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Dwarf Fortress

  • Criador do tópico Criador do tópico Volkgar
  • Data de Criação Data de Criação

Volkgar

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Disclaimer: Desde já, peço desculpas se eu me entusiasmar demais na descrição do jogo. É o melhor jogo que já joguei. Portanto, se for testar, cuide para administrar as expectativas para não se decepcionar tanto.


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Dwarf Fortress é um jogo indie classificado como um simulador de construção e administração roguelike. Mas isso não faz jus ao que eu acho que ele realmente seja.

Ele é sobretudo um simulador de histórias.




Considerando as diversas possibilidades que o jogo permite, acho que a melhor abordagem é descrever um pouco como se começa a jogar, sem elaborar demais para que quem quiser jogar depois possa ter algumas surpresas.

Como não tem uma história específica, esse post não contém spoilers.

Geralmente, ao começar o jogo, o jogador cria um novo mundo. Mas, se ele já tiver um mundo gerado para outra gameplay, pode aproveitar o mesmo mundo (e toda a história que já aconteceu).


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Existe pelo menos uma centena de opções de customização do mundo, no entanto, o default é o suficiente para quem estiver começando e as opções básicas contam com tamanho do mundo, duração da história antes do jogador entrar no mundo (5, 50, 100, 250 ou 500 anos), número de civilizações, entre outros.

Dependendo da configuração, centenas de milhares de eventos podem ocorrer entre a geração do mundo e a entrada do jogador no mundo.




Existem diversas raças, mas a única jogável (no modo Fortress, que é o principal, existem também o modo aventura, que não vou falar nesse post) é a anã.

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Nesse ponto, o jogo oferece o modo tutorial, que eu recomendo muito, pois a jogabilidade é relativamente complexa, diria que chega próximo à de um Grand Strategy Game, isso se não for mais, dependendo com qual jogo estiver comparando.

Então deve ser selecionado o lugar no mundo para o jogador "embarcar". Existe uma ferramenta que ajuda a escolher o local, pois são várias variáveis que podem ser consideradas dependendo do estilo de fortaleza que se deseja construir.

Por exemplos, para forjar precisa de calor, o calor vêm de diversas fontes, como carvão vegetal ou mineral ou, ainda, do magma que pode ser obtido nas profundezas. Se o jogador escolher um lugar sem esses recursos, a única forma de obter itens forjados é importando carvão (já vou falar das caravanas) ou o item pronto.

Então entram mais variáveis, como o jogador vai alimentar seus anões? Cultivando? A terra precisa ser profunda, o clima precisa ser bom; Pescando? Precisa ter um rio próximo à fortaleza (cuidado pois no frio os rios congelam e não podem ser usados para pesca); Caçando? Precisa ser uma área com muitos animais.

Podemos, também, verificar quais minérios estão disponíveis, pois cada tipo de minério serve para coisas diferentes. Alguns deles, mas nem de perto todos, são: Ferro, Prata, Cobre, Ouro, Níquel, Zinco, Platina, Chumbo, Alumínio...

Também é interessante que o jogador escolha um lugar próximo à sua civilização, pois dessa forma sua colônia terá acesso fácil às caravanas. O jogador não pode comercializar a hora que quiser, ele precisa aguardar a caravana chegar, uma vez por ano. Conforme a fortaleza cresce, o certo é encomendar os recursos que serão necessários para que a caravana traga-os no próximo ano (com um acréscimo de preço) mas, por outro lado, eles vão pedir a produção de algum item específico que também pode ser vendido por um preço maior.

Escolhido o lugar, os anões — por padrão 7, com habilidades escolhidas pelo próprio jogo, porém fica a critério do jogador usar essa opção — chegam a ele. Eles fundam um outpost, ou posto avançado. Esse posto vai evoluindo com o passar do tempo (se o jogador quiser aumentar a colônia) e ele pode chegar a ser até a capital, que é o momento que o rei e sua corte se mudam para sua fortaleza.

O jogador escolhe quais anões ocuparão cada posto. O Administrador vira prefeito com o passar do tempo e passa a existir eleições. O Chefe da milícia passa a ser chefe do exército, etc.

Nenhum anão é controlado individualmente, são atribuídas funções à eles. Ele fazem as tarefas de acordo com as funções. Cada anão tem uma personalidade única, uma história, preferências, crenças em deuses, entre outros:

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Então o jogo fica "livre". O jogador escolhe o que fazer. Existem dezenas de workshops e milhares de itens que podem ser fabricados.

Por vezes os anões irão pedir a construção de templos, quartos adequados à seus postos, guildas, tavernas, entre outros.

Algumas vezes os anões produzem itens lendários, que são cobiçados por todos os outros seres. Esses itens podem ser expostos para atrair turistas, mas outro podem tentar tomá-los à força. O jogador pode tentar, ao invés de atrair turistas, isolar sua fortaleza, fechando todas as atividades apenas aos cidadãos e escondendo os tesouros. Mas cuidado, mesmo que o tesouro esteja escondido, algum anão que tem conhecimento sobre ele pode dar com a língua nos dentes e ele se torna conhecido pelo mundo.

Obras de engenharia gigantescas podem ser criadas. Por exemplo, pode-se trazer o magma das profundezas para os andares mais altos para alimentar as forjas, criando uma indústria. Pode-se direcionais canais para fazer cachoeiras dentro das salas nas montanhas (os anões adoram cachoeiras). Para ter ideia das possibilidades, ao construir os canais deve-se levar em conta a pressão da água, para que, por exemplo, ela não inunde um andar que tenha um poço, então é sempre interessante ter medidas de segurança, como comportas que são acionadas por alavancas. O jogador pode proteger a sua fortaleza com pontes retráteis, armadilhas automáticas, entre outros.

Expedições podem ser enviadas para outros lugares do mundo (treine bem e equipe os anões antes) para tomar itens, derrotar inimigos, ajudar aliados, entre outros.

Quando o jogador se cansar da fortaleza, ou ela for atingida por uma (ou várias calamidades) que tem uma grande chance de acontecer, é possível entrar no modo Legends e ver o que realmente estava ocorrendo na história enquanto se jogava. Se haviam tramas secretas, criminosos escondidos, necromantes, entre outros (não aguento mais escrever "entre outros").

E isso tudo é apenas uma fração do que é possível no game. É muito complicado descrever todas as possibilidades. Mas pensando nisso estou descrevendo minha gameplay atual aqui: A História de Zokunmûthkat.
 
Já deixei o joiinha pelo esforço e pela organização do tópico. Outra hora, com mais tempo, lerei tudo. É sempre bom ver alguém falando sobre o que ama, desde que não ame besteira :rofl:
 
@Béla van Tesma, obrigado!! É isso mesmo que você falou, é um post de apreciação sobre o tema. Mesmo que ninguém leia (até porque ninguém é obrigado a ler um texto desse tamanho, ainda mais se não curtir o estilo do jogo), foi legal escrever. rsrs
 
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