Serviços de Streaming para TV

[Béla van Tesma]

Netflix lançou um videozinho bacana pra dar uma palhinha das novas temporadas que vêm aí.

 

[Béla van Tesma]

O Mubi está com uma promoção de três meses de serviço por apenas R$ 5. Depois desse período, volta o preço normal de R$ 34,90. Assinei para experimentar. Tomei cuidado para registrar no calendário um lembrete para daqui a 90 dias: "Cancelar o Mubi".

 

[Loveless]

Na outra promoção que eles fizeram há um tempo, idêntica a essa, também assinei. Resultado: nos três meses da promoção, assisti a exato 1 filme. Pelo menos foi um filme lindo: Aftersun <3

 

[Béla van Tesma]

Eu já tenho pelo menos três engatilhados que me interessam, então:

 

[Finarfin]

Streaming brasileiro com filmes nacionais se chamará “Tela Brasil“ | CNN Brasil

Plataforma será lançada pelo governo federal no segundo semestre, segundo o Ministério da Cultura

www.cnnbrasil.com.br

Faz o L

 

[Béla van Tesma]

Se fosse o governo bozo, que odeia cultura em geral e boicota a brasileira em particular, teríamos, se muito, um convênio falcatrua com o Brasil Paralerdos e aulas do COF.

 

[Fúria da cidade]

A relação do brasileiro a hábito de consumo e interesse maciço por cinema nacional é tão próxima, igual ou superior a torcedor norte-nordestino de interior em relação a querer torcer por times das capitais dos seus próprios estados e preferem serem todos na imensa maioria "Flamengo".

Sem ter nenhuma divulgação midiática de streaming, a Cinemateca Brasileira que tem o acervo mais rico de cinema nacional do país, as duras penas faz o que pode pra lentamente ir digitalizando e disponibilizando gratuitamente no seu portal sem precisar de nenhuma assinatura, muitos títulos históricos, mas quase ninguém vê. E pode vir o governo atual, pode vir o do Estado de SP através da TV Cultura que também tem muita produção legal, por vir quem for que isso não será diferente. Infelizmente não é ganhando um Oscar agora que isso mudará da noite pro dia.

 

[Morfindel Werwulf Rúnarmo]

É uma ótima estratégia, apesar dos patriotas que odeiam cultura nacional estarem falando merda contra.

 

[Turgon]

Quem não deve ter gostado muito é o pessoal da GloboPlay, já que é o stream que mais tem filme brasileiro no catálogo.

Eu acho bem válido. Deve pegar um nicho bom de brasileiros. Não digo que vá chegar ao nível de grandes streams, mas talvez consiga se manter bem no mercado.

 

[Fúria da cidade]

Quem não deve ter gostado muito é o pessoal da GloboPlay, já que é o stream que mais tem filme brasileiro no catálogo.

Eu acho bem válido. Deve pegar um nicho bom de brasileiros. Não digo que vá chegar ao nível de grandes streams, mas talvez consiga se manter bem no mercado.

Ter um stream 100% de cinema nacional forte só é possível se tiver um número bem razoável de obras boas relevantes no catálogo e ainda assim existe o forte risco de se ter uma procura maior só no começo próximo ao lançamento e tendendo a cair nos meses seguintes pelo fato do público brasileiro de um modo geral não ter o hábito de apreciar com frequência as produções nacionais, exceção feita mais as telenovelas e ainda assim a situação das mesmas atualmente não é lá das melhores, pela crescente queda de qualidade que elas vem apresentando nos últimos anos e a Globo precisando desesperadamente ter que fazer remakes das mais antigas, muito mais pra salvar a audiência do que pensar em fazer algo inovador e de qualidade.

 

[Finarfin]

É fomento à cultura, um acervo público. Ser forte ou não é completamente irrelevante. A ideia é ser uma videoteca pública e não um negócio pra competir com outros streamings.

 

[Morfindel Werwulf Rúnarmo]

É fomento à cultura, um acervo público. Ser forte ou não é completamente irrelevante. A ideia é ser uma videoteca pública e não um negócio pra competir com outros streamings.

É isso que muitos não entendem. O objetivo não é dar lucro ou audiência. é dar acesso, divulgação para as produções (independentes, inclusive) e opção ao público. Os patriotas que odeiam tudo do Brasil que tenha cara de Brasil não serão obrigados a consumir.

Dizer que brasileiro não gosta de cinema nacional é ter uma visão muito vira-lata e enviesada. Muitos foram ensinados a não gostar. Seja pelo patriotismo à brasileira de alguns políticos e apoiadores, seja por campanha antinacional de grandes conglomerados e das bigtechs. Muitos usam esse pseudo diagnóstico para já desconsiderar qualquer apoio à produção nacional de cultura. Assim como demonstram ignorância total (ou pura desonestidade intelectual) alegando que se fosse bom faria sucesso por mérito próprio quando todo cinema que seja bem sucedido tem apoio estatal, mesmo na suposta Mecca do capitalismo isso acontece.

Muita gente deve achar que quando filmes americanos são filmados em países pequenos da Europa, na Nova Zelândia, no Marrocos é porque querem passar autenticidade. Vão para esses países por causa de incentivos fiscais, porque as leis trabalhistas são mais frouxas, entre outras razões. Ou mesmo quando são filmados em certas cidades dos EUA é porque querem dar empregos aos locais. Certeza que é isso que move a Disney.

 

[Fúria da cidade]

Se quer dar fomento de peso ao cinema nacional? Que o governo seja ele federal, estadual ou que for injete dinheiro com vontade na Cinameteca Brasileira que tem o maior acervo do país, com muita coisa ainda precisando ser digitalizada e se tivesse mais verba, todo esse trabalho seria mais acelerado e já teríamos no digital uma videoteca pública imensa e riquíssima a disposição.

 

[Finarfin]

São propostas completamente diferentes. E uma coisa não exclui a outra. Nem substitui.

 

[Fúria da cidade]

Ambos são cinema e cultura e a única diferença está apenas na grandeza dos feitos.
Disponibilizar filme já existente numa plataforma em nuvem é fácil e não requer grande investimento e investir na preservação e digitalização da nossa história cinematográfica que muitos de nós ainda nem conhecemos é bem mais trabalhoso, mas seria algo muito mais impactante.

 

[Béla van Tesma]

O governo só pode digitalizar filmes se já estiverem em domínio público ou se conseguir autorização de quem tiver os direitos autorais sobre eles. Mesmo que seja para o bem da preservação do material, a ideia pode esbarrar nesse detalhe.

 

[Fúria da cidade]

O governo só pode digitalizar filmes se já estiverem em domínio público ou se conseguir autorização de quem tiver os direitos autorais sobre eles. Mesmo que seja para o bem da preservação do material, a ideia pode esbarrar nesse detalhe.

A questão da Cinemateca é que eles sempre clamam por ajuda financeira pública e privada, porque mesmo que parte do acervo ainda não esteja em domínio público, existe um detalhe muito mais importante que isso e que muitos deixam passar batido: enquanto a maior parte do acervo estiver em rolo de fita, se acontecer um incêndio de grande proporção, teremos infelizmente um desastre que equivale ao do Museu Nacional do RJ. Até já dediquei um tópico exclusivo a isso.

Quanto mais cedo eles conseguirem terminar de digitalizar tudo melhor e logicamente o que ainda não está em domínio público terá o seu dia.