para sempre". Nai Anar caluva tielyanna! Possa o Sol brilhar no caminho de vocês! 

  • A Guerra do Anel & Suas Datas – Parte 4

    Apresentação:

    Nas últimas duas partes tivemos dois laços soltos a serem amarrados nesta 4º Parte para que a aventura continuasse. O primeiro laço deixava a Comitiva em Caras Galadhon, lar da senhora Galadriel, lamentando pela perda do mago Gandalf, na protegida floresta de Lothlórien. Já o segundo laço resgatava a luta de Gandalf contra o Balrog, mostrando desde a queda da Ponte, em Khazad-dûm até a sua morte, no dia 25 de Janeiro em Zirak-zigil.

    Para que estes dois acontecimentos se juntem, o grupo irá narrar agora a volta à vida de Gandalf como O Branco e de seu resgate pela �?guia Gwaihir e do Espelho de Galadriel à saida da Sociedade de Lórien rumo ao Sul, na direção do Anduin.

    E também não deixe de acompanhar esta aventura desde o seu começo com o Prefácio O Conselho de Elrond, com a 1º A Partida da Comitiva, a 2º De Azevim à Caras Galadhon e a 3º Parte Gandalf vs Balrog.

     

     

    Parte IV – Do Resgate de Gandalf à Saída da Sociedade de Lórien:

    Ali ficou caído Gandalf, no topo do Zirak-zigil, após a sua fatigante e espectacular luta com o Balrog. Saiu vitorioso, mas devido ao esforço pagou caro a vitória, com a sua própria vida. Durante 22 dias o seu corpo ficou inconsciente no cume da Celebdil. E longos foram para ele esses dias, como que eras incontáveis que se sucediam demoradamente, e assim ele viajou por caminhos que nunca nenhum mortal percorreu, saiu do mundo do pensamento e do tempo.

    Mas a sua missão não estava acabada, e portanto os Valar reenviaram-no para a Terra-Média, para que completasse aquilo que se comprometeu e ajudasse a salvar os povos livres de um destino mais negro que a mais profunda das grutas, sob o domínio de Sauron. Nu o devolveram, no mesmo local em que havia perecido, e ali ele ficou em transe, esquecido, sem possibilidade de fuga ou salvação. E assim esperou longamente, deitado, mirando o céu, vendo o sol e as estrelas viajarem sobre a sua cabeça numa interminável sucessão.

    Em quanto isso os restantes 8 membros da Sociedade são recebidos em Caras Galadhon por Celeborn e Galadriel, dois dos maiores senhores élficos da Terra-Média. Estes tomam conhecimento da queda de Gandalf no abismo em Moria, e falam de muitas outras coisas, principalmente do destino da missão do Portador do Anel.

    A Sociedade fica em Lothlórien quase 1 mês, preparando-se para a etapa final e decisiva da viagem, neste lugar onde o tempo parece não existir. Uma noite, quase no fim da sua estadia, dia 14 de Fevereiro, Frodo e Sam acordam subitamente. Encontram-se com Galadriel, e ela lhes revela seu espelho mágico, o Espelho de Galadriel. Ela dá permissão aos dois de olharem para o espelho: Sam olha primeiro, e vê muitas coisas que o deixam incomodado: Frodo, pálido, sobre um penhasco escuro, ele mesmo a divagar por corredores sombrios, e, mais perturbador de tudo, coisas muito estranhas no Condado, como árvores a serem derrubadas e chaminés que largaram fumaça espessa e negra. Em seguida é Frodo quem olha: vê um velho vestido de branco, que lhe parece Gandalf, apesar de suspeitar também que possa ser Saruman; vê diversas imagens, entre elas o mar, cenas de guerra, barcos e incêndios; finalmente vê um grande e terrível Olho, que parece procurar por ele.

    Isto faz Frodo duvidar do destino do Anel e o dele, e chega a oferecê-lo a Galadriel, que o rejeita, conseguindo assim passar no seu teste derradeiro, pondo de lado a ambição por um terra sua que possa governar livremente. Frodo percebe então que o Anel é o seu fardo, que terá de carregá-lo ele mesmo, e apenas ele será capaz de lhe pôr um fim.

    Dois dias depois, dia 16 de Fevereiro, a Comitiva deixa Lórien. Cada membro da Comitiva recebeu então um presente dos senhores de Lórien. À Aragorn é dada uma bainha, feita especialmente para Andúril, conferindo à ela características especiais. Boromir recebe um cinto de ouro, Merry e Pippin ganharam cintos de prata. Legolas foi agraciado com um arco Galadhrim, com cordas feitas de cabelo élfico. Sam ganhou uma caixa, contendo terra do pomar de Galadriel, terra esta que faria florescer qualquer planta de modo ímpar em toda a Terra Média. Gimli recebeu três fios de cabelo da Senhora, a maior dádiva alguma vez dada por um elfo a um anão. Por último, Frodo recebeu um frasco de vidro que continha a luz de Eärendil, a mais amada estrela dos elfos.

    A comitiva partiu então, seguindo o curso do Anduin, o Grande Rio, rumo ao Sul. Mas havia alguém mais nesse mesmo percurso, que estava interessado no fardo que o Bolseiro carregava, era Gollum, uma criatura que durante 5 séculos havia tido o Anel como seu maior amor.

    Quanto a Gandalf, no dia seguinte à partida da Sociedade de Lórien, é finalmente encontrado por Gwaihir, Senhor do Vento, Rei das �?guias, ali, no fim mundo. Assim este o resgatou das trevas e lhe deu novo alento. Gandalf pediu então para que Gwaihir o levasse a Lothlórien, e ficou então sabendo que foi a própria Galadriel que pedira à águia que o procurasse.

    Uma vez chegado a Caras Galadhom, Gandalf fica sabendo que a Sociedade havia partido ainda no dia anterior. Lá ficou durante um tempo, a sarar a sua alma e as suas feridas dos tormentos passados. Então o vestiram de branco, e de novo o feiticeiro partiu, para cumprir finalmente a sua missão: acender no coração dos Homens a chama da razão e aliança, e assim pôr um termo à longa opressão de Sauron sobre a Terra-Média.

    Continua…

    Saiba mais:

    Você deve ter visto que o Espelho de Galadriel apresentou várias visões do passado e do futuro para Frodo. Algumas delas se confirmaram, outras não passaram de visões distorcidas do que seria a tomada do caminho errado dele e da Comitiva. Para explicar melhor esta "Seção Espelho" não deixe de conferir o novo artigo, Espelhos Mágic
    os
    , aqui na Valinor.

    Fontes:

    Imagens:
    Aumania
    Galeria Tolkienianos
    John Howe
    Ted Nasmith
    The One Ring

    Textos:
    Valinor

  • 1 de Março – Dia do Rei Aragorn

    Gondor certamente está em festa hoje, isso porque seu Rei, Aragorn II, está comemorando seu aniversário. Para chegar ao trono deste reino, Aragorn enfrentou muitas dificuldades quando jovem, pois teve de escolher se encararia a sua linhagem real, como herdeiro de Isildur ou passaria a se esconder disto até o fim de sua vida.
     
     
     

    Nascido em 1º de Março de 2931 da Terceira Era do Sol, do pai Arathorn II e da mãe Gilraen, Aragorn foi concebido como a esperança para seu povo, segundo sua vó Ivorwen. De fato ele foi para os Dúnedain como também para os outros povos que sofriam das forças de Sauron.

    Aragorn perdera seu pai morto por um Orc quando ainda era muito jovem. Dessa forma, sua mãe levou-o para Valfenda, para ficar aos cuidados de Elrond. Essa história lembra muito à de Tolkien, que perdeu seu pai aos três anos de idade e foi levado até seus tios e parentes por sua mãe na Inglaterra. O nosso rei era chamado de Estel na terra de Elrond, que significa “esperança�?. Seu nome era mantido em segredo para evitar que caísse nos ouvidos de Sauron, que muito procurava pelo herdeiro de Isildur.

    Nestes anos, Aragorn ficou conhecendo de tradições e culturas de guerra na companhia dos filhos do elfo. Ao ano de 2951, ficou sabendo de sua verdadeira linhagem, recebendo de Elrond os fragmentos da espada quebrada, usada contra Sauron. Passeou meio confuso na floresta cantando a Balada de Lúthien, onde conheceu seu grande amor, Arwen.

    Apaixonado, pediu a mão dela em casamento, mas para sua infelicidade Elrond rejeitou, por ser de uma raça diferente. De mente e coração pesados, partiu do lugar e enfrentou durante três décadas as forças inimigas. Nesta época conheceu Gandalf, cuja sabedoria lhe ajudou a crescer na vida.

    Assumiu a identidade de Thorongil, usando uma capa com uma estrela, justamente significando “�?guia das Estrelas�?. Conheceu Ecthelion II, de Gondor, e juntos numa missão, derrotaram o capitão dos corsários de Umbar. Com isso, conseguiram manter a paz no reino por algum tempo.

    Com quase 50 anos reencontrou Arwen na floresta de Lothlórien, lá eles se prometeram um ao outro, fazendo assim com que a elfa adotasse uma vida mortal. Na seqüência ele passou a enfrentar mais batalhas, até que em 3001 Gandalf lhe pediu que vigiasse o Condado, por suspeitar ser terra onde atualmente o Um Anel se encontrava. Anos depois ele e o mago foram em busca da criatura Gollum, encontrando ele perto de Mordor. O ser foi levado até a Floresta das Trevas para que lá fosse mantido.

    Alguns meses antes da Guerra do Anel conheceu os hobbits viajantes em Bri, uma terra ao oeste do Condado. Lá ele passou a ser chamado como Passolargo. Numa rápida apresentação eles se conheceram, seguindo viajem depois. Neste momento Aragorn estava ajudando os hobbits e ao mesmo tempo se ajudando, já que por fim acabaria conquistando o reino de Gondor e unindo as coroas com Arwen.

    Algum tempo depois ele passou a ser membro da Sociedade do Anel, representando Gondor. Passou a ser líder da Comitiva após a morte de Gandalf, em Moria. Mostrava que estava suficientemente bem preparado com os conselhos de Gandalf. A Sociedade se desfaz com a morte de Boromir e ele segue viajem com Legolas e Gimli, sendo chamados de Os Três Caçadores.

    Em Março de 3019, reuniu as últimas forças para à frente do Portão Negro, convocar Sauron e todos Orcs para enfrentarem o herdeiro direto de Isildur e a espada reforjada. Com Frodo do outro lado, destruindo o Anel, Aragorn finalmente fica livre do terror e pode se casar com Arwen, na metade do ano.

    Tiveram um filho chamado Eldarion, e permaneceram unidos e felizes até o ano de 120 da 4º Era.

    Lembrando ainda que hoje na Martins Fontes de São Paulo, realizou-se uma palestra sobre origens, histórias e curiosidades sobre o rei Aragorn, com Ronald Kyrmse e Claudio Quintino.
    Mais detalhes no tópico: 1º de março- Dia Do Rei!

    Fontes:
    Texto:
    Duvendor: Biografia de Aragorn

    Imagens:
    www.john-howe.com
    www.tednasmith.com

  • A Guerra do Anel & Suas Datas – Parte 5

    Introdução:

    Os eventos contados por Tolkien em "A Sociedade do Anel" começam a sair de cena para dar lugar ao "As Duas Torres", o segundo volume da complexa trilogia "O Senhor dos Anéis". Batalhas de grandes proporções são travadas e novas uniões são feitas. É tempo de pensar e decidir o que fazer neste tempo tão precioso.

    Vamos chegando ao último mês desta fantástica Guerra do Anel. Nesta 5º Parte vamos acompanhar a passagem dos barcos onde a Comitiva se encontra pelos pilares dos reis Argonath no Grande Rio. Do rompimento da Sociedade e da captura de Merry e Pippin. Do Entebate, na floresta de Fangorn. E finalmente da passagem de Frodo e Sam pelos Pântanos Mortos.

    Por tão poucos dias envolverem tantos acontecimentos em vários pontos da Terra-média, esta Parte sofreu uma pequena alteração na narração. Em alguns pontos é narrado sobre a Comitiva, em outro pula para Frodo e Sam nas Emyn Muil, em seguida vem o Entebate e outros fatos. Por isso a Parte 5 vem subdividida de outras partes.

    E se você não acompanhou as aventuras desde o começo, não deixe de conferir os outros textos: O Conselho de Elrond, A Partida da Comitiva, De Azevim à Caras Galadhon, Gandalf vs Balrog e Do Resgate de Gandalf à Saída da Sociedade de Lórien

     

     

    Parte V – Da Descida Pelo Anduin à Passagem pelos Pântanos

    A Comitiva Desce o Anduin:

    A Comitiva desce o Anduin em três barcos, no primeiro segue Aragorn, Frodo e Sam; no segundo Merry, Pippin e Boromir; e no terceiro Gimli e Legolas. Cada barco carrega distribuidamente os mantimentos e as armas, assim como os presentes de Lórien. Após um tempo encostam na costa Oeste do rio para descansar, Gimli prepara uma fogueira. Já é alta noite, quando Sam acorda Frodo, depois de um longo sono, pois eles têm que partir novamente antes do amanhecer. Aragorn estabelece que partiriam sempre cedo e parariam ao anoitecer, já que sente o tempo urgir, e o Senhor do Escuro está agindo.

    Depois de três dias monótonos, a região começa a se alterar. Agora não há mais árvores às margens do rio, estando a margem leste preenchida apenas por um vazio deserto. Nesse mesmo dia chegam às Terras Castanhas. Cisnes negros cruzam os céus, sozinhos, como um único indício de vida naquele lugar. Mais dois dias seguiram-se , e pensamentos, dúvidas e temores ocupam as mentes dos membros da Comitiva enquanto eles descem cada vez mais ao Sul, por um Anduin que agora alargara-se e ficara mais raso, e conseqüentemente, perigoso.

    Ao anoitecer do quarto dia, Sam reparou que havia algo estranho na água. Gollum os seguia, mas esse nome era apenas uma vaga cogitação nas mentes de Frodo e Sam até aquele momento. Cogitação essa que Aragorn confirma a seus companheiros como correta.

    A partir do dia 22 de fevereiro, as margens se tornam paredes rochosas dos dois lados. Estavam no meio das Emyn Muil. Muitos pássaros voam pela região, o que preocupa Aragorn. Quando a noite cai, ele reúne a sociedade para continuarem a navegar. Eles descem o rio sem usar os remos, com apenas Sam vigiando. De repente, antes do esperado, chegam às correntezas de Sarn Gebir. Eles tentam remar para longe, seria loucura continuar. Porém, nesse momento, são atacados por flechas de orcs na margem leste. Entretanto, ninguém é atingido, pois as capas de Lórien à noite os tornam quase invisíveis no meio do rio. Eles conseguem fugir para a margem oeste. Legolas pega seu arco e procura um alvo. Nesse momento, uma criatura alada os sobrevoa. Legolas atira nela e ela cai na margem leste. Depois disso, nada mais acontece naquela noite.

    A Sociedade passa o dia 24 inteiro carregando seus barcos por terra, para evitar as correntezas de Sarn Gebir. No dia 25, eles voltam a navegar. O Rio estava um pouco mais perigoso. Então, avistam os Argonath, os Pilares dos Reis, duas gigantescas e altas estátuas esculpidas na rocha em homenagem a Isildur e Anárion, filhos de Elendil, cada um de um lado do rio. Cada um está com sua mão direita segurando um machado, e a sua esquerda levantada como uma advertência.

    Após passarem pelos Argonath, a Comitiva chega a uma espécie de Lago, chamado Nen hithoel. Ele era circundado pelas paredes das Emyn Muil, embora houvesse pequenas "praias" arborizadas nas margens. Ao sul, havia três picos. À direita, no oeste, estava o Amon Hen, a Colina da Visão, e à esquerda, a leste, via-se o Amon Lhaw, a Colina da Audição. No meio, havia uma ilha rochosa, Tol Brandir, e dizia-se que nunca nenhum animal tocou os pés nela. Além do Tol Brandir, em direção ao sul, o Anduin caía nas cataratas de Rauros. Ancoraram aos pés do Amon Hen, num gramado chamado Parth Galen, e lá passaram a noite do dia 25 para 26 de fevereiro.

    Durante a noite, Aragorn fica inquieto e pede a Frodo que o mostre sua espada, Ferroada. Ao verem que ela brilha com um azul fraco, eles descobrem que orcs estavam próximos. De dia, Aragorn fala que teriam que decidir por onde ir a partir daquele momento, e o peso da decisão recai sobre Frodo. Frodo sai para caminhar e pensar sozinho. Ele pára numa clareira e percebe que Boromir o seguiu. Eles conversam por um instante sobre o Anel e o caminho que deveriam seguir. Boromir então começa a dizer para Frodo entregar-lhe o Anel, dizendo que é loucura levá-lo para Mordor. Como Frodo recusa, Boromir ataca-o, mas o hobbit foge usando o Anel. Por um momento, Boromir diz que Frodo é um traidor do inimigo, mas logo recobra a lucidez e se arrepende.

    Frodo corre até o topo do Amon Hen e senta no trono. Vê muitas terras e enxerga muito longe em todas as direções. De repente, sente que Sauron está perto, procurando-o. Frodo sente que precisa tirar o Anel, mas este quer ser encontrado. Sauron está quase o achando, quando Frodo finalmente consegue tirar o Anel. Depois de pensar um tempo, decide que iria sozinho a Mordor. Recoloca o Anel no dedo e desce a colina.

    Boromir voltou ao acampamento no Parth Galen e disse aos outros que Frodo havia colocado o Anel e fugido. Todos correm atrás dele, e Aragorn ordena a Boromir que vá atrás de Merry e Pippin, enquanto ele vai atrás de Sam. Quando ele encontra Sam, diz para acompanhá-lo para o topo do Amon Hen. Mas Sam não consegue manter o ritmo do guardião, e logo desiste. Então pensa que Frodo talvez tentasse partir sozinho para o Leste, e vai atrás dele. Sam encontra Frodo fugindo, mas pede para ir junto. Eles vão até a outra margem do Anduin, para seguir para as Emyn Muil. Enquanto isso, Boromi
    r vai atrás de Merry e Pippin. Encontra-os, mas também encontra um grupo de orcs. Boromir mata muitos, mais de vinte e sozinho, mas acaba morto, com várias flechas de orc encravadas no seu peito. Merry e Pippin são levados vivos pelos orcs.

    Da Primeira Batalha dos Vaus do Isen e da Morte de Theodréd:

    "Lealdade ao seu Rei até a morte". Esse era o lema de Éomer e Theodréd quanto à sua ligação a Théoden que estava definhando devido aos terríveis venenos que Gríma Língua-de-cobra dava a ele. O povo de Rohan, logicamente percebia essas mudanças malignas em seu Senhor e ficaram sabendo de uma terrível ordem de Saruman que certamente os abalaria.

    As batalhas dos Vaus de Isen foram terríveis, e as hostes de Orcs de Saruman apenas atacavam o filho do rei. Logo após várias investidas, aconteceu o que o povo de Rohan mais temia: Theodréd estava morto. O filho do Rei estava no meio do fogo cruzado: foi avisado de que tropas de Saruman estavam partindo para atacá-lo, mas ele quis sair antes para pegá-los desprevinidos e acabou calculando mal; foi cercado depois de ter perdido uma de suas companhias e estava no primeiro éored.

    Logo após disso, ele guarneceu uma ilhota perto do Isen, mas as tropas de Saruman chegaram de um modo assustador. Orcs montados em lobos muito temidos pelos cavalos, uruks e terrapardenses. Nessa investida, Grimbold, por um fio, correndo e golpeando em meio a toda aquela confusão, um mar de espadas, lanças, machados e armas terríveis não conseguiu chegar a tempo: Theodréd havia sido golpeado por um orc-homem e caiu aos pés de Grimbold.

    Mas, parece que a luz da alegria havia conseguido vencer sobre aquela desgraça que acabara de acontecer, e as tropas de Saruman que se encontravam no local ouviram o barulhos de muitos cascos.

    Era uma grande hoste, e nela vinha um estandarte branco guiando todos. Elfhelm chegara para rechaçar os inimigos. Levantaram o corpo de seu líder, e viram que ele ainda respirava. De seus lábios, Grimbold e Elfhelm ouviram "Deixem-me deitado aqui… para manter os Vaus até Éomer chegar!". A noite caiu. Uma trompa soou estridente.

    Silêncio.

    A Primeira Batalha dos Vaus do Isen havia terminado, Rohan havia vencido. Entretanto, seu principal general, que era filho do Rei havia morrido, e muitos homens e cavalos jaziam no chão junto aos corpos de orcs e lobos. Grimbold e Elfhelm ficaram nos Vaus, e mandaram um pedido de ajuda a Erkenbrand no Abismo de Helm.

    Da Passagem pelas Emyn Muil:

    É o terceiro dia desde que Frodo e Sam haviam partidos sozinhos para a direção Leste do Anduin, a contrária dos outros amigos. Estão nas Emyn Muil, ao norte dos Pântanos Mortos. É um lugar que ninguém queria alcançar ou passar, mas é justamente este que Sam e Frodo têm de passar.

    Durante algum tempo, escutam chiados, não sabem se é de um animal ou do vento pela pedra, mas sentem que estão com medo e aflição. Param para conversar e refletir sobre o que estão enfrentando e mais adiante um pouco de pânico toma conta de Sam. Frodo cai num buraco pequeno, no meio das rochas. Para resgatar o Portador, Sam joga uma corda que havia ganhado dos elfos em Lórien e consegue puxá-lo.

    Uma chuva começa a cair sobre eles, então vão para um abrigo perto de um fosso. De chuva fraca, em pouco tempo passa para jatos fortes de água. Eles têm que esperar a chuva ficar mais fraca para poderem descer as Emyn Muil e chegarem em solo. A corda élfica novamente lhes ajuda, amarraram num tronco de árvore e descem uma pequena parede de rocha. Finalmente conseguem sair das Emyn Muil no dia 29 de Fevereiro.

    Dos Orcs e de Merry e Pippin:

    Pippin acorda do que parecia um sonho e logo se lembra do que havia acontecido com ele e Merry: haviam sido capturados pelos Uruks de Saruman e também alguns de Sauron. Os Uruks eram de tribos diferentes e não concordavam muito em suas opiniões. Alguns queriam matar os hobbits, mas as ordens de Saruman foi para capturá-los vivos e assim o grupo de Uglúk iria garantir que fosse. Pippin se aproveita das brigas entre os Orcs de Mordor, liderados por Grishnákh e os isengardienses de Uglúk, para cortar as cordas que prediam suas mãos e disfaçá-las de forma a parecer que elas ainda estavam atadas.

    Depois de um tempo, as tropas param de brigar. Um dos cavaleiros de Rohan os avista de longe e parte, para dar o alerta. Preocupado, Uglúk apressa o passo, mas não antes de dar uma espécie de remédio Orc para Merry e Pippin. Em mais um momento de distração Pippin aproveita para dar um escapada dele e deixar como pista para Aragorn, Legolas e Gimli, o broche de sua capa élfica.

    Após uma viagem longa, os Orcs param para descansar na altura da floresta de Fangorn. Cansados, com fome e irritados, os Orcs começam a discutir entre si. Grishnákh se aproxima dos hobbits neste momento de tumulto. Pippin e Merry começaram a incitar Grishnákh (que aparentemente é o único Orc que sabia do Um anel) a libertá-los em troca do Um, mas isso só irrita Grishnákh que acaba por tentar matá-los, mas é impedido por Ulgúk. A confusão recomeça ainda mais furiosa e é interrompida pelas lanças dos Rohirrim. Os hobbits aproveitam essa última chance e finalmente conseguem escapar fugindo para a floresta de Fangorn, sem saber o que os esperava neste lugar.

    Da Sociedade Rompida aos Cavaleiros de Rohan:

    Por volta do dia 26 de fevereiro a Sociedade é desfeita. Após a morte de Boromir e as lamentações de Aragorn, Legolas e Gimli, estes o deitam no barco e deixam as águas do Anduin levá-lo, junto a sua corneta, que foi partida ao meio. Os três resolvem por não seguir Frodo e Sam e partem para salvar Merry e Pippin. Aragorn logo deduz que os Orcs pertenciam ao exército de Saruman (devido ao símbolo da mão branca que alguns carregavam).

    Eles seguem a trilha para o oeste (em direção ao rio Entágua) e depois norte até Fangorn. Ao final da encosta oeste das Emyn Muil, Aragorn percebe um desvio na trilha, e seguindo por ele encontra pegadas de hobbit e um broche da capa de Lórien. Isso os anima a continuar a perseguição. No segundo dia de perseguição, o cansaço atinge os caçadores, e, depois de alguma discussão, Aragorn opta por descansarem durante a noite. Eles continuam a seguir a trilha durante todo o terceiro dia, avançando cerca de 12 léguas, e mais uma vez, param à noite. Nessa altura os Uruks de Saruman já atingiram Fangorn. A manhã do quarto dia chega e eles partem, antes do meio-dia. Eles encontram um local onde Orcs haviam acampado há cerca de 36 horas.

    No quinto dia,
    eles se encontram com Éomer e os cavaleiros de Rohan. Depois de uma pequena discussão, Aragorn pergunta sobre os hobbits, e Éomer lhes fala que o tal grupo de Orcs havia sido morto pelos cavaleiros de Rohan que ali estavam. Éomer não soube dar notícias de Merry e Pippin, mas acaba por dar dois cavalos cujo os donos haviam perecido. Os três caminhantes prosseguem até o local onde os Orcs foram mortos, porém, lá não encontraram vestígios dos hobbits e resolvem acampar por ali. Durante a noite, Gimli vê um velho, supõe ser Saruman, mas o velho não se revela e desaparece. Logo depois Legolas percebe que os cavalos haviam desaparecido.

    Mais um dia se passa. Observando atentamente o local Aragorn consegue achar algumas pistas que o levam a crer que Merry e Pippin estão vivos e haviam entrado na floresta. Após entrarem na floresta, os três perseguem a trilha dos pequenos e acabam encontrando um homem velho. Temerosos por Saruman, eles iniciam um ataque, mas o velho se defende e, intocado revela ser Gandalf, o Branco. Ele lhes dá notícias dos hobbits. Os aventureiros falam à Gandalf pelo que passaram até então. Embora desejosos de encontrar seus amigos hobbits, Aragorn, Legolas e Gimli seguem Gandalf para outra viagem agora em direção a Edoras, encontrar com o rei Theóden.

    Do Encontro de Sam e Frodo com Gollum:

    Sam e Frodo tinham descido das Emyn Muil, só que a corda continuava lá amarrada no tronco. Seria ótimo para Gollum, que eles suspeitam estar seguindo-os. Sam se pendura na corda para fazer peso, e a corda se desamarra, fazendo Sam cair no chão: Frodo ri.

    Prosseguem na jornada durante todo o dia, e ao luar da noite procuram um abrigo no meio daquele monte de pedras que ainda existia na região. Eles puxam suas capas élficas e deitam-se perto de pedra fria para dormir um pouco. Certo momento, porém, um chiado começa a se repetir numa média distância, e é o que eles suspeitavam ser: Gollum. Sam e Frodo ficam com medo, e não conversam muito.

    Gollum está sobre as pedras, a menos de quatro metros do chão e perto deles. Sam sai de perto de Frodo para dizer umas palavrinhas ao ser, mas neste momento Gollum se joga em cima dele. Rapidamente Frodo saca Ferroada e ameaça Gollum para soltar Sam. A criatura fica em colapso e solta Sam como um barbante molhado.

    O que iriam fazer com ele? Sam sugere amarrarem em uma corda, mas Gollum escuta e choraminga, fazendo-se de coitado. Frodo está parado, e sente escutar uma voz dentro de si. Pena era o que Bilbo teve ao não matar Gollum e pena seria o que Frodo teria naquele momento ao ver uma criatura tão indefesa, embora muito traiçoeira.

    Eles não largariam tão facilmente Gollum, que sabe muito das regiões e caminhos a seguir para Mordor, e pegam-no como guia. Eles vão novamente descansar, encostam-se na parede: Sam de um lado, Gollum no meio e Frodo no outro. Não demora muito para que Gollum tente escapar, e logo Sam e Frodo já estavam em cima dele de novo.

    Desta vez eles amarram Gollum e fazem-no jurar que ele seria fiel. Ele jura pelo Mestre do Precioso, e quanto a Lua ou Cara Branca some entre as nuvens e o dia se aproxima, eles partem. Sam e Frodo se esforçam para seguir Gollum na sua rapidez. Ele é ágil para pular de pedra em pedra, e muitas vezes usa as mãos.

    Após percorrerem algumas terras, param perto de mais uma rocha e vão descansar. Os hobbits comem seus lembas e bebem água do riacho que ainda corre por ali. Frodo acaba dormindo horas e horas, e se espanta por ter dormido perto de Gollum. Mas é claro que Sam estava ali para protegê-lo.

    O dia estava escuro, apesar de não ser noite, e eles seguem a viagem. Não havia mais rochas, e de repente se viram rodeados de brejos, atoleiros e cercados de mau cheiro das poças. Tinham de ser rápidos para não afundarem.

    Em Fangorn e do Entebate:

    Quanto aos hobbits: Merry e Pippin correm em extrema velocidade até onde suas pequenas pernas podem alcançar, seguem o curso do rio Entágua rumo à escura floresta de Fangorn. De repente param ofegantes, estão em um vale onde o rio corre, molham os pés na água e se refrescam. O ar é abafado, parece parado e a floresta tem uma aparência muito antiga. Param para decidir o que fazer, já que os suprimentos de lembas estão escassos.

    Raios de luz amarela começam a perfurar o teto da floresta mais para dentro e adiante. Os hobbits vão na direção da luz do Sol, e sobem numa elevação do lugar. Merry sentiu o vento se movimentar: era frio, e Pippin comenta que Fangorn ficava mais bonita assim. Neste momento eles se assustam com uma voz grave que vinha das árvores.

    Um enorme ser, maior que um troll, pede que Merry e Pippin mostrem seus rostos. Levemente, uma mão encosta nos seus ombros e vira-os irresistivelmente. Assim, as duas grandes mãos de Barbárvore levantam os pequenos. O ent diz que gostou das vozes suaves dos hobbits, e logo começa a fazer perguntas, já que ele está em seu território, portanto os hobbits deveriam responder às perguntas dele.

    Pergunta o que eram eles e Merry responde que são hobbits. Mas isto um ent não sabe, não Barbárvore. De sua lista revisada antigamente, estes seres não constam nela. Pippin disse para incluírem eles entre as Pessoas Grandes, sendo Hobbits pequenos, que moram em tocas. Em seguida apresentaram seus nomes e começaram a seguir pela floresta conversando de suas histórias.

    Num momento da conversa os hobbits descobrem que o ent conheceu Gandalf, já que ele diz que o mago era o único que se preocupa com as árvores. Pippin resolve perguntar então por que Celeborn havia os advertido de entrar em Fangorn. Barbárvore responde que ele mesmo os orientaria da mesma forma se os hobbits fossem desta floresta para aquela.

    Mas o pior, explica o Ent, é que com o tempo algumas das árvores começaram a ficar cansadas, a ficar mais arvorescas ou entescas e algumas delas até a ficarem más. E essa história se espalhou, assustando os elfos de Lothlórien, cuja floresta havia diminuído muito desde eras passadas. E daí em diante a conversa prossegue até o crepúsculo.

    Eles chegam na encosta da montanha, podendo avistar duas grandes árvores formando o desenho de um portão. Ali está a nascente do Rio Entágua. Sob a chuva do riacho, Barbárvore conduz os hobbits na direção de uma mesa de pedra. Pega um jarro e enche de água, que brilha verde e amarelo. Lá eles podem conversar novamente.

    Os pequenos hob
    bits começam a contar o que aconteceu desde a saída do Condado até a captura deles pelos Orcs. A conversa abre-se em outros tópicos até que chega na situação atual, sobre a Guerra. Barbárvore é esperto demais e não gosta da presença de Orcs ou da passagem deles pela floresta. Ele tem de reunir os outros Ents de bom coração para uma reunião que não acontecia há muito tempo, para decidirem qual o papel deles na Grande Guerra.

    Mas antes, o Ent vai foi a chuva do riacho e gargalha. Depois disso, começa a contar e a selecionar cada Ent que virá até o Entebate, se seria útil ou não. Pippin fica observando, e percebe como são poucos os ents que restaram, pergunta por que havia tão poucos, e sugere que eles haviam morridos. O Ent fica surpreso e diz que não morreram, apenas ficaram arvorescos ao longo do tempo.

    Com isso, o interesse dos hobbits foi despertado, e peles pedem para o Pastor das �?rvores contar-lhes mais histórias do seu povo. Barbárvore suspira e conta com prazer, mas está triste por não ver mais entesposas há muito tempo. Diz que elas partiram para o Oeste e se perderam. Assim, depois de muita história, vão dormir.

    Eles acordam cedo para o Entebate. Pouco tempo depois, todos estãosob os raios do Sol reunidos. Estão desconfiados em relação à Isengard e ao mago que lá habita. Assim, muito se discute sobre este lugar e Rohan e os seus Cavaleiros. O Entebate promete continuar por mais tempo, por isso Merry e Pippin ficam observando e dando alguns palpites.

    O primeiro estágio havia chegado ao seu fim. Para Babárvore, Merry e Pippin poderiam estar cansados ou impacientes, o que no caso caía mais para o cansaço, pois impacientes eles não poderiam estar com tão "pouco tempo" de Debate Ent. O Ent deixa os hobbits na companhia de Bregalad, conhecido também como Tronquesperto, este os leva para uma "casa ent" onde os pequenos pudem descansar.

    O percurso rumo à sua casa faz com que Tronquesperto cante muitas vezes quando via uma árvore bonita, que nos desejos dele viraria uma linda entesposa. A casa dele e dos outros nada mais é que uma pedra no meio do turvo e de um barranco verde. Sempre perto de uma nascente, onde a água borbulha.

    Ao chegar no lugar, os hobbits vão passear pelo campo sem pressa. Bregalad lhes conta a história de amor que ele, quando era um entinho, fazia e via os outros ents fazerem para agradarem suas entesposas. Muitas Sorveiras eram plantadas para enfeitar e dar beleza ao lugar. Porém Orcs apareceram e estregaram as coisas belas e verdes.

    Depois disso, passam o nascer do dia seguinte nos arredores da pedra do barranco verde. Ouviram vozes longínquas, dos Ents que participavam do Entebate durante toda manhã e parte da tarde. Mas ao chegar o fim da tarde as vozes cessam. Merry e Pippin não podiam entender o que aquilo representa, mas ao verem Bregalad ereto e com atenção percebem que seria hora de partir.

    ra-hum-rah!

    A marcha dos Ents começa. Talvez este será o último caminho percorrido por Barbárvore, Tronquesperto e os outros, mas uma coisa era certa: um mago, Saruman, saberia que com Ents não se deve brincar, principalmente quando se meche no território destes. Pra Isengard eles iam, impor temor. Impor temor!

    Do Final da Passagem Pelos Pântanos:

    Lá estão Frodo e Sam inteiramente nas mãos de Gollum, eles não conhecem a região e tinham que confiar no que ele faz e diz, no meio de toda aquela fumaça e opaca luz. Estão cruzando a planície de Dagorlad, campo da antiga batalha travada na frente dos portões de Mordor. O inverno frio e úmido ainda predomina na região e nenhum pássaro cruza os céus ali.

    Freqüentemente tropeçam ou caem em poças; dentre os três, Frodo é o mais cansado, na maioria do percurso está atrás de Sam e Gollum. Sam imagina que em pouco tempo estariam iguais à criatura. Após terem caído em muitas poças e estarem fedendo tanto, finalmente alcançam uma terra mais firme.

    Seguiram viajem após uma curta pausa, e de longe escutaram um som terrível e agudo. Um Nazgûl com sua criatura alada sobrevoa por cima os Pântanos Mortos, o frio toma conta rapidamente e brevemente, as nuvens se afastam, e todos se escondem. Quando parecia ter apenas passado, a criatura sobrevoa novamente mais baixo e perto deles. Todos ficam pavorosos de medo. Mais rápido que o vento, alucinamente, o Espectro vai para o Oeste.

    Gollum fica atordoado, Frodo e Sam têm que reanimá-lo para poderem prosseguir. Sam sente Gollum mudar e ficar mais amigável depois deste incidente, mais desconfiado ele estava da criatura naquelas Terras-de-Ninguém.

    Já estavam no 5º dia desde que haviam encontrado com Gollum, sentiam as Montanhas mais próximas e já estavama à uns 20 quilômetros delas. Pararam para descansar por terem andado demais, ficaram na sombra de um monte de escória. Fumaça saia dali e durante um tempo ficaram ali até que Gollum se levantou e saiu de mansinho resmungando e amaldiçoando.

    Sentiam sede e beberam da água de seus cantis que haviam enchido no fosso de água. Revezavam-se para dormir. Certo momento Sam parece escutar uam voz; vai na direção dela e vê Gollum falando consigo mesmo. Parecem planos e coisas terríveis. Sam fica admirado com a situação, mas nem por isso tenta atacar Gollum.

    De repente pede que horas são e Gollum se surpreende e responde que já está começando o crepúsculo do dia, e logo virá a noite fria. Partiram então na última caminhada e logo viram-se fora dos Pântanos. O destio deles era o Portão Negro, depois disso, só o tempo diria.

    Continua…

    Saiba Mais:

    Assim como o dia 25 de Dezembro misturou religiosidade pela parte de Tolkien, no dia 25 de Fevereiro também temoss uma data curiosa. Enquanto Théodred, filho de Théoden, morre e a Comitiva passa pelos Aragonath acontece a Quarta-Feira de cinzas. É o período que se inicia a quaresma no nosso mundo.

    Sobre as Entesposas:
    As Entesposas são apaixonadas pelos campos onde podem cultivar Olvar menores – árvores frutíferas, arbustos, flores, gramíneas e cereais, enquanto os Ents preferem as árvores florestais. Por isso as Entesposas vão para os campos castanhos, onde ensinam os homens a arte do cultivo dos frutos da terra. No entanto antes da Segunda Era do Sol, os jardins das Entesposas são destruídos, e assim elas desaparecem. Não se sabe o destino delas, só se sabe que os Ents por muitos anos vagam em busca delas e nunca as encontram. Assim, apesar dos Ents não poderem morrer à maneira dos Homens, tornam-se uma raça em extinção. Nunca tinham sido numerosos e alguns são mortos com aço e fogo, e não houveram novos Entinhos com o desaparecimento das Entesposas.

    Para saber mais sobre as Entesposas clique aqui

    Sobre as Datas:
    Em alguns pontos da leitura, é citado os dias 29 e 30 de Fevereiro. Isso ocorre porque no Calendário do Condado todos meses do ano possuem 30 dias. A idéia deste Projeto é acompanhar em tempo real, portanto prolongamos até esse início de Março para que o leitor não se confundia com os acontecimentos seguindo o nosso calendário gregoriano.

    Fontes:
    Imagens:
    John Howe
    Ted Nasmith
    Galeria Tolkienianos
    Aumania

    Textos:
    Valinor
    Duvendor

  • A Guerra do Anel & Suas Datas – Parte 6

    Apresentação:

    A Sociedade foi rompida. Boromir morreu nas mãos dos Orcs. Frodo e Sam passaram pelas Emyl Muil e encontraram-se com Gollum. Merry e Pippin haviam fugido dos Orcs e entrado em Fangorn. Théodred morreu. A Primeira Batalha dos Vaus do Isen aconteceu. Um Pântano foi atravessado. E depois de tantos obstáculos, os membros da Sociedade ainda estão enfrentando desafios piores.

    Nesta 6º Parte iremos ver a reação resultante destas inúmeras ações. A Batalha do Forte da Trombeta será travada. Um encontro com Saruman será feito na Orthanc destruída. Os pequenos hobbits irão atravessar uma Toca onde a moradora é uma Aranha Gigante, em plena Ephel Dúath. Cavaleiros de Rohan irão partir para ajudar Minas Tirith, que será cercada pelo exército negro.

    Se você não leu esta história desde o seu início, confira na seção Heren Quentaron, desde sua 1º Parte até a 5º. Aventure-se nesta Guerra, boa leitura!

     

     

    Parte VI – Do Palácio Dourado à captura de Frodo

    O Rei Do Palácio Dourado:

    O dia está belo, o sol brilha e os pássaros cantam quando Aragorn, Gimli, Legoas e Gandalf chegam a Meduseld o Palácio Dourado, situado em Edoras, capital de Rohan. Após deixarem suas armas na entrada do Palácio, os quatro entram no castelo para falar com Théoden, rei de Rohan. Gríma Ligua de Cobra, conselheiro de Théoden, toma a voz do rei. Gríma tenta convencer o rei a não dar ouvidos a Gandalf e companhia, mas sua aliança com Saruman é revelada, Gandalf então "cura" Théoden das mentiras de Gríma, que é exilado de Edoras.

    Com a iminência de ataque por parte de Saruman, Théoden em conselho com Gandalf, Aragorn, Legolas e Gimli e alguns Rohirrim, chegam a conclusão que a melhor decisão é levar todo o povo de Edoras para o Abismo de Helm, um local bem protegido e conhecido por nunca ter sido tomado antes por nenhum inimigo. Théodred, filho de Théoden, estava morto, então Éomer, sobrinho do rei, é declarado como herdeiro do rei e enquanto o Rei e seu herdeiro estão em batalha, Éowyn, irmão de Éomer toma as responsabilidades como Senhora de Rohan. E assim partem os Rohirrim para o Abismo de Helm onde o destino de seu reino será decidido.

    Do ataque dos Ents em Isengard:

    No dia 2 de março, numa noite escura, com núvens, os Ents saem de Fangorn em direção à Isengard. Muito mal Saruman havia feito e, com um pequeno impulso de Merry e Pippin, os pastores das árvores resolvem por atacar o mago. Nesta mesma noite Saruman despacha seu exército em direção ao que seria a Batalho do Abismo de Helm. Após a saída do exército, Barbávore (junto com Merry e Pippin) e alguns ents começam o ataque. As flechas e pedras do inimigo não eram o suficiente para afastar os Ents, apenas irritá-los. Pouco depois os portões do Círculo de Isengard são quebrados. Em seguida, parte da muralha sul também cai e Saruman que está nos arredores fuge apressado para a Torre de Orthanc. Os poucos humanos que estavam em Orthanc haviam fugido; e os Orcs eram mortos, senão pelos Ents, morriam pelos Huorns.

    Dentro de Orthanc Saruman "pôs em ação algumas de suas preciosas máquinas" como disse Merry. Dos poços começa a subir vapores e chamas que queimam os Ents. Furiosos, os Ents jogam todo tipo de destroço na Torre e começam a bater nela. Mas Orthanc foi construida por mãos poderosas e não sofria com o ataque dos Ents. Barbávore mantêm a calma e reune os Ents para terem um conversa. A maioria dos Ents então se afasta de Isengard, embora alguns ficam escondidos vigiando a Torre.

    Durante todo o dia seguinte Merry e Pippin ficam sozinhos, e no crepúsculo Barbávore reaparece. Pouco depois Gandalf também aparece e têm uma conversa com Barbávore, que enviou os huorns para o sul onda a Batalha do Abismo de Helm estava ocorrendo. Por volta da meia-noite então as represas do Isen são quebrada pelos Ents e o rio desce o vale inundando todo o círculo de Isengard. Depois de um dia com as águas penetrando nas cavernas e poços de Isengard, os Ents represam o rio Isen novamente. Na manhã seguinte os cavaleiros de Rohan, junto a Aragorn e companhia chegam à Isengard.

    Da Batalha do Abismo de Helm:

    Théoden, Gandalf, Aragorn, Legolas, Gimli, Éomer e mil cavaleiros e arqueiros cavalgam de Edoras em direção aos Vaus do Isen. O povo fica com Éowyn no Templo da Colina. No fim do segundo dia de cavalgada, os cavaleiros encontram um homem ferido cavalgando. Ele conta ao exército sobre a desastrosa Segunda Batalha dos Vaus do Isen.

    Saruman havia mandado uma força imensa. Isengard havia ficado vazia. 10.000 uruk-hai, orcs à pé ou em lobos e terrapardenses marcham em direção ao Sul, para atacar um reduto de Rohan nas montanhas: o Forte da Trombeta no Abismo de Helm. Grimbold e alguns homens conseguem escapar, bem como Elfhelm. Porém, a grande maioria dos soldados havia morrido.

    Gandalf, ao ouvir essa triste história, sai com Scadufax cavalgando o máximo que pode, para reunir as tropas que restam dispersas por Rohan. Antes, porém, aconselha o Rei a ir com seu exército em direção ao Abismo de Helm, para lá poder lutar.

    À noite, o exército chega à entrada do Abismo de Helm. O Forte da Trombeta tem uma torre no interior, e duas muralhas a circundam, formando um pátio externo, entre as duas muralhas, e um pátio interno, entre a muralha e a Torre. O Forte fica em cima de um rochedo, e, para chegar nele, precisa-se passar por um passadiço por cima do riacho que sai do abismo e atravessar o Grande Portão. Também havia uma outra entrada nos fundos, dentro do abismo. Saindo da muralha externa do Forte, há uma outra muralha que fecha a entrada do abismo, de uma ponta à outra. Essa muralha, de seis metros de altura, tem uma pequena abertura para escoar a água do Riacho do Abismo. No fundo do Abismo, há um conjunto de cavernas, chamado Aglarond, as Cavernas Cintilantes.

    O exército encontra alguns orcs no caminho, antes de chegar ao Forte da Trombeta no interior do Abismo. É possível ver o exército de Orcs a caminho do Abismo, trazendo fogo e cantando cantorias rudes. Ao chegar no forte, descobrem que Erkenbrand havia saído para lutar com um exército, mas havia deixado mil homens no Abismo sobre o comando de Gamling. Todos entram no forte, Éomer manda sua tropa para a Muralha do Abismo, onde
    ficam Gimli e Legolas, mas o Rei e seus homens vão para dentro do Forte.

    Isengard chega. Legolas e Gimli obervam a situação. Os orcs atiram muitas flechas que batem na pedra da muralha, mas nenhuma vem em resposta. Os orcs começam a escalar a Muralha do Abismo enquanto os Uruk-hai e homens da Terra Parda atacam o portão. Quando eles estão quase chegando ao Portão, uma saraivada de flechas vêm da Muralha. Apesar da defesa poderosa, os atacantes têm uma grande vantagem numérica, e conseguem chegar aos portões. Eles tentam, com dois aríetes, derrupar o Grande Portão, mas Aragorn, Éomer, Gimli e outros homens os expulsam, chegando ao Passadiço por uma porta secreta lateral. Porém eles logo são obrigados a recuar, pois o inimigo está voltando.

    O ataque continua. O exército de Saruman começa a tentar escalar a muralha usando cordas com ganchos e escadas. A batalha prossegue. Então, de repente, os orcs se mostram dentro do Abismo. Alguns se arrastam pela galeria de escoamento do Riacho do Abismo, para atacá-los de dentro para fora. Porém, Gimli e Gamling conseguem mandá-los para fora, e depois tentam de melhor maneira possível usar pequenas pedras e bloquear a galeria, deixando apenas um pequeno espaço para o rio escorrer.

    Entretanto, os orcs usam uma nova artimanha de Saruman e explodem a muralha na galeria de escoamento, abrindo um buraco. O Exército de Isengard entra no Abismo de novo, dessa vez com muito mais orcs. Os Rohirrim são obrigados a recuar. Alguns, com Aragorn e Legolas, sobem a escada e entram no pátio externo do Forte. Outros, com Gimli, Éomer e Gamling, são obrigados a fugir para as Cavernas. Théoden permanece no Forte, mas sente vontade de voltar para a batalha, e cravar uma lança no peito de um orc.

    Aragorn vai até a muralha acima do Grande Portão, para conversar com o exército inimigo. Ele os avisa que a aurora estava chegando, e que era melhor que eles fossem embora, e lembra-os que nunca nenhum inimigo tomou o Forte da Trombeta. Os bárbaros e os uruk-hai respondem com zombarias. Aragorn sai, e o Portão cai. Nesse momento, a Grande Trombeta de Helm soa, e o Rei Théoden e sua cavalaria, junto com Aragorn, cavalgam contra Isengard.

    O exército de Saruman vê-se preso. Do Forte, Théoden e seus cavaleiros avançam. A borda sul da Garganta é muito íngreme para fuga. Do norte, chega finalmente, Gandalf, Erkenbrand, e mil sobreviventes da Segunda Batalha dos Vaus do Isen à pé. Na abertura da Garganta, o mais estranho: como que por mágica, lá estava uma enorme floresta. Nenhum orc que entra na floresta, formada por Huorns de Fangorn, consegue escapar. A Batalha do Forte da Trombeta termina, e Rohan vence.

    Do Portão Negro à Passagem por Ithilien:

    Frodo e Sam continuam viajando, os pântanos ficaram para trás e eles agora rumam para o Portão Negro de Mordor. Mesmo estando a uma certa distância escondidos, podem ver os guardas negros se movimentando sobre a muralha – e isso os assusta.

    Quando os hobbits chegam em frente ao Portão, notam que jamais poderão transpassá-lo, mesmo assim Frodo toma a decisão de ir, queiram os outros acompanhá-lo ou não. Sméagol, que tem planos sinistros para o futuro dos hobbits, diz que não devem seguir por ali, já que diz conhecer um outro caminho, um caminho mais escuro, mais difícil de encontrar e que só ele conhece.

    Frodo fica desconfiado, pondera e acaba percebendo que não há outra solução. Ele jamais atravessará o Portão Negro, assim, resolve dar mais um voto de confiança à Gollum aceitando ser conduzido por ele para um outro caminho.

    Apesar de aceitar a proposta de Gollum Frodo não é tolo e lhe reserva uma severa ameaça: diz que o destino do Anel é ser destruído e que Gollum deve se lembrar sempre de que jurou ajudar Frodo pelo seu precioso.

    Sméagol fica debilitado por algum tempo com a severidade de seu mestre, mas depois reencontra suas forças e sua razão para, finalmente, dizer à Frodo o que devem fazer: ir para uma estrada, que os fará subir muito, até uma velha torre, Minas Ithil, que é dominada por Sauron e por onde poucos homens têm coragem de passar. Após chegar à torre, estarão atingindo uma passagem que os levará novamente para baixo, uma descida enorme até Gorgoroth.

    O nefasto guia garante que aquela passagem é pouco vigiada, pois Sauron não espera ser atacado por lá. Mas será que é uma passagem tão segura assim?

    Nem bem escurece e os hobbits saem de seus descansos para seguirem viagem durante a noite, na estrada de Ithilien do Norte, pois eles não têm muito tempo e estão quase trinta léguas longe de seu destino. Enquanto caminham, o Olho Vermelho parece observá-los, através de uma região desolada e pedregosa, quando a noite está quase terminando, finalmente o Olho fica distante, até se transformar num pequeno ponto de fogo para, por fim, sumir.

    Durante o descanso Frodo dorme profundamente, talvez por já confiar em Gollum ou por estar cansado demais para continuar. Sam só consegue cochilar quando se é notável que Gollum dorme se contorcendo em seus sonhos secretos. Mestre Samwise está exausto e não consegue parar de desejar uma boa comida, algo quente saindo do forno.

    Em uma das pausas que fazem, Gollum sai para caçar e retorna com dois lindos coelhos, jovens e gostosos que Sam resolve cozinhar. Sméagol não se conforma que Sam queira "estragar" sua carne, cozinhando-a com ervas e batatas.

    Sam e Frodo se deliciam com os coelhos e Gollum sai a fim de caçar algo para si, é nesse momento que os dois hobbits ouvem vozes. Arrumam suas coisas e se escondem em uma grande samambaia. O esconderijo não é bom o suficiente e eles são descobertos por alguns homens. Após um curto período de discussão, descobrem que estão falando com Faramir, capitão de Gondor.

    Frodo se apresenta e conta rapidamente a sua história, após citar o nome de Boromir e de provar que o conhecia, ele ganha o respeito dos homens. O hobbit pode ver muitos outros homens subindo secretamente a colina: eles são uma força de resistência ao poder de Sauron.

    A conversa foi morrendo em um silêncio de escuta, já que todos estavam vigilantes. Após um breve cochilo os hobbits são acordados por uma trombeta que soa junto de gritos e berros alucina
    ntes. São os soldados de Sauron. Os homens de Gondor se preparam e atacam a tropa que passa.

    Para o assombro e prazer de Sam, um enorme Mûmak desce pelo caminho da colina, em toda sua vida o pequeno jamais pensara que realmente encontraria um Olifante, agora, não acha que alguém no Condado fosse acreditar nele.

    Os gondorianos conseguem vencer a pequena batalha após deixarem o Olifante fugir desnorteado, esmagando os soldados de Sauron. Os dois pequenos podem descansar um pouco, até o fim da tarde.

    Sam acorda e nota que Faramir fala à muitos homens de seu descontentamento em relação à Frodo. Ele acredita que Frodo esconde algo de suma importância relacionado à ruína de Isildur.

    Após um longo diálogo e uma discussão um tanto acirrada, Faramir revela que Boromir está morto e que ele era seu irmão. O gondoriano resolve confiar nos hobbits mas não decide para onde levá-los.

    Faramir ordena que Frodo e Sam os acompanhem. Leva-os através da floresta até um ponto onde eles têm que ser vendados. Por um longo caminho os dois pequenos são guiados sem poder ver, depois são rodados várias vezes e perdem completamente o senso de direção, quando suas vendas são retiradas, eles estão na soleira de um tosco portão de pedra, que se abre escuro atrás deles. À frente, cai um fino véu de água. Faramir lhes diz que esta é a Janela do Pôr-do-sol, que dá para o Oeste, também chamada de Henneth Annûn, a mais bela de todas as cachoeiras de Ithilien.

    Os hobbits logo notam que estão em uma grande caverna, cheia de armas e de mantimentos, pode até não ser um lugar adequado mas é reconfortante estar em um lugar seco e seguro para dormir. Eles recebem duas camas baixas, num canto da caverna. Lá, Frodo adormece mas Sam fica acordado, vigiando.

    A movimentação entre os homens é grande. Em pouco tempo uma ceia é preparada e os hobbits são acordados e convidados a comer. Durante a refeição, Frodo nota que os homens não têm mais muitas esperanças para o futuro, pois sentem já ter perdido a guerra.

    Com um pouco de conversa na mesa, Sam comete um erro gravíssimo: falar sobre O Anel. Ao contrário do que pensavam os hobbits, Faramir toma uma postura totalmente nobre e diz que não precisam se preocupar, sendo que ele não deseja O Anel. Estando mais tranqüilos, os dois pequenos voltam a dormir após a ceia.

    Do Encontro com Saruman em Orthanc:

    A batalha do Abismo de Helm acabara, mas o mal que pairava sobre Rohan não estava completamente acabado. Saruman ainda estava em Orthanc, e Isengard poderia causar muitos males ainda. Pelo menos assim pensavam os membros da Comitiva que não sabiam da ira dos ents, e das conseqüencias disso para Saruman. À noite partiam então as tropas de Rohan, comandados por Théoden e acompanhados de Legolas, Gimli, Aragorn e Gandalf, em direção à Isengard.

    A aurora surgira, e eles adentravam agora nos domínios de Saruman, passando pelo Nan Curunír, o Vale do mago. Um vale outrora belo, transformado agora num deserto cheio de sarças. Continuam cavalgando, atingem as portas de Isengard. Portas essas que agora estão destruídas, caídas por terra. Mais adiante encontram pilares retorcidos e vigas quebradas. O que havia destruído o poder de Saruman?

    Exceto Gandalf, todos ali estavam estupefatos por presenciar tal cena. Olhando mais adiante, divisaram duas figuras, pequenas, deitadas sobre um monte de cascalhos. Um deles soltava anéis de fumaça pela boca, enquanto o outro parecia estar dormindo. Os homens de Rohan espantam-se, ainda mais quando aquele que estava fumando os recebeu, anunciando quem eram: Merry e Pippin. Ali estavam sob ordem de Barbárvore, vigiando os portões.

    Gimli não pôde se conter, e começa a esbravejar. Ele e Legolas haviam tentado resgatá-los por mais de duzentas léguas, e agora encontram-os ali, descansando e fumando! Legolas riu, concordando com o anão. Os hobbits relatam então à Gandalf a situação: Isengard agora está inundada e sob comando de Barbárvore.

    Saruman estava preso em sua torre, vigiado pelos Ents. Gandalf e Théoden afastam-se a fim de contornar as paredes de Isengard, enquanto Aragorn, Gimli em Legolas vão sentar-se com os hobbits. Cada parte contou suas histórias desde a separação do grupo. Os hobbits contam então do enfurecimento dos Ents, e do ataque destes à Isengard.

    Depois disso, decidem adentrar em Isengard e ver o que Gandalf está fazendo. O mago decide que irá encontrar-se uma última vez com Saruman, e então Théoden, Gimli e Legolas decidem acompanhá-lo. Gandalf chama Saruman, e ele vem até a porta de Orthanc, após ser chamado por seu lacaio, Gríma. Sua voz bela e suave responde ao chamado. Um coração e uma mente desprevenidos podem facilmente sucumbir ante o falar de Saruman.

    E ele dirige suas falas inicialmente à Théoden, tentando ludibriá-lo. Théoden não responde, mas Gimli e Éomer sim. Saruman então ataca Éomer com suas palavras, até que Théoden pronuncia-se, rechaçando a fala de Saruman, e declarando seu desprezo ao mago. Saruman irrita-se e ainda tenta sua última cartada, almejando conquistar a amizade e aliança de Gandalf novamente, ao que este ri e recusa a proposta, ao mesmo tempo em que desmascara muitas das intenções de Saruman, que agora volta para dentro de sua torre.

    Mas Gandalf o conclama de volta, contra sua vontade. Quebra seu cajado e o expulsa da Ordem e do Conselho. Saruman cai para trás, e após isso, um objeto é aremessado lá de cima, passando perto da cabeça de Gandalf e rolando escada abaixo. É um globo de cristal escuro, que reluz com um coração de fogo. Pippin apanha o globo, que fora arremessado por Gríma, mas Gandalf o toma para si, embrulhando-o em suas vestes.

    É um palantír, e com certeza não era algo que Saruman gostaria que fosse jogado fora. O encanto do Mago de Isengard está quebrado, e agora ele permanecerá ali, trancado e vigiado pelos ents. Barbárvore aparece por fim, e agora a Comitiva e as tropas de Rohan partem de volta, deixando a desolação de Isengard.

    No Lago Proibido:

    Durante a noite, quase perto do nascer do Sol, Faramir acorda Frodo dizendo que eles precisam resolver um assunto. Logo em seguida Sam acorda e segue os dois, como que por um instinto de proteção. O hobbit atravessa a abertura da caverna e segue seu mestre através de uma porta estreita na parede da mesma.

    Primeiro vão ao longo de um corredor negro, depois sobem muitos degraus e então chegam em uma plataforma, cortada na pedra e iluminada pela forte Lua. De lá Sam pode ver qual é o assunto: Gollum está pescando no Lago Proibido. Os homens de Faramir pensam que a criatura procura uma passagem para o esconderijo, então se posicionam para atirar. Frodo impede, pedindo clemência pela vida de Gollum.

    Em uma rápida conversa fica decidido que Frodo deve ir buscar seu guia, para que este seja capturado. É exatamente isso que acontece: Frodo chama Gollum e o entrega aos homens, o que parece ser uma traição aos olhos da pobre criatura, na verdade foi um salvamento.

    O Capitão faz Gollum jurar que jamais volte neste lugar e sequer fale sobre ele. Em seguida o entrega aos poderes de Frodo. Anuncia que Frodo agora é livre e que pode ir para onde bem entender. Antes de nada Faramir adverte em um ponto Frodo: tomar cuidado com Gollum; ele sente como aquela criatura é perigosa.

    Um bom período de sono foi mais que bem-vindo naquele momento. Feito o descanso os dois hobbits partem vendados, com dois cajados e um pouco de comida, dados de presente por Faramir.

    Os três começam então sua caminhada. Percorrem léguas durante muitos dias num ritmo acelerado pois o lugar não é seguro e o caminho é longo. O vapor de Mordor faz a luz sumir gradativamente até tudo ficar sombrio e sinistro. Cada vez mais Frodo e Sam se sentem em grandes problemas e cada vez mais Sam desconfia de Gollum.

    Um pouco mais de viagem e os três peregrinos vão para o leste e sobem uma encosta até chegar na Estrada do Sul, rumando para a Encruzilhada. Quando lá chegam, Frodo sente pavor, mas logo o pavor se transforma em espanto, pois um tenro raio de luz ilumina uma das passagens e os hobbits podem ver o Rei, esculpido em pedra, coroado outra vez por uma planta rasteira com flores semelhantes à pequenas estrelas brancas. O espanto dura pouco pois logo o sol some e a escuridão toma conta do lugar novamente.

    Pela Senda dos Mortos:

    Os dúnedain haviam encontrado Aragorn em Rohan, e com eles estavamos filhos de Elrond, Elladan e Elrohir, que vieram para lhe trazer uma mensagem do senhor de Valfenda: "Os dias agora são curtos. Se estás com pressa, lembra-te das Sendas dos Mortos". Havia também um presente de Arwen, um estandarte negro.

    Aragorn sabia então que era chegada a sua hora de tomar esse caminho, que à sua simples menção, fazia com que quem o conhecesse ao menos de nome, sentisse um enorme temor. Somente esse caminho porém, faria com que Aragorn cumprisse a profecia outrora feita por Malbeth, o Vidente.

    Acompanhado por Gimli, Legolas, Elladan, Elrhir, e os dúnedain, Aragorn tomava então o caminho, chegando à Dimholt. Pouco antes da meia noite, chegaram á Colina de Erech, seguidos pelos Mortos. Estes agora os seguiriam em lealdade, a fim de cumprir o juramento feito à muito tempo para Isildur, e ter paz finalmente. O tempo agora urgia, e eles partiam para Pelargir.

    Da Chegada em Minas Tirith:

    Gandalf vai chegando em Minas Tirith, cavalgando Scadufax e levando junto o pequeno Pippin. Imediatamente o mago foi ter com o regente, Denethor. Este ainda permanecia abalado pela perda do filho, Boromir. Pippin, oferece seus serviços ao regente,como compensação à perda de seu filho, que morrera defendendo os hobbits, e Denethor aceita. Mais tarde, o hobbit encontra-se com Beregond, que havia sido designado a ser seu guia na cidade, enquanto Gandalf tratava de seus afazeres.

    Da Concentração e Partida das Tropas de Rohan:

    Neste ponto, todas as estradas rumam para o leste, ao encontro da guerra eminente e do ataque da Sombra, o rei Théoden cavalga de noite, seguido por muitos cavaleiros, Merry observa tudo muito surpreso e cansado quando eles chegam ao Vale Harg. No outro dia de manhã, o rei deverá cavalgar até Edoras para a concentração da terra dos cavaleiros.

    Gandalf já havia avisado da vitória do povo de Théoden e feito algumas recomendações, por isso, está reunida no Vale Harg toda a força que resta de seu povo. O rei é muito bem recebido, com trombetas e aclamações mas não tem tempo para festa alguma, vai direto encontrar os capitães e marechais de seu povo.

    Através da encosta íngreme de pedra, numa estrada feita antes do alcance das canções, Merry continua com seu percurso, junto do que o que perece ser milhares de homens de Rohan. A comitiva do Rei chega ao templo da colina em pouco tempo e logo Éowyn vem ao encontro dele para grande contentamento do mesmo. Os familiares conversam e Éowyn conta que Aragorn partiu para a Senda dos mortos, assim, ele é dado como perdido por todos, "será uma esperança a menos" diz Théoden.

    Merry senta-se na mesa com o rei e sua família para jantar, nessa ocasião ele aproveita para perguntar o que é a Senda dos Mortos. A explicação que lhe é dada diz que a Senda é um lugar de onde homem nenhum jamais retornou, é guardada por espíritos. Estão conversando ainda sobre isso quando um mensageiro de Gondor chega trazendo a Flecha Vermelha: um sinal de que Gondor realmente precisa da ajuda dos Rohirrim; Denethor pede todas as forças e toda a velocidade dos cavaleiros para que Minas Tirith não seja tomada pelo exército negro. O rei Théoden promete levar no mínimo seis mil cavaleiros em uma semana.

    No outro dia, Merry é acordado, e reclama pois o sol ainda não nasceu, o soldado que o acordou conta que todos acreditam que nunca mais o Sol nasceria, por causa das nuvens negras de Sauron. Naquele momento, o rei diz que a guerra chegou e finalmente convoca todas as tropas de Rohan. Para a surpresa do hobbit, Théoden o dispensa de seus serviços e diz que não o quer na guerra. De acordo com o decreto do rei, Merry só irá até Edoras, onde então deverá ficar.

    A marcha dos cavaleiros começa: todos fardados e de cintos apertados. Merry vê muitos soldados jovens e adultos – todos sentindo o peso do destino sombrio que paira sobre suas cabeças. Chegam à Edoras em pouco tempo e lá fazem apenas uma curta pausa onde o hobbit tenta implorar novamente sem sucesso para seguir para a guerra.

    Merry se afasta do Rei triste e cabisbaixo quando um soldado se aproxima dele e sussurra no seu ouvido "quando a vontade não falta, caminho se abre", o cavaleiro misterioso convida-o a sentar-se em seu cavalo e seguir para guerra junto com todos. Ele se apresenta como Dernhelm.

    Assim, Merry Brandebuque avança no grande cavalo cinzento de Dernhelm e o rei, junto de sua comitiva, continua légua após légua, mesmo sabendo que Rohan está sendo invadida na fronteira oriental por exércitos de Orcs. O exército passa pelas colinas dos faróis, que estão apagadas, assim como a esperança em seus corações.

    Da Cidade Morta às Escadarias de Cirith Ungol:

    O caminho é íngreme e Frodo sente seu fardo ficar mais pesado. Levantando a cabeça e com os olhos cansados ele vê a cidade dos Espectros do Anel. A luz pálida ali não ilumina como iluminava outrora, o cheiro de podridão – comum por ali – toma conta do vale que desce tortuoso e se ergue no meio das montanhas. Os três companheiros ficam ali de olhos fixos contemplando a cidade por um período; Gollum é o primeiro a se recuperar, e ao seu costume, puxa os hobbits pelas capas.

    Lentamente vão caminhando: o corpo inteiro parece tomado de medo pela imponência do que o mal dominou, e assim vão chegando à ponte branca. Frodo vacila e corre na direção da cidade, Gollum se desespera e diz para ele voltar, assim sendo, Sam corre atrás do Portador e puxa-o de volta. No meio da rocha, na direita deles, um vão abre-se e ao que parece uma trilha surge ali. Gollum os conduz.

    Os hobbits seguem lado a lado, poucas vezes conseguindo ver a criatura se movendo entre as pedras, e quando se têm a oportunidade de enxergá-lo, vê-se dos olhos uma luz verde, como se fosse o brilho daquele lugar chamado Minas Morgul. O riacho que corre abaixo parece dar um pouco de reanimo aos pulmões, entretanto Frodo pára e senta-se na rocha para descansar: ele não sabe quanto tempo mais suportará aquele desafio de conduzir o Anel ao fogo.

    De repente o lugar começa a tremer. Um som ensurdecedor sai da terra e sobe por toda cidade. Um clarão vermelho surge junto e golpeia os céus acompanhado de luzes verdes e azuis. Ao som de gritos pavorosos, o Portão se abre e dele saem os Exércitos de Minas Morgul: é a força horrenda da Sauron agindo. Conduzindo a tropa, num cavalo preto, surge o Rei de Morgul, vestido de capas pretas e de um elmo semelhante à uma coroa, o Senhor dos Nazgûl assusta Frodo.

    O hobbit fica tentado ao Anel, centímetro por centímetro ele vai movendo a mão para a corrente, mas algo o faz esquecer por alguns instantes do Um: o frasco de Galadriel. Tocando o frasco de luz ele lembra-se das coisas boas que fizeram-no prosseguir e chegar onde chegou. Ao som da marcha dos soldados caminhando pela ponte e das lanças batendo entre si, Frodo começa a chorar e cai no sono. Assim que o exército havia passado, Sam acorda-o depois de alguns minutos para poderem prosseguir.

    Retomam o percurso da trilha, e animam-se por terem uma parede de cada lado, ao invés dos precipícios que antes caía à esquerda. Entretanto as escadas ficam cada vez mais difíceis de serem trilhadas por estarem gastas e lisas nas pontas, um perigo enorme para os hobbits. Finalmente após forçarem os joelhos doloridos à esticarem-se para chegar no final desta primeira parte – a Escada Reta – é que podem descansar, um pouco zonzos e um tanto cansados.

    Sam e Frodo permanecem pouco tempo num corredor escuro com altos paredões de rochas enquanto que Gollum anda de um lado para o outro inquieto. Era a hora de trilhar a Escada Tortuosa, que levaria-os mais alto pelas montanhas de Ephel Dúath. E foi o que fizeram. O vento frio que soprava da montanha parecia um hálito mortal de quem sentia que eles não eram bem-vindos ali. No alto podia-se ver entre as nuvens escuras e carrancudas uma opaca luz vermelha piscando lá.

    O percurso desta parte termina quando a parede da direita deles acaba. Na seqüência uma fenda abre-se neste lugar e um penhasco às suas esquerdas. Gollum segue pela parte esquerda, em meio de vários blocos de pedra caídos. Ao fundo, lá abaixo, pode-se ver as luzes da Cidade dos Espectros que parece brilhar como vaga-lumes. Seguem pela escada que faz curvas bruscas e perigosas.

    Frodo quer logo sair dali, seu pensamento está concentrado em chegar à montanha de fogo, que parece brilhar muito além em meio aos pilares dali. Param num elevado patamar: Gollum fica na parte externa espiando e Frodo e Sam permanecem na parte interna conversando. Será que um dia eles viriam a ser personagens de uma grande história? Será que seus papéis viriam a ser reconhecidos pela tamanha importância do que passavam? Respostas estas só mesmo se eles enfrentassem a situação para obterem as respostas.

    Após algum longo período de conversas, os hobbits decidem dormir com mais calma. Sam deixa Frodo deitar sua cabeça em seu colo. Gollum que havia saído, retorna e vê a cena: seu olhar muda, pois havia paz no rosto dos dois. A criatura parece por um tempo deixar escapar todo aquele ar de traição e insegurança. Lentamente chega em Frodo e toca em seus joelhos. Sam é chamado por Frodo ainda sonolento. Ele acorda e de modo áspero pergunta à Gollum o que estava fazendo e este diz que nada fazia.

    O momento fugaz não retornaria e Sam logo sentiu mentira na resposta de Sméagol. Frodo avista um túnel na frente e pergunta se Gollum quer seguir livre, já que o acordo dele ser o guia acabaria ali, já que Frodo pensa que a partir daí é só seguir. Mas a criatura dos olhos verdes brilhantes reluta e diz que os hobbits não conseguiriam atravessar sozinhos o túnel.

    Na Toca de Laracna:

    Parecia ser manhã de mais um dia, apesar que Frodo e Sam pouco percebem da mudança do tempo: as nuvens ainda persistem no céu de Mordor. Foram seguindo os últimos metros de trilha e finalmente chegam à entrada de Torech Ungol, a Toca de Laracna. De dentro um fedor nauseabundo sai. Sam nada gosta daquilo, para ele o cheiro era de mais de cem anos de orcs empilhados.

    Entram de pulmões cheios e começam a enfrentar a escuridão. Sam e Frodo só haviam visto tal escuridão semelhante em Moria, mas ali na Toca de Laracna parecia mais densa e assustadora. Caminhavam pelo tato nas paredes lisas do lugar. A região é ampla e o chão é regular, vez ou outra sendo cortado por algum degrau. Sam está distante de Frodo e Gollum está na frente.

    Vão cruzando os corredores, o ar vai ficando cada vez mais irrespirável, de repente Sam sente uma abertura na parede. Daí surge um sopro de ar menos pesado, que logo fica para trás. Vão prosseguindo em meio à coisas que começam a enroscar-se neles: pedaços de plantas ou longos tentáculos, eles não sabem dizer o que é. Seguem na direção do chiado de Gollum que vai ficando mais distante a cada movimento.

    A tenção fica maior quando Frodo encontra uma abertura que dá para um corredor novo de onde vêm um cheiro nauseante. Sam chega perto perdendo o equilíbrio e cai perto de Frodo. O Bolseiro sente que ali só há perigo, por isso levanta Sam e conduz em frente. Deparam-se com outro problema: qual dos caminhos seguir? O túnel se bifurca em dois e na dúvida chamam Gollum: o som ecoa mas não há nenhuma resposta.

    Atravessam pelo túnel da direita, já que o da esquerda encontra-se bloqueado por uma pedra poucos passos adentro. Mas estar nas Ephel Dúath, nas Terras da Sombra, atravessando um túnel escuro e silencioso sem encontrar nenhum inimigo era bom demais para ser real
    . Sam e Frodo sentem algo se aproximar: de um chiado venenoso vai surgindo alguém tão ameaçador quanto uma soneca ao lado de Gollum.

    No momento Sam deseja muito pelo velho Tom estar ali, para podê-lo ajudar. Uma luz extremamente clara surge em sua mente. Ela vai se transformando em outras cores até que Sam imagina-se no meio da relva de Lórien vendo a Senhora Galadriel e lembra-se de imediato a luz que ela dera para Frodo no mês anterior. A luz iluminaria lugares escuros, e era este o momento de se usar, assim ele chamou Frodo, que respondeu:

    Aiya Eärendil Elenion Ancalima!

    Ficam fascinados pela luz que irradia o lugar como raios de Sol que vão tomando conta de uma floresta num amanhecer. Vão recuando e tentando se afastar do odor da morte que os cerca como uma nuvem. Mais adiante Frodo saca sua Ferroada e parte na direção dos olhos do ser, sem saber se aquilo é um ato heróico, de coragem ou desespero. Os muitos olhos vão se afastando da luz e somem na escuridão.

    Aproveitam o breve momento de sorte e começam a caminhar e depois a correr. Uma força retorna aos seus corações com vontade de sair dali. Vão trilhando os caminhos do túnel, desesperados para sair dali. Por uma alegria maior ainda um sopro de ar os avisa que o fim do túnel está próximo. Mas a saída não seria fácil, pois Laracna não deixaria alguém passar sem ser capturado ou morto.

    Porém o lugar de onde vinha esta corrente de ar estava fechado por algum material muito estranho. São arremessados para trás, e vêem-se rodeados de muitas teias gigantes de aranhas, todas elas tecidas com muito cuidado. Cada fio parece uma corda. Sam golpeia num excesso de fúria a teia que tapa a passagem, entretanto ela só se estica como a corda de um arco. Novamente tenta cortar a teia, mas apenas uma corda é arrebentada, contorcendo-se e chicoteando o ar.

    Levariam dias para abrir caminho. Frodo tenta por sua vez ver no que daria se golpeasse com a Ferroada. Para a surpresa deles a teia é cortada com maior facilidade e em poucos minutos um grande rasgo é feito. Frodo fica empolgado e grita para que corram mais rápidos. Sam segue seu Mestre sempre olhando para trás na direção do arco onde a teia foi rasgada. Pouco sabem da astúcia de Laracna.

    Frodo esta à frente de Sam numa disposição desvairada. Sam corre preocupado e com pânico; se pensam que à medida que correm estão escapando de um inimigo, eles se enganam: Frodo pode não perceber, mas sua Ferroada ainda emite a chama azul, assim sendo, estão caminhando na direção de Orcs de Sauron!

    Sam segura a luz de Eärendil. Ela brilha entre os seus dedos, que estão encostados no peito fortemente segurando. De uma abertura no penhasco, sob a sombra da terra, a Grande Aranha surge. Patas com pêlos que parecem espetos de aço e com uma garra em cada extremidade. Olhos, que antes foram assustados, estavam possessos de fúria do ser. Seu corpo está inchado, carregando o veneno mais letal dos seres.

    Laracna parte para o ataque. Corre terrivelmente rápido sobre suas pernas rangentes às vezes dando saltos repentinos. Atravessa Sam e fica entre ele e seu Mestre: talvez esteja evitando o portador da luz para atacar o indefeso Frodo que continua percorrendo o túnel sem se dar conta do tamanho perigo que corre. Sam começa a gritar, mas logo é calado por algo.

    Gollum reaparece agarrando-o pelo pescoço e pela boca. Os dois caem para trás, Sam sobre a criatura. Por um breve momento Sméagol amaldiçoa o hobbit e cospe em seu pescoço. Sam está agarrado em sua espada na mão direita e segura o cajado de Faramir na mão esquerda. Gollum não esperava, mas de uma força instantânea Samwise, o Bravo, levanta-se e tenta golpeá-lo. Mas astutamente o ser esquelético agarra-o pelo pulso pressionando com os dedos finos puxando-o de volta. Sam não suporta e deixa cair a espada gritando de dor.

    Num último truque Sam dobra as pernas contra o chão e joga-se para trás. Ele está atacando sem esperar se defender e joga-se em cima de Gollum. O peso do robusto hobbit faz pressão sobre o estômago de Sméagol, que chia como um pobre indefeso. Sam joga-se para trás e depois para o lado e pega o cajado de madeira. Ele ergue-o rapidamente para agredir o seu inimigo e acaba por acertar o braço de Gollum. Sem perder tempo, saca o cajado para a outra mão que está disposta à acertar o rosto do indivíduo. Gollum se vira e Sam o acerta nas costas.

    O hobbit Samwise está tomado de ira, ele quer matar Gollum, e assim pega a espada caída no chão. Antes que pudesse ataca-lo novamente, Sméagol escapa dando um enorme salto para uma abertura do túnel. O plano do guia esquelético havia falhado para sua felicidade. Mas e Frodo, o que teria acontecido com ele e Laracna? Sam gira e sai em disparada no corredor chamando pelo seu Mestre, mas já é tarde demais.

    Frodo encontra-se no chão como uma múmia. Pois, sendo vítima das teias de Laracna, está envolto dos tornozelos aos ombros. Sam fica assustado com a cena e resolve partir para o ataque. Nunca se vira algo assim no mundo selvagem, onde uma criatura sem armas parte para atacar um inimigo muito mais poderoso. Antes que Laracna pudesse reagir, Sam já estava pegando a espada élfica de Frodo e cortando uma de suas patas.

    Naquele momento o hobbit está sob a gigante aranha. Bem que Laracna pode atrever-se e sufocar o inimigo, mas já que isto não foi feito, Sam aproveita e faz um corte em seu corpo. Porém não era facilmente derrotar um inimigo desse jeito. O bicho fica com muita raiva e ergue a sua barriga; no lugar do ferimento o veneno espuma e borbulha. É neste momento que Sam segura novamente a Ferroada com as duas mãos e deixa a aranha deitar-se sobre o cravo cruel. Justamente na hora que não era para tentar sufocar a sua presa ela acaba ferindo-se.

    Jamais havia conhecido dor semelhante em toda sua vida, e não podia admitir perfurarem sua carne tão amada. Mas não podia reagir, pois estava fraca. Encolheu-se alguns metros à frente para tentar recuperar-se. Sam fica ali parado, esperando a luta continuar, e novamente se lembra da luz amada. Tateia o peito em busca de Eärendil, e encontra fria e sólida.

    Gilthoniel! A Elbereth!

    O bravo hobbit convoca a aranha para enfrentar a luz dos elfos. Laracna não responde. Lentamente o frasco vai voltando a brilhar e começa a cegar os olhos do bicho. A aranha vai se contorcendo e recuando e quando encontra uma fenda na rocha aproveita e se esconde. Dali para frente não teriam mais notícias sobre Laracna ou do que aconteceu com ela.

    Sam percebe que o mal passou: Gollum havia sumido e Laracna se contorcido. Respira aliviado, com um sopro de satisfação. Mas retorna para seu Mestre, que jaz pálido no chão. Estará morto Frodo Bolseiro, do Condado? Sam fica chamando por ele, pede para que ele acorde, implora e chora: nenhum sopro de vida sai de sua boca ou nariz. Do que valeria toda aquela demanda para por fim ver Frodo morto?

    Sam corta um pouco da tei
    a que envolve o corpo de Frodo e segura sua mão. Fica refletindo muito o que fazer: será que ele teria que cumprir a missão que fora designada à Frodo, no Conselho, pegando o Anel e tentando ir até onde suas pernas pudessem alcançar, sozinho no mundo, naquela Terra?

    É, parado ali é que ele não poderia ficar. Decide pegar o Anel. Assim pega a corrente e coloca em seu pescoço. Imediatamente seu pescoço pende pelo peso do fardo. Mas aos poucos ele iria se acostumar. A imagem que fica de Frodo é de um rosto, agora, iluminado pela luz do frasco e bonito. Pelo menos aquilo serviria de consolo para o resto da viagem.

    Não demora muito e alcança as escadarias que vão para a torre dos Orcs. Vai subindo com um aperto em seu coração pela trilha que está se estreitando. Pára e vira-se olhando novamente na direção do corredor do túnel, onde encontra-se o corpo de Frodo. Pensa em voltar, para revê-lo, mas desiste e continua pela trilha. Neste exato momento, com poucos passos, Sam pára novamente com vozes e gritos de Orcs: atrás e à frente dele. O que fazer?

    Sam não se dá conta de qualquer pensamento ou decisão. Simplesmente vai retirando a corrente com o Anel de seu pescoço. O chefe dos orcs aparece na fenda acima e neste momento Sam coloca o Anel. Imediatamente o mundo muda, fica tudo cinzento e vazio. O hobbit está sozinho e "escondido" e ao mesmo tempo sente-se tão a mostra quanto qualquer um poderia se sentir naquela situação.

    Os orcs de cima vão descendo pela escadaria, onde está o invisível Sam, para se encontrar com a tropa de baixo. Sam pode vê-los, mas em imagens distorcidas: parecem fantasmas cinzentos num cenário preto. Os servos de Sauron conversam à maneira orc de falar, um xingando o outro e falando de modo vulgar. Sam fica observando, quando uma parte da tropa que havia ido mais adiante na direção do cenário da luta com Laracna começa a gritar de lá. Eles encontram o corpo de seu Mestre, e Sam não pode admitir que façam algo com ele, pois sabia que seu lugar é ao lado de Frodo.

    Tenta chegar antes para fazer algo contra aqueles trinta ou quarenta Orcs. Mas suas pernas não agüentam mais, e mesmo se conseguisse matar um ou outro Orc não seria o bastante. Ele fracassaria, pegariam o Anel e não haveria canções sobre o ato heróico de Sam. Vai parando, parando e parando. Novamente gritos de Orcs são ouvidos e parecem ser de alegria como a de uma aranha que captura sua mosca. Apanharam o corpo de Frodo! Sam sente-se fracassado, mas precisa seguir o bando para ver se consegue fazer algo.

    Ao caminhar, Sam vai escutando as conversas da tropa: dizem que o poderoso Lugbúrz gostará muito do presente que eles estão levando; e que os Nazgûl haviam enviado eles, pois estariam preocupados suspeitando que o inimigo atravessara as Escadas. Por acaso Sam começa a escutar com mais atenção quando começam a falar sobre Laracna e sua ferida. Gorbag, um dos líderes, sugere que seja um elfo muito forte e com uma espada élfica muito afiada que esteja por ali e tenha feito tamanha ferida na Nobre Laracna. Ao ouvir isso, Sam sorri sinistramente.

    Mais adiante começam a falar da presa que tinham em mãos, Frodo. Gorbag, que não sabe da real situação, diz que Laracna não teria mais o que fazer com uma carniça. Mas Shagrat, o líder da outra tropa, o chama de tolo: afinal, Laracna gosta de carne fresca e sangue quente. Sam começa a compreender quando o Orc termina dizendo: “Esse sujeito não está morto!�? e ele fica tonto por um tempo, escorando-se na rocha.

    A tropa vai se afastando e assim as vozes vão sumindo. Sam está, ao que parece, escorado num portão de pedra um pouco mais alto que ele. Acima há um corredor, e Sam resolve pular se agarrar ali. Sobe e percorre a trilha. As vozes aparecem outra vez e vão ficando nítidas. Os últimos comandos que Sam ouve são de Shagrat e Gorbag: que o corpo de Frodo seja levado para dentro da torre de Lugbúrz, para ficar à salvo. A tropa vai entrando e o Portão se fechando. Sam fica vendo aquilo. Ele fará algo!

    Continua…

    Saiba Mais:

    Sobre Laracna:
    Na infância, Tolkien foi picado por uma tarântula, correndo forte risco de vida. Moravam na �?frica do Sul, numa casa com um jardim perigoso nos verões. Sua vida foi salva pela sua babá que sugou o veneno fora. A história ficou e se diz que esta foi a fonte de inspiração para a Aranha Gigante Laracna (Shelob), que habita uma toca nas Ephel Dúath de Mordor, em O Senhor dos Anéis.

    Fontes:
    Imagens:
    Kasiopea Art
    Aumania
    Ted Nasmith
    John Howe
    Galeria Tolkienianos