Morfindel Werwulf Rúnarmo
Geofísico entende de terremoto
Um estudo sobre os primeiros ancestrais humanos que viviam nas cavernas Sterkfontein e Swartkrans, na África do Sul, mostra que as mulheres invertiam seu papel social e abandonavam o núcleo original para unirem-se a outro, enquanto os homens permaneciam no lugar onde nasciam.
A pesquisa, publicada no último número da revista "Nature", é sem precedentes porque relata a existência de uma estrutura social pré-histórica.
A prática feminina de deixar o grupo original para acompanhar o de seus companheiros é comum em algumas culturas.
Esse mesmo padrão é verificado entre chimpanzés e bonobos, mas a maioria dos outros primatas, como os gorilas, o comportamento é o oposto. As fêmeas ficam com o grupo no qual nascem e os machos mudavam para outros lugares.
Crânio de um "Paranthropus robustos", conhecido como SK 48, que viveu em Swartkrans, na África do Sul
ANÁLISE
Os pesquisadores geralmente encontram dificuldades para entender como os primeiros hominídeos usavam a terra e se moviam pelo território somente com a análise morfológica e filogenética.
Liderado pela paleoantropóloga da Universidade do Colorado (EUA) Sandi Copeland, o grupo do estudo atual usou um indicador geoquímico --isótopos de estrôncio que se encontram no esmalte dental-- para determinar os movimentos dos hominídeos.
Foram analisadas dentes e restos de oito espécies Australopithecus africanus e mais 11 Paranthropus robustus, grupos que viveram entre 1,7 milhão e 2,4 milhões de anos.
Ambos viveram em savanas arborizadas, provavelmente se alimentando com uma mistura de frutas, grama, sementes e nozes.
Segundo a análise, apenas 10% dos machos se originaram fora de um raio de 30 quilômetros quadrados, contra mais da metade das fêmeas.
Em outras palavras, os homens só se aventuravam, e raramente, a mais de alguns quilômetros de suas cavernas.
O estudo também contesta o senso comum sobre como os primatas deixaram de se locomover em quatro patas e tornaram-se bípedes para percorrer grandes distâncias em busca de abrigo e comida.
Os indícios sugerem que os machos limitaram suas viagens às atividades de caça e coleta. Ou seja, a mudança para a posição ereta pode ter sido influenciada por outras necessidades.
Fonte
A pesquisa, publicada no último número da revista "Nature", é sem precedentes porque relata a existência de uma estrutura social pré-histórica.
A prática feminina de deixar o grupo original para acompanhar o de seus companheiros é comum em algumas culturas.
Esse mesmo padrão é verificado entre chimpanzés e bonobos, mas a maioria dos outros primatas, como os gorilas, o comportamento é o oposto. As fêmeas ficam com o grupo no qual nascem e os machos mudavam para outros lugares.
Crânio de um "Paranthropus robustos", conhecido como SK 48, que viveu em Swartkrans, na África do Sul
ANÁLISE
Os pesquisadores geralmente encontram dificuldades para entender como os primeiros hominídeos usavam a terra e se moviam pelo território somente com a análise morfológica e filogenética.
Liderado pela paleoantropóloga da Universidade do Colorado (EUA) Sandi Copeland, o grupo do estudo atual usou um indicador geoquímico --isótopos de estrôncio que se encontram no esmalte dental-- para determinar os movimentos dos hominídeos.
Foram analisadas dentes e restos de oito espécies Australopithecus africanus e mais 11 Paranthropus robustus, grupos que viveram entre 1,7 milhão e 2,4 milhões de anos.
Ambos viveram em savanas arborizadas, provavelmente se alimentando com uma mistura de frutas, grama, sementes e nozes.
Segundo a análise, apenas 10% dos machos se originaram fora de um raio de 30 quilômetros quadrados, contra mais da metade das fêmeas.
Em outras palavras, os homens só se aventuravam, e raramente, a mais de alguns quilômetros de suas cavernas.
O estudo também contesta o senso comum sobre como os primatas deixaram de se locomover em quatro patas e tornaram-se bípedes para percorrer grandes distâncias em busca de abrigo e comida.
Os indícios sugerem que os machos limitaram suas viagens às atividades de caça e coleta. Ou seja, a mudança para a posição ereta pode ter sido influenciada por outras necessidades.
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