Turgon
犬夜叉
Hayao Miyazaki nasceu em Tóquio em 5 de Janeiro de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Notamos a importância da relação do diretor com a guerra, apesar de ter vivido muito pouco o conflito. O pai, Katsuji, era diretor de uma fábrica, cujo dono era tio de Miyazaki e que produzia componentes para os Zero - aviões usados na guerra pelo Japão. A relação da família com a fábrica, além de influenciar na temática da guerra, constantemente revisitada em sua obra, aparece também na paixão do cineasta pelo vôo, tanto por aeronave, quanto por uma visão mágica do ator de voar, repetida em filmes como A Viagem de Chihiro e o Serviço de Entregas de Kiki (Majo no takkyuybin, 1989).
Aos três anos de idade, mudou-se com a família de Tóquio para fugir dos bombardeios americanos e foi para um ditrito mais seguro. Em 1950, a família retornou à cidade. Após um ano, Miyazaki trocou de escola e foi para um colégio influenciado pelos americanos, que agora ocupavam o país.
Neste período, Cavallaro (2006) e McCatethy (2002) concordam que o fato que mais marcou a obra do animador foi a doença da mãe. Ele teve de acompanhar o desenvolvimento da doença da mãe, mulher dotada de uma personalidade forte, que acabou tendo diversas idas ao hospital entre 1947, dois anos após o nascimento do quarto filho, e 1955 por causa de uma tuberculose. Após esse período mais crítico, ela pôde se tratar em casa com a ajuda de enfermeiras e viveu até a velhice.
De acordo com o irmão mais novo do diretor, a mãe foi a grande inspiração para a personagem Ma Dola, de Laputa - O Castelo no C[eu (Tenkû no shiro Rapyuta, 1987) - a chefe que comanda com a mão de ferro um bando de piratas e que a pricípio é apresentada como a vilã da história, mas, afinal, nos filmes do diretor não costuma haver vilões, que acaba ajudando os personagens principais, Seeta e Pazu. "Apesar do período longe de casa e da longa doença, ela foi responsável por grande parte da forma como o filho vêo mundo.
A doença da mãe parece também ter inspirado diretamente Meu Vizinho Totoro (Tonari no Totoro, 1988), que conta a história de duas meninas que se mudam com o pai para uma área rural para assim ficarem mais próximas da mãe, que sofre da mesma doença progenitora do diretor e está em um hospital. As idas e vindas da mãe da meninas ao hospital parece refletir os constantes problemas que a doença gerava na família do cineasta.
As Atividades no pós-guerra
Com o paíss destruído pelos intensos bombardeios americanos durante a Segunda Guerra, os japoneses tiveram ainda de se acostumar com o domínio americano, exercido principalmente pelas mãos do general Douglas CvArthur, com a ocupação, que durou de 1945 a 1952, e com as mudanças na cultura e no ensino. Como diz Sakurai (2007, p. 202):
"Os valores comunitários foram paulatinamente substituídos por valores mais individualistas [..] para reforçar o novo espírito, o cinema e a lteratura do Oci]dente - que mostravam o sucesso dos empreendimentos individuais, o amor romântico, o direito e ajustiça do tipo ocidental como valores universais - preenchiam os espaços culturais disponíveis, enquanto livros ou filmes na direção oposta eram censurados ou proibidos."
Foi nesse peíodo de pós-guerra, logo após a passagem de McArthur e quando ocorre a reconstrução e a mudança cultura do país, que Miyazaki cresceu. Nessa época, ele também teve contato com os mangás. O cineasta começou a ser influenciado por animações japonesas - em especial Hakujaden (1958), dirigido por Taiji Yabushita - e pelas tirinhas e os quadrinhos americanos do início do século de Max Fleischer e Winsor McCay.
Em 1963, após deixar a universidade Gakushin, Miyazaki decidiu retomar o sonho antigo e ingressou no estúdio Toei Animation. Nesse período conheceu Isao Tajahata, o homem com quem viria a fundar o Studio Ghibli. O cineasta começou trabalhando nas obras dirigidas por Takahata, inicialmente como desgner de cenários e animador. Em 1964, começou a namorar e um ano mais tarde se casou com a colega do grupo de animadores, Akemi Ota.
Miyazaki e Takahata deixaram a empresa e, 3m 1971, foram para o A-Pro Studios. Dois anos mais tarde, a dupla se dirige ao Nippon Animation.
No novo estúdio, Miyazaki faz uma viagem pela Europa para criar cenários para a série World Masterpiece Theatre. Em 1978, dirige sua primeira série - Conan, Boy of the Future - e, em 1979, seu primeiro filme - Lupin III: O Castelo de Cagliostro (Rupan sansei: Kariosutoro no shiro). Desde o início da carreira, em 1963, até este ponto, passou por dezenas de séries e filmes, começando como parte da equipe de animadores, passando por animador chefe e terminando como diretor. Miyazaki ainda desenhou mangás nesse período; um deles, inclusive, viria a se trasformar no seu primeiro grande sucesso: Nausicaa do Vale dos Ventos (Kaze no tani no Naushika, 1984), baseado no mangá criado pelo próprio Miyazaki.
O filme foi considerado um dos mais populares da história do Japão; A obra foi produzida com suporte financeiro da empresa Tokuma Shoten, responsável pela revista Animage, onde eram veiculadas as histórias de Nausicaa. O sucesso da produção levou a criação do Studio Ghibli, em 1985.
O Studio Ghibli
O nome demonstra mais uma vez a paixão de Miyazaki pela aviação. Ghibli é o nome tanto de um tipo de vento característico do deserto do Sahara, quanto de um avião italiano produzido na Segunda Guerra.
De acordo com Cavallar, o estúdio surgiu a partir de uma ideia única na época: criar filmes baseados em trabalhos originais, quebrando assim a ligação dos animês com os mangás. Nessa época era estável no país um sistema que criava animações apenas a partir de histórias em quadrinhos que fizeram sucesso, diminuindo, portanto, a possibilidade de fracasso.
Em 1988, com os sucessos de Nausicaa e Laputa - O Castelo no Céu, a empresa decide lançar dois filmes simultaneamente: Meu Vizinho Totoro e o Túmulo dos Vagalumes (Hotaru no Haka - de Isao Takahata). Os lançamentos levaram a um grande esforço de todo o estúdio. O próprio presidente da empres, e também presidente da Tokuma Shoten, Yasuyoshi Tokuma, trabalhou diretamente com os distribuidores no esforço de divulgação dos filmes, contrariando sua política de não interferir na atuação do Ghibli.
Em princípio voltado apenas para o cinema, o Ghbli veio produzir obras para a TV apenas em 1993. No mesmo ano, começa a testar o uso de computação gráfica (CG) em suas obras ao comprar duas câmeras computadorizadas. O primeiro filme feito totalmente em computador pela empresa foi em 1999, Meus Vizinhos, os Yamadas de Isao Takahata - que, apesar do uso da nova tecnologia, ainda mantinha, como todos os filmes do estúdio, o aspecto graral das imagens em duas dimensões. Desde 1990, toda a edição também é feita por computadores. A primeira obra de Miyazaki feita totalmente por computador foi A Viagem de Chihiro - filme no qual também podemos notar a introdução do uso de imagens em computação gráfica, usadas principalmente em alguns cenários, aliadas ao tradicional desenho animado.
Parceria com a Disney e sucesso internacional
Em 1996, com o aumento dos investimentos norte-americanos nessa nova onda conhecida como "anime" e "mangá", a Disney viu como o momento perfeito para aproveitar a qualidade e o sucesso que os filmes de Hayao Miyazaki faziam no oriente para garantir os direitos de distribuição dos filmes do diretor. Com isso, foi fechado entre a Disney e o Estúdio Ghibli o acordo conhecido como Disney-Tokuma que, em resumo, consiste na distribuição mundial (incluindo Japão, mas excluindo a Ásia) em vídeo (DVDs não estão incluídos) de todos os longas animados do Estúdio Ghibli, sem falar na distribuição mundial nos cinemas daquele que lançaria o nome de Hayao Miyazaki ao mundo: Princesa Mononoke (Mononoke-hime, 1997). A história de Princesa Mononoke mais uma vez mostra a ecologia como plano de fundo para a busca do Príncipe Ashitaka para curar uma maldição que o consome. O filme se tornou a maior bilheteira da história do Japão (faturando o equivalente a US$ 150 milhões), batendo E.T. - O Extraterrestre (e ficou na primeira posição até Titanic estrear em terras nipônicas). O filme levou diversos prémios no Japão e em outros festivais internacionais. E foi após Mononoke que Hayao Miyazaki anunciou, pela primeira vez, sua aposentadoria. Mas o sucesso o chamou de volta para dirigir A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no kamikakushi, 2001). Agora com um certo nome internacional e com a força da distribuição mundial nas mãos da Disney, o filme faturou mais prémios internacionais (incluindo o Oscar de melhor longa-metragem animado em 2003) e foi sucesso por onde passou. Em 2005, chegou aos cinemas O Castelo Animado (Hauru no ugoku shiro, 2004), com mais prémios (como a indicação ao Oscar de melhor animação) e uma bilheteira de arrasar ao redor do mundo. Mesmo assim, Hayao Miyazaki ainda está longe de ser reconhecido, principalmente no ocidente, como seu colega de profissão Walt Disney. Com diferentes posições ideológicas quanto a seus filmes, o amor incontestável pela arte da animação está claro em seus filmes, e é apenas questão de tempo para que Miyazaki consiga alcançar a popularidade da qual já desfruta em seu país natal.(Vale também lembrar que ele lançou um novo filme Ponyo com os mesmos temas).
Entrevista na Henshin sobre o filme a Viagem de Chihiro
Henshin: O senhor disse que Princesa Mononoke seria seu último trabalho? Por que a mudança de idéia?
Hayao: Normalmente vamos ao templo shintoista para tirar a sorte quando estamos terminando os filmes. Fui lá e o papel dizia “a última flor se abre no galho velho”. Pensei que de fato estou cansado e precisando me aposentar. Acabei me envolvendo em mais essa produção. Mudamos o esquema de trabalho, mas mesmo assim, sou o diretor e isso dá muito trabalho.
Henshin: De onde surgiu a idéia de fazer esse filme?
Hayao: No verão passei dois ou três dias num chalé nas montanhas com umas meninas de 10 anos. Enquanto as observava, me dei conta de que não havia feito nenhum filme para as meninas dessa idade. Não existe um filme para as meninas que passam por esse período antes de começar a pensar no mundo de maneira mais complicada, enquanto ainda valorizamos muito nossos pais, enquanto ainda olhamos para os adultos e para suas regras e convenções com um olhar puro. Estive dando uma olhada nos mangás que elas tinham deixado lá e só encontrei histórias de como chamar a atenção dos meninos e pensei que também não poderia ser só isso. Acho que isso também faz parte, mas achei que havia outra história a ser contada e decidi que devia contá-la. Meu objetivo final é criar um filme que essas minhas pequenas amigas de 10 anos gostem.
Henshin: Por que você escolheu retratar os tempos atuais?
Hayao: Atualmente muitas pessoas vivem perdidas e cansadas de estar tão perdidas. Mas se esquecem que até bem pouco tempo atrás eram muito mais fortes. Acho que mais do que ser forçada a tomar grandes decisões ou enfrentar o desconhecido, a realidade é que apenas não somos acostumados a essa situação. O objetivo desse filme é de dar força para as pessoas para que elas vivam mais felizes. Outra coisa que me motivou a escolher os dias de hoje foi a vontade de contar uma história que as minhas amigas de 10 anos pudessem viver na pele. Por isso também evitei fazer uma heroína como as outras que criei.
Henshin: Quando e por que você pensou em fazer essa nova obra?
Hayao: A idéia surgiu do título de uma história infantil dos anos 70, chamada “A Cidade Fantástica do Outro Lado da Neblina”. A idéia era retratar isso em um filme. Isso foi antes de começarmos Princesa Mononoke. Na época havia uma pessoa na equipe que lera o livro quando estava na quinta série e que gostava muito da história. Eu não entendia muito bem qual era o encanto da história, mas queria entender esse mistério. Fiz um projeto, mas não foi aceito. Tentei de novo, com uma personagem um pouco mais velha, em Tóquio após de um terremoto, mas também não foi aceito. No final surgiu a idéia do banho público com uma velhinha muito assustadora. Na história original a família construía uma casa em um local sagrado, o caminho dos espíritos, e a mãe, cansada de pagar o empréstimo adquirido para construir uma casa na qual nem ao menos conseguem viver em paz, acaba se perdendo num mundo estranho. Então descobrimos que o filme levaria 5 horas, se seguíssemos essa história. Já tínhamos pensado em tudo, onde seria o quarto da menina, a vista que ela teria de sua janela, só que história que eu queria contar não estava lá. Tentei relaxar e acabei encontrando o melhor caminho, acho.
Henshin: Quais são os planos para o futuro?
Hayao: Estou procurando alguém que possa trabalhar no meu lugar. Já estou com 60 anos e às vezes preciso trabalhar até a 1 ou 2 da manhã. O problema é que depois das 11 da noite a minha capacidade mental cai bastante. Acho que já devo mesmo me aposentar. O novo museu da Ghibli ainda vai me dar algum trabalho. Queria ser menos movido por essas paixões. Ser diretor é uma paixão incontrolável. De agora em diante quero fazer obras mais curtas e independentes para não incomodar ninguém.
- Filmes
Doggie March (Animação / 1964, Toei Animation)
Gulliver's Space Travels (Animação / 1965, Toei Animation)
Little Norse Prince (Conceito de Arte, Animação, Design de Cena / 1968, Toei Animation)
O Gato de Botas (Storyboard, Animação / 1969, Toei Animation)
Flying Ghost Ship (Animação / 1969, Toei Animation)
Alibaba to Yonjubiki no Tozuku (Animação / 1971, Toei Animation)
Animal Treasure Island (Consultor, Animação, Design de Cena / 1971, Toei Animation)
As Aventuras de Panda! e seus Amigos (Roteiro, Art design, Animação / 1972 TMS Entertainment)
Tenguri, the Boy of the Plains (Layout / 1977, Shinei Animation)
Lupin III - O Castelo de Cagliostro (Direção, Script, Character Design / 1979, Tokyo Movie Shinsha)
Space Adventure Cobra - The Movie (Animação, Pre-Produção / 1982, Tokyo Movie Shinsha)
Mirai Shounen Conan Tokubetsu Hen-Kyodaiki Gigant no Fukkatsu (Direção / 1984, Nippon Animation)
Nausicaä do Vale dos Ventos (Direção, Roteiro, História Original / 1984, Top Craft)
Sherlock Hound (Direção / 1984, Tokyo Movie Shinsha)
Laputa: Castle in the Sky (Direção, Roteiro, História Original / 1986, Studio Ghibli)
Meu Vizinho Totoro (Direção, História Original, Storyboard / 1988, Studio Ghibli)
O Serviço de Entregas de Kiki (Direção, Script, Produtor / 1989, Studio Ghibli)
Little Nemo - Adventures in Slumberland (Pré-Produção / 1989, Tokyo Movie Shinsha)
Only Yesterday (Produtor Executivo / 1991, Studio Ghibli)
Porco Rosso (Direção, Roteiro, Storyboard, Edição / 1992, Studio Ghibli)
Pom Poko (Produtor Executivo, Planejamento / 1994, Studio Ghibli)
Whisper of the Heart (Roteiro, Storyboard, Produtor / 1995, Studio Ghibli)
Princesa Mononoke (Direção, Roteiro, História Original / 1997, Studio Ghibli)
A Viagem de Chihiro (Direção, Script, Storyboard, História Original / 2001, Studio Ghibli)
O Reino dos Gatos (Produtor Executivo, Conceito / 2002, Studio Ghibli)
O Castelo Animado (Direção, Produtor Executivo , Roteiro / 2004, Studio Ghibli)
Contos de Terramar (Conceito / 2006, Studio Ghibli)
Ponyo (Direção, Roteiro e Criação / 2008, Studio Ghibli)
Karigurashi no Arrietty (Roteiro, Produtor Executivo, Planejamento / 2010, Studio Ghibli)
- Curtas produzidos para exibição no Ghibli Museum
The Whale Hunt (2001, Studio Ghibli)
Kusoh no Kikai-tachi no Naka no Hakai no Hatsumei (Conceito, Planejamento / 2002, Studio Ghibli)
Mei to Konekobasu (Direção, Roteiro, História Original / spinoff-of de Totoro, 2003, Studio Ghibli)
Koro's Big Day Out (Direção, Roteiro, História Original / 2003, Studio Ghibli)
Mizugumo Monmon (Direção, Roteiro / 2006, Studio Ghibli)
Hoshi wo Katta Hi (Direção, Roteiro / 2006, Studio Ghibli)
Yadosagashi (Direção, Roteiro, Storyboard / 2006, Studio Ghibli)
The Whale Hunt (Direção, Roteiro, Storyboard / Studio Ghibli)
- Televisão
Ookami Shonen Ken (Animação / 1964, Toei Animation)
Ninja The Wonderboy (Animação / 1964, Toei Animation)
Hustle Punch (Animação / 1965, Toei Animation)
Mahōtsukai Sally (Animação / 1966, Toei Animation)
Esquadrão Arco-Íris (Animação eps 34, 38 / 1966, Toei Animation)
Himitsu no Akko-chan (Animação eps 44, 61 / 1969, Toei Animation)
Moomin (Animação / 1969, Tokyo Movie Shinsha)
Sarutobi Ecchan (Animação / 1971, Toei Animation)
Lupin III (Direção de 14 episodios / 1971, TMS Entertainment)
Akado Suzunosuke (Animação; Storyboard eps 26-27, 41 / 1972, Tokyo Movie Shinsha)
Jungle Kurobe (Conceito / 1973, Tokyo Movie Shinsha)
Kouya no Shonen Isamu (Animação, Storyboard Cleanup eps 15, 18 / 1973, Tokyo Movie Shinsha)
Samurai Giants (Animação eps 1 / 1973, Tokyo Movie Shinsha)
Heidi, Girl of the Alps (Continuidade, Layout, Theme Song Lyrics / 1974, Nippon Animation)
Dog of Flanders (Animação / 1975, Nippon Animation)
From the Apennines to the Andes (Marco) (Continuidade, Layout / 1976, Nippon Animation)
Rascal the Raccoon Animação de 20 episódios / 1977, Nippon Animation)
Conan, the Boy in Future (Direção e Script eps 1-8, 11-26, Storyboard, Character Design / 1978, Nippon Animation)
Anne of Green Gables (Eps. 1-15: Layout, Design de Cena / 1979, Nippon Animation)
New Gigantor (Animação eps 8 / 1980, Tokyo Movie Shinsha)
Sherlock Hound (Direção, Script, Storyboard / 1984, Tokyo Movie Shinsha)
Nadia - Secret of Blue Water (Conceito Original / 1989, Gainax)
Referências:
Henshin
O cinema de animação de Hayao Miyazaki - Matheus Silveira - UFRGS
Wikipédia
Info Animation
IMBD
Anexos
Última edição: