Categoria: Heren Quentaron

  • Lá e de Volta Outra Vez: As Férias de um Hobbit – Parte 1

    Apresentação:

    O grupo Heren Quentaron está de volta com um novo projeto que será desenvolvido em capítulos ao longo dos próximos meses. Mas diferente do que você leu em "A Guerra do Anel & Suas Datas", que contou a saga de O Senhor dos Anéis, este não será narrativo. Viemos com "Lá e De Volta…" com a intenção de poder passar muitas análises, opiniões, curiosidades e diversas histórias sobre a obra "O Hobbit", do nosso escritor J.R.R. Tolkien.

    Para começar, trazemos neste: a biografia ilustrada de Bilbo; uma breve história dos Trolls; uma galeria muito bacana de imagens; alguns mapas das trilhas percorridas; o histórico de como surgiu a história e de onde veio as inspirações. Além de muitas informações, que esperamos de coração ser bem recebido por vocês, leitores.

     

    Das Datas e dos Acontecimentos:

    No Conto dos Anos (Apêndice B), de "O Retorno do Rei", Tolkien nos dá os exatos dias em que os acontecimentos da Guerra ocorreram em seus respectivos meses, localizações e escalas. Mas em relação aos fatos de "O Hobbit" ele nos dá mais informações vívidas, de paisagem, do que sobre escalas ou datas. Sendo assim, os episódios deste projeto irão ser lançados baseando-se no profundo estudo que a falecida e renomada cartógrafa Karen Wynn Fonstad publicou em "O Atlas da Terra-média".

    Para começar, o evento descrito por Bilbo como sendo sua "Aventura inesperada" aconteceu 77 anos antes da Guerra do Anel, isso significa, o ano de 2941 da Terceira Era. Ele que tinha 51 anos na época, nem imaginava que passaria longos meses fora de sua Toca para ir em busca de um tesouro perdido pelos anões.

    Tudo iniciou-se quando o velho mago Gandalf chegou no Condado em busca de alguém disposto a participar de uma aventura lucrativa. Este com certeza era Bilbo, que o mago havia conhecido alguns anos antes. Era uma manhã do dia 25 de Abril de 2941. Bilbo fechou a porta na cara de Gandalf após uma breve conversa, mas o mago pegou seu cajado e marcou um sinal na porta redonda. Era para quando fosse voltar no dia seguinte, uma quarta-feira, não se esquecer onde esteve no meio de tantas entradas de tocas.

    Nesta quarta-feira, dia 26, chegam os 13 anões enviados por Gandalf. Essa é a chamada "Festa Inesperada", pois o hobbit teve que se virar para atender os anões com tantos bolos e chás. Neste evento, eles conversam durante o dia inteiro sobre a aventura que iriam trilhar. Após muitos pratos e copos, eles vão dormir. Ao acordar, o Sr. Bolseiro começa a se perguntar se aquilo foi um sonho. Não, não foi de jeito nenhum. Apesar de não ter nenhum anão ali, a louça estava toda suja e em montes na pia.

    Gandalf finalmente aparece às 10h30min, indagando ao morador da Toca quando ele iria ir. "Se tivesse tirado o pó do consolo da lareira, teria encontrado isto bem debaixo do relógio", disse o mago. É verdade! Bilbo não viu o envelope que Thorin & Cia havia deixado. Lá eles agradeciam pela hospitalidade, mas diziam que esperavam ele em pessoa pontualmente na estalagem do Dragão Verde, na localidade de Beirágua. Ele teria que partir rapidamente, pois faltavam apenas 10 minutos. Pobre hobbit, nunca vira-se saindo de casa tão desesperado, sem lenço, chapéu ou bengala!

    E foi assim que ele chegou na estalagem, encontrou com os anões, montaram em pôneis e partiram. Gandalf chegou cavalgando depois, com um cavalo branco, trazendo lenços e o cachimbo de Bilbo; desse modo podemos imaginar que o mago ficou organizando os objetos do hobbit após este ter saído às pressas de sua Toca, e assim fechado a porta por um longo tempo.

    Em O Hobbit, temos "[…] saindo da estalagem numa bela manhã do fim de abril […]"; o dia que a comitiva saiu foi 27. Esta é a primeira data que Tolkien nos deu. E Karen nos explica no seu capítulo dedicado a esta aventura: "O número de dias passados na estrada entre Bolsão e Valfenda só pôde ser calculado retroativamente". Isso é, o grupo partiu do abrigo élfico no Dia do Meio do Ano, após ter ficado lá, segundo estimativa de Fonstad, 27 dias; e ter andado durante 38 dias numa marcha lenta na maior parte do tempo, mas apressada no final devido a chuva e o frio que se aproximava.

    E assim, à 10,7 milhas por dia, para ser preciso, por incrível que pareça, o grupo foi andando. Lembrando que a distância entre Bolsão e Valfenda é um pouco mais que 400 milhas. Talvez até mesmo pelo ambiente inicial do livro não envolver preocupação, os anões fossem devagar em seus pôneis, cantando. E no meio deste percurso, eles toparam com a Mata dos Trolls. O cálculo do Atlas indica 29 de Maio, pois em O Hobbit há o próprio Bilbo falando "E pensar que logo estaremos em junho".

    Para conferir o percurso desta aventura em Eriador, que fica entre a cordilheira das Montanahs Sombrias e as Montanhas Azuis, portanto a parte Oeste, veja o 1º mapa da imagem De Bolsão à Valfenda, no qual há a comparação, em inglês, com a aventura de Frodo e seus companheiros na época da Guerra do Anel.

    Do surgimento de O Hobbit:

    Afinal, de onde veio a inspiração para compor a história narrada, segundo Tolkien, descrita pelo próprio Bilbo, publicada sob o título de ‘O Hobbit’ e em que época iniciou-se? Ao que se refere o ano em que se iniciou esta aventura, nem o próprio Tolkien soube responder exatamente. Já das influências, temos muitos exemplos e alguns depoimentos.

    Tudo começou quando o professor corrigia uma pilha de trabalhos de seus alunos. Eram dissertações, muitas, mas Tolkien já estava no final. Finalmente pegou mais um trabalho, mas antes de vê-lo, satisfeito por estar acabando as correções, olhou em devaneio para o chão. Havia uma mesa em frente, e em baixo, um tapete. Conta-se que tinha uma pequena falha, um buraco, nele. Daí, Tolkien voltou a si e abriu o trabalho. E lá tinha uma folha em branco. “Num buraco do chão morava um hobbit�?, ele escreveu. Bom, mas e o que era isso?

    “Hobbits? Bem, você os encontra. Hobbits pela natureza, pela estatura, e Hobbits que são os dois�?, disse o professor, sorrindo, em uma entrevista áudio-visual, muitos anos depois. Mas naquela época, naquele exato dia, quando não havia nada mais que aquela frase e sequer algum manuscrito de história, era a hora de investigar para saber o que eram hobbits.

    Disse o filho de Tolkien, Padre John: "Acho que Hobbit começou em 1926 ou 1927, quando fomos para Oxford e nos era contada na época do Natal em capítulos. É por isso que ela têm capítulos de aventuras. Se tivéssemos sorte, conseguíamos dois capítulos extras em cada Natal e os outros tinham que ser repetidos e eles ficavam cada vez mais longos."

    Das influ&ecirc
    ;ncias na narrativa:

    Ronald Tolkien estudou os Clássicos, o Inglês Antigo, assim como o Nórdico Antigo, Gótico, Galês e Finlandês. Ou seja, ele teve acesso a muitas histórias e contos medievais. Desde sua infância ele já se envolvia com contos onde apareciam dragões, como os de Andrew Lang. Ou, mais explícito, são os acontecimentos pessoais: sua tia Jane morava num chalé apelidado pelos moradores de ‘Bag End’ (Ponta do Bolsão), em Worcestershire.

    E assim J.R.R. Tolkien foi escrevendo a história: contando aos seus filhos, e compartilhando com seus amigos de grupo, o The Inklings: C.S. Lewis, Charles Williams e outros. O autor de ‘As Crônicas de Nárnia’, Lewis, disse numa carta para um amigo seu, Arthur Greeves, o seguinte: “Desde que começou o período letivo, tenho tido momentos deliciosos lendo uma história infantil que Tolkien escreveu�? e também acrescenta algo interessante: “é exatamente o que nós dois teríamos desejado escrever (ou ler) em 1916…�?

    O grupo incentivou Tolkien a continuar a história, que durante um tempo ficou esquecido nas gavetas. Nas primeiras versões, o dragão se chamava “Pryftan�?; o mago era “Bladorthin�?; e o chefe dos anões, portanto Thorin, era “Gandalf�?. Mas, afim de ter uma versão final dos nomes, num certo dia, se encontrou com Lewis onde escolheu os nomes dos anões numa coletânea de poemas antigos islandeses, o Elder Edda.

    A tradição do Nórdico Antigo é usado de várias formas por Tolkien. Seus personagens anões assemelham-se aos heróis das sagas Nórdicas Antigas: são valentes, teimosos e inexoráveis em sua perseguição de vingança por danos e maldades feitos a eles. Em ‘O Hobbit’, temos uma história de vingança de anões: liderados por Thorin, a comitiva parte para buscar o tesouro roubado pelo temível Smaug.

    O estudioso Aryk Nusbacher diz: "Então temos uma pequena sociedade buscando cumprir uma tarefa e há ecos dos Vikings nisso. Há ecos de todos tipos dos pequenos grupos de pessoas, especialmente mitologia Nórdica, mas ao longo da história da Europa pequenos grupos partem para cumprirem uma tarefa."

    Bilbo Bolseiro:

    Bilbo Bolseiro era um hobbit do Condado. Filho de Bungo Bolseiro e Beladona Tûk, Bilbo sempre havia sido um hobbit normal para os padrões do Condado, a não ser talvez por uma certa dose a mais de curiosidade.

    Assim havia sido desde seu nascimento, na distante data de 22 de setembro de 2890 (1290 RC). Porém, a partir do dia em que Gandalf, Thorin e companhia bateram à sua porta, sua vida começou a mudar. Gandalf lhe "convidou" para auxiliar uma companhia de anões que tinham a missão de recuperar um antigo reino anão e seu tesouro que haviam sido tomados pelo terrível dragão Smaug.

    Nessa aventura Bilbo acabaria por encontrar o Um Anel na caverna de Gollum, além de conquistar outros tesouros, como o colete de Mithril dado a ele por Thorin, e a espada Ferroada. Conquistou também fama no Condado. Nunca antes um hobbit havia agido de tal maneira, e por isso Bilbo ganhou os títulos de indiscreto, aventureiro e estranho por seus conterrâneos. Porém também ganhou o respeito dos elfos e anões e de Gandalf que passou a visitá-lo constantemente (o que só piorou sua imagem perante os hobbits do Condado).

    Desde então, Bilbo passara a ter uma vida pacata, e passou a ter contato com seu sobrinho Frodo, que por ele seria adotado após a morte dos pais do jovem hobbit, que possuía então apenas 22 anos, enquanto Bilbo atingia os seus 90.

    Tudo permaneceu calmo, até que chegou o aniversário de 111 anos de Bilbo (e 33 de Frodo). Após uma pomposa festa com a presença de praticamente todos os hobbits do Condado, Bilbo desapareceu, deixando Bolsão e todo seu legado (inclusive o Um) para Frodo, indo então viver em Valfenda na companhia dos elfos que tanto estimava. Lá viveu por 20 anos, a não ser por uma pequena viajem à Valle e Erebor, as terras de suas antigas aventuras.

    Na Casa de Elrond ele permaneceu escrevendo sobre suas aventuras com Gandalf e os Anões e estudando a sabedoria élfica até o fim da Guerra do Anel, quando, em 3021 (1421 RC), partiu para o oeste junto de Frodo, Gandalf, Elrond, e Galadriel. Ao partir sobre o Mar, Bilbo era o hobbit mais velho de que se teve notícia, atingido os 131 anos de idade, fato que talvez se devesse um pouco à ação do Anel sobre ele.

    Os relatos de Bilbo foram registrados no Livro Vermelho do Marco Ocidental, que ele deu à Frodo, o qual contribuiu com a história de O Senhor dos Anéis, e depois repassou o mesmo à Samwise Gamgi e sua família, até que o professor J. R. R. Tolkien o encontrou e publicou sob os nomes de “O Hobbit�? e “O Senhor dos Anéis�?.

    Bilbo em Imagens:

    Os irmãos Hildebrant, consagrados ilustradores das história de Tolkien, nos dão 2 cenas marcantes na "biografia" de vida. A primeira é "Gandalf visita Bilbo", na bela manhã de 25 de Abril. E a outra, bastante interessante, é "Bilbo em Valfenda", que refere-se à época em que o hobbit esteve hospedado na Casa Élfica escrevendo os relatos de sua viagem à Erebor, já com sua idade avançada. Repare que a perna direita de Bilbo, que fica em baixo da mesa, não apareçe; só podemos ver o contorno do pé dele. Curiosa a imagem, ela porém está como manda o figurino: Bilbo com sua jaqueta vermelha com os botões de ouro.

    John Howe, outro respeitável desenhista, nos ofereçe uma imagem com traços élficos. É "Bilbo em Valfenda", com uma aparência física mais avançada que a dos Irmãos Hildebrant, mas que mantêm um sorriso simpático do hobbit. Ali vemos as janelas e decorações de Valfenda, e os escritos de Bilbo já em estado avançado de elaboração.

    Mas se é para falar de cenas bem hobbitescas, então nada melhor do que a comentada festa dos 111 anos do Sr. Bolseiro. "A Festa de Bilbo", por Inger Edelfeldt, demonstra muito bem isso, com muitas crianças dançando, hobbits comendo e o Bilbo discursando. Mas também temos uma, em preto e branco, de Demétrius Surdi, com o título da ilustração escrito em runas, "A Festa de Bilbo".

    E se Tolkien disse que Bilbo estava preocupado com os "Copos trincados/ Pratos partidos", então John Howe conseguiu trasmitir essa preocupação nesta ilustração chamada "Uma Festa Inesperada", pois "É isso que em Bilbo causa gemidos".

    Dos Trolls:

    Os Trolls foram criados por Morgoth na primeira era das estrelas, eles são serem maléficos, canibais, têm uma grande força e boa agilidade, além disso, são muito pouco inteligentes.

    Melkor criou essas criaturas imitando os ents, ele invejava as criações dos Valar, portanto tentava imitá-las.Acontece que ele não conseguiu que eles se tornassem tão fortes e sábios como os pastores de árvores. A criação do Senhor do Mal tem mais um problema: não é resistente à luz. Se os Trolls entrarem em contato com a luz do sol, se transformam no material de que foram feitos, ou seja: rochas.

    Posteriormente, Sauron aperfeiçoou os Trolls, criando assim a raça dos Olog-Hai. Esses trolls são resistentes à luz, espertos e mais fortes que os trolls de Morgoth.

    Dentre todas essas criaturas, três chamam atenção em particular: Tom, Bert e William. Um trio de Trolls Rochosos de estatura mediana que se fixara na floresta. Esses três infelizes cruzaram o caminho da Comitiva em 2941 da 3ª Era do Sol. O que sua inteligência limitada não conseguiu lhes mostrar é que a comitiva de Bilbo Bolseiro e os anões era pequena apenas na estatura, mas grande na braveza e na astúcia.

    Ao aprisionar os viajantes, Tom, Bert e William conversaram em uma espécie de idioma Westron, típico dos Trolls originais das regiões rochosas. Foi a conversa que impediu os maléficos seres de devorarem Bilbo e seus amigos, pois Gandalf, que ainda estava junto da comitiva, entreteu os três numa discussão que durou até o nascer do sol, quando o trio se transformou em pedra.

    Galeria de Imagens:

    Nesta seção, o leitor é convidado a conhecer as ilustrações dos diversos profissionais desta área. Todas baseadas na passagem de "Da visita de Gandalf ao encontro com os Trolls". Só que além do link para a imagem, você também verá a passagem do livro que se refere à arte.

    A Colina: Vila dos Hobbits – "Os Bolseiros viviam nas vizinhanças da Colina."
    "A Colina, como todas as pessoas num raio de muitas milhas a chamavam". (Capítulo I)

    A visita inesperada de manhã – "Eu sou Gandalf. E Gandalf significa eu!"
    "Tudo o que Bilbo, sem suspeitar de nada, viu naquela manhã foi um velho com um cajado. Usava um chapéu azul, alto e pontudo, uma capa cinzenta comprida, um cachecol prateado sobre o qual sua longa barba branca caía até abaixo da cintura, e imensas botas pretas". (Cap. I)

    Visita de Gandalf – "Você usa Bom dia para um monte de coisas!"
    "Se você tiver um cachimbo com você, sente-se e tome um pouco do meu fumo! Não há pressa, temos o dia todo pela frente! – E então Bilbo se sentou numa cadeira à sua porta, cruzou as pernas e soprou um belo anel de fumaça cinzento que se ergue no ar sem se desmanchar e foi flutuando sobre a Colina". (Cap. I)

    Bilbo encontra Gandalf – "Estou procurando alguém para participar de uma aventura…"
    "Nós somos gente simples e acomodada, e eu não gosto de aventuras. São desagradáveis e desconfortáveis! Fazem com que você se atrase para o jantar! Não consigo imaginar o que as pessoas vêem nelas – disse o nosso Sr. Bolseiro, colocando um polegar atrás dos suspensórios e soprando outor anel de fumaça ainda maior". (Cap. I)

    Uma Festa Inesperada – "Multidão! Isso não soa bem…"

    "Eram mais dois anões, ambos com capuzes azuis, cintos de prata e barbas amarelas; e cada um deles carregava um saco de ferramentas e uma pá. Quando saltaram para dentro, assim que a porta começou a se abrir, Bilbo não ficou nem um pouco surpreso" (Cap. I)

    Gandalf chega batendo – "Alguém estava batendo com um cajado!"

    "Bilbo correu pelo corredor, muito zangado e totalmente desnorteado e desconcentrado – era a mais estapafúrdia quarta-feira de que ele se lembrava. Abriu a porta com um solavanco e todos caíram para dentro, um em cima do outro. Mais anões, mais quatro! E gandalf estava atrás, inclinando-se sobre seu cajado e rindo." (Cap. I)

    A Festa Inesperada – "Se eu digo que ele é um ladrão, isso é o que ele é…"

    "Sobre a mesa, à luz de uma grande lamparina com um quebra-luz vermelho, ele desenrolou um pergaminho muito parecido com um mapa." (Cap. I)

    Glóin – "O azar parecia ter contaminado o fogo…"

    "Lá estavam eles sentados, carrancudos, molhados e resmungando, enquanto Oin e Gloin continuavam tentando acender o fogo, e brigando por causa disso." (Cap. II)

    Trolls – "Não comemos nem sobra de carne de homem faz um tempão"

    "Três pessoas muito grandes e sentadas em volta de uma fogueira muito grande de troncos de faia. Estavam assando pedaços de carneiro em longos espetos de madeira e lambendo o caldo dos dedos. Havia um cheiro agradável, de comida saborosa. Também havia um barril de boa bebida por perto, e eles estavam bebendo em canecas. Mas eram trolls. Obviamente trolls." (Cap. II)

    Os Trolls – "Um ladrhobbit?"

    "Excelente! – disse Gandalf, enquanto saía de trás de uma árvores e ajudava Bilbo a descer de um espinheiro. Então, Bilbo entendeu. Fora a voz do mago que mantivera os trolls discutindo e brigando." (Cap. II)

    Tornando-se Pedra – "… até que a luz chegou e acabou com eles."

    "Pois bem naquele momento a luz surgiu sobre a colina e ouviu-se um grande alvoroço nos galhos. Não foi William quem falou, pois transformou-se em pedra no momento em que se agachou; Bert e Tom ficaram como rochas no momento em que olharam para ele." (Cap. II)

    Trolls – "Precisamos olhar lá dentro!"

    "Procuraram, e logo encontraram marcas das botas de pedra dos trolls, distanciando-se por entre as árvores. Seguiram as pegadas colina acima, até que, oculta pelos arbustos encontraram uma grande porta de pedra que dava acesso a uma caverna. Mas não conseguiram abri-la, embora empurassem todos juntos e Gandalf tentasse vários encantamentos" (Cap. II)

    Créditos das Imagens:
    Abe Papakhian
    Alan Lee
    Angelo Montanini
    Irmãos Hildebrandt
    Jamie Chang Ponine
    John Howe
    J.R.R. Tolkien
    Patrick Gely
    Paul Greogory
    Ted Nasmith

    Fontes:
    Livro "Tolkien: Uma Biografia" de Michael White, Ed. Imago. 2001.
    DVD "J.R.R. Tolkien: Master of the Rings".
    Wikipedia – Enciclopédia da Valinor
    Galeria Tolkienianos
    Livro: "O Atlas da Terra-média", de Karen Wynn Fonstad, Ed. Martins Fontes. 2004.

    Sobre Karen:
    Renomada, mestre em geografia pela Universidade de Oklahoma e professora de geografia na Universidade de Wisconsin. É autora de The Atlas of Pern, The Atlas of the Dragonlance World, The Atlas of the Land e The Forgotten Realms Atlas.

  • O Conselho de Elrond

    Introdução:

    Neste período de final e véspera do ano novo, muitos acontecimentos
    relacionados com à Trilogia “O Senhor dos Anéis”, especialmente com a
    Guerra do Anel vão ocorrendo lá em Arda. No dia 25 de Outubro, ocorreu O Conselho de Elrond.
    É por isso que gostaria de começar inicialmente com este texto, para
    depois, conforme as datas importantes forem surgindo, adicionando cada
    vez mais homenagens belas que ocorreram no período dos anos de 3018,
    3019 & 3020 da Terceira Era (TE).

    Todos sabemos que o capítulo em que está relatado os acontecimentos do
    Conselho ocupam quase 50 páginas do livro da “Sociedade do Anel”,
    portanto tentei fazer numa forma resumida e dinâmica o texto, reunindo
    algumas informações importantes para aqueles que querem relembrar a
    reunião, apreciem o texto:

     

    [25/10] O Conselho de Elrond:

    Uma ameaça vinha do leste, o poderoso Sauron, Senhor do Escuro, estava
    reunindo forças para recuperar seu Anel, pois este havia acordado. Foi
    então que os mais sábios conselheiros da Terra-média se reuniram no dia
    25 de Outubro em Valfenda, lar do senhor Elrond, para decidir o futuro
    do Um, no ano de 3018 da TE. Um sino tocou em sinal de chamada: iria
    começar a reunião.

    Os conselheiros estavam em círculo, em reunião sob comando do Elfo
    Elrond. Entre os membros, estavam, dos anões: Glóin – da companhia de
    Thorin, e seu filho Gimli; dos elfos: Glorfindel, Arwen – filha de
    Elrond, Galdor – Elfo dos Portos, Legolas – filho do Rei dos Elfos do
    Norte da Floresta da Trevas Thranduil; dos homens: Aragorn – herdeiro
    de Isildur, Boromir – homem do Sul; entre outros, como Gandalf e Bilbo,
    além dos escondidos Samwise, Meriadoc e Peregrin.

    Muito foi discutido no Conselho, especialmente histórias do Sul, Frodo
    havia escutado alguns rumores delas, mas histórias como a de Glóin eram
    novas para ele. O pai de Gimli contou o que se passou nos últimos
    tempos, depois foi a vez de Elrond. Iniciou a História do Anel e ao
    decorrer muitos foram acrescentando informações, até que chegaram nos
    tempos atuais. Gandalf, no final das contas pediu para Frodo apresentar
    a jóia.

    Frodo foi quem lhes mostrou o Anel, herdado de seu tio Bilbo, roubado
    de Gollum. Naquele instante, Boromir começou a entender e a juntar os
    enigmas que lhe rodeavam. No momento ousou sugerir o uso do Anel a
    favor de Gondor, mas depois relutou. Entendeu que aquilo era a ruína.

    Logo após, Bilbo ainda apresentou seus fatos, cantou alguns versos, e
    os outros se admiravam. Foi muito discutido, pois a versão de Bilbo e
    sua aventura com o Anel era nova para eles. Gandalf então, mais
    adiante, fez sua estendida explicação sobre os anéis:

    “Os Nove, os Sete e os Três. Todos eles tinham sua pedra própria. Mas
    não o Um Anel, que era redondo e sem adornos, como se fosse o menos
    importante dos anéis; mas quem o fez , desenhou nele marcas que os
    habilidosos, talvez, ainda poderiam ver e ler”

    De repente sua voz mudou quando ele pronunciou na língua negra as
    inscrições do Anel “Ash nazg durbatulûk (…) agh burzum-ishi
    krimpatul”, mas depois de mais aliviado falou na língua comum o
    significado das inscrições “Um Anel para a todos governar (…) e na
    Escuridão aprisiona-los.” Elrond ficou num tom sério, então muitos
    falaram: Boromir, Legolas, Aragorn…

    Após isso, muito foi contado, na versão de Gandalf, o que havia
    acontecido nos meses anteriores, desde sua chegada e saída no Condado
    até a sua prisão no Pináculo de Orthanc, cometido por Saruman, o
    Branco, até então superior à Gandalf na hierarquia dos Magos do
    Conselho Branco. Desde sua luta com Saruman, até seu resgate feito por
    Gwaihir, Gandalf ocupou grande parte do Conselho falando das últimas
    novidades e da loucura de Saruman, que converteu-se do Bem para o lado
    do Mal na Guerra, porém este teve o azar de estar do lado errado.

    Já estavam se aproximando do final do Conselho, decidiriam então o que fazer com aquele
    Anel: uma Sociedade. Uma irmandade de nove membros seria feita para
    contra as forças de Sauron, o Um seria guiado e levado até Orodruin, em
    Mordor, na Terra da Sombra, onde seria desfeito e os povos livres
    viveriam livres novamente. O sino tocou anunciando o meio-dia e Frodo
    disse:

    “Levarei o Anel! Embora não saiba o caminho”

    A resposta foi imediata: A Sociedade do Anel, assim nomeada por Elrond,
    era constituída de nove integrantes, um para cada Nazgûl na visão de
    Elrond: Frodo, o Portador do Anel, Samwise, Gandalf, Aragorn, Legolas,
    Gimli, Boromir, Merry e Pippin.

    Ali estava terminado o Conselho, na terra de Valfenda, na casa de
    Elrond meio – elfo, com o resultado de um único objetivo, que era
    acabar de uma vez por todas o Anel, isso é, destruir aquilo que deveria
    ter sido destruído a muito tempo. O destino do artefato de Sauron
    estava traçado: 5 meses depois ele seria destruído.

  • 22 de Setembro – Uma Festa Muito Esperada

    Dia 22 de Setembro é uma das datas mais importantes na mitologia criado por Tolkien. É aniversário de dois hobbits aventureiros e corajosos: Bilbo e Frodo Bolseiro. Então acompanhe a festa tipicamente de hobbit que acontece todos os anos no distante Condado.
     
     
    Dia 22 de Sacromês¹ os hobbits do Condado se reúnem para a festa mais esperada do ano, nos arredores de Bolsão, sob as folhas da grande �?rvore. É a festa de Bilbo e seu sobrinho Frodo, filho de Drogo. Todos os hobbits das quatro quartas foram convidados. A festa estava repleta de alegria, muita comida e muitas canecas de cerveja. As ruas estavam decoradas de faixas e balões coloridos.

    Havia muitos hobbits importantes, dentre eles destacavam-se as famílias dos Bolseiros, Boffins, Tûks, Brandebuques, Fossadores, Roliços, Covas, Bolgers, Justa – Correias, Texugos, Boncorpos, Corneteiros e Pés – Soberbos. Muitos vinham de longe com a mesma empolgação dos que moravam perto, tudo em nome da magnífica festa dos Bolseiros.

    Então chegou o mago, com seus incríveis poderes, e os seus fogos deslumbrantes. Afinal Gandalf jamais perderia a festa de seu velho amigo Bilbo. Ele veio de uma de suas longas jornadas pela Terra-média, depois de anos em não reencontrar Bilbo e Bolsão, pois era também um canto de descanso para ele. Seus famosos fogos eram fenomenais. Inesquecíveis para quem já os viu. E quem nunca teve o prazer de presencia-los ficava curioso pelos relatos daqueles que já viram.

    Então começou a festa, com muitos cantos, alegrando a todos. A comida era abundante e a bebida era da melhor qualidade, pois Bilbo tinha encomendado-as de todos os fabricantes de vários lugares do Condado, sendo assim, era uma enorme variedade até mesmo da cidade de Bri. Foi então que os aniversariantes da festa se pronunciaram: Bilbo e Frodo agradeceram a vinda dos hobbits e contaram boas e velhas histórias.

    E assim, depois do discurso, todos hobbits ficaram horas e horas festejando até os barris ficarem vazios e a comida se acabar. As musicas cessaram e pouco a pouco os hobbits foram se dirigindo para suas tocas e casas, após se despedirem dos anfitriões. Mas não era o fim. Gandalf soltou um enorme fogo de artifício no formato de uma imensa árvore e os seus ramos cresceram até encherem o céu, enfeitando-o como estrelas, até se desvanecerem no nada, abençoando todo o Condado. Quando todos tinham ido embora, Gandalf e Bilbo sentaram juntos e fumaram uma erva do Condado. Assim acabou a festa mais esperada de toda a história do Condado

     

    Nota:
    ¹ – Sacromês: mês de Setembro no calendário d’O Condado.

  • O Aniversário do Conselho de Leitura Valinor

    No dia 6 de março de 2004, exatamente um ano atrás, foi realizado o
    primeiro Conselho de Leitura Valinor em São Paulo, na casa do moderador
    Uglúk o Uruk-Hai. A idéia foi inspirada no Conselho de Elrond, da Toca
    SP e a organizadora de eventos YavannaLan em São Paulo apresentou para
    os usuários da Valinor. Inicialmente as que pessoas se reuniam para
    bater papo e ler um pouco de Tolkien.

    Com o tempo os Encontros passaram a reunir não só usuários da
    comunidade Valinor, mas sim amigos que iam se formando. Grupos como
    estes têm a sua importância por serem raros num país onde não se cultua
    muito o hábito da leitura, principalmente uma literatura como as
    aventuras e fantasias de Tolkien ao invés de tantos auto-ajudas.

    Graças aos conselhos muitas pessoas acabaram virando amigas e
    construindo laços afetivos muito fortes. Após tantos encontros, no
    último conselho do ano passado, o pessoal participou de um amigo
    secreto onde se era escolhido na hora o presenteado.

    Abaixo, entrevistas com a organizadora e o hilário Orc de Isengard, que fez muitas piadas ao dar seu depoimento.

     

     

    Entrevistas e Depoimentos:

    Com YavannaLan

    [Heren Quentaron – HQ] – Como surgiu o conselho de leitura valinor? De quem foi a idéia?

    [YavannaLan – YL] – Quando eu fui na Hobbitcon em 2004, conheci
    o pessoal da Toca-SP que estavam planejando o Conselho de Elrond (que é
    um grupo de leitura, e também está comemorando um ano), mas como pude
    notar num outro encontro com as duas comunidades juntas, percebi que
    cada uma deveria ter seu próprio grupo. Então resolvi trazer esta idéia
    sensacional, pra Valinor, conversei com o Décio, que me pediu para
    falar com o Orc, e ele topou na hora. Assim mesmo sofri alguns
    comentários contrários, mas bati o pé segui em frente, tá aí, tem um
    ano…

    [HQ] – Como a idéia foi conduzida para que o 1º Conselho fosse feito de maneira agradável?

    [YL] – Na verdade ele foi marcado, apenas isso, não sabia
    exatamente como ia funcionar, queria sentir as pessoas, ver como fluia,
    não tinha nada planejado.

    [HQ] – Do lugar de encontro, da organização e essas coisas?

    [YL] – A príncípio eu gostaria de ler embaixo das árvores num
    parque aqui de São Paulo, mas o Orc, sugeriu a casa dele primeiro para
    vermos como ia funcionar, e estamos lendo lá até hoje, salvo alguns
    dias em que ele teve que se ausentar.

    [HQ] – Quem participou do primeiro conselho?

    [YL] – Como era o aniversário da Deathie, acabou indo bastante
    gente, tanto para a comemoração como para o Conselho em si: Prímula,
    Kabral, Ã?gata, Kim, **Arwen**, Enghetor, Lembas, Quisito, Deathie,
    Uglúk o Hurúk-Hai, Urd-Sama, Betão, Lica Maria Brandenbuque, V, Sujo de
    Sangue e Kisy.

    [HQ] – O Conselho já passou por alguma grande dificuldade, já ficou ameaçado de deixar de existir?

    [YL] – Graças a Eru, não. Estamos na ativa, formamos uma turma
    legal, apenas a espera de novatos, aqueles postadores de: “Neste eu
    vou”, que serão sempre bem vindos, e aqueles sumidos, sem tempo.

    [HQ] – Os integrantes do Conselho são muito amigos?

    [YL] – Alguns se tornaram muito amigos sim! Claro que em toda
    turma, os que se identificam acabam assim por firmar laços mais
    afetivos.

    Também tem aqueles que aparecem uma vez só, e nunca mais se ouve falar
    em toda a Sétima Era. Além de se encontrarem, marcam de sair para ir ao
    cinema, shopping, parques, etc. Também vamos ao cinema, uns na casa dos
    outros fazer nada, viajamos, nos falamos por telefone, por MSN, tudo o
    que amigos fazem.

    [HQ] – Além de ler os capítulos, vocês fazem alguma atividade sobre as obras de Tolkien?

    [YL] – Além da leitura, vamos a todos os eventos que surgem aqui em São Paulo, palestras, exposições.

    [HQ] – Conte-nos de maneira resumida de como são as reuniões.

    [YL] – Nos encontramos no metrô, tomamos uma lotação até a casa
    do Orc, já arrumamos a sala colocando cadeiras, banquinhos, começamos a
    leitura (às vezes esperamos algum retardatário); entre um parágrafo e
    outro sempre surgem algumas dúvidas, perguntas e comentários as vezes
    alguns de mal gosto que eu particurlamente não aprovo, mas como estamos
    numa democracia cada um tem o direito de falar o que quiser.

    [HQ] – Vocês tem algum projeto em mente?

    [YL] – Não. Mas quem sabe um dia se novas idéias surgirem.

    [HQ] – Algum projeto para o Conselho progredir?

    [YV] – Ele por si já está progredindo, graças a Eru.

    [HQ] – Para finalizar a entrevista, deixe uma mensagem para todos.

    [YV] – Portanto, usem pelo menos parte do seu tempo para fazer algo que você goste! Participem do Conselho!

    Com Uglúk, o Uruk-hai

    [HQ] – Qual o prazer de seder Isengard para os encontros?

    Uglúk:Ah… prazer não tem nenhum né… afinal, qual o prazer de
    se ter um bando de ners em casa recitando poemas tolkenianos.. acho que
    a parte boa mesmo é a comida… mas eu acho melhor eu consertar meu
    telcado primeiro.. ela tá me irritando de verdade.. odeio caçar letras.

    [HQ] – Que histórias dos Conselhos você tem para nos contar?

    Uglúk:Histórias eu não sei exatamente, mas existem casos como os do Ka Bral quw insistia em interpretar quando estavam lendo…

    Pode colocar que fui eu que disse… aliás ele adorava quando chegava
    em alguma parte do Saruman.. por que de alguma forma ele achava que a
    voz dele era parecida com a do Christopher Lee… hmm… e aí ele
    ficava de pé e representava…. hmm…

    [HQ] – Como um participante fiel, por causa da sede em Isengard,
    como você vê a participação de cada um no grupo: daquele que lê mais,
    daquele que leva os livros, daquele que só escuta… ?

    Uglúk: Claro, sempre tem os mais nerds, tem aqueles que atá se
    atrevem a passar vergonha e recitar poemas… a diferença é sempre de
    quem tem mais ou menos coragem… na verdade a frase que eu uso como
    inspiração cabe bem a esses: “quem tem medo do ridiculo, não chega ao
    sucesso”… O que acontece é que só por você já estar em um conselho de
    leitura Tolkieniana, você já é definitavemente um cara muito nerd…
    logo, os que leêm mais e se empolgam mais na leitura se sentem em
    casa…

    É claro, essa visão muda de cada um.. há quem diga q é a paixão por Tolkien né?… ok.. hehe.

    [HQ] Risos

    Uglúk:“O professor merece um estudo dessa forma, e nós o
    veneramos”… ok… engraçado que quem vê de fora acha que estamos
    fazendo seita satânica… claro, eu nunca nego..hehe … isso seria
    engraçado se você visse pessoalmente… “ow, é tipo uma seita ?” ai
    eu.. ” sim, tipo, adoramos satanas”…

    Lista de Encontros e Relatórios:

    A lista que segue abaixo foi organizada especialmente para aqueles que
    querem ler da organização dos encontros e de seus respectivos
    relatórios. Os tópicos encontram-se no sub-fórum J.R.R. Tolkien em
    “Eventos Tolkienianos”.

    1º Encontro: Conselho de Leitura YavannaLan – Dia 6 de Março de 2004; Seu Relatório

    2º Encontro: Conselho de Leitura de Deathie – Dia 24 de Abril de 2004; Seu Relatório

    3º Encontro: Conselho de Todos Nós – Dia 22 de Maio de 2004; Seu Relatório

    4º Encontro: Conselho de Kiwi – Dia 5 de Junho de 2004; Seu Relatório

    5º Encontro: Conselho de -Sérgio- – Dia 26 de Junho de 2004; Seu Relatório

    6º Encontro: Conselho de Todos Nós 2 – Dia 24 de Julho de 2004; Seu Relatório

    7º Encontro: Conselho de Olórin Of Lórien – Dia 21 de Agosto de 2004; Seu Relatório

    8º Encontro: Conselho de Lórien – Dia 25 de Setembro; Seu Relatório

    9º Encontro: Conselho de Lancaster W. de Belformont – Dia 23 de Outubro de 2004; Seu Relatório

    10º Encontro: Conselho de Charlie Brown, o Minduim – Dia 27 de Novembro de 2004; Seu Relatório

    11º Encontro: Conselho da Sra. Verde Folha – Dia 19 de Fevereiro de 2005; Seu Relatório

    12º Encontro: Especial 1 Ano de Conselho – Dia 5 de Março de 2005

  • A Guerra do Anel & Suas Datas – Parte 1

    Introdução

    Chegamos no período em que as guerras, as aventuras, as mortes e tudo mais relatados em "O Senhor dos Anéis" a partir do capítulo do Livro II "O Anel Vai Para O Sul" começam. É a Partida da Comitiva no dia 25 de Dezembro do ano 3018 da TE de Valfenda, rumo aos perigos de Mordor e com o objetivo de salvar os povos da ruína e desgraça de Sauron.

    Nomeamos de "A Guerra do Anel & Suas Datas" pois de agora em diante, até o fim da jornada, em 25 de Março, muitos acontecimentos se desenvolverão. Também porque nos baseamos nas datas dos apêndices de “O Retorno do Rei�?. Reunindo então as datas com os fatos, apresentaremos em várias partes toda esta jornada e algumas curiosidades.

    Antes de ler a Parte I, não deixe de ler o prefácio desta aventura através de 25 de Outubro – O Conselho de Elrond, no qual conta como se originou esta união contra às forças de Sauron. Tenha uma boa leitura!

     
     

     

    Parte I – A Partida da Comitiva

    Ao cair da noite de 25 de Dezembro de 3018, a Comitiva do Anel deixa Valfenda, a Última Casa Amiga, seguindo para o Sul, permanecendo à Oeste das Montanhas Sombrias. As palavras de Elrond são claras: de que apenas sobre o Portador do Anel recaem exigências, sendo aos outros, permitida a volta ou desistência no caminho. Porém isso não ocorre, e com certeza a lealdade da Comitiva para com Frodo é decisiva.

    A Comitiva é formada dias antes de ela partir. Elrond pergunta a Frodo se ele ainda está disposto a participar da saga, e ele responde que sim. Sam vai com ele. Então sugere a Gandalf que também participe da missão. Em seguida, diz:

    “Quanto aos restantes, devem representar os Povos Livres do Mundo: Elfos, Anões e Homens�?.

    Então, escolhe Legolas para representar a Raça Élfica, Gimli para representar os Anões e Aragorn para representar os Homens. Boromir também é convidado a acompanhá-los, pelo menos até onde tiver que se separar para voltar a Minas Tirith.

    Como sobram duas vagas (Nove para os Nove Nazgûl), Elrond e Gandalf ponderam se Glorfindel e algum outro elfo de Valfenda deve ir, mas Peregrin e Meriadoc acabam por entrar na Comitiva, por causa de sua amizade com o Portador do Anel.

    A partida de Valfenda representou o passo inicial rumo à destruição do Um e à conseqüente derrota de Sauron. É o primeiro passo dos muitos que serão traçados pelas longas milhas que separam Valfenda de Mordor e de Minas Tirith.

    A viagem segue, melancólica, com ventos gelados e dias sem Sol. Dormindo de dia e caminhando à noite, eles chegarão a Azevim (Eregion de outrora), após duas semanas e quarenta e cinco léguas percorridas. A partir dali o destino dos nove companheiros começará a mudar, já que o plano inicial de Gandalf é passar pelo Passo do Chifre Vermelho, sob a encosta mais distante de Caradhras, mas acabarão tendo de passar pelas Minas de Moria, onde a primeira tragédia ocorrerá.

    Continua…

    Curiosidade:

    Curiosamente, a Partida da Comitiva, que simboliza o começo de uma jornada para enfrentar o mal mais perverso de Arda, o das forças de Sauron, se inicia no dia 25 de Dezembro, o que para o mundo real equivale à festa de Natal. Esta batalha é muito importante para todos habitantes e para o destino da Terra-média, pois depois disso Tolkien diz que o mundo iria transformando-se no mundo dos homens, e depois disso não há mais um mal em forma de seres monstruosos.

    Natal é a festa dos cristãos para o nascimento de Cristo, e nas palavras de Reinaldo “Imrahil�? José Lopes, no livro “Coleção 100 Respostas�?, sobre O Senhor dos Anéis, diz:

    A partida da Sociedade do Anel no dia 25 de Dezembro, o Natal, é mais óbvia: o nascimento de Jesus Cristo, que marca o início da salvação dos homens, também principia a libertação da Terra-média.

    Tolkien foi católico fervoroso, suas obras possuem ensinamentos religiosos, mas ele diz que odeia alegorias, portanto fica a questão: coincidência das datas ou realmente alegoria à data?

    Imagem:

    O canadense Ted Nasmith ilustrou uma imagem que mostra Gandalf conduzindo os membros da Comitiva com a casa do senhor Elrond ao fundo e o rio desaguando na parte direita:

    A Comitiva Deixa Valfenda

  • Dia dos Professores – Uma Homenagem a Tolkien

    Dia 15 de Outubro é uma data comum para muitos, que passa por
    despercebida, mas para professores de todo o Brasil é uma data para se
    comemorar. Nada tão belo quanto tornar uma simples data dos professores
    em algo mágico. Portanto, mais uma vez, estamos aqui para fazer uma
    homenagem a um professor especial, ele é J. R. R. Tolkien, o filólogo
    naturalizado inglês que durante sua vida nos ensinou muito e seus
    frutos foram bem aproveitados. Reunimos então algumas das informações
    mais importantes na carreira de Tolkien, com as devidas fontes citadas
    abaixo.
     

     

    John Ronald Reuel Tolkien além de ser conhecido pela sua área de
    escritor, foi antes de tudo, um professor no ramo da filologia, na
    universidade de Oxford, Inglaterra.

    Tolkien, quando estava na Universidade de Oxford, foi um dos criadores de um grupo denominado Inklings
    (nome de origem anglo-saxã), o qual os componentes (tais como Coghill,
    Dyson e Charles Williams) tinha interesses literários semelhantes. E
    este tinha como integrante mais especial C.S. Lewis (autor de
    As Crônicas de Nárnia), um dos maiores amigos do Professor nessa época.
    Lewis ajudava Tolkien ouvindo os contos recém feitos pelo mesmo, e
    dando opiniões, e assim, vice versa. O grupo se encontrava num bar,
    para tomar uma cerveja, perto da Universidade de Oxford, este chamado
    The Eagle and Child, também conhecido como The Bird and the Baby.

    Depois da primeira guerra mundial, Tolkien evoluiu na carreira
    acadêmica: em 1920 ele foi escolhido para Leitor (Professor Associado)
    de Língua Inglesa na Universidade de Leeds. Em 1925, passou a exercer o
    posto de professor de Anglo-saxão na sua universidade. Como professor,
    Tolkien se dedicou principalmente ao estudo da literatura em inglês
    antigo e médio e também às aulas na graduação. Pode-se perceber em seus
    estudos, que Tolkien tinha um grande apego à mitologia nórdica, a qual
    é palco de várias discussões aqui mesmo na Valinor.

    Um dos mais grandiosos trabalhos de J.R.R. Tolkien com certeza foi a
    criação de novas línguas. E não foi apenas uma, mas pelo menos duas
    línguas bem estruturadas, e mais umas tantas das quais não se possui
    tanta informação, que são Entes, Adûnaico, Khuzdul, entre outras. Há
    quem diga que as futuras obras de Tolkien foram apenas para ambientar
    as línguas que ele havia criado (principalmente o quenya ou
    alto-élfico).

    Em 1972, um ano antes de morrer, a universidade de Oxford o conferiu o
    Doutorado em Letras Honorário, deixando claro que premiavam seus
    trabalhos filológicos e não suas histórias. No fim de sua vida, quando
    morreu em 2 de Setembro de 1973, deixou umas obras inacabadas, e algum
    tempo depois, editada por seu filho Christopher: O Silmarillion & Contos Inacabados, além de vários textos e histórias reunidos nas HoMe.

    Para entendermos a vida de Tolkien, temos o poema Mythopoeia (do livro Tree and leaf e traduzido por Imrahil),
    o qual é de tamanha importância para que possamos entender a causa do
    trabalho de Tolkien e o que o próprio pensava. Durante a obra pode-se
    notar bem a colisão de idéias de Philomythus, o que ama mitos, e seria
    Tolkien; e Misomythus, o que odeia mitos e seria Lewis.

    Fontes:

    Biografia de Tolkien – em espanhol

    Artigo Valinor

    Dúvendor – Biografia Tolkien

    The Eagle and Child

    Mythopoeia – o poema

    Devir – Biografia Tolkien