Categoria: J.R.R.Tolkien

  • The History of Middle-earth I – The Book of Lost Tales

    Quem vê O Silmarillion em sua forma atual talvez não imagine o gigantesco trabalho de transformação e carpintaria literária necessário para que a mitologia dos Dias Antigos tomasse a forma que conhecemos hoje. The Book of Lost Tales I (O Livro dos Contos Perdidos I), o primeiro da série The History of Middle-earth, traz para os leitores as versões mais antigas do universo tolkieniano, algumas datando de 1916.

     

    As histórias do livro são relatadas a partir do ponto de vista de Eriol, um marinheiro humano que, após muitas viagens pelos Mares Ocidentais, chega a Tol Eressëa, a Ilha Solitária onde vivem os elfos. Lá, Eriol torna-se amigo dos Eldar e se hospeda em Mar Vanwa Tyaliéva, o lar de Lindo e sua esposa Vairë. Os elfos de Eressëa, a pedido de Eriol, começam a contar toda a história de Valinor e das Terras Exteriores (o nome "Terra-média" ainda não havia sido incorporado à mitologia), desde a criação do Mundo.

    Exceto a história da Canção dos Ainur, que essencialmente permaneceu com poucas mudanças até a versão "final" do Silmarillion, quase tudo é diferente do que conhecemos hoje. Ossë e Uinen, por exemplo, são Valar; o conceito dos Maiar ainda não havia sido criado. Os Valar têm filhos: Fionwë Úrion (que depois se tornaria o Maia Eonwë) é filho de Manwë e Varda, assim como Oromë – pasmem! – é filho de Yavanna.

    O próprio Morgoth é um inimigo muito mais malicioso, com um senso de humor insolente e cruel, diferente do Senhor do Escuro posterior. A importância das Silmarils para a narrativa ainda não havia aparecido: Melko (assim mesmo, sem "r") rouba todas as jóias dos Noldoli (os futuros Noldor), entre elas as Silmarils. Aliás, o Fëanor que aparece aqui já é um grande artífice, mas não pertence à casa real dos Noldoli. O único filho do rei Finwë Nólemë é Turondo, o futuro Turgon de Gondolin.

    A linguagem empregada também é muito mais arcaica e solene que a do atual Silmarillion (se é que isso é possível). E as próprias línguas élficas são bem diferentes, até em termos históricos: o quenya aqui já é o alto-élfico, mas a língua que depois se tornaria o sindarin é na verdade o noldorin ou gnômico (de gnomos, nome que designava os Noldor neste estágio da mitologia). A idéia era que os Noldor, durante seu exílio nas Terras Exteriores, teriam sua língua muito modificada em relação ao quenya.

    Fica claro também, para quem lê o Lost Tales, a intenção de Tolkien: criar uma "mitologia para a Inglaterra". Isso aparece tanto na associação dos elfos com os fadas do folclore inglês – Eldamar é também chamada de Faëry ou "Terra das Fadas" – quanto na idéia de que Tol Eressëa, em tempos futuros, se tornaria a Grã-Bretanha. Seja como for, The Book of Lost Tales fornece inúmeras chaves para compreender o desenvolvimento do rico universo criativo de Tolkien.

    Conteúdo do Livro

    Contos – "The Cottage of Lost Play", "The Music of the Ainur", "The Coming of the Valar and the Building of Valinor", "The Chainin of Melko", "The Coming of the Elves and the Making of Kôr", "The Theft of Melko and the Darkening of Valinor", "The Flight of the Noldoli", "The Tale of Sun and Moon", "The Hiding of Valinor" e "Gilfanon´s Tale: The Travail of the Noldoli and the Coming of Mankind"
    Poemas – "You and Me", "Kortirion", "Habannan", "Tinfang Warble", "Over Old Hills", "Kôr", "A Song of Aryador" e "Why the Man in the Moon came down too soon"
    Mapas – "The earlist map" e "The World Ship"
    Escritos datam de 1916 – 1918

    Appendix – Names in the Lost Tales Part I:
    Retirado dos primeiros "lexicons" das línguas Élficas e também inclui palavras em "Qenya" e "Goldogrin or Gnomish". Palavras etimologicamente conectadas são dadas tomando como base nomes importantes que as contém.
    Escritos datam de 1915
  • O Senhor dos Anéis

    No ano passado, a maior livraria virtual do mundo, a americana Amazon.com, pediu que os internautas respondessem à seguinte pergunta: "Qual o livro do milênio?". O vencedor disparado foi "O Senhor dos Anéis", de J.R.R. Tolkien, só perdendo mesmo para a Bíblia, que não foi escrita neste milênio. Traduzido em mais de 24 idiomas, "O Senhor dos Anéis" é um épico que vem encantando os leitores desde 1954, ano de sua primeira publicação.

     
    "O Senhor dos Anéis" começou, de acordo com o próprio Tolkien, como uma seqüência de "O Hobbit"; entretanto, a história tomou rumos próprios e passou a relatar os acontecimentos grandiosos do final da Terceira Era da Terra-média, o mundo ficcional criado por Tolkien.

    O livro relata a luta dos povos da Terra-média para livrar-se da ameaça de Sauron, o Senhor do Escuro, o Inimigo do Mundo. Em eras passadas, Sauron, uma espécie de anjo caído detentor de um imenso poder, forjou o Um-Anel, artefato mágico no qual colocou grande parte de sua potência malévola. De posse do Um-Anel, o Senhor do Escuro era capaz de subverter praticamente qualquer vontade à sua. Entretanto, o Um-Anel foi retirado dele, e durante milênios seu terrível poder permaneceu adormecido.

    No final da Terceira Era da Terra-média, porém, Sauron voltou a se fortalecer e a procurar incessantemente pelo seu antigo anel. O que ele não sabe é que sua maior arma foi parar nas mãos do hobbit Bilbo Baggins, que por sua vez a entregou a seu herdeiro, Frodo.

    Com a ajuda do mago Gandalf, o Cinzento e de outros companheiros, pertencentes aos povos livres da Terra-média, Frodo precisa empreender a mais perigosa das jornadas: chegar à terra de Mordor, onde Sauron governa supremo, e destruir o Um-Anel, jogando-o dentro do vulcão Orodruin, onde foi forjado. Só assim o poder de Sauron será destruído para sempre e a Terra-média poderá viver em paz.

    Resumo de O Senhor dos Anéis

    Os resumos foram gentilmente cedidos por Janez Brank [http://www.brank.org/tolksumm/], traduzidos do inglês pelo nosso leitor Luciano Soares e revisados por Imrahil.

    Capítulo 1: Uma festa muito esperada

    Sessenta anos passaram desde que Bilbo Bolseiro, o herói de O Hobbit, tinha voltado de sua jornada. Ele é conhecido por muitos, tanto pela sua riqueza legendária como pelo fato de que a idade não parece afetá-lo. Ele anuncia uma grande celebração em honra do 111o aniversário dele e o 33o aniversário do seu sobrinho Frodo, que ele tinha adotado como herdeiro alguns anos atrás e trouxera para viver no Bolsão. A festa estava esplêndida, e um grande número de hobbits foi convidado. Mas Bilbo sentia-se estranho ultimamente, e decidiu que precisava de umas "férias" e deixaria o Condado; assim, depois de fazer um discurso depois do jantar, na frente dos 144 amigos mais íntimos dele e de Frodo, e também de seus parentes, ele coloca o anel mágico e desaparece, causando grande surpresa. Ele fala mais uma vez com Gandalf antes de partir, e quase muda a sua intenção original de deixar o anel com Frodo; mas o mago o convence a manter a idéia, e Bilbo parte, muito aliviado e mais feliz do que nunca. Gandalf adverte Frodo para não usar o anel. No dia seguinte Frodo está ocupado, pois Bilbo tinha deixado presentes de despedida para muitos hobbits, e agora uma multidão de pessoas se encontra no Bolsão, muitos deles cavando ao redor e procurando os tesouros imaginários de Bilbo. Gandalf parte, e não volta por muito tempo.

    Capítulo 2: A Sombra do Passado

    Gandalf visita Frodo só algumas vezes pelos anos que seguem. Frodo se acostuma a ser o mestre do Bolsão, e faz amizade com alguns dos hobbits mais jovem [por exemplo com Peregrin Tûk e Merry Brandebuque] enquanto a maioria o considera esquisito, como Bilbo. Rumores de eventos estranhos fora do Condado surgem, como o da ascensão do Poder Escuro na Terra de Mordor, embora a maioria dos hobbits não acreditasse nisso. No qüinquagésimo ano da vida de Frodo, Gandalf o visita novamente e eles têm uma conversa longa sobre o anel que Frodo tinha herdado de Bilbo. Gandalf explica a Frodo a natureza e a história do anel, que é de fato o maior dos Anéis de Poder e foi feito há muito tempo por Sauron, o Senhor do Escuro de Mordor. Sauron o está procurando agora avidamente. Achando o anel o seu poder cresceria imensamente. O anel deveria ser destruído para que Sauron perdesse seu poder, mas só poderia ser destruído em Orodruin, a Montanha da Perdição em Mordor. Parece que Sauron já tinha ouvido falar de Bilbo e do Condado através de Gollum; assim, o Condado provavelmente não é mais um lugar seguro para Frodo. Ele decide partir, acompanhado por Sam Gamgi, o seu jovem jardineiro, que [ao contrário da maioria dos hobbits] acredita nas antigas histórias e adoraria ver os Elfos.

    Capítulo 3: Três não é demais

    Frodo vende o Bolsão aos Sacola-Bolseiros e compra uma casa na Terra dos Buques, a leste do Condado, onde ele tinha passado sua infância. No seu qüinquagésimo aniversário, ele deixa o Bolsão e parte com seu amigo Pippin [Peregrin Tûk] e Sam Gamgi; Gandalf o deixou por algum tempo para procurar notícias do que acontecia na Terra-média, e ainda não voltou, o que preocupa muito Frodo. No dia seguinte, os três hobbits notam que estão sendo seguidos pelos misteriosos Cavaleiros Negros. Não sabem exatamente quem eles são, e Frodo, cuidadoso, decide não deixar que os Cavaleiros os vejam. Eles conhecem, durante a noite, um grupo vagante de Altos-elfos conduzido por Gildor Inglorion; Frodo fala por muito tempo com Gildor, e o elfo o aconselha a tentar alcançar Valfenda apesar da ausência de Gandalf, e conta-lhe que os Cavaleiros Negros são os perigosos Servos do Inimigo.

    Capítulo 4: Um atalho para cogumelos

    No dia seguinte, Frodo decide pegar um atalho para o rio Brandevin, onde Merry deveria encontrá-los naquele dia; queriam chegar lá mais cedo, e evitar serem vistos novamente pelos Cavaleiros Negros. De fato, eles percebem que um dos Cavaleiros está na estrada e decidem sair dela. Depois de uma passagem longa e desagradável pelos bosques, eles alcançam a propriedade de Fazendeiro Magote, que é conhecido por soltar seus cachorros em qualquer invasor que venha a colher os seus cogumelos [como o próprio Frodo tinha experimentado na sua mocidade]. Contudo, ele é bastante amigável, especialmente por conhecer bastante Pippin; ele conta a Frodo e seus amigos que pouco tempo antes um cavaleiro negro estranho e amedrontador perguntara-lhe por um Bolseiro . Para ajudar Frodo a alcançar a balsa do Brandevin da maneira mais segura e rápida possível, Magote leva os três hobbits com sua carroça , e eles acham Merry esperando-os ansiosamente.

    Capítulo 5: Conspiração Desmascarada

    Conforme eles cruzam o Rio, notam uma figura negra parada, e cada vez mais próxima. Eles vão para a casa nova de Frodo em Cricôncavo, e falam sobre as suas aventuras na viagem. Frodo pretende falar finalmente para os amigos que vai partir o mais cedo possível quando, para o seu assombro, eles dizem que já sabem sobre o Anel, e sobre o propósito de sua viagem, e que pretendem acompanhá-lo e ajudá-lo. Depois do choque inicial, Frodo aceita a ajuda deles alegremente, e eles decidem partir no dia seguinte, bem cedo, pela Floresta Velha, um lugar conhecido como esquisito e perigoso, para evitar as estradas que provavelmente serão vigiadas pelos Cavaleiros.

    Capítulo 6: A Floresta Velha

    Os hobbits entram na Floresta Velha e logo começam a sentir sua estranheza, como se as árvores estivessem vigiando-os e os odiassem. Eles chegam à Clareira onde os hobbits queimaram uma grande quantidade de árvores há muito tempo atrás. De lá, eles seguem um caminho que os conduz a uma colina que sobe fora da Floresta, e de lá, como eles eventualmente notam, para o Rio Withywindle, a parte central e mais estranha da floresta. Eles querem evitar isso e deixar o caminho, mas acham o terreno sempre mais difícil na direção em que gostariam de ir. Eles caem em um barranco que é muito íngreme para ser escalado novamente e, seguindo-o, chegam ao Withywindle e acham um caminho que corre ao longo dele. Este caminho os traz a um velho salgueiro, perto do qual começam a sentir-se sonolentos de repente. Frodo, Merry e Pippin dormem, e a árvore lança Frodo na água e captura Merry e Pippin debaixo de suas raízes. Sam e Frodo não podem salvá-los, e correm ao longo do caminho, enquanto pedem por ajuda, desesperados. Eles encontram Tom Bombadil, um homem estranho que canta canções absurdas. Tom canta a melodia certa, e o salgueiro liberta Merry e Pippin; então Tom convida os hobbits para irem à casa dele, onde vive com Fruta D"Ouro.

    Capítulo 7: Na Casa de Tom Bombadil

    Eles comem um jantar magnífico e então vão dormir, e cada um deles tem sonhos diferentes e estranhos. No dia os hobbits falam com Tom Bombadil durante o dia inteiro. Tom lhes fala muito sobre a Floresta, os tipos de árvores e animais, o Velho Homem-Salgueiro, e a história antiga da Terra-média, embora de maneira enigmática. Para a surpresa deles, descobrem que o Anel não tem nenhum poder sobre Bombadil. Ele lhes dá conselhos no dia seguinte, e lhes ensina uma rima parra chamá-lo se eles precisarem da ajuda dele.

    Capítulo 8: Névoa nas Colinas dos Túmulos

    No dia seguinte, os hobbits deixam a casa de Tom, pretendendo cruzar os Túmulos. Eles fazem um progresso bom pela manhã, e ao redor de meio-dia param para descansar. Estranhamente há um grande pedra fria que se levanta no topo plano de uma colina. Eles adormecem e são despertados por um pôr-do-sol cercado pela névoa. Eles imediatamente se encaminham na direção que eles acreditam ser a mais direta para a Estrada; algum tempo depois Frodo, que estava na frente, passa entre duas pedras paradas e nota que os outros se foram. Ele começa a gritar por ajuda, e é capturado por uma Criatura Tumular. Ele desperta novamente dentro de um túmulo, nota que os outros estão inconscientes perto dele e que uma mão está rastejando na direção deles. Frodo canta a rima que Tom Bombadil tinha lhes ensinado um dia antes, e realmente Tom vem muito rápido, e a luz do dia destrói a Criatura Tumular. Tom desperta os outros três hobbits, e dá a cada um deles uma espada, tirada dos tesouros que estavam dentro do túmulo. Ele também traz os pôneis deles que fugiram à noite, e os acompanha durante algum tempo, até as fronteiras das terras dele. Os hobbits partem, e chegam à aldeia de Bri pela noite.

    Capítulo 9: No Pônei Saltitante

    O hobbits entram no Pônei Saltitante, uma hospedaria grande em Bri. Um grupo diversificado de hóspedes já esta reunido lá: hobbits locais e homens, anões em viagem, homens estranhos do Sul, e um Guardião misterioso conhecido como Passolargo. Depois da ceia, Frodo, Sam e Pippin decidem unir-se aos hóspedes; Pippin chama a atenção contando uma história sobre o Prefeito do Condado e, empolgado, começa a contar sobre a festa de despedida de Bilbo. Frodo não quer mencionar o desaparecimento de Bilbo, e para interromper Pippin salta sobre uma mesa e começa a cantar e dançar. Ele salta e cai da mesa, e enquanto cai o Anel desliza para o dedo dele, e ele desaparece. Isto causa muita ansiedade, e apesar das explicações posteriores a maioria dos hóspedes deixa o aposento. Passolargo parece saber o real nome de Frodo, e a verdadeira causa do seu desaparecimento, e lhe pede que tenham uma conversa depois. Carrapicho, o estalajadeiro, também se lembra de algo e pede para ter uma conversa particular com Frodo.

    Capítulo 10: Passolargo

    Passolargo vai falar com Frodo, Sam e Pippin. Ele se oferece para ser o guia deles, e parece já saber muito de Frodo; porém, por causa da sua aparência, os hobbits não confiam nele. Então Carrapicho chega e explica que Gandalf tinha deixado uma carta para um certo Frodo Bolseiro, que Carrapicho esquecera de enviar ao Condado há vários meses atrás. Frodo e seus companheiros batem com a descrição que Gandalf dera a Carrapicho, e este dá a carta a Frodo. Entre outras coisas, essa carta contém um conselho de Gandalf para aceitar a ajuda de um amigo seu, um homem chamado Passolargo [com o verdadeiro nome Aragorn], se eles chegassem a conhecê-lo. Assim, Frodo decide aceitar a ajuda dele como um guia para Valfenda. Merry, que saiu para pegar um ar fresco antes, agora volta e conta que viu os Cavaleiros Negros, e parece que eles têm espiões em Bri. Eles decidem não ir para os quartos designados a eles, e dormem no quarto de hóspedes, depois de trancarem as janelas e a porta.

    Capítulo 11: Uma Faca no Escuro

    Naquela mesma noite, os Cavaleiros Negros arrombam a casa de Frodo em Cricôncavo, descobrem que Frodo não esta lá, e cavalgam para Bri com grande pressa. Eles arrombam a hospedaria, ou mais especificamente o quarto onde os hóspedes hobbits normalmente dormem. Os hobbits não são descobertos, mas todos os cavalos e pôneis da hospedaria fugiram com medo. No dia seguinte eles compram um pônei e mantimentos [muito mais do que eles poderiam carregar em suas costas]; eles vão em direção a Valfenda, e Passolargo os conduz pela floresta para uma colina chamada Topo do Vento, que oferece uma visão de cima de uma área circunvizinha bem grande. Parece que Gandalf tinha estado lá três dias antes deles. Naquela noite eles são atacados por cinco dos Cavaleiros em uma depressão debaixo do Topo do Vento; Frodo não consegue resistir ao desejo de colocar o Anel, e imediatamente depois de fazer isso percebe que ele pode ver os Cavaleiros muito claramente apesar da escuridão. O capitão dos Cavaleiros ataca Frodo, que o golpeia nos pés mas acaba ferido e perde a consciência .

    Capítulo 12: Fuga para o Vau

    Passolargo faz o melhor possível para curar Frodo, mas este só poderia receber o tratamento em Valfenda, que eles deveriam alcançar o mais cedo possível. Eles cruzam o Rio Fontegris e, evitando a estrada, caminham pelos ermos e acabam alcançando a região dos trolls onde Bilbo tivera a sua primeira aventura tantos anos atrás. Eles têm que cruzar uma linha de colinas para se pôr mais perto novamente da Estrada, já que a única esperança deles de alcançar Valfenda a tempo é seguir a Estrada que cruza o rio Ruidoságua, ou Bruinen, no vau de Bruinen. Na Estrada eles conhecem Glorfindel, um Senhor Élfico que foi enviado de Valfenda para achá-los e ajudá-los. Eles se aproximam do Vau de Bruinen e são emboscados pelos Cavaleiros Negros. Frodo consegue escapar e cruzar o rio no cavalo de Glorfindel. Então uma grande inundação vem rio abaixo e leva os Cavaleiros.

    Capítulo 1: Muitos Encontros

    Frodo desperta em Valfenda, onde esteve durante três dias aos cuidados do próprio Elrond. Seu braço agora está quase completamente curado. Gandalf também está lá e explica brevemente a Frodo o que aconteceu. Um grande banquete é dado à noite para celebrar a vitória no Vau do Bruinen, e os quatro hobbits estão lá como convidados de honra. Frodo vê muitas caras novas: Elrond, a filha dele, Arwen, e Glóin, um do doze anões que tinham acompanhado Bilbo na sua grande viagem. E, para sua grande alegria, ele encontra também Bilbo, que estava vivendo em Valfenda desde que deixara o Condado. Bilbo recita uma canção sobre Eärendil que ele tinha escrito há pouco. Então, enquanto os elfos cantam e escutam histórias, Bilbo e Frodo falam por muito tempo sobre suas aventuras.

    Capítulo 2: O Conselho de Elrond

    Um grande conselho acontece em Valfenda, com o objetivo de determinar o que fazer na situação presente para impedir Sauron de dominar todo o mundo. Nesse Conselho estavam Elrond, Gandalf, Frodo, Bilbo, Glóin, Glorfindel, Aragorn, muitos elfos de Valfenda, e também os estrangeiros Legolas, filho de Thranduil, o Rei dos elfos-silvestres, e Boromir, filho de Denethor, o Regente de Gondor. Glóin conta que os mensageiros de Mordor vieram aos Anões, buscando informações sobre Bilbo e o seu Anel. Então, a história inteira do Anel é contada. Gandalf relata suas ações durante o verão, quando ele foi capturado por Saruman, o Branco, um Mago poderoso que se tornou um traidor. O Conselho conclui que o Anel não pode ser usado por ninguém exceto Sauron e que, já que o Anel não pode ser mantido fora do alcance de Sauron para sempre, deveria ser destruído em Orodruin. Finalmente, Frodo diz que aceitaria essa tarefa [e fica pasmo com as próprias palavras]. Elrond aprova a decisão de Frodo.

    Capítulo 3: O Anel Vai para Sul

    Muitos mensageiros são mandados de Valfenda em todas as direções para procurar notícias de qualquer servo do Inimigo, e voltam aproximadamente dois meses depois. Elrond escolhe os companheiros para Frodo: a Companhia do Anel é formada por Frodo, Sam, Gandalf, Passolargo, Legolas, Gimli, Boromir, Merry e Pippin. Bilbo dá a sua espada, Ferroada, e sua cota de malha dos anões para Frodo. A Companhia parte para o sul, e viaja a oeste das Montanhas Sombrias durante muito tempo, principalmente à noite. Eles notam muitos corvos e falcões que voam sobre eles, e se preocupam ao imaginar que os pássaros possam ser os espiões do Inimigo. A Companhia tenta cruzar as Montanhas Sombrias pela Passagem de Caradhras, mas parece que a montanha os odeia: uma grande tempestade e quantidades enormes de neve os detêm, e eles são forçados a retroceder para não congelarem até a morte na neve.

    Capítulo 4: Uma Jornada no Escuro

    A única escolha restante para a Companhia alcançar o outro lado das Montanhas agora é atravessar as minas de Moria, ou Khazad-dûm, antigamente um reino esplêndido dos anões, mas agora um lugar desolado e terrível. A Companhia é atacada por wargs, grandes lobos de Sauron, e embora tenham sucesso em reprimir o primeiro ataque, parece que o caminho de Moria é agora o único modo para evitar serem mortos pelos lobos. Eles acham os Portões de Moria e Gandalf descobre a senha que os abre. Quando eles estão a ponto de entrar, tentáculos que pertencem a uma criatura desconhecida saem do lago na frente dos Portões, e quase têm sucesso em arrastar Frodo para a água. A Companhia foge para dentro, e depressa descobre que as Portas foram barradas pelo lado de fora. Eles viajam pela escuridão das Minas por dois dias, e Frodo freqüentemente acha que ouve passos distantes que os seguem. Na manhã do terceiro dia eles alcançam a tumba de Balin e acham um diário lá.

    Capítulo 5: A Ponte de Khazad-dûm

    Gandalf lê o diário durante algum tempo e descobre, entre outras coisas, a localização da tumba dentro de Moria, o que deveria facilitar a saída deles. Porém, quando decidem ir em busca da saída, eles são atacados por um número grande de orcs, acompanhados por trolls. Eles se defendem com muita valentia na câmara da tumba, e com os intervalos entre os ataques eles escapam pela outra porta. Gandalf tenta fechar a porta com um feitiço, mas é impedido por um contra-feitiço de um desconhecido, mas aparentemente um oponente muito forte. Debaixo da pressão dele, Gandalf quebra a porta e destrói a câmara inteira. Isto bloqueia a passagem e livra a Companhia durante algum tempo da perseguição. Eles continuam descendo e alcançam o nível debaixo dos portões. Nesse ponto os Orcs prepararam uma armadilha de fogo para eles, mas a Companhia não desceu a estrada principal e os Orcs a desceram, separando assim a Companhia dos perseguidores. O caminho segue por uma ponte estreita sobre uma fenda, que foi feita como uma defesa pelos Anões de antigamente. Os trolls trazem lajes de pedra para cruzar a barreira de fogo, e antes de a Companhia conseguir cruzar a ponte, um balrog aparece: uma grande criatura humanóide que brande uma espada e um chicote ígneo. Gandalf luta com ele na ponte; o mago quebra a ponte com seu bastão e os dois caem na fenda. O resto da Companhia escapa em segurança para fora de Moria.

    Capítulo 6: Lothlórien

    Gimli e Frodo visitam o Espelho de Durin. A Companhia continua o seu caminho, e Aragorn cuida das feridas de Frodo e Sam. Eles entram na floresta de Lórien, e cruzam o rio Nimrodel. Eles são parados por três guardas, elfos de Lothlórien que lhes permitem dormir nas suas plataformas sobre as árvores. Os orcs passam em baixo das árvores naquela noite, e Gollum, que os está espionando, também é visto. Graças às mensagens de Elrond, que já haviam alcançado Lórien, é permitida a passagem dos membros da Companhia, mas com os olhos vendados e acompanhados por dois guardas. No dia seguinte eles conhecem mais elfos que trazem uma mensagem do Senhor e Senhora dos galadhrim, permitindo à Companhia caminhar com os olhos abertos. Lórien é uma terra estranha e maravilhosa, onde muitas coisas antigas e belas ainda vivem como nos Dias Antigos. Eles alcançam Cerin Amroth, a Colina de Amroth, da qual Aragorn parece ter recordações muito felizes.

    Capítulo 7: O Espelho de Galadriel

    A Companhia passa vários dias em Caras Galadhon, a cidade dos elfos; eles conhecem Celeborn e Galadriel, Senhor e Senhora de Lórien, e falam com eles sobre a missão e sobre Gandalf. Certa noite, Galadriel leva Frodo e Sam para um jardim; ela enche uma bacia prateada de água de uma fonte, e cria um Espelho mágico. Ela lhes permite olhar no espelho, mas os adverte que este pode mostrar o passado ou o futuro, e que pode ser traiçoeiro guiar suas ações de acordo com as visões no espelho. Sam olha primeiro no espelho, e vê árvores serem cortadas por toda parte no Condado. Então Frodo olha no espelho, e vê muitas coisas: Gandalf com uma roupa branca; Bilbo, caminhando no quarto dele, o Mar e o Olho de Sauron. Frodo vê no dedo de Galadriel um dos Três Anéis dos elfos, e lhe oferece o Um Anel, mas ela o rejeita.

    Capítulo 8: Adeus a Lórien

    A Companhia está a ponto de deixar Lórien, e os Elfos lhes dão três barcos leves para facilitar a viagem deles Anduin abaixo; eles também dão para a Companhia mantos élficos cinzentos, várias cordas boas, e um pouco de lembas, um tipo especial de pão do qual pequenos pedaços podem dar força suficiente para um dia inteiro. Após descerem o rio por algum tempo, eles vêem um barco cuja forma se assemelha a um cisne. A bordo estão Celeborn e Galadriel, e a Companhia é convidada a bordo para um banquete de despedida. Galadriel dá um presente a cada membro da Companhia, entre eles um frasco cristalino com a luz de Eärendil para Frodo, uma caixa de terra de Lórien para Sam, e um broche prateado com uma pedra preciosa verde para Aragorn. Então a Companhia deixa Lórien finalmente e continua a viagem; deixar aquela terra tão maravilhosa é uma grande aflição para todos eles. Nota: várias passagens que dão informações importantes sobre os elfos aparecem neste capítulo, como também nos dois capítulos anteriores.

    Capítulo 9: O Grande Rio

    A viagem da Companhia para o sul Anduin abaixo dura vários dias. Gollum os está seguindo em um tronco de madeira, colocando a Companhia em perigo, não só por causa do próprio Gollum, mas também porque ele poderia chamar a atenção de orcs que estavam a leste do rio. Eles também notam uma águia, longe no céu, e decidem viajar à noite para minimizar as chances de serem percebidos. Uma noite eles chegam muito perto das Cataratas de Sarn Gebir, e são atacado por orcs. Uma forma escura estranha voa por cima deles, e Legolas atira uma flecha com o seu arco, derrubando a criatura; isto espanta os inimigos, o ataque pára e a Companhia se retira em uma baía por um atalho rio acima. Neste momento eles notam que tinham passado quase um mês em Lórien. Eles levam os barcos e as bagagens ao longo de um caminho velho além das Correntezas, e a viagem continua além dos Argonath, os Pilares dos Reis, grandes estátuas de Isildur e Anárion construídas há muito tempo pelo numenoreanos. Eles chegam perto das Quedas de Rauros, onde o curso final deles deveria ser decidido: ir para leste rumo a Mordor, ou virar ao sul para Minas Tirith.

    Capítulo 10: O Rompimento da Sociedade

    A Companhia passa a noite no lado ocidental do Rio. Ferroada, a espada de Frodo, está cintilando, indicando que aqueles orcs não estão distantes. No dia seguinte eles têm que decidir o curso que seguirão; a escolha está nas mãos de Frodo, já que o caminho do Portador do Anel só pode ser decidido pelo Portador, ele mesmo. Frodo sente que poderia tomar a decisão mais facilmente se estivesse só, e os outros lhe dão uma hora para se decidir. Ele caminha sem rumo e tenta sem sucesso tomar uma decisão clara. Enquanto isso, Boromir deixa a Companhia sem ser notado, acha Frodo na floresta e lhe ordena que entregue o Anel a ele. Frodo ainda está determinado, e agora firmemente, a ir para Mordor e tentar destruir o Anel; Boromir começa a ficar nervoso e começa a ameaçá-lo. Assim, Frodo coloca o Anel e sai correndo. Ele vai para o topo da colina de Amon Hen, onde pode ver [ainda usando o Anel] terras próximas e distantes até a terra de Mordor. Ele sente o Olho de Sauron que o procura, e finalmente reúne forças para tirar o Anel. Ele decide deixar a Companhia secreta e imediatamente, pois caso contrário ele não poderia reunir coragem para partir em outra ocasião. Enquanto isso, Boromir volta à Companhia e eles começam a procurar Frodo; enquanto os outros estavam procurando, Sam percebe que Frodo estava provavelmente tentando deixá-los, e retorna para os barcos no momento em que Frodo estava arrastando um deles para a água. Logo depois eles partem juntos, cruzam o rio e tomam o rumo de Mordor

    Capítulo 1: A Partida de Boromir

    Aragorn segue o rastro de Frodo até o topo do Amon Hen; lá ele ouve o som da corneta de Boromir entre os gritos de muitos orcs, e ele corre para ajudá-lo. Mas Aragorn chega tarde demais: Boromir já está agonizando, e em suas últimas palavras ele conta para Aragorn sobre o ataque dele a Frodo e sobre a luta com os orcs, os quais levaram os hobbits como prisioneiros. Gimli e Legolas retornam logo depois, e juntos eles levam o corpo de Boromir em um barco e deixam-no flutuar rio abaixo. Eles também notam que um barco e a bagagem de Sam não estão mais ali, e concluem que Frodo e Sam devem ter cruzado o Rio e ido em direção a Mordor enquanto todos estavam procurando Frodo. Assim, parece improvável que os três companheiros ainda pudessem achá-los, e Aragorn decide que eles vão perseguir os orcs e tentar salvar Merry e Pippin. Eles começam a perseguição imediatamente e com maior velocidade, pois os orcs já ganharam uma vantagem de várias horas.

    Capítulo 2: Os Cavaleiros de Rohan

    Aragorn, Gimli e Legolas continuam a perseguição durante três dias, correndo com velocidade notável pela terra de Rohan, mas para o desânimo deles parece que os orcs quase não estão descansando, e a vantagem deles sempre é crescente. No quarto dia eles encontram uma companhia dos rohirrim, os homens de Rohan, conduzidos por Éomer, o Terceiro Marechal de Rohan e sobrinho de Théoden, o Rei de Rohan. Aragorn explica a eles o propósito da caçada, e Éomer conta que os Rohirrim atacaram e destruíram aquele grupo de Orcs dois dias atrás, e não acharam nenhum hobbit entre eles. Eles trocam algumas notícias, e Éomer fica impressionado com Aragorn e a viagem rápida que ele e os seus dois companheiros fizeram nos últimos dias. Ele lhes dá permissão para viajar por Rohan, e lhes dá cavalos excelentes. Aragorn, Gimli e Legolas continuam seguindo o rastro e chegam, naquela noite, ao local da batalha perto da grande floresta de Fangorn. Eles não acham nenhum rastro dos hobbits. Na mesma noite um homem velho aparece [e desaparece depressa] próximo ao acampamento deles, e todos os seus cavalos fogem; eles suspeitam que o homem venha a ser o feiticeiro mau Saruman.

    Capítulo 3: Os Uruk-hai

    Enquanto isso, Pippin e Merry sofrem muito como cativos dos orcs. Estes estão sob ordens de não matar nenhum dos cativos; durante algum tempo, os Orcs os levam, mas eles são forçados a correr, e os Orcs lhes dão um liquido estranho e asqueroso que os fortalece durante algum tempo. O grupo consiste em tipos diferentes de orcs: pequenos das Montanhas Sombrias, alguns orcs de Mordor [conduzidos por Grishnákh] e os grandes Uruk-hai de Isengard, liderados por um capitão chamado Uglúk. Uma discussão surge sobre o destino dos prisioneiros, e Uglúk prevalece. Durante a noite, quando eles se aproximam de Fangorn, são cercados por um grupo dos Cavaleiros de Rohan. Os Cavaleiros acendem fogueiras e esperam o amanhecer antes do ataque final. À noite Grishnákh esperava achar o Anel com os hobbits; ele os leva e tenta escapar, mas é descoberto e morto pelos Cavaleiros. Os hobbits rastejam na floresta, desapercebidos na escuridão. Ao amanhecer os Cavaleiros atacam o acampamento orc e todos eles são mortos na batalha.

    Capítulo 4: Barbárvore

    Merry e Pippin continuam seu caminho na floresta, e logo conhecem Barbárvore, o ent. Ents são criaturas estranhas, altas e muito velhas, cuja aparência se assemelha à das árvores. Eles falam sobre muitas coisas maravilhosas: os hobbits contam a Barbárvore sobre a viagem deles, e ele lhes fala sobre os ents, a história deles, e a Floresta de Fangorn. Os ents são ameaçados por Saruman, que envia orcs para destruir a floresta e as árvores. Barbárvore sente que é tempo de se fazer algo sobre isso, e ele convoca um Entebate, um reunião de ents, onde eles discutem esse assunto. Considerando que os Ents nunca são precipitados, a assembléia dura dois dias e duas noites, mas no fim eles decidem atacar Isengard [o anel de pedras no meio do qual esta a Torre de Orthanc, a habitação de Saruman]. Barbárvore leva os hobbits em sua marcha, e muitos ents se unem a ela.

    Capítulo 5: O Cavaleiro Branco

    Na manhã seguinte, Aragorn, Legolas e Gimli procuram o local da batalha, e acham uma folha de mallorn e alguns miolos de lembas. Isso confirma a presença dos hobbits. Eles continuam a procura na floresta de Fangorn e alcançam a colina onde os hobbits tinham conhecido Barbárvore. Então eles encontram o velho que eles acreditavam ser Saruman, mas este revela ser Gandalf, que derrotou o Balrog e voltou mais forte do que nunca, usando uma roupa branca. Gandalf lhes conta algumas notícias, particularmente que o hobbits conheceram Barbárvore e que os ents estão indo em direção a Isengard; ele lhes aconselha a ir para Rohan e ajudar na guerra que está começando lá. Ele chama o seu cavalo, Scadufax, e ele vem também com os cavalos de Aragorn e Legolas, que o conheceram na noite anterior depois de terem fugido em pânico. Gandalf e os três companheiros rumam para Edoras, a corte de Théoden, o Rei de Rohan.

    Capítulo 6: O Rei do Palácio Dourado

    Eles vão para Meduseld, o palácio do rei Théoden. Eles não são muito bem-vindos no princípio, e é exigido que eles deixem as armas do lado de fora antes de ver o rei. Théoden está sob a influência de seu conselheiro Gríma [também chamado Língua de Cobra] que o convenceu de que Gandalf é sempre um sinal de problemas se aproximando, e não deveria ser bem-vindo. Gandalf silencia Língua de Cobra com um raio mágico, e leva o rei para fora, no ar fresco e à luz do dia. Então Théoden percebe que, escutando os sussurros de Gríma, ele se sentia muito mais velho e mais fraco do que ele realmente era, e agora ele abre o seu coração ao conselho de Gandalf, ordenando que os Rohirrim deveriam se preparar para ir imediatamente para Isengard, enquanto os não capazes de entrar no exército deveriam se retirar aos refúgios das montanhas. Língua de Cobra contesta isso, mas Gandalf o revela como o espião de Saruman; Théoden lhe dá a escolha de se juntar à guerra ou partir para sempre, e Gríma parte. Então o rei dá presentes aos companheiros: ele presenteia Gandalf com Scadufax, e dá armaduras excelentes a Aragorn, Legolas e Gimli. Finalmente o exército parte, e Éowyn, a irmã de Éomer, é escolhida para governar o resto do povo de Rohan na ausência do rei.

    Capítulo 7: O Abismo de Helm

    Gandalf vai para Isengard com a maior velocidade possível, enquanto o resto dos anfitriões vai para o Abismo de Helm, uma fortaleza; lá, na torre do Forte da Trombeta, a habitação de Erkenbrand, o mestre do Folde Ocidental, vários dos rohirrim daquela região já tinham buscado refúgio. O exército entra no Abismo de Helm e se prepara para a defesa; eles são atacados por um exército grande de orcs e homens selvagens da Terra Parda, e apesar de sua quantidade os defensores têm que se retirar para o Forte da Trombeta e para as cavernas do Abismo. No amanhecer do dia seguinte, porém, o exército dos rohirrim sai da fortaleza e os orcs espantados fogem diante disso. Ao mesmo tempo, Gandalf aparece, e também Erkenbrand e o seu exército; os orcs são cercados e empurrados para uma floresta recentemente crescida que é na verdade um exército de huorns [ents que tinham se tornado arvorescos], e nenhum sai vivo.

    Capítulo 8: A estrada para Isengard

    Gandalf, Aragorn, Gimli, Legolas, Théoden, Éomer, e uma parte do exército dos rohirrim cavalgam para Isengard. Gimli conta para Legolas sobre a beleza das Cavernas do Abismo de Helm, e eles decidem que algum dia irão juntos e verão a Floresta de Fangorn e as Cavernas. A companhia viaja pela floresta dos Ents e passa por um grande montículo onde foram enterrados os rohirrim que tombaram nas batalhas. À noite eles vêem uma grande sombra que voa para Isengard. Finalmente eles alcançam o Anel de Isengard onde Saruman morou por muito tempo e transformou em uma grande fortaleza; mas agora ele foi derrotado e arruinado pelos ents. Nos portões eles encontram Merry e Pippin, desfrutando todos os confortos de comida, vinho e erva-de-fumo, e os dois levam Gandalf e Théoden para a parede do norte onde eles poderiam encontrar Barbárvore.

    Capítulo 9: Escombros e Destroços

    Enquanto isso Aragorn, Legolas e Gimli ficam com os dois hobbits, que lhes falam sobre as suas aventuras com o rompimento da Sociedade do Anel: a viagem com os Orcs, o encontro com Barbárvore e o ataque dos ents em Isengard. Os ents não são muito afligidos por setas ou machados, e eles demoliram os portões e paredes de Isengard; não puderam danificar a torre de Orthanc, entretanto, e Saruman ficou encurralado lá. Os huorns formaram uma floresta ao redor de Isengard, onde todos os orcs pereceram. Os ents construíram represas e cavaram trincheiras, e dirigiram a água do rio Isen para Isengard, inundando as cavernas subterrâneas e sufocando as fornalhas de Saruman. Gandalf veio e pediu ajuda [daí a floresta miraculosamente crescida depois da batalha do Abismo de Helm]; e depois Língua de Cobra veio, fingindo ser um mensageiro de Théoden. Porém Barbárvore, a quem Gandalf tinha advertido contra Gríma, lhe deu uma escolha: entrar em Orthanc ou esperar pela vinda de Théoden. Língua de Cobra passou com dificuldade pela inundação e entrou na torre.

    Capítulo 10: A Voz de Saruman

    Gandalf, Théoden, Éomer, Aragorn, Gimli e Legolas vão para os degraus de Orthanc para falar com Saruman, enquanto os outros esperam um pouco mais longe. Saruman tem uma voz poderosa, que pode persuadir muito facilmente. Ele tenta primeiro com Théoden, propondo paz e aliança entre Isengard e Rohan e prometendo grandes benefícios que poderiam vir disso. A voz dele encanta os Cavaleiros, e parece que convenceu Théoden também; entretanto, este recusa e claramente demonstra que nunca haverá tal paz. Então Saruman fala com Gandalf e tenta convencê-lo a se unir a ele. Gandalf ri disto e então dá a Saruman uma última chance para descer e os ajudar na causa deles, ou permanecer trancado em Orthanc. Saruman rejeita esta oferta, e Gandalf quebra o bastão dele e o bane da ordem dos Magos. Um globo cristalino estranho, aparentemente lançado por Língua de Cobra, cai de uma janela; Gandalf o pega, indicando que poderia ser um objeto de grande importância. A companhia diz adeus a Barbárvore [que promete que os ents vigiarão Orthanc e impedirão Saruman de escapar] e prepara-se para partir.

    Capítulo 11: O Palantír

    A companhia pretende ir a Edoras e começa na direção do Abismo de Helm. Pippin está muito curioso sobre a bola de vidro que ele tinha pego, e à noite, quando todos estavam adormecidos, ele a pega debaixo do braço de Gandalf. Ele não pode resistir a olhar nela, e pouco depois ele desmaia com um grito. Gandalf lhe pergunta o que ele viu e fez: na pedra ele viu a Torre Escura, e foi interrogado por Sauron. Sauron achou que a pedra ainda estava em Orthanc, e que o hobbit era prisioneiro de Saruman, e apenas ordenou que Pippin dissesse a Saruman para entregar o prisioneiro a ele, sem fazer mais perguntas. A pedra parece ser um palantír, uma das sete pedras usadas pelos reis do passado, para se comunicar entre lugares distantes; assim, estando com essa pedra, Saruman poderia falar com o Senhor do Escuro. Uma sombra passa sobre o acampamento: é um dos Espectros do Anel, que estão montados agora em horríveis criaturas aladas, e parece estar indo em direção a Isengard. Gandalf propõe que os outros partam imediatamente com a máxima pressa, enquanto ele toma Pippin consigo e cavalga para Minas Tirith tão rápido quanto possível.

    Capítulo 1: Sméagol Domado

    A ação se volta para Frodo e Sam, que estão atravessando as colinas dos Emyn Muil, e sofrem com as paredes íngremes que os impedem de descer. Eles acham um lugar onde uma descida poderia ser possível, e Frodo tenta descer; um grito terrível atravessa o céu naquele momento [provavelmente de um dos nazgûl], e Frodo cai. Felizmente ele cai em uma saliência na rocha. Sam se lembra da corda que os elfos de Lórien lhe deram, e salva Frodo com ela; então ambos descem pela corda, e para a surpresa deles, conseguiram recuperá-la facilmente, como se não tivesse sido amarrada. Eles planejam passar a noite debaixo do precipício. Notam então Gollum, que os tinha seguido todo o tempo; ele escala facilmente, quase como uma aranha, mas cai na parte final da subida. Sam o ataca, e com a ajuda de Frodo eles forçam Gollum a prometer que os conduziria até Mordor. Logo depois Gollum tenta escapar, mas eles o pegam e descobrem que a corda élfica, com a qual eles quiseram amarrá-lo, o machuca muito. Ele jura pelo Anel que os obedeceria, e eles o desamarram. Um tempo depois, quando a lua estava no céu, eles partem novamente.

    Capítulo 2: A travessia dos pântanos

    Os dois hobbits, conduzidos por Gollum, estão fazendo o seu caminho lentamente para os Portões Negros de Mordor. Já que atravessar por campo aberto, cheio de estradas orc, seria muito perigoso, Gollum os conduz ao longo de caminhos menos conhecidos pelas terras pantanosas. Eles cruzam os Pântanos Mortos, onde foram enterrados muitos guerreiros caídos durante a guerra entre a Última Aliança e o Senhor do Escuro no final da Segunda Era; agora luzes estranhas chamejam, e podem ser vistas horríveis faces de mortos debaixo da lama. Espectros do Anel voam freqüentemente sobre eles, aparentemente procurando o Anel e sentindo sua presença de alguma maneira; e o fardo do Anel sempre parece maior a Frodo conforme eles se aproximam de Mordor. Dentro de Gollum duas "personalidades" estão lutando pela dominação: o Sméagol bom, e o Gollum mau; e o desejo pelo anel parece estar vencendo novamente. Finalmente eles chegam às terras desoladas e estéreis diante de Mordor, e somente com o comando rígido de Frodo é que Gollum os guiará mais além.

    Capítulo 3: O Portão Negro está fechado

    Os companheiros chegam ao Portão Negro de Mordor. O Portão é vigiado pelos Dentes de Mordor, duas torres altas erguidas há muito tempo pelos Homens de Gondor, mas depois abandonadas e então ocupadas pelas forças de Sauron. Também há muitas outras muralhas e números enormes de orcs; várias estradas conduzem ao portão, e numerosos exércitos do Leste e do Sul estão entrando em Mordor. Entrar em Mordor parece absolutamente impossível. Neste momento Gollum sugere outro caminho: ir para o sul na cidade fantasma de Minas Ithil, e então até a passagem de Cirith Ungol. Lá as chances de não serem notados são um pouco maiores; naquela direção Sauron conquistou terras até o Anduin, e sente-se mais seguro. Assim, não é provável que o lugar seja vigiado completamente. Gollum afirma ter escapado de Mordor ao longo daquele mesmo caminho; entretanto, parece provável que essa "fuga" era conhecida e aprovada pelo Senhor do Escuro. No entanto Frodo, depois de um pouco de hesitação, decide aceitar esse plano.

    Capítulo 4: De ervas e coelho cozido

    Viajando para o sul, os hobbits alcançam Ithilien, que só foi conquistada recentemente pelo Senhor do Escuro, e não foi devastada nem maculada. Sam está cada vez mais preocupado com a comida: a única comida deles é lembas, que apenas durará até que eles alcançam Orodruin, e certamente não mais que isso. Assim, certo dia, enquanto eles descansam em uma floresta, Sam pede para Gollum que pegue algo comestível. Gollum pega um par de coelhos jovens e Sam prepara um ensopado. Porém, logo que eles terminam de comer , o fogo começa a fazer fumaça e o dois hobbits são rodeados por quatro soldados de Gondor, um deles sendo Faramir, o Capitão. Frodo explica algo sobre a sua missão, e Faramir parece muito interessado nisso; mas no momento ele deixa dois homens para os vigiar, e vai embora preparar-se para a batalha: os homens de Minas Tirith vieram a Ithilien para atacar exércitos que vieram de Harad, ao sul de Mordor, para se juntar às forças de Sauron. Sam vê uma coisa surpreendente durante esta batalha: um "olifante", um dos grandes animais cinzentos que só são conhecidos no Condado através de velhas canções.

    Capítulo 5: A janela no oeste

    Depois da batalha, Faramir [que é o irmão de Boromir] volta e questiona Frodo durante algum tempo; ele é no princípio um pouco desconfiado, e conta que tinha visto o barco com o corpo de Boromir flutuando no Anduin. Depois ele decide que Frodo e Sam deveriam vir com ele e seu exército a um refúgio escondido, uma caverna oculta atrás de uma cachoeira. Diferente de Boromir, que sempre buscou ganhar glória com sua coragem nas guerras, Faramir não é tão hostil e tem um maior respeito pelas coisas antigas e tradições [e pelos elfos]. Ele fala por muito tempo com os dois hobbits, e conta muito sobre Minas Tirith e as suas guerras, a história de Gondor, sua aliança com os rohirrim; Frodo descreve a viagem dos Nove Andantes, evitando o assunto do Anel cuidadosamente. Quando o assunto da conversa são os elfos e Lórien, Sam menciona o Anel acidentalmente. Aqui Faramir prova que ele é verdadeiro em suas palavras, e não tenta pegar ou mesmo ver o Anel.

    Capítulo 6: O lago proibido

    Depois, naquela noite, Gollum aparece no lago perto da caverna, pegando peixes, sem saber do lugar escondido. As leis de Gondor requerem que qualquer um que chegar perto da caverna deve ser morto; mas Faramir desperta Frodo e lhe pergunta a opinião dele. Frodo explica que a criatura que eles viram era Gollum, e que ele os guiou, e que ele não deveria ser morto. Faramir não deixa Gollum vagar livremente sobre a área, e Frodo vai até o lago e convence Gollum a segui-lo. Dois dos guardas pegam-no e o levam para a caverna, vendado e amarrado. Faramir interroga Gollum, e Gollum jura que ele nunca voltará à caverna escondida. Então Faramir dá permissão a Frodo para andar livremente por Gondor, e o adverte, dizendo que Minas Morgul é um lugar mau e perigoso.

    Capítulo 7: Viagem às Encruzilhadas

    Faramir dá a cada um dos hobbits um cajado e também algumas provisões, e então os hobbits e Gollum partem. Eles viajam para o sul durante dois dias e chegam perto da estrada das ruínas de Osgiliath para Minas Ithil. Gollum continua dizendo-lhes para se apressarem, enfatizando o perigo que estão correndo. Eles viram para o leste, para as Encruzilhadas, o cruzamento da estrada de Osgiliath e a estrada norte-sul. No dia seguinte a escuridão começa a emergir de Mordor; grandes nuvens cobrem o céu, e o dia é tão escuro quanto a noite. Eles alcançam as Encruzilhadas; uma grande estátua de pedra de um rei está lá. Sua cabeça estava derrubada, aparentemente cortada pelos servos de Sauron, e jazia no chão perto da estátua; o sol aparece detrás de uma nuvem escura e um de seus últimos raios brilha na cabeça como uma coroa, dando a Frodo esperança nova.

    Capítulo 8: As Escadas de Cirith Ungol

    Os viajantes passam pela cidade de Minas Morgul, e Frodo sente que o Anel atraía-o na direção dela. Eles vêem um grande ajuntamento de exércitos da cidade, indo aparentemente em direção a Gondor, conduzido pelo Capitão dos Espectros do Anel. Então os hobbits e Gollum sobem uma escada longa e íngreme, seguida por outra, mais longa mas não tão íngreme. Eles decidem descansar durante algum tempo, e enquanto Frodo e Sam estão falando Gollum desaparece; ambos caem adormecidos, e Sam desperta para ver Gollum, que se agacha na direção de Frodo. Embora pareça que ele não teve nenhuma intenção má naquele momento, Sam está cheio de desconfiança. Ele desperta Frodo, que diz para Gollum partir livremente, como se os hobbits pudessem continuar sozinhos dali. Mas Gollum diz que eles não podem alcançar o topo da passagem por si próprios, e os três se preparam para continuar.

    Capítulo 9: A Toca de Laracna

    Pouco tempo depois eles alcançam uma grande parede onde o caminho continua por um túnel. Um fedor terrivelmente asqueroso está vindo dali. O túnel é muito longo, e sobe sempre, com passagens laterais em alguns lugares. Os hobbits, enquanto caminham alguns passos atrás de Gollum, notam que o fedor está se tornando cada vez pior, até que eles alcançam uma passagem lateral de onde o cheiro desagradável parece estar vindo. Eles passam por ela, e o ar começa a melhorar; mas logo eles chegam a uma bifurcação do túnel principal. Gollum parece tê-los abandonado; eles tentam uma das passagens e descobrem que está bloqueada. Naquele momento eles notam os olhos de alguma criatura terrível atrás deles. Frodo se aproxima dela com o Frasco de Galadriel em uma mão e Ferroada na outra, e os olhos se retiram da luz. Os hobbits continuam depressa pelo túnel, mas acham a saída bloqueada por uma barreira que se mostra ser a teia de uma aranha gigantesca. Frodo corta a teia com a espada dele, e começa a correr para a passagem, que está distante só alguns passos. Sam vem atrás dele; contudo a criatura que eles viram no túnel faz o mesmo: Laracna, uma aranha enorme. Laracna surge de uma entrada lateral no túnel e começa a correr na direção de Frodo. Antes que Sam pudesse ajudá-lo é atacado por Gollum; depois de uma briga desesperada, Gollum foge.

    Capítulo 10: As Escolhas de Mestre Samwise

    Sam corre e acha Laracna, que se agacha sobre o corpo de Frodo. Isto deixa Sam furioso, e ele ataca a aranha gigantesca; ele fere os olhos da criatura e corta uma de suas garras, mas ela coloca seu corpo enorme por cima dele e tenta esmagá-lo. Porém, Sam mantém sua espada erguida, e Laracna acaba recebendo um ferimento profundo com sua própria força. Ela então abandona os hobbits e foge. Sam tenta acordar Frodo, que não mostra nenhum sinal de vida. Sam se desespera e não pode decidir o que fazer; no fim das contas, sabendo que tudo pereceria se desistisse, ele decide continuar a Demanda, e toma consigo a espada de Frodo, o Frasco de Galadriel e o Anel. Depois de dar os primeiros passos, porém, ele ouve vozes de orcs que se aproximam, e coloca o Anel. Ele descobre que pode entender a língua dos orcs quando usa o Anel: parece que há duas companhias, uma da torre de vigia na passagem e uma de Minas Morgul. Eles levam o corpo de Frodo e atravessam um túnel; Sam os segue, e escutando os capitães orc ele descobre que Frodo provavelmente ainda está vivo, e que será preso, e não morto. A companhia de orcs atravessa portas grandes, que se fecham antes que Sam pudesse atravessá-las.

    Capítulo 1: Minas Tirith

    Depois de uma longa e rápida viagem, Gandalf e Pippin chegam à grande cidade de Minas Tirith nas primeiras horas da manhã, e têm uma audiência com Denethor, o Senhor e Regente de Gondor e pai de Boromir e Faramir. Denethor é um homem de grande poder e linhagem, capaz de perceber muito do que se esconde atrás das palavras de alguém. Pippin conta sobre a jornada deles, e sobre Boromir, e faz um juramento de fidelidade a Gondor. Depois da audiência, Gandalf vai tratar de assuntos urgentes e Pippin sai para explorar a Cidade. Ele conhece Beregond, um soldado da guarda da cidade, que foi mandado para lhe fazer companhia por algum tempo. Eles conversam sobre Gondor e seus costumes, sobre a viagem de Pippin e as terras distantes que ele viu, e sobre a guerra que se aproxima, na qual Gondor não parece ter esperança alguma. Mais tarde, quando Beregond precisa cuidar de seus deveres, Pippin vai ao encontro do filho dele, Bergil, e juntos eles vão para os portões da cidade para ver a chegada dos exércitos de Gondor, que irão fortalecer a defesa de Minas Tirith. No começo da noite Pippin retorna a seus aposentos, e de madrugada Gandalf também volta, parecendo muito preocupado.

    Capítulo 2: A Passagem da Companhia Cinzenta

    Logo depois da partida de Gandalf, a companhia do rei Théoden é alcançada por um grupo de Guardiões do Norte, parentes de Aragorn, acompanhados por Elladan e Elrohir, os filhos de Elrond. Eles cavalgam juntos para o Abismo de Helm, onde Aragorn olha para o palantír e o tira do controle da mente de Sauron. Ele decide ir tão rápido quanto possível para Gondor, tomando as aterrorizantes Sendas dos Mortos, acompanhado por Legolas, Gimli, os filhos de Elrond e os Dúnedain. Levará vários dias para que Théoden [com quem Merry permanece como escudeiro] consiga concentrar as tropas de Rohan; enquanto isso, Aragorn e seus companheiros cavalgam na direção de Edoras e do Templo da Colina. Lá Éowyn quer se juntar a eles, mas Aragorn não o permite, dizendo que apenas Théoden poderia liberá-la de seu dever. Na manhã seguinte a companhia adentra as Sendas dos Mortos: uma espécie de túnel que leva ao outro lado das montanhas, ao sul de Rohan. Os "Mortos" são as sombras de um povo antigo que quebrou seu juramento a Isildur, e Isildur os amaldiçoou a não ter paz enquanto o juramento não fosse cumprido. Aragorn, sendo o herdeiro de Isildur, convoca-os para ajudá-lo na guerra, para que dessa forma cumpram seu juramento. A companhia, seguida por um grande exército das sombras dos Mortos, cavalga para o leste, na direção de Pelargir.

    Capítulo 3: A Concentração das Tropas de Rohan

    Enquanto isso, Théoden e seu exército cavalgam para o Templo da Colina, onde o exército de Rohan está se reunindo. Éowyn os espera, e conta que Aragorn foi para as Sendas dos Mortos; pouco se sabe sobre elas entre os rohirrim, apenas algumas lendas assustadoras, e eles têm certeza de que Aragorn nunca mais será visto. Um mensageiro de Gondor chega, trazendo um aviso de Denethor sobre o perigo em que está Minas Tirith, e pedindo aos rohirrim [que têm sido aliados de Gondor por séculos] que o ajudem na guerra. Théoden se prepara para partir no dia seguinte, pretendendo agora cruzar abertamente a planície, pois a grande nuvem de Mordor cobriu o céu inteiro com escuridão. Ele decide que Merry deve permanecer em Edoras, onde Éowyn irá liderar o povo até a volta do rei. Contudo, um jovem cavaleiro chamado Dernhelm diz em segredo a Merry que pode levá-lo em seu cavalo para Gondor, e Merry aceita a oferta prontamente.

    Capítulo 4: O Cerco de Gondor

    Na manhã seguinte, quando a escuridão já tinha coberto o céu, Gandalf leva Pippin até Denethor, e Pippin recebe um uniforme da Torre. Mais tarde ele encontra Beregond e conversa por algum tempo com ele nas muralhas da cidade. Naquela mesma tarde Faramir retorna a Minas Tirith, mal escapando dos nazgûl alados que estavam perseguindo a ele e a alguns poucos companheiros. Pippin acompanha Gandalf e Faramir num encontro com Denethor; Faramir relata os eventos na fronteira e seu encontro com Frodo. Denethor não está contente com as ações de Faramir, e preferiria que o Anel tivesse sido trazido até ele. No dia seguinte, Faramir deixa a cidade outra vez para ajudar na defesa das passagens através do Anduin. Os defensores não conseguem resistir ao bem preparado ataque; entretanto, um dia mais tarde, sobreviventes recuam para a cidade, perseguidos pelos inimigos; Faramir é trazido para dentro por último, ferido por uma seta envenenada. Grande número de inimigos, liderados pelo próprio Capitão dos Espectros do Anel, se espalham em torno da cidade e iniciam um cerco, cavando trincheiras de fogo e preparando grandes máquinas de assalto. Denethor se descontrola ao ver Faramir mortalmente ferido, e abandona qualquer esperança e a defesa da cidade, enfurnando-se nas casas dos mortos, com intenção de incinerar a si próprio e a Faramir. Ele libera Pippin de seu serviço, e Pippin corre em busca de Gandalf, que ainda pode impedir Denethor de cometer alguma loucura. Enquanto isso, os inimigos atacam o portão da cidade com um grande aríete, e o destroem depois de várias tentativas. O Senhor dos nazgûl entra na cidade e é confrontado apenas por Gandalf; nesse mesmo momento, porém, os chifres de Rohan soam ao longe.

    Capítulo 5: A Cavalgada dos Rohirrim

    O exército de Rohan cavalga rapidamente na direção de Gondor por quatro dias. Certa noite, Merry escuta Théoden e Éomer falando com Ghân-buri-Ghân, um líder dos Homens Selvagens dos bosques próximos. Orcs parecem ter barrado a estrada para Minas Tirith, e Ghân se oferece para mostrar um caminho há muito abandonado e desconhecido através da floresta. Dessa forma, eles chegam ao campo de Gondor sem oposição, pois todos os inimigos estão ocupados atacando os muros da cidade. No momento em que os exércitos de Mordor estão atacando os portões com seu grande aríete, Théoden sopra em seu chifre o sinal de ataque e os rohirrim entram na batalha.

    Capítulo 6: A Batalha dos Campos do Pelennor

    Na primeira investida, Théoden mata um líder dos sulistas. Então o Capitão dos Espectros do Anel, cavalgando sua terrível criatura alada, desce perto de Théoden; o cavalo deste, enlouquecido pelo medo, cai de lado e esmaga o rei sob seu peso. Apenas Éowyn, que estava disfarçada como Dernhelm, fica ao lado de Théoden nesse momento. A coragem de Merry finalmente desperta e ele ataca o Espectro do Anel por trás, e Éowyn, com sua força derradeira, mata o rei dos Espectros. Antes de morrer, Théoden diz adeus a Merry, e saúda Éomer como o novo rei. Os defensores remanescentes de Minas Tirith saem da cidade para ajudar os rohirrim; o Príncipe Imrahil encontra os homens que carregam Théoden e Éowyn, e nota que ela ainda está viva, e chama os curadores. As forças de Rohan e Gondor estão lentamente perdendo a batalha com os enormes exércitos do Inimigo. Uma frota dos navios de Umbar sobe o Anduin, e para a surpresa de atacantes e defensores ela não traz os Corsários, inimigos de Gondor, mas Aragorn e seus companheiros, bem como os exércitos de Gondor meridional. Agora a batalha vira a favor do Oeste, e no fim do dia nenhum inimigo vivo resta no campo de batalha.

    Capítulo 7: A Pira de Denethor

    Pippin encontra Gandalf e o leva até as Casas dos Mortos, para impedir que Denethor incinere a si próprio e a Faramir. Lá eles encontram Beregond [a quem Pippin havia avisado sobre a loucura de Denethor] lutando com os servos do Regente. Gandalf tenta convencer Denethor de que a hora e a maneira da morte de alguém não devem ser decididas por essa pessoa, e que seu dever é liderar a defesa da Cidade; mas Denethor acredita firmemente que o poder de Mordor é agora grande demais, e que tudo é sem esperança. Beregond o impede de matar Faramir; então Denethor agarra uma tocha e a joga no monte de lenha preparado ali, e se lança sobre a fogueira, e queima. Parece que um palantír, mantido secretamente na Torre Branca, foi a origem da loucura de Denethor, pois ele havia olhado nele longamente, e não vira nada além da reunião dos grandes exércitos de Mordor. Gandalf e Pippin levam Faramir para as Casas de Cura, embora ninguém saiba se ele será capaz de se recuperar.

    Capítulo 8: As Casas de Cura

    Totalmente exausto, Merry havia seguido os que carregavam o corpo de Théoden, mas se perdera. Ele é finalmente encontrado por Pippin, e levado para as Casas de Cura. Lá Gandalf escuta uma velha mencionar a lenda de que as mãos de um rei são as mãos de um curador; e ele procura por Aragorn, que poderia ainda ter essa habilidade. Aragorn decide não reivindicar sua realeza até que a guerra com Mordor termine, mas ele entra na cidade para ajudar os feridos. Primeiro ele cuida de Faramir, Éowyn e Merry. Faramir foi atingido por uma flecha envenenada, mas principalmente foi afetada pelo "

  • The History of Middle-earth V – The Lost Road and Other Writings

    O leitor que deseja conhecer a fundo as origens da lenda de Númenor e de todas as histórias da Segunda Era da Terra-média terá uma fonte das mais importantes em The Lost Road and other writings (A Estrada Perdida e outros escritos), o quinto livro da série The History of Middle-earth.
     

    A Estrada Perdida, texto que dá nome ao livro, é uma das obras mais originais de Tolkien, embora infelizmente incompleta. A idéia do livro surgiu das discussões literárias entre Tolkien e seu grande amigo C.S. Lewis, também professor em Oxford. Os dois combinaram que Lewis iria escrever uma história de viagem espacial, enquanto Tolkien escreveria um história de viagem no tempo.

    No fim das contas, apenas Lewis conseguiu terminar e publicar seu livro, com o título Out of the Silent Planet, em 1937. É uma pena que Tolkien não tenha conseguido fazer o mesmo com A Estrada Perdida: a história, cheia de fortes elementos autobiográficos, tem como personagem principal Alboin Errol, um professor universitário com uma paixão pelas línguas do norte da Europa e que, em estranhos sonhos, ouvia fragmentos de idiomas desconhecidos: o eressëano (quenya) e o beleriândico (sindarin). Alboin e seu filho Audoin acabam transportados para Númenor, na pele de Elendil e seu filho Herendil (Isildur e Anárion ainda não haviam surgido), e têm que enfrentar a ameaça de Sauron.

    The Lost Road traz também as mais antigas versões das histórias da Segunda Era, como o relato do surgimento e queda de Númenor e da fundação dos reinos numenoreanos na Terra-média. Para citar apenas uma das diferenças nessas versões antigas, Gil-galad era a princípio descendente de Fëanor!

    Para os interessados na evolução das línguas élficas, The Lost Road encerra dois tesouros. Em primeiro lugar, as Etimologias, uma lista com centenas de raízes élficas primitivas, seus significados e as palavras derivadas delas existentes em quenya, noldorin (o ancestral do sindarin) e outros línguas élficas. Em segundo lugar, o Lhammas ou "Relato das Línguas", em que as características e parentesco das línguas élficas, como eram imaginadas nesse momento (por volta de 1937), eram concebidas.

    Finalmente, The Lost Road também apresenta o Quenta Silmarillion de 1937, novas versões dos Anais de Valinor, Anais de Beleriand e do Ainulindalë, bem como o mapa de Beleriand que serviu de base para os mapas publicados em O Silmarillion.

    Conteúdo do Livro

    The Fall of Númenor O início do conto de Númenor em várias versões. 1936 – 1937

    The Lost Road Um novela viagem no tempo com capítulos sobre Númenor, Scyld e AElfwine. Fragmentado e nunca concluído. Poemas incluem "Ilu Ilúvatar", "King Sheave", "The Nameless Land" e "The Song of Aelfwine". 1936 – 1937

    The Later Annals of Valinor Anais de Valinor e outro local desde o início das coisas até o nascimento do Sol. Não muda muito de "The Earliest Annals of Valinor". Meados/final de 1930

    The Later Annals of Beleriand Anais dos eventos em Beleriand até a Grande Batalha e a destruição de Beleriand. Muito mais completo e terminado que "The Earliest Annals of Beleriand". Meados/final de 1930

    Ainulindalë O mito cosmológico. Segue o "The Lost Tales", mas foi completamente reescrito. Meados/final de 1930

    The Lhammas Um texto sobre as línguas Élficas (e algumas outras) e seus inter-ralacionamentos.

    Quenta Silmarillion Termina com Turin virando um fora-da-lei, mas inclui o final da chegada de Eärendel em Valinor e a Grande Batalha. Depois deste foi escrito o "History of the Elder Days" que permaneceu esquecido por muito tempo. Final de 1930, revisado em 1937-1938.

    The Etymologies Um dicionário etimológico do Élfico. Meados de 1930, grandes revisões em 1938

    The Genealogies Árvores genealógicas dos príncipes Élficos e das três casas dos Pais dos Homens e uma tabela de divisões do Quendi. Início de 1930.

    The List of Names Origens e definições dos nomes encontrados no "Annals of Beleriand" e "Genealogies". 1930

    The Second Silmarillion Map Mapa final de Beleriand, no qual o mapa publicado foi baseado. Impresso como originalmente foi desenhado e escrito.

  • History of Middle-earth IX – Sauron Defeated

    "Sauron Defeated" ou "Sauron Derrotado", o nono livro da monumental série History, recebeu esse título um tanto genérico meio por falta de opção, admite Christopher Tolkien. É que a obra teve de reunir material um tanto díspar, que vai desde a continuação da história textual de "O Senhor dos Anéis" até um romance (abortado) de viagem no tempo, altamente experimental. A diversidade de temas e estilos mostra que, além de genial, Tolkien podia ser muito versátil, enveredando inclusive pela ficção científica tradicional.
     

    O início do livro fecha o desenvolvimento de "O Senhor dos Anéis" com as versões preliminares dos capítulos que hoje compõem o Livro VI da Saga do Anel. Alguns detalhes interessantes são a aparição do velho Ghân-buri-Ghân para a coroação de Aragorn e o papel ativo e guerreiro que Frodo, inicialmente, teve durante o Expurgo do Condado.

    Mas emocionante mesmo é o Epílogo do livro (que acabou sendo retirado da edição final) em que Sam, já mais velho e rodeado de seus filhos, conta aos pequenos sobre o destino final dos companheiros da Sociedade do Anel e da visita do rei Elessar ao Condado. Abraçado com Rosinha, Sam contempla o céu estrelado da Terra-média e volta para o aconchego do Bolsão, não sem antes ouvir ao longe o barulho do Mar – um prelúdio de sua partida para as Terras Imortais. Como guloseima para os que se interessam pelas línguas élficas, a Carta do Rei no original sindarin também está disponível.

    O tom muda bastante na segunda parte do livro, voltando-se para a história de Númenor. É quando surgem os "The Notion Club Papers" (As Palestras do Clube Notion), um romance ousado e infelizmente inacabado no qual Tolkien retoma o antigo "The Lost Road": um grupo de eruditos de Oxford, que se reúne durante os anos 80 do século XX (logo, no que era o futuro para Tolkien), discute as possibilidades da viagem espacial e temporal e acaba redescobrindo o mundo perdido da Segunda Era e da ameaça de Sauron sobre Númenor.

    Finalmente, a terceira parte traça a evolução do texto "The Drowning of Anadûnê", uma das principais fontes para o Akallabêth, a Queda de Númenor. Como bônus, temos o início de uma gramática histórica do adûnaico, o idioma numenoreano, feita por um dos membros do Clube Notion – que termina, infelizmente, antes de chegar ao verbo.

  • The Monster and the Critics

    Os leitores que aprenderam a conhecer e amar Tolkien como contador de histórias muitas vezes acabam ignorando um aspecto tão importante de seu trabalho quanto a criação literária: o de estudioso apaixonado e erudito sagaz, que apontava novos caminhos de pesquisa e revigorava o estudo de obras fundamentais para a literatura de língua inglesa. A importância da coletânea de ensaios The Monsters & The Critics and Other Essays é grande justamente por reunir as reflexões do Professor sobre temas "acadêmicos", sem nunca deixar de lado seu talento com as palavras, seu bom humor e sua relevância para o leitor moderno.
     

    Sete textos de Tolkien formam a coletânea, editada como de costume por Christopher Tolkien. Todos os ensaios, à exceção de On Translating Beowulf, foram apresentados originalmente como palestras em diversas universidades, e englobam um período que vai de 1931 a 1959.

    O ensaio-título do livro, Beowulf: The Monsters and the Critics, traz as opiniões de Tolkien a respeito do Beowulf, o poema máximo do período anglo-saxão ou inglês antigo (séculos VI-X de nossa era). Logo em seguida, outro texto dedicado a esse épico: On Translating Beowulf (Sobre a tradução de Beowulf), em que o Professor disseca as complexidades da métrica anglo-saxã (que ele próprio dominava e usou em diversos poemas de O Senhor dos Anéis), e no qual ele sai em defesa do estilo "elevado" na tradução de poemas de um passado épico.

    Outro poema medieval, agora do século XIV, é o tema das reflexões de Tolkien no ensaio seguinte. Trata-se de Sir Gawain e o Cavaleiro Verde, obra relacionada ao ciclo arturiano e repleta de dilemas morais e filosóficos.

    O coração do livro, sem dúvida, é o texto On Fairy Stories (Sobre Contos de Fadas). Mais que um ensaio, ele é quase um manifesto das convicções de Tolkien a respeito da literatura e do papel do escritor enquanto criador de mundos e renovador da própria Existência. É leitura obrigatória para quem desejar entender a obra e a personalidade tolkieniana.

    English and Welsh (Inglês e Galês) trata das influências do idioma galês na Inglaterra e das relações entre as culturas inglesa e galesa, revelando toda a paixão que Tolkien sentia por essa língua que foi a matriz para o sindarin. A Secret Vice (Um Vício Secreto) é de extremo interesse por ser uma explanação longa e detalhada do próprio Tolkien sobre seu prazer em criar línguas imaginárias (o "vício" do título). Num apêndice ao texto, somos presenteados com Markyria (O último navio), um dos maiores textos em quenya conhecidos até hoje.

    Fechando a coletânea, há o Valedictory Adress (Discurso de Despedida), feito para marcar a aposentadoria de Tolkien na Universidade de Oxford. O Professor revê sua vida acadêmica, aconselha as novas gerações de Oxford e se despede com o lamento de Galdriel em Lórien e um poema em anglo-saxão que ecoa as canções dos Rohirrim.

  • Mestre Gil de Ham

    Mestre Gil de Ham

    Nem só de Terra-média vivia Tolkien, embora muitos leitores brasileiros ainda não saibam disso. O Professor também escreveu diversos contos fascinantes cuja ambientação não é a mesma de O Senhor dos Anéis, sem que a aura de beleza e fantasia tão característica de seus textos esteja ausente. E uma das melhores histórias dessa safra é, sem dúvida, Farmer Giles of Ham (Fazendeiro Giles de Ham).
     

    A trama de Farmer Giles se passa numa imaginária Grã-Bretanha antes do Rei Arthur, quando gigantes e dragões ainda ameaçavam os reinos da ilha e seus pobres habitantes. No sonolento vilarejo de Ham, o fazendeiro Aegidius Ahenobardus Julius Agricola de Hammo (Giles de Ham para os íntimos) leva uma vida pasmacenta, no melhor estilo do Condado, quando um gigante invade suas terras e Giles o derrota, virando o herói da região.

    O fazendeiro até que se adapta bem à nova posição de prestígio, mas o temível dragão Chrysophylax resolve atacar o reino onde Giles vive e a tarefa de enfrentar a criatura acaba sobrando para o pobre Aegidius.

    Farmer Giles of Ham consegue misturar de maneira muito inteligente e bem-humorada sátira, fantasia, aventura e erudição. Um atrativo à parte são as engraçadíssimas citações e nomes em latim, além do retrato nem um pouco lisonjeiro que Tolkien traça da nobreza medieval. A história pode ser encontrada em conjunto com Smith of Wooton Major ou na coletânea Tales from the Perilous Realm.

  • Resumo de O Senhor dos Anéis – Livro V (Cap. 1 a 10)

    Capítulo 1: Minas Tirith
    Depois de uma longa e rápida viagem, Gandalf e Pippin chegam à grande cidade de Minas Tirith nas primeiras horas da manhã, e têm uma audiência com Denethor, o Senhor e Regente de Gondor e pai de Boromir e Faramir. Denethor é um homem de grande poder e linhagem, capaz de perceber muito do que se esconde atrás das palavras de alguém. Pippin conta sobre a jornada deles, e sobre Boromir, e faz um juramento de fidelidade a Gondor. Depois da audiência, Gandalf vai tratar de assuntos urgentes e Pippin sai para explorar a Cidade. Ele conhece Beregond, um soldado da guarda da cidade, que foi mandado para lhe fazer companhia por algum tempo. Eles conversam sobre Gondor e seus costumes, sobre a viagem de Pippin e as terras distantes que ele viu, e sobre a guerra que se aproxima, na qual Gondor não parece ter esperança alguma. Mais tarde, quando Beregond precisa cuidar de seus deveres, Pippin vai ao encontro do filho dele, Bergil, e juntos eles vão para os portões da cidade para ver a chegada dos exércitos de Gondor, que irão fortalecer a defesa de Minas Tirith. No começo da noite Pippin retorna a seus aposentos, e de madrugada Gandalf também volta, parecendo muito preocupado.
     
    Capítulo 2: A Passagem da Companhia Cinzenta
    Logo depois da partida de Gandalf, a companhia do rei Théoden é alcançada por um grupo de Guardiões do Norte, parentes de Aragorn, acompanhados por Elladan e Elrohir, os filhos de Elrond. Eles cavalgam juntos para o Abismo de Helm, onde Aragorn olha para o palantír e o tira do controle da mente de Sauron. Ele decide ir tão rápido quanto possível para Gondor, tomando as aterrorizantes Sendas dos Mortos, acompanhado por Legolas, Gimli, os filhos de Elrond e os Dúnedain. Levará vários dias para que Théoden [com quem Merry permanece como escudeiro] consiga concentrar as tropas de Rohan; enquanto isso, Aragorn e seus companheiros cavalgam na direção de Edoras e do Templo da Colina. Lá Éowyn quer se juntar a eles, mas Aragorn não o permite, dizendo que apenas Théoden poderia liberá-la de seu dever. Na manhã seguinte a companhia adentra as Sendas dos Mortos: uma espécie de túnel que leva ao outro lado das montanhas, ao sul de Rohan. Os "Mortos" são as sombras de um povo antigo que quebrou seu juramento a Isildur, e Isildur os amaldiçoou a não ter paz enquanto o juramento não fosse cumprido. Aragorn, sendo o herdeiro de Isildur, convoca-os para ajudá-lo na guerra, para que dessa forma cumpram seu juramento. A companhia, seguida por um grande exército das sombras dos Mortos, cavalga para o leste, na direção de Pelargir.

    Capítulo 3: A Concentração das Tropas de Rohan
    Enquanto isso, Théoden e seu exército cavalgam para o Templo da Colina, onde o exército de Rohan está se reunindo. Éowyn os espera, e conta que Aragorn foi para as Sendas dos Mortos; pouco se sabe sobre elas entre os rohirrim, apenas algumas lendas assustadoras, e eles têm certeza de que Aragorn nunca mais será visto. Um mensageiro de Gondor chega, trazendo um aviso de Denethor sobre o perigo em que está Minas Tirith, e pedindo aos rohirrim [que têm sido aliados de Gondor por séculos] que o ajudem na guerra. Théoden se prepara para partir no dia seguinte, pretendendo agora cruzar abertamente a planície, pois a grande nuvem de Mordor cobriu o céu inteiro com escuridão. Ele decide que Merry deve permanecer em Edoras, onde Éowyn irá liderar o povo até a volta do rei. Contudo, um jovem cavaleiro chamado Dernhelm diz em segredo a Merry que pode levá-lo em seu cavalo para Gondor, e Merry aceita a oferta prontamente.

    Capítulo 4: O Cerco de Gondor
    Na manhã seguinte, quando a escuridão já tinha coberto o céu, Gandalf leva Pippin até Denethor, e Pippin recebe um uniforme da Torre. Mais tarde ele encontra Beregond e conversa por algum tempo com ele nas muralhas da cidade. Naquela mesma tarde Faramir retorna a Minas Tirith, mal escapando dos nazgûl alados que estavam perseguindo a ele e a alguns poucos companheiros. Pippin acompanha Gandalf e Faramir num encontro com Denethor; Faramir relata os eventos na fronteira e seu encontro com Frodo. Denethor não está contente com as ações de Faramir, e preferiria que o Anel tivesse sido trazido até ele. No dia seguinte, Faramir deixa a cidade outra vez para ajudar na defesa das passagens através do Anduin. Os defensores não conseguem resistir ao bem preparado ataque; entretanto, um dia mais tarde, sobreviventes recuam para a cidade, perseguidos pelos inimigos; Faramir é trazido para dentro por último, ferido por uma seta envenenada. Grande número de inimigos, liderados pelo próprio Capitão dos Espectros do Anel, se espalham em torno da cidade e iniciam um cerco, cavando trincheiras de fogo e preparando grandes máquinas de assalto. Denethor se descontrola ao ver Faramir mortalmente ferido, e abandona qualquer esperança e a defesa da cidade, enfurnando-se nas casas dos mortos, com intenção de incinerar a si próprio e a Faramir. Ele libera Pippin de seu serviço, e Pippin corre em busca de Gandalf, que ainda pode impedir Denethor de cometer alguma loucura. Enquanto isso, os inimigos atacam o portão da cidade com um grande aríete, e o destroem depois de várias tentativas. O Senhor dos nazgûl entra na cidade e é confrontado apenas por Gandalf; nesse mesmo momento, porém, os chifres de Rohan soam ao longe.

    Capítulo 5: A Cavalgada dos Rohirrim
    O exército de Rohan cavalga rapidamente na direção de Gondor por quatro dias. Certa noite, Merry escuta Théoden e Éomer falando com Ghân-buri-Ghân, um líder dos Homens Selvagens dos bosques próximos. Orcs parecem ter barrado a estrada para Minas Tirith, e Ghân se oferece para mostrar um caminho há muito abandonado e desconhecido através da floresta. Dessa forma, eles chegam ao campo de Gondor sem oposição, pois todos os inimigos estão ocupados atacando os muros da cidade. No momento em que os exércitos de Mordor estão atacando os portões com seu grande aríete, Théoden sopra em seu chifre o sinal de ataque e os rohirrim entram na batalha.

    Capítulo 6: A Batalha dos Campos do Pelennor
    Na primeira investida, Théoden mata um líder dos sulistas. Então o Capitão dos Espectros do Anel, cavalgando sua terrível criatura alada, desce perto de Théoden; o cavalo deste, enlouquecido pelo medo, cai de lado e esmaga o rei sob seu peso. Apenas Éowyn, que estava disfarçada como Dernhelm, fica ao lado de Théoden nesse momento. A coragem de Merry finalmente desperta e ele ataca o Espectro do Anel por trás, e Éowyn, com sua força derradeira, mata o rei dos Espectros. Antes de morrer, Théoden diz adeus a Merry, e saúda Éomer como o novo rei. Os defensores remanescentes de Minas Tirith saem da cidade para ajudar os rohirrim; o Príncipe Imrahil encontra os homens que carregam Théoden e Éowyn, e nota que ela ainda está viva, e chama os curadores. As forças de Rohan e Gondor estão lentamente perdendo a batalha com os enormes exércitos do Inimigo. Uma frota dos navios de Umbar sobe o Anduin, e para a surpresa de atacantes e defensores ela não traz os Corsários, inimigos de Gondor, mas Aragorn e seus companheiros, bem como os exércitos de Gondor meridional. Agora a batalha vira a favor do Oeste, e no fim do dia nenhum inimigo vivo resta no campo de batalha.

    Capítulo 7: A Pira de Denethor
    Pippin encontra Gandalf e o leva até as Casas dos Mortos, para impedir que Denethor incinere a si próprio e a Faramir. Lá eles encontram Beregond [a quem Pippin havia avisado sobre a loucura de Denethor] lutando com os servos do Regente. Gandalf tenta convencer Denethor de que a hora e a maneira da morte de alguém não devem ser decididas por essa pessoa, e que seu dever é liderar a defesa da Cidade; mas Denethor acredita firmemente que o poder de Mordor é agora grande demais, e que tudo é sem esperança. Beregond o impede de matar Faramir; então Denethor agarra uma tocha e a joga no monte de lenha preparado ali, e se lança sobre a fogueira, e queima. Parece que um palantír, mantido secretamente na Torre Branca, foi a origem da loucura de Denethor, pois ele havia olhado nele longamente, e não vira nada além da reunião dos grandes exércitos de Mordor. Gandalf e Pippin levam Faramir para as Casas de Cura, embora ninguém saiba se ele será capaz de se recuperar.

    Capítulo 8: As Casas de Cura
    Totalmente exausto, Merry havia seguido os que carregavam o corpo de Théoden, mas se perdera. Ele é finalmente encontrado por Pippin, e levado para as Casas de Cura. Lá Gandalf escuta uma velha mencionar a lenda de que as mãos de um rei são as mãos de um curador; e ele procura por Aragorn, que poderia ainda ter essa habilidade. Aragorn decide não reivindicar sua realeza até que a guerra com Mordor termine, mas ele entra na cidade para ajudar os feridos. Primeiro ele cuida de Faramir, Éowyn e Merry. Faramir foi atingido por uma flecha envenenada, mas principalmente foi afetada pelo "hálito negro" dos nazgûl; e Éowyn e Merry caíram na escuridão depois de enfrentar o Espectro do Anel. Aragorn os cura com uma erva chamada athelas e eles despertam, embora ainda tenham que descansar por vários dias. Ele e os filhos de Elrond trabalham nas Casas de Cura até a manhã do dia seguinte.

    Capítulo 9: O Último Debate
    Na manhã seguinte, Legolas e Gimli entram na cidade e encontram o Príncipe Imrahil; então eles visitam Merry e Pippin nas Casas de Cura. Conversam sobre a passagem das Sendas dos Mortos: como eles cavalgaram por vários dias, e Aragorn convocou as sombras dos Mortos para lutar por ele, como eles capturaram a frota de Umbar em Pelargir, e como eles navegaram Anduin acima para se juntar à batalha do Pelennor. Enquanto isso, os capitães debatem: Gandalf, Aragorn, Imrahil, Éomer e os filhos de Elrond. Gandalf apresenta seu plano: cavalgar na direção do Portão Negro de Mordor, como se para desafiar Sauron à batalha, de maneira que ele esvazie Mordor e dirija toda a sua atenção para eles; isso aumentaria as chances de Frodo de alcançar o Orodruin e destruir o Anel. Pois, enquanto o Anel existir, a força de Sauron será grande demais para ser derrotada na guerra. O plano é aceito e um exército de sete mil homens se prepara para partir em dois dias.

    Capítulo 10: O Portão Negro se abre
    O exército do Oeste marcha na direção dos portões de Mordor, e várias vezes por dia os arautos proclamam a vinda do Rei e desafiam as forças de Mordor. Alguns homens são destacados para guardar as Encruzilhadas, e mais tarde alguns sentem medo e voltam. Ninguém responde aos desafios, porém, exceto por um pequeno grupo de orcs e orientais que eles derrotam facilmente. Finalmente o exército chega ao Portão Negro de Mordor, e novamente desafia Sauron a sair e reparar suas ações malignas. Então uma embaixada aparece, liderado pela Boca de Sauron, um numenoreano corrompido que havia passado a servir Sauron e se tornara lugar-tenente de Barad-dûr e um poderoso feiticeiro. Ele declara que um espião hobbit fora capturado [e mostra as roupas de Frodo] e exige que os Capitães do Oeste cedam às ambições territoriais de Sauron, ou o espião será brutalmente torturado. Gandalf recusa esses termos, mas toma os pertences de Frodo; então a embaixada, em medo e raiva, retorna para o Portão. Finalmente Sauron põe sua armadilha em ação: os portões se abrem e um exército jorra de dentro, muitas vezes maior que o exército do Oeste. Nessa última defesa desesperada, Pippin mata um enorme troll das montanhas, mas cai inconsciente.


    [tradução de Luciano Soares e Reinaldo]
  • History of Middle-earth XI – The War of the Jewels

    "The War of the Jewels" ou "A Guerra das Jóias" se refere, é claro, à terrível contenda entre os Noldor e seus aliados élficos e humanos contra Morgoth, o Inimigo do Mundo, pela posse das Silmarils. O livro continua o esquema iniciado em "Morgoths Ring" ao mostrar como as lendas dos Dias Antigos foram sendo reelaboradas por Tolkien depois que ele terminou "O Senhor dos Anéis".

     

    O foco do livro é o período que segue a chegada dos Noldor à Terra-média até o fim da Primeira Era. O Quenta Silmarillion continua, acompanhada pelos chamados Anais Cinzentos. Não há grandes novidades para quem já conhece "O Silmarillion", com a notável exceção de um belo texto que descreve a relação entre o sindarin e o quenya e como os Noldor se adaptaram, na marra, ao novo idioma (no caso, o élfico-cinzento).

    Os grandes atrativos e surpresas do livro vêm depois. O primeiro deles é "The Wanderings of Húrin" (As Andanças de Húrin), que relata parte do que aconteceu ao maior guerreiro humano da Primeira Era depois de ser libertado de Angband. Acredite se quiser, Christopher Tolkien acochambrou em "O Silmarillion": a idéia de Tolkien era que Húrin entrasse em Brethil para vingar a morte de seu filho Túrin, causando uma guerra civil entre os Haladin. Infelizmente, como essa versão estava inacabada, Christopher precisou criar seu próprio final para Húrin.

    Fechando com chave de ouro o livro, temos "Quendi and Eldar", um monumental texto filológico que também traz novas revelações sobre a história élfica.

  • O Silmarillion

    Lançado em 1977, quatro anos após a morte de Tolkien, “O Silmarillion” é o resultado do trabalho de uma vida inteira, mais até do que “O Senhor dos Anéis”. O autor começou a escrever as primeiras versões do livro em 1917, e nunca deixou de refinar, ampliar e revisar a narrativa ao longo de sua vida. Ao morrer, Tolkien deixou instruções para que seu filho Christopher pudesse organizar o material mais próximo da versão definitiva e o publicasse.

    “O Silmarillion” é a história da Primeira Era, os Dias Antigos do universo tolkieniano. A narrativa, escrita num estilosolene e poderoso, comparável ao da Bíblia, revela ao leitor a origem de elfos e homens, a grande jornada dos Eldar para o Reino Abençoado de Valinor, e o retorno dos Noldor à Terra-média, liderados por Fëanor. Este príncipe dos Eldar, o mais genial artífice dos elfos, havia criado as Silmarils, jóias perfeitas nas quais estava contida parte da luz das Árvores de Valinor. Morgoth, o primeiro Senhor do Escuro, roubou as Silmarils e se refugiou em sua fortaleza de Angband, no norte da Terra-média. Fëanor e seu povo saíram ao encalço de Morgoth e iniciaram uma guerra desesperada contra o Grande Inimigo.Além do “Quenta Silmarillion” (“A História das Silmarils”), o relato principal que dá nome ao livro, a obra inclui também quatro outros trabalhos menores. O primeiro deles é o “Ainulindalë” (“A Canção dos Ainur”), o mito da criação de Arda, a Terra, onde se revela o papel de Deus na mitologia tolkieniana. A seguir, temos o “Valaquenta” (“Relato dos Valar”), texto que explica a natureza e as atribuições dos Valar, os Poderes Angélicos que regem o mundo, bem como a relação destes com Morgoth, o Inimigo, e seu servo Sauron. O “Akallabêth” (“A Queda de Númenor”) relata a origem do reino insular dos Dúnedain, seu esplendor e sua queda, causada pelo orgulho de seus habitantes e pelas mentiras de Sauron. Finalmente, “Dos Anéis do Poder e da Terceira Era” conta como Sauron criou os Anéis num plano para estender seu domínio pela Terra-média e como os Povos Livres, ajudados pelos Istari (os Magos) puderam resistir ao poder do Senhor do Escuro e destruí-lo.

    “O Silmarillion” inclui também mapas da Terra-média durante a Primeira Era, quadros genealógicos dos principais personagens, um índice onomástico extremamente detalhado e um apêndice com diversas raízes e elementos das línguas élficas. A versão brasileira do livro foi lançada pela Editora Martins Fontes no final do ano passado.

  • The History of Middle-earth VII – The Treason of Isengard

    No sétimo livro da série "The History of Middle-earth", entitulado "The Treason of Isengard" (A Traição de Isengard), Christopher Tolkien continua seu relato da evolução de "O Senhor dos Anéis", chegando ao fim da narrativa de "A Sociedade do Anel" e aos primeiros capítulos de "As Duas Torres". Como acontece em "The Return of the Shadow", aqui também vemos diferenças surpreendentes entre as primeiras versões dos textos e a versão finalmente publicada por Tolkien.
     

    É nesse momento (por volta de 1940) que o personagem Saruman e o papel de sua traição finalmente emergem. No Conselho de Elrond, após muitas incertezas a respeito dos membros da Sociedade do Anel, os Nove que conhecemos são finalmente definidos.

    Outro fato curioso é a grande indecisão sobre o nome verdadeiro de Trotter (depois Strider/Passolargo). Embora esse personagem finalmente se transforme num humano, já que antes era concebido como um hobbit, o Professor hesitou muito quanto ao seu nome: Aragorn, Ingold, Tarkil e Elfstone foram cogitados, até a definição de Aragorn.

    Lothlórien e sua rainha Galadriel, elementos fundamentais na estrutura narrativa de "O Senhor dos Anéis", apareciam de forma bastante distinta: basta dizer que Frodo olharia no espelho do rei de Lórien, chamado Galdaran.

    Contudo, talvez a diferença mais chocante dos textos de "The Treason of Isengard" em relação ao texto publicado seja a ausência completa de Arwen e de seus irmãos Elladan e Elrohir. Nessa fase da história, Elrond não possuía filhos, e Aragorn deveria se casar com Éowyn no fim do livro.

    "The Treason of Isengard", além de traçar essa interessante evolução, traz também outros atrativos para o fã de Tolkien: a versão completa do poema de Bilbo sobre Eärendil, nunca publicada, mapas e desenhos feitos pelo próprio Tolkien e um apêndice sobre as runas dos anões.