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Evento As 5 melhores (36ª Semana) - The Rolling Stones

Captain Beyond

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The Rolling Stones

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Tudo começou em 1960, quando os dois amigos de infância, Mick e Keith, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra, e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones em 1962 a montar a definitiva banda de R&B branca, que se chamaria The Rolling Stones, inspirado no nome de uma canção de Muddy Waters, Rolling Stone, cujo nome foi utilizado oficialmente, pela primeira vez, em sua apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962.

No ano de 1963, ainda no anonimato, os Stones assinaram um contrato com a Decca Records para a gravação de um disco demo. Nada de tão incomum, se alguns meses antes a Decca não tivesse rejeitado uma chance a garotos de Liverpool chamados de The Beatles. Seria trágico se não fosse absolutamente cômico.


Em junho de 1965 lançou o single (I Can't Get No) Satisfaction, que entrou no almejado Hot 100 da revista Billboard dos EUA (que naquela época tinha credibilidade pelo simples fato de não ter Lady Gaga e cia. no topo). O hit permaneceu entre as dez melhores por 14 (QUATORZE) semanas seguidas, das quais esteve na liderança durante 4.


Os Stones foram um dos percursores da psicodelia junto com uns caras de Cambridge liderados por Roger Waters. “Nadaram contra a maré”, já que na época quem estava em evidência era Bob Dylan e suapegada folk. A princípio, a música Sympathy for the Devil (da mesma maneira que Satisfaction) deveria seguir os princípios dos ícones do folk, entretanto Keith Richards (e sua psicodelia perene) resolveu tomar como base algo parecido com uma bossa, dando destaque à percussão e alguns teclados. Alguns dizem que a inspiração veio dos batuques do candomblé, que Mick e Keith ouviram na Bahia. A música ainda foi trilha sonora de um belo documentário dirigido por Jean-Luc Godard.


Em dezembro de 68, o grupo se reuniu com Eric Clapton, John Lennon e os não menos épicos do The Who para dois dias de concertos num circo. A apresentação é nomeada The Rolling Stones Rock n Roll Circus(e virou VHS no ano de 1996) e ainda hoje é lembrada como um dos grandes momentos do rock.


O ano de 1969 foi marcado pelo afastamento de Brian Jones da banda, por conta sérios problemas com drogas. Algum tempo após sua saída da banda, foi encontrado morto afogado numa banheira. Mais um entre os artistas que morreram aos 27 anos, Jones deixou o posto de segundo guitarrista para Mick Taylor, que permaneceu na banda por pouco tempo (até 1974), e participou apenas das gravações de Let It Bleed.

A mudança para a Atlantic Records em 1971 permite o lançamento do selo próprio, denominado Rolling Stones Records. O primeiro disco sob o selo da RS Records foi o Sticky Fingers.A principal revolução do Sticky Fingers vai além da capa polêmica e das algumas músicas com rifes legais. Foi a primeira vez em que o logotipo lips and tongue (“lábios e língua”, em português) foi usado.
Em meio a brigas entre Keith Richards e sua mulher, tratamentos de desintoxicação e acusações de tráfico (quando cito o Keith eu preciso mesmo esclarecer que falo sobre drogas?), além de um exílio forçado da banda em terras francesas por conta de problemas de impostos no Reino Unido, as gravações de um próximo disco ficaram estacionadas por um tempo, até que em 1972 chegava às lojas uma das obras mais admiráveis da história da música. Um álbum que ocupa a sétima posição na lista dos “500 melhores da história”, organizada pela revista Rolling Stone e situa-se entre os 200 discos definitivos doRock’n’Roll Hal of Fame: Exile on Main Street.

O álbum não soa apenas como homenagem explícita ao R&B, jazz e soul. Ele basicamente dá a impressão de que foi composto pelos maiores ícones dos gêneros inspiradores. É o auge de Keith Richards como músico e compositor.

Em junho de 78, os Stones voltam ao prime. E ao topo. O disco Some Girls apresenta um ritmo acelerado, o qual alguns especialistas ousam sugerir influência direta do movimento punk (crescente nos EUA) unido à discotecagem marcada pela bateria que não descansa um segundo.

A mesma turnê foi o pontapé-inicial para os mega-shows. Estruturas megalomaníacas (até para os dias de hoje) eram um diferencial para um verdadeiro show de rock que seria musicalmente espetacular até se fosse apresentado sobre um palco do Bar do Zé.

Com o lançamento hecatômbico do Tattoo You, a estrutura dos shows cresce ainda mais, e duração mínima dos mesmos vai para três horas, e nenhuma banda resistiria a uma sequencia tão forte sem ao menos sentir um golpe, e foi o que aconteceu com os Rolling Stones. Os rumores de fim da banda duraram até o fim dos anos 80. Todos os integrantes lançaram ao menos um álbum solo até o ano de 1990. Entretanto, não houve nenhum tipo de anúncio oficial sobre fim ou hiato.

O álbum Flashpoint trouxe os Stones de volta. De volta aos palcos, de volta a público, e o principal: de volta à mídia. Foi com o sucesso da “reunião” da banda que foi descoberto o potencial da Marca Rolling Stones.


Milhares e milhares de pessoas se espremiam, se empurravam e viravam noites em filas para comprar ingressos para os shows do Rolling Stones. Cada centímetro quadrado ali era disputadíssimo e tinha uma procura escandalosamente maior que o ofertado.


São quatro anos de inatividade (aos olhos do público) e encubação criativa entre a turnê do Flashpointaté o lançamento do Voodoo Lounge em 1994, que teve turnê homônima. Turnê esta que durou um ano e um mês (passou inclusive pelo Brasil), e arrecadou 400 milhões de dólares líquidos.

Todos achavam que depois de quarenta anos a banda teria o fim certo e só lançaria álbuns com os sucessos remasterizados, ainda mais com o agravante de um câncer na garganta do baterista Charlie Watts. Foi nessa época, em 2005, que Keith Richards e Mick Jagger surpreendem a público e crítica lançando o álbum de estúdio A Bigger Bang.

No fim de 2011 a banda revela a intenção de turnê internacional em comemorações aos 50 anos do legado deixado para mais de uma geração, e que pelo jeito vai perdurar por muito tempo. O projeto foi adiado, por problemas que todos desconfiam dizer respeito à problemas de saúde de Keith Richards. Mas eles estão errados, pois se depois de ser internado inúmeras vezes em clínicas de reabilitação e ter sua morte prevista uma dúzia de vezes, Keith Richards tem 68 anos, e continua vivo, não há prova maior de que se existe uma coisa que ele não tem, são problemas.


Com Jagger e Richards liderando a maior banda de rock do mundo, os Rolling Stones continuam ativos e completam hoje meio século. Um tapa na cara de quem tem a ilusão de que o rock precisa ser salvo. Meus amigos: o rock é Rolling Stones, e o Rolling Stones nunca morre.



Integrantes da banda ao longo do tempo:
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Discografia (álbuns de estúdio)

THE ROLLING STONES – 1964
THE ROLLING STONES No. 02 – 1965
OUT OF OUR HEADS – 1965
AFTERMATH – 1966
BETWEEN THE BUTTONS – 1967
THEIR SATANIC MAJESTIES REQUEST – 1967
BEGGARS BANQUETT – 1968
LET IT BLEED – 1969
STICKY FINGERS – 1971
EXILE ON MAIN STREET – 1972
GOATS HEAD SOUP – 1973
IT’S ONLY ROCK’N'ROLL – 1974
BLACK AND BLUE – 1976
SOME GIRLS – 1978
EMOCIONAL RESCUE – 1980
TATOO YOU – 1981
UNDERCOVER – 1983
DIRT WORK – 1986
STEEL WHEELS – 1989
VOODOO LOUNGE – 1994
BRIDGES TO BABYLON – 1998
A BIGGER BANG – 2005

Cinco Melhores:

5º - Jumpin Jack Flash - Single (1968)

Primeira vez que ouvi essa música foi em um filme. Não lembro do filme, mas nunca esqueci da música. It's a gas! Gas! Gas!

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4º - Tumbling Dice - Exile on Main St. (1972)

Essa música possui um groove que te puxa para dentro dela. É irresistível. Outra música que prova a grande influência do blues no som dos Stones.


3º - Brown Sugar - Sticky Fingers (1971)

Adoro comentários do youtube: "Wicked song. Mick looks like he's having an orgasm every two seconds." Falou tudo.

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2º - Honky Tonk Woman - Single (1969)

Mick Jagger, que escreveu a música, disse que teve sua inspiração no interior de São Paulo, onde passou a virada de ano de 68 para 69. Se é verdade eu não sei, mas pqp, que música envolvente, que ritmo fantástico.

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1º Gimme Shelter - Let it Bleed (1969)


Na minha opinião, a música mais forte da história. E não é só pela letra, que é fantástica, mas pelo alcance vocal que o Mick consegue chegar, é forte demais, e além do vocal dele, uma cantora gospel atingindo agudos incríveis (essa mulher, inclusive, sofreu um aborto espontâneo na época das gravações, devido à tensão e esforço). Não posso me esquecer do solo do Keith durante a música, que é sem dúvidas um dos melhores solos da história do rock. Música épica, somente.

<span style="color:#000000;"><span style="font-size: x-large; "><font size="2">
War, children, it's just a shot away, It's just a shot away...Love, children, it's just a kiss away, It's just a kiss away...

 
Última edição por um moderador:
01 - You Can't Always Get What You Want (Let It Bleed,1969)


02 - I Got The Blues (Sticky Fingers,1971)


03 - No Expectations (Beggars Banquet,1968)


04 - Out Of Time (Aftermath,1966)


05 - Shine A Light (Exile On Main Street,1972)
 
Última edição por um moderador:
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[TD]1[/TD]
[TD]Wild Horses (Sticky Fingers, 1971)
Sou um grande fã das baladas dos Stones (poderia fazer um top 5 só delas), por isso não hesitei em colocar a belíssima "Wild Horses" em primeiro lugar. O curioso é que só fui realmente escutar a música com atenção depois da regravação que eles lançaram em Stripped.
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[TD]2[/TD]
[TD]Street Fighting Man (Beggars Banquet, 1968)
É, provavelmente, a letra mais abertamente política dos Stones e é acompanhada por um petardo sonoro de quilate semelhante.
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[TD]3[/TD]
[TD]You Can't Always Get What You Want (Let It Bleed, 1969)
Estava em dúvida entre essa e "Gimme Shelter", mas acabei optando por essa faixa épica que fecha um dos melhores álbuns dos Rolling Stones.
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[TR]
[TD]4[/TD]
[TD]Angie (Goats Head Soup, 1973)
Já disse que sou fã das baladas do grupo, não? :dente: Adoro o trecho:

With no lovin' in our soul and no money in our coats
You can't say we're satisfied
But Angie, Angie
You can't say we never tried
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[TR]
[TD]5[/TD]
[TD]Emotional Rescue (Emotional Rescue, 1980)
Não poderia deixar de citar uma antiga favorita, a funkeada "Emotional Rescue", em que Mick Jagger canta em falsetto. O que mais me agrada nela, porém, é o groove que o baixo de Bill Wyman e a bateria de Charlie Watts criam.
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