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Animes: Revés na audiência ocidental?

  • Criador do tópico Criador do tópico Turgon
  • Data de Criação Data de Criação

Turgon

犬夜叉
Eu achei o post do Elring sobre o assunto no cache do Google e como deu uma discussão até que legal aqui no fórum, resolvi resgatar o tópico. :mrgreen:

LINK.

Estarei postando novamente a notícia, pois não sei se o link irá ficar funcionando por muito mais tempo.

Turgon disse:
Toei: Situação de seus animes no Brasil

Se depender de algumas distribuidoras, este ano de 2010 pode ser diferente para os animes aqui no Brasil. No geral, a idéia é fazer aquilo que não pôde ser feito em 2009 e seguir apostando alto nas negociações de suas produções junto a potenciais compradores, mas a maior barreira está na cabeça dos executivos dos canais, que continuam dando preferência a desenhos animados ocidentais e muito pouco espaço a animação japonesa.

Hugo Rosé, dono da distribuidora Televix (Pokémon, Yu-Gi-Oh!, Dino Rei), declarou recentemente que o consumo de séries de anime na TV aberta cresceu 50% nos últimos 12 meses no Brasil e que o país é um dos que mais exibe esse tipo de produto na América Latina. No entanto, esses dados não passariam de um grande exagero, visto que na prática as emissoras compram, mas os exibem por período de tempo curtíssimo.

Porém, a Toei Animation, que sempre declarou que o Brasil é o seu mercado mais importante no continente, parece ser a única distribuidora que, com muita dedicação, vem conseguindo fechar negociações por seus animes a canais da América Latina e do Brasil com mais sucesso. Vejam agora como anda a situação de algumas séries da Toei Animation:

Os Cavaleiros do Zodíaco - Negociado com a Bandeirantes, a série volta ao canal que foi responsável por trazê-lo de volta a TV aberta após a falência da TV Manchete. O pacote da Toei inclui as 4 séries do anime. Com relação ao horário, isso ainda não esta definido. Já na TV por assinatura, nenhum canal possui interesse pela série por enquanto.

Digimon - A franquia dos monstrinhos digitais vai muito bem no Brasil. A quinta temporada de nome Digimon Data Squad, está sendo exibida na TV paga pelo canal Disney , mas estreou bem antes na TV aberta pela Rede Globo. Além disso, foram lançados os DVDs da série no Brasil, sendo o único país do continente a fazer isso até o momento. E não termina ai: A quarta temporada da série, intulada Digimon Frontier, foi comprada pela Rede TV!, que ainda não definiu a data de estreia, e em breve a primeira temporada (Digimon Adventure) será lançada em DVD.

Dragon Ball - A Rede Globo renovou por mais 1 ano o contrato com a Toei Animation para exibição de toda a franquia. A emissora também é a favorita na compra da série "Dragon Ball Z Kai". Enquanto isso, o Cartoon Network possui os direitos de exibição pan regional, mas vem explorando-o mais na Argentina, onde Dragon Ball Z é um sucesso e ganhou inclusive uma versão sem fillers feita pelo canal.

Pretty Cure – O anime feito especialmente para cobrir o sucesso comercial de Sailor Moon parece que não vai vingar por aqui. Até agora nenhuma emissora demonstrou interesse, apesar da Toei ter oferecido especialmente a Rede Globo em meados do ano passado.

One Piece – Apesar de ser negociada a versão da 4kids, o anime segue no SBT por mais algum tempo e sem previsão de retorno, o que decepcionou profundamente os executivos da Toei pelas poucas semanas em que esteve no ar.

Outros animes - Outras séries da Toei Animation também encontram-se disponíveis para compra, mas até agora nenhum canal demonstrou interesse. São elas: Ge ge ge no kitaro, Onion samurai, Master hamster e Shoot!

Fonte: AMNTV
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O legal foi ver como os animes da Toei serão tratados esse ano nos canais.

A Rede TV! adquiriu mais um anime: Digimon Frontier. Pelo visto eles estão dispostos a investir na animação japonesa. O quadro de animes deles está crescendo e o legal é que eles estão sempre procurando renová-los. Vale lembrar que eles chegaram já a passar Hunter x Hunter e FullMetal Alchemist!

Quanto ao One Piece, se eu não me engano, ele chegou a ser exibido até o momento em que o Chopper entra no bando do Luffy no SBT. Realmente, passando a versão da 4Kids, é difícil obter boas audiências. Se o anime fosse tratado com maior carinho, teria tudo para se tornar grande por aqui.
 
Maravilha! Valeu por resgatar o tópico, Turgon :)

Creio que esta notícia sobre a reformulação noi canal Animax que tem gerado críticas nas operadoras de tv por assinatura irá manter o debate sobre o por quê os animes estão reduzidos a poucas novidades.

Animax fala sobre as mudanças em sua programação
 
Olha, talvez investir em programas seja mais barato do que investir em novos animes.

Sendo programas, não teremos repetições diretas, por falta de episódios, como acontece com animes e o canal precisa ficar adquirindo sempre novas temporadas.

Eu acredito também que eles devem ter feito um levantamento e constatado que em certos horários, a audiência de animes ficavam abaixo da média e pretendem mudar justamente esse horário para inserir os filmes e programas citados na entrevista.

Segundo eles, isso é uma evolução do canal, mas temos que considerar o quanto isso realmente é uma evolução. Claro que eles não vão dizer que estão decaindo em certos quesitos, mas da forma como foi e por causa de repetições exaustivas de animes, temos como ter uma idéia.

Quanto aos animes em TV aberta, acho que não precisa muito ser comentado, basta ver a quantidade de animes novos que estão chegando para serem exibidos nos canais Globo, SBT, Rede TV e Band. :D
 
Li e matutei sobre a entrevista e cheguei a conclusão de que os diretores do canal ainda possuem uma visão ocidental de mercado muito simplista em relação a animes. Ao afirmar que o canal evoluiu, eles deixaram implícito que desenho japonês é coisa de criança e que estão partindo para um público mais maduro (conservador) e que gosta de assitir realitys shows, séries enlatadas de gosto duvidoso e grade de filmes semelhante ao Mega Pix.

Se consideram animes poucos rentáveis, não é por culpa de quem assiste e sim do péssimo gerenciamento da grade, da escolha errada de animes e do marketing chinfrim do próprio canal que não consegue captar recursos publicitários.
 
Elring disse:
Ao afirmar que o canal evoluiu, eles deixaram implícito que desenho japonês é coisa de criança e que estão partindo para um público mais maduro (conservador) e que gosta de assitir realitys shows, séries enlatadas de gosto duvidoso e grade de filmes semelhante ao Mega Pix.
Isso demonstra mais ainda a falta de conhecimento com relação a animes por parte deles. Considerar os animes como desenhos infantis, é conhecer bem pouco desse universo. Temos muitos animes que são feitos só para maiores de 18 anos e não digo apenas os Hentai, mas sim tantos outros.

Sem contar que tem anime que tem história tão elaboradas e educativas, que não tem nem como comparar a sua qualidade com um reality show qualquer.

Elring disse:
Se consideram animes poucos rentáveis, não é por culpa de quem assiste e sim do péssimo gerenciamento da grade, da escolha errada de animes e do marketing chinfrim do próprio canal que não consegue captar recursos publicitários.
Concerteza. Tem canais de televisão que insistem em colocar certos animes em horários que não irão obter audiência. Por exemplo, o canal 21 investiu em uma programação de anime no horário das 23:00 e obteve um ótimo retorno.

E mesmo que o anime seja maravilhoso, a grande repetição do mesmo várias vezes, acaba acarretando em uma decrescente de audiência. Naruto quando estreiou no SBT, conseguiu ótimos índices de audiência, batendo até mesmo o canal Globo. Mas eles insistiram tanto em reprises, que acabou diminuindo.

A globo até que faz bem esse papel. Eles passam um anime e não ficam o reprisando milhões de vezes. Yu-Gi-Oh eles passaram e quando terminaram, trouxeram a versão GX logo em seguida para pegar o embalo da versão anterior. Sem contar em Digimon que costumam passar uma vez e tiram da grade horária. Isso evita as várias repetições do mesmo anime.

Tanto que o canal 21, vendo que estava diminuindo a audiência dos seus animes, depois que terminaram de passá-los 1 vez, retiraram da grade horária.
 

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