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Clarão no céu assusta cidades do Nordeste; veja vídeo e entenda o que rolou

Fúria da cidade

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Um clarão e um estampido no céu assustaram moradores do Nordeste na noite da última quarta-feira (15), mas calma que (ainda) não é o fim do mundo se aproximando. O fenômeno que causou espanto nas redes sociais ocorreu por causa de um bólido que entrou na atmosfera terrestre a uma alta velocidade.

"É muito comum esse fenômeno. É fenômeno de bólido, mais popularmente um meteoro ou estrela cadente com alta intensidade de brilho e energia. São detritos que acabam entrando na atmosfera, atingem um brilho alto e dependendo da constituição do material resistem mais tempo nessa penetração e geram um brilho grande", explicou ao Tilt Marcelo de Cicco, astrônomo associado efetivo da SAB (Sociedade Astronômica Brasileira).

O fenômeno pode ser visto em cidades do sertão do Nordeste, mais propriamente na bacia do rio Pajeú. De acordo com relatos das redes sociais, moradores de Custódia (PE), Serra Talhada (PE) e Sertânia (PE) foram alguns dos que observaram a queda do objeto. Além da luminosidade, o objeto também assuntou moradores por um alto barulho.

"O barulho é normal também, é mais uma característica que comprova que é bólido. O estrondo é um estampido sônico. Como o objeto entra em alta velocidade, em média 50 mil ou 60 mil km por hora nos bólidos mais lentos, muitas vezes está acima do som. O barulho é quando rompe a barreira do som", explica.

Existem bólidos do tipo chamados de "super bólidos" - um dos exemplos clássicos foi o objeto que caiu na Rússia em 2013 e gerou quebras de vidros dado o estampido alto. No caso do que passou pelo sertão do Nordeste, o astrônomo acredita que não era um "super bólido".

Vídeos de câmeras registraram a passagem do bólido - veja acima as imagens que foram verificadas pela equipe de astrônomos ligada a Cicco.

Junto a outros astrônomos, Cicco mantém no Brasil o Exoss.org, projeto científico colaborativo que monitora quedas de objetos astronômicos no Brasil. A página conta com uma área para enviar relatos de visualizações do tipo.

Quedas de bólidos no Brasil são comuns ao ponto de acontecerem quase diariamente por aqui. A Exoss.org conta com câmeras e instrumentos próprios para captar esses fenômenos e gerar dados para cientistas analisarem o que de fato aconteceu.

Probabilidade de queda no solo


Segundo Cicco, pelos vídeos e relatos nas redes sociais há uma grande probabilidade do bólido da última noite ter gerado detritos que alcançaram o solo. Mesmo assim, as partes que caíram não oferecem perigo à população.

"Por ter sido cedo, por volta das 19h, entrou em uma posição favorável e é capaz de ter gerado um meteorito. Quando ele entra, dependendo do ângulo e da velocidade, consegue sobreviver e a matéria que sobra vai em queda livre e cai no chão. É bem provável nesse caso", aponta.

Ele relata ainda que provavelmente já existem "caçadores de meteoritos" em ação na região para abastecer o mercado negro de objetos do tipo.

"Existe infelizmente um mercado negro de meteoritos. Dizem que estão em busca pela ciência, mas querem comercializar.

Provavelmente tem gente procurando, distribuindo panfletos, pagando dinheiro para garotos procurarem. O Brasil não tem uma legislação que proteja objetos vindos do espaço, vira uma caça ao tesouro. Em geral quando acham doam uma parte para estudos de pesquisa e ficam com o 'filé' para eles", afirma.

 
Um grupo de astrônomos defende que a região do espaço na galáxia em que a Terra se encontra não é lá tão pacífica quanto se imaginava. Isso significa pedras caindo de forma inesperada.
 
O que me preocupa a médio e curto prazo é o excesso de lixo espacial. Muitas coisas podem até se desintegrar facilmente, mas sempre tem alguma tralha que mesmo bem reduzida pode vir cair nas nossas cabeças.
 

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