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Notícias Irmão do Rock In Rio, Sertões quer ser o 'Tour de France brasileiro'

Fúria da cidade

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Rally dos Sertões 2018 (Victor Eleuterio / FOTOP)

Reconhecido como maior do país, o Rally dos Sertões está pronto para alçar vôos mais altos. Quer ser, especificamente em 2022, quando completa 30 anos, o maior do mundo. Os planos, ambiciosos, vêm em momento de transformação, iniciado ano passado. Ao empresário Marcos Ermírio de Moraes se juntaram outros quatro nomes de peso: Joaquim Monteiro, ex-presidente da Empresa Olímpica Municipal, Julio Capua, sócio-fundador da XP Investimentos, e a dupla Duda Magalhães e Roberto Medina (criador do Rock In Rio), da Dream Factory.

Natural que a ambição seja grande para um rali que já é considerado o segundo maior do mundo. Só não bate de frente com o Rally Dakar, que, no ano que vem passa a correr no Oriente Médio, depois de 11 anos tendo como palco a América do Sul. O Sertões quer ocupar essa lacuna.

"Saindo o Dakar, ele deixa várias equipes que fizeram investimentos órfãs. Muito difícil uma equipe do Uruguai, da Argentina, do Peru, pagar a logística para ir ao Oriente Médio. É caro. Essas equipes já estão devidamente preparadas. A gente acredita que os Sertões, a partir desse ano, vai absorver essa demanda", explica Monteiro, em entrevista exclusiva para o Olhar Olímpico.

Apesar da natural comparação com o Dakar, referência em ralis, não é nele que os novos gestores do Sertões se espelham. "Nosso benchmarking não é o Dakar, é o Tour de France. O Tour passa pelos castelos, gera orgulho para o povo francês e desperta curiosidade do turismo, porque revela uma França que o turismo tradicional não revela. Hoje o Brasil não tem um evento verde-amarelo. Existe uma oportunidade na mesa. A gente quer um evento que represente a dimensão, a beleza da nossa natureza e a hospitalidade do nosso povo. O Sertões tem a capacidade de sintetizar isso", continua o CEO.

Os sócios identificaram que na parte esportiva o Sertões já tem excelência e "não deixa a desejar" para nenhum outro rali no mundo. Essa área, que tem pouco a evoluir, continuará sendo tocada por Marcos Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim.

À esportiva foram adicionadas duas outras "camadas". Uma delas é social, de levar para os rincões do país, por onde passa o rali, ações como uma carreta do Hospital Albert Einstein. Outra é a turística. "A gente vai botar muita energia nisso. Vou dedicar muita força para criar esse desejo de as pessoas irem como turistas aos locais por onde passa o Sertões", conta Monteiro.

A Dream Factory, famosa pelo Rock In Rio, vai atuar organizando eventos nas duas extremidades do rali, na largada e na chegada, que possam atrair um público que vai além daquele habitual, o amante de automobilismo e/ou de esportes radicais. Neste ano, a largada será em Campo Grande (MS), em 24 de agosto, exatamente para celebrar os 120 anos da cidade.

A rota exata da edição 2019 será apresentada em evento nesta terça-feira (14), em São Paulo. Tradicionalmente, por ano, o rali cruza em média cinco estados. Desde sua criação, o Sertões já teve 119 cidades-dormitório diferentes, passando por 18 estados. Em 2018, participaram 177 veículos, com 289 competidores de 11 países. Em 2022, quando completará 30 anos, o Sertões vai literalmente cruzar o Brasil, do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS).

https://olharolimpico.blogosfera.uo...sertoes-quer-ser-o-tour-de-france-brasileiro/
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Achei excelente a ambição dos organizadores do Rally dos Sertões que é 100% brasileiro e passa por lugares incríveis, mostrando de verdade como é o Brasil por dentro. Pra mim é o melhor do mundo.
 
Rally dos Sertões deve largar da cidade de São Paulo no ano que vem

Demétrio Vecchioli
17/10/2019 17h40
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Rally dos Sertões 2018 (Victor Eleuterio / FOTOP)

Com uma política de atrair eventos esportivos de ativação de marca para São Paulo, o governador João Doria (PSDB) anuncia amanhã (18) que a largada do Rally dos Sertões do ano que vem vai acontecer no estado, possivelmente na cidade de São Paulo, em local a ser anunciado em maio. O rali está previsto para o fim de agosto.

Chegando à sua 28ª edição, o Sertões volta à sua origem. Inicialmente um rali de moto entre Campos do Jordão (SP) e Natal (RN), a competição teve largada promocional em São Paulo entre 1996 e 2001. A partir do ano seguinte, a largada acontece quase sempre em Goiânia (GO), com poucas exceções: São Luis (MA) em 2012 e Campo Grande (MS) no ano passado.

A largada em São Paulo não significa que o Sertões vai deixar seu ambiente usual, entre o Centro-Oeste e o Nordeste. O roteiro completo só será divulgado em maio, mas a tendência é que São Paulo receba apenas o prólogo e o super prime (que definem a ordem de largada, na véspera) e a saída da primeira etapa. Depois, um deslocamento não cronometrado levaria os competidores até os "sertões" de fato.

O modelo é recorrente nas grandes voltas ciclísticas, que inspiram o rali brasileiro, que quer ser o maior do mundo em 2022, ano de seu 30º aniversário. No ano que vem, por exemplo, o Giro D'Itália larga na Hungria. No ano passado, largou de Israel.

Essas escolhas têm viés comercial e costumam ser feitas a partir de aporte financeiro por parte da cidade ou do país que recebe a largada. No caso de São Paulo, Doria deve anunciar que não haverá investimento do governo estadual. A proximidade com patrocinadores e público alvo das empresas envolvidas justificaria a iniciativa, boa para os organizadores e para o turismo paulistano.

Desde que chegou ao governo do Estado, Doria tem apostado em atrair a São Paulo eventos esportivos de ativação de marcas. Foi assim com o Mundial de Skate Park, bancado pela Oi, com o WEC (Mundial de Endurance), que terá etapa em Interlagos no início do ano que vem, e com o Ironman, na USP, no mês que vem.
 

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