Bel
o.O
O líder da extrema direita brasileira não é mais um populista conservador. Sua propaganda de campanha é tirada diretamente da cartilha nazista.
Tradução de: https://foreignpolicy.com/2018/10/0...il-latin-america-populism-argentina-venezuela
No dia 7 de outubro os brasileiros votarão nas eleições em primeiro turno em que o candidato Jair Bolsonaro é favorito a vencer. Bolsonaro, que também é conhecido como “Trump Brasileiro”, está atualmente sendo aconselhado por Steve Bannon em sua campanha. Ainda no hospital após uma tentativa de assassinato há poucas semanas atrás, o populista brasileiro combina promessas de medidas de austeridade com profecias de violência. Sua campanha é um misto de racismo, misoginia e posições extremistas de lei e ordem.
Ele quer que criminosos sejam sumariamente alvejados do que enfrentando um julgamento. Ele apresenta o povo indígena como “parasitas” e também advoga em favor de formas de controle de natalidade discriminatórias e eugênicas. Bolsonaro advertiu sobre o perigo imposto por refugiados do Haiti, África e Oriente Médio, chamando os mesmos de “escória da humanidade” e argumentou que o era o exército quem deveria lidar com eles.
Ele frequentemente faz discursos racistas e misóginos. Como exemplo, ele acusou afro-descendentes de serem obesos e preguiçosos e defendeu punição física para prevenir que crianças se tornem gays. Ele ligou homossexualidade a pedofilia e disse a uma deputada no Congresso Nacional “eu não a estupro porque você não merece”.
Nessas e em outras falar, o vocabulario de Bolsonaro remonta a retórica por trás das politicas nazistas de perseguição e vitimização. Mas parecer um nazista faz dele um nazista? De maneira que ele acredita em eleições ele ainda não chegou lá. Entretanto, as coisas podem mudar rapidamente se ele conquistar o poder. Recentemente, Bolsonaro argumentou que ele nunca aceitaria a derrota nas eleições e sugeriu que o exército poderia concordar com esse ponto de vista. Essa é uma ameça clara à democracia.
Ele deixou implícita a possibilidade de um golpe. Ele endossou o legado das ditaduras latino-americanas e sua guerra suja e que é um admirador do general chileno Augusto Pinochet e outros homens fortes. E da mesma forma que os generais argentinos da guerra suja dos anos 1970 e do próprio Hitler, Bolsonaro não vê legitimidade na oposição, que para ele representa o poder tirânico. Ele disse mês passado que seus oponentes políticos, membros do Partido dos Trabalhadores, deveriam ser executados.
Para Bolsonaro a esquerda representa a antítese da democracia. Representa o que ele chama de “venezualização” da política. Mas, de fato, variantes populistas da esquerda da América Latina não envolvem racismo ou xenofobia, mesmo quando, como no caso da Venezuela, eles seguiram para uma direção ditatorial.
A maioria dos populistas da esquerda, assim como os da direita tradicional, não destroem a democracia. Eles minimizam e por vezes corrompem e cerceando as dimensões institucionais, mas aceitando o resultado das eleições quando perdem. Para os populistas da esquerda, como foram recentemente os mandatos de Néstor e Cristina Kirshner e Rafael Correa, no Equador. À direita, houve diversos populistas tradicionalistas incluindo Carlos Menem na Argentina e Silvio Berlusconi na Itália, que não são antidemocráticos. Isso não é o que Bolsonaro se posiciona a favor. Diferentemente de formas anteriores de populismo (à direita e à esquerda) que abarca a democracia e rejeita a violência, o populismo de Bolsonaro retoma os tempos de Hitler.
Não é uma coincidência que, no mês passado, a Embaixada da Alemanha sofreu cerco de comentários online dizendo que o Nazismo era socialismo. Críticos rotularam Bolsonaro um nazista de tendências nacionalistas de extrema direita e muitos dos comentaristas ultrajados no post da embaixada alemã eram apoiadores do ex-militar.
https://medium.com/@weaponizethetru...naro-não-é-berlusconi-é-goebbels-4d5726365366
Tradução de: https://foreignpolicy.com/2018/10/0...il-latin-america-populism-argentina-venezuela
No dia 7 de outubro os brasileiros votarão nas eleições em primeiro turno em que o candidato Jair Bolsonaro é favorito a vencer. Bolsonaro, que também é conhecido como “Trump Brasileiro”, está atualmente sendo aconselhado por Steve Bannon em sua campanha. Ainda no hospital após uma tentativa de assassinato há poucas semanas atrás, o populista brasileiro combina promessas de medidas de austeridade com profecias de violência. Sua campanha é um misto de racismo, misoginia e posições extremistas de lei e ordem.
Ele quer que criminosos sejam sumariamente alvejados do que enfrentando um julgamento. Ele apresenta o povo indígena como “parasitas” e também advoga em favor de formas de controle de natalidade discriminatórias e eugênicas. Bolsonaro advertiu sobre o perigo imposto por refugiados do Haiti, África e Oriente Médio, chamando os mesmos de “escória da humanidade” e argumentou que o era o exército quem deveria lidar com eles.
Ele frequentemente faz discursos racistas e misóginos. Como exemplo, ele acusou afro-descendentes de serem obesos e preguiçosos e defendeu punição física para prevenir que crianças se tornem gays. Ele ligou homossexualidade a pedofilia e disse a uma deputada no Congresso Nacional “eu não a estupro porque você não merece”.
Nessas e em outras falar, o vocabulario de Bolsonaro remonta a retórica por trás das politicas nazistas de perseguição e vitimização. Mas parecer um nazista faz dele um nazista? De maneira que ele acredita em eleições ele ainda não chegou lá. Entretanto, as coisas podem mudar rapidamente se ele conquistar o poder. Recentemente, Bolsonaro argumentou que ele nunca aceitaria a derrota nas eleições e sugeriu que o exército poderia concordar com esse ponto de vista. Essa é uma ameça clara à democracia.
Ele deixou implícita a possibilidade de um golpe. Ele endossou o legado das ditaduras latino-americanas e sua guerra suja e que é um admirador do general chileno Augusto Pinochet e outros homens fortes. E da mesma forma que os generais argentinos da guerra suja dos anos 1970 e do próprio Hitler, Bolsonaro não vê legitimidade na oposição, que para ele representa o poder tirânico. Ele disse mês passado que seus oponentes políticos, membros do Partido dos Trabalhadores, deveriam ser executados.
Para Bolsonaro a esquerda representa a antítese da democracia. Representa o que ele chama de “venezualização” da política. Mas, de fato, variantes populistas da esquerda da América Latina não envolvem racismo ou xenofobia, mesmo quando, como no caso da Venezuela, eles seguiram para uma direção ditatorial.
A maioria dos populistas da esquerda, assim como os da direita tradicional, não destroem a democracia. Eles minimizam e por vezes corrompem e cerceando as dimensões institucionais, mas aceitando o resultado das eleições quando perdem. Para os populistas da esquerda, como foram recentemente os mandatos de Néstor e Cristina Kirshner e Rafael Correa, no Equador. À direita, houve diversos populistas tradicionalistas incluindo Carlos Menem na Argentina e Silvio Berlusconi na Itália, que não são antidemocráticos. Isso não é o que Bolsonaro se posiciona a favor. Diferentemente de formas anteriores de populismo (à direita e à esquerda) que abarca a democracia e rejeita a violência, o populismo de Bolsonaro retoma os tempos de Hitler.
Não é uma coincidência que, no mês passado, a Embaixada da Alemanha sofreu cerco de comentários online dizendo que o Nazismo era socialismo. Críticos rotularam Bolsonaro um nazista de tendências nacionalistas de extrema direita e muitos dos comentaristas ultrajados no post da embaixada alemã eram apoiadores do ex-militar.
https://medium.com/@weaponizethetru...naro-não-é-berlusconi-é-goebbels-4d5726365366
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