Categoria: Artigos

  • Que tal seu nome em Quenya?

    Se não dá pra simplesmente aprender quenya de uma hora pra outra, saber o próprio nome na língua mais importante do universo tolkieniano já é um grande avanço. Esse é o objetivo da página Quenya Lapseparma (Livro dos Bebês em quenya), que provê um verdadeiro dicionário de nomes ocidentais traduzidos para o alto-élfico.

    De acordo com Ales Bican, criador da página, a idéia de fazer essa listagem surgiu quando ele leu o artigo “Now we have all got Elvish names” (Agora todos nós temos nomes élficos), escrito por Helge Fauskanger, do site Ardalambion, um dos melhores em atividade sobre lingüística tolkieniana. “Peguei alguns dicionários de nomes em inglês, como o Oxford Dictionary of English Christian Names, e comecei a tentar a tradução para o quenya”, conta Bican.

    O resultado, bastante completo, revelou algumas surpresas. O nosso prosaico Marina (em latim, “mulher do mar”) se equipara a Eärwen (eär=mar + wen=donzela), o nome da mãe de Galadriel; Sansão (em hebraico, “filho do Sol”) é idêntico ao nome do filho caçula de Elendil, Anárion (anar=sol + ion=filho de).

    Vale lembrar que sobrenomes também podem ser traduzidos, embora não apareçam na lista de Ales Bican. O brasileiríssimo Silva (em latim “da floresta”) ficaria Aldaron, enquanto Lopes (espanhol antigo “filho do lobo”) seria Narmion. O endereço do Quenya Lapseparma é http://www.elvish.org/elm/names.html.

    Já o ensaio de Helge Fauskanger pode ser lido em http://www.uib.no/people/hnohf/elfnam.htm.

  • Romance relata saga de Isildur

    Embora esboçada em muitos livros de Tolkien, a história da derrota de Sauron pelos exércitos da Última Aliança, no final da Segunda Era, nunca foi contada numa narrativa completa. Os irmãos americanos Brian e Gary Crawford, fãs de carteirinha de O Senhor dos Anéis, decidiram remediar isso, e escreveram uma das mais elaboradas fans fictions já inspiradas por Tolkien: o romance Isildur.

    A intenção dos dois irmãos, a julgar pela leitura do livro, foi realmente esclarecer os “cantos escuros” deixados por Tolkien na narrativa sobre a Última Aliança. Na verdade, a história se passa depois que as tropas de Elendil e Gil-galad conseguiram invadir Mordor, impondo um cerco de sete anos a Barad-dûr. Isildur, liderando os soldados de Gondor, percorre praticamente toda Rhovanion, reunindo forças para o ataque final a Sauron.

    Mas o herdeiro de Elendil enfrenta a oposição dos Numenoreanos Negros de Umbar, liderados pelo cruel Malithôr (que, no decorrer das Eras, se tornaria o terrível Boca de Sauron). Através de ameaças, Malithôr consegue dissuadir muitos aliados de Gondor a ajudar Isildur, entre eles os homens de Erech, que são amaldiçoados pelo filho de Elendil (outra história que fica na sombra em O Senhor dos Anéis). Um último conselho de Elfos e Homens é reunido em Osgiliath, e a Aliança parte para sua cartada final.

    O romance é uma leitura agradável e bastante fiel ao clima do universo tolkieniano, embora os autores pequem em alguns detalhes.

    A boa notícia é que a obra se encontra disponível para download, traduzida para o Português por Victor Luiz Barone Júnior e Luis Fernando C. Fogaça para a antiga e offline Dúvendor.

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