Bom, pessoalmente ou de forma mais ampla? Uma coisa acaba englobando a outra, dando uma direção mais precisa. De forma geral, ando preocupado com os rumos do mundo. Se nos informarmos apenas pelos jornais, ficaremos ainda mais preocupados, embora ainda sejam, hoje, uma das melhores fontes de informação.
Alguns podem me criticar por estar excessivamente preocupado com a eleição de Trump nos EUA, mas o mundo todo está conectado hoje em dia. Apesar desse senhor querer cortar algumas dessas conexões por pura demagogia, mudanças bruscas nos EUA enviam verdadeiros choques tectônicos para o resto do mundo.
O fato é que as pessoas querem melhorias em sua qualidade de vida e vão buscar o primeiro que propuser uma ruptura com o status quo vigente. Os americanos, como um todo, não são de extrema-direita (pelo menos a maioria). Eles querem, sim, mudanças. Não aguentam mais trabalhar longas horas em dois empregos distintos. Não aguentam mais não conseguir arcar com a compra de uma casa, permanecendo no aluguel que os consome porque alguém com muito dinheiro comprou quase todas as propriedades da região e cobra preços exorbitantes. Não aguentam mais correr o risco de falir se precisarem de serviços médicos.
Eles querem mudança, e Trump foi o candidato que mais os seduziu com promessas de trazer mais empregos para os EUA, como se esse fosse o maior problema — e não a qualidade e os benefícios desses empregos. Ele também prometeu combater o chamado "estado profundo", que a população vê como a causa de todos os seus males (como se Trump não fosse um dos bilionários que se aproveitam dessa situação). É irônico.
Entretanto, eleger essa pessoa vem com diversos "brindes surpresa", como as linhas extremamente pequenas de um contrato. Junto com ele, virão a saída de pactos muito importantes para o mundo neste momento, como o Acordo de Paris e alguns tratados nucleares internacionais. O comércio mundial será altamente prejudicado, causando inflação global. Com a guerra comercial, outros países retaliarão com tarifas equivalentes, no mínimo. O Brasil já foi apontado como um dos alvos, caso não reduza as tarifas para os produtos deles.
Essas preocupações econômicas e ambientais vão nos afetar a todos. Seremos impactados em diferentes graus — os mais pobres, como de costume, em maior intensidade, e os mais ricos, em menor. De forma geral, tudo que mencionei acima se aplica a todos os países do mundo, incluindo o Brasil. Apesar de termos recentemente atingido a menor taxa de desemprego da série histórica, muitos desses são subempregos.
Hoje, posições com horário flexível contam como emprego. Assim, se uma pessoa trabalha apenas uma hora por dia e ganha proporcionalmente ao salário mínimo, é contabilizada como estatística positiva. O que realmente precisamos são empregos de qualidade, que paguem bem e ofereçam estabilidade às pessoas.
Mesmo os que conseguirem escapar dessas mazelas de forma mais direta ainda sofrerão um choque indireto. O aumento da violência, dos crimes de ódio, do isolamento social involuntário, do ar que respiramos, da água que bebemos... tudo está interconectado. Como diz o ditado, os seres humanos não são uma ilha.
As pessoas precisam começar a entender que a própria felicidade depende da felicidade das pessoas ao seu redor. E a felicidade não deve ser deixada para amanhã; não é algo utópico para o futuro. A luta deveria começar agora.
Alguns podem me criticar por estar excessivamente preocupado com a eleição de Trump nos EUA, mas o mundo todo está conectado hoje em dia. Apesar desse senhor querer cortar algumas dessas conexões por pura demagogia, mudanças bruscas nos EUA enviam verdadeiros choques tectônicos para o resto do mundo.
O fato é que as pessoas querem melhorias em sua qualidade de vida e vão buscar o primeiro que propuser uma ruptura com o status quo vigente. Os americanos, como um todo, não são de extrema-direita (pelo menos a maioria). Eles querem, sim, mudanças. Não aguentam mais trabalhar longas horas em dois empregos distintos. Não aguentam mais não conseguir arcar com a compra de uma casa, permanecendo no aluguel que os consome porque alguém com muito dinheiro comprou quase todas as propriedades da região e cobra preços exorbitantes. Não aguentam mais correr o risco de falir se precisarem de serviços médicos.
Eles querem mudança, e Trump foi o candidato que mais os seduziu com promessas de trazer mais empregos para os EUA, como se esse fosse o maior problema — e não a qualidade e os benefícios desses empregos. Ele também prometeu combater o chamado "estado profundo", que a população vê como a causa de todos os seus males (como se Trump não fosse um dos bilionários que se aproveitam dessa situação). É irônico.
Entretanto, eleger essa pessoa vem com diversos "brindes surpresa", como as linhas extremamente pequenas de um contrato. Junto com ele, virão a saída de pactos muito importantes para o mundo neste momento, como o Acordo de Paris e alguns tratados nucleares internacionais. O comércio mundial será altamente prejudicado, causando inflação global. Com a guerra comercial, outros países retaliarão com tarifas equivalentes, no mínimo. O Brasil já foi apontado como um dos alvos, caso não reduza as tarifas para os produtos deles.
Essas preocupações econômicas e ambientais vão nos afetar a todos. Seremos impactados em diferentes graus — os mais pobres, como de costume, em maior intensidade, e os mais ricos, em menor. De forma geral, tudo que mencionei acima se aplica a todos os países do mundo, incluindo o Brasil. Apesar de termos recentemente atingido a menor taxa de desemprego da série histórica, muitos desses são subempregos.
Hoje, posições com horário flexível contam como emprego. Assim, se uma pessoa trabalha apenas uma hora por dia e ganha proporcionalmente ao salário mínimo, é contabilizada como estatística positiva. O que realmente precisamos são empregos de qualidade, que paguem bem e ofereçam estabilidade às pessoas.
Mesmo os que conseguirem escapar dessas mazelas de forma mais direta ainda sofrerão um choque indireto. O aumento da violência, dos crimes de ódio, do isolamento social involuntário, do ar que respiramos, da água que bebemos... tudo está interconectado. Como diz o ditado, os seres humanos não são uma ilha.
As pessoas precisam começar a entender que a própria felicidade depende da felicidade das pessoas ao seu redor. E a felicidade não deve ser deixada para amanhã; não é algo utópico para o futuro. A luta deveria começar agora.