Ana Lovejoy
Administrador
Saiu uma matéria no estadão, achei que seria um bom momento para abrirmos o tópico sobre o que vem por aí ano que vem. =F
Hilda Hilst e Bioy Casares são os destaques literários de 2018
Poeta brasileira é homenageada da Flip e autor argentino tem segundo volume das 'Obras Completas' publicado no País
André Cáceres, O Estado de S.Paulo
16 Dezembro 2017 | 16h00
Homenageada da próxima Flip, a poeta, romancista e dramaturga Hilda Hilst (1930-2004) não saboreou, quando viva, o amplo prestígio de que sua obra goza hoje. Para fugir do estigma de escritora hermética, chegou até a se aventurar na literatura erótica com O Caderno Rosa de Lori Lamby, em que um escritor frustrado, pai da protagonista de oito anos, a leva ao submundo da prostituição. Mais ou menos como Hilda fez com sua obra à época. A jogada não deu certo comercialmente, mas não tardaria para que a escritora fosse brindada por seu incontestável talento: em 2017, a Companhia das Letras reuniu sua obra poética em Da Poesia e um dos destaques literários de 2018 é a reunião da ficção de Hilda Hilst em Da Prosa.
Outra obra não tão reconhecida quanto merece é a de Adolfo Bioy Casares (1914-1999). Assim como o parceiro e conterrâneo Jorge Luis Borges, transitou livremente pela fantasia, ficção científica e pelo realismo. O autor argentino teve um volume de suas Obras Completas publicado pela Biblioteca Azul no ano de seu centenário. Em 2018, chega às livrarias a segunda parte da trilogia organizada por Daniel Martino, que compreende um romance – Diário da Guerra do Porco (1969) – e três antologias de contos – Grinalda com Amores (1959), O Lado da Sombra (1963) e O Grão-serafim(1967) –, além de memórias, ensaios e artigos publicados entre 1959 e 1971.
Adolfo Bioy Casares e Hilda Hilst são os destaques literários de 2018 Foto: Roberto Setton/Heitor Hui/Estadão
Contos. A forma breve estará em alta em 2018. Organizado e traduzido por Marcelo Backes, Blumfeld: Um Solteirão de Mais Idade e Outras Histórias (Record) reúne 36 narrativas de Franz Kafka, desde as mais conhecidas do público brasileiro, como Um Artista da Fome, até textos inéditos em português, como O Guarda da Cripta. A Carambaia promete reunir ficções de horror de autores como Virginia Woolf, Émile Zola, E.T.A. Hoffmann, Ivan Turgueniev e Guy de Maupassant em Contos de Assombro. O crítico de arte, jornalista e editor francês Félix Fénéon (1861-1944) publicou de Rimbaud a Proust, passando por Joyce, mas a Rocco voltou seu olhar para sua própria produção. Como repórter de fait divers, escreveu 1.220 notícias curtas e curiosas sobre o cotidiano parisiense selecionadas e organizadas pelo professor da Unicamp e poeta Marcos Siscar em Notícias em Três Linhas.
Os oprimidos também têm vez em 2018. A Editora 34 publica o último dos seis volumes dos Contos de Kolimá, baseados nas experiências de Varlam Chalámov no Gulag. The Accusation: Forbidden Stories from Inside North Korea (Biblioteca Azul) traz narrativas curtas de Bandi, pseudônimo de um escritor norte-coreano que, até onde se sabe, ainda vive sob o regime de Kim Jong-un. O escritor e pintor judeu francês Max Jacob (1876-1944), que morreu nas mãos dos nazistas, terá sua coleção epistolar fictícia (O Gabinete Negro – Cartas com Comentários, de 1922) lançada pela Carambaia.
Inéditos. Figura ainda pouco conhecida no Brasil, o romeno Panaït Strati (1884-1935) foi apelidado de “Gorki dos Bálcãs” e um dos primeiros intelectuais mais à esquerda a manifestar críticas ao stalinismo, antes de George Orwell e André Gide. A Carambaia publicará em 2018 Kyra Kyralina (1924), um de seus romances picarescos protagonizados por Adrien Zograffi, importante personagem homossexual do início do século 20. O leitor brasileiro teve acesso à obra da grande dama da ficção científica Octavia Butler pela primeira vez em 2017 e, no ano que vem, a Morro Branco pretende lançar Parable of the Sower, primeiro de dois livros dos anos 1990 que praticamente previram a eleição de Donald Trump. Em Parable of the Talents, Butler chegou a profetizar, ipsis litteris, o infame slogan que o levou à Casa Branca.
O último vencedor do Man Booker Prize, Lincoln no Limbo, de George Saunders, já foi traduzido por Jorio Dauster e deve sair pela Companhia das Letras em março de 2018. A editora promete lançar também 4321, de Paul Auster, outro finalista do prêmio, e The Golden House, novo de Salman Rushdie. Já Bernard Cornwell explora a rivalidade entre os irmãos Richard e William Shakespeare em Fools and Mortals (Record) e o chileno Alejandro Zambra terá três livros publicados no ano que vem pela Tusquets, selo da Planeta: Bonsai, A Vida Secreta das Árvores e Não Ler. A editora lançará também o próximo livro da poeta feminista Rupi Kaur, Her Sun and Her Flowers.
Traduções. O revolucionário romance circular de James Joyce escrito em 1939 ganhará uma tradução peculiar pela editora Iluminuras em janeiro: em Finnegans Wake (Por um Fio), Dirce Waltrick do Amarante condensa as 628 páginas do original em apenas um dos fios narrativos tecidos pelo irlandês e tenta “atravessar a terra dessoulada” do enigmático livro de Joyce em uma edição bilíngue e comentada. Humilhados e Ofendidos (1861), do mestre russo Fiodor Dostoievski, recebe nova tradução de Fátima Bianchi pela Editora 34, que também publica a tradução de Rubens Figueiredo para Almas Mortas (1842), de Nikolai Gogol, e os poemas de Sobre Isto (1824), de Vladimir Maiakovski, pela primeira vez em português por Letícia Mei. Escrito entre 1956 e 1958, O Galo de Ouro, de Juan Rulfo, só foi publicado em 1980, e ganhou uma edição revisada em 2010, que a José Olympio trará para o País.
Nacional. Se Hilda Hilst é destaque, outra poeta nacional (pelo menos de coração) deve ganhar as prateleiras no ano que vem. Nascida na Eritreia, Marina Colassanti, em seus 80 anos, morou na Líbia, na Itália, na França e, é claro, no Brasil. Em 2018, a Record publica dois livros da autora para públicos diferentes: Mais Longa Vida, de poesia; e Classificados e Nem Tanto 2, infantil que sai pelo selo Galera. Outro destaque nacional, o vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura em 2013 por Antiterapias, Jacques Fux publica em 2018 seu novo livro, Nobel, pela José Olympio. A editora do Grupo Record também prevê Eufrates, de André de Leones, que se passa entre 1991 e 2013 e se espraia por diversas cidades brasileiras como São Paulo, Brasília e Belém; e estrangeiras, como Buenos Aires, Haifa e Jerusalém.
Cinema. A Forma da Água, dirigido pelo mexicano Guillermo del Toro, venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza, liderou as indicações para o Globo de Ouro e é um dos destaques literários – sim, literários – de 2018. O longa não foi inspirado em algum livro, como é comum, mas Del Toro, em parceria com o autor americano Daniel Kraus, escreveu um romance que expande o universo de seu filme e chega ao Brasil pela Intrínseca.
Outros pontos de contato interessantes entre o cinema e a literatura aparecerão no ano que vem. Mudbound, drama racial que se passa no Mississipi nos anos 1940 dirigido por Dee Rees, ganhou notoriedade no Festival Sundance de Cinema e o livro no qual foi baseado, de Hillary Jordan, será lançado em 2018 pela Sextante. A cineasta espanhola Isabel Coixet adaptou em 2017 A Livraria, de Penelope Fitzgerald, finalista do Man Booker Prize em 1978, que a Bertrand Brasil traz ao País no aniversário de 40 anos da obra. O Spirit Awards, principal premiação do cinema independente, indicou Me Chame Pelo Seu Nome, do diretor italiano Luca Guadagnino, a seis categorias, incluindo a principal. O filme é inspirado no livro de André Aciman, vencedor do Lambda Literary Award, importante prêmio da literatura LGBT, que a Intrínseca publicará em 2018.
Além dos filmes, as séries também terão seu parentesco com a literatura reforçado no próximo ano. O detetive Mario Conde, personagem dos romances do cubano Leonardo Padura, retorna em A Transparência do Tempo, que a Boitempo lança em 2018, dois anos após a tetralogia policial dos anos 1990 ser adaptada pela Netflix em Quatro Estações em Havana. A série Altered Carbon, que estreará no serviço de streaming em 2018, foi inspirada em livros de Richard Morgan. O primeiro título já está disponível no Brasil e o segundo chega no ano que vem, ambos pela Bertrand Brasil.
Enquanto a última temporada de Game of Thrones não vai ao ar, os aficionados pelo universo medieval e pelas tramas de George R.R. Martin poderão se deleitar com The Book of Swords, coletânea de contos que a Leya lança no ano que vem. A editora também prepara outra reunião de narrativas curtas: Make Something Up, de Chuck Palahniuk, autor de Clube da Luta, que David Fincher adaptou para o cinema em 1999.
Não é exatamente uma série, mas entre 1969 e 1970 foi ao ar no Brasil a novela global inspirada em A Cabana do Pai Tomás, de Harriet Beecher Stowe (1811-1896). O livro, escrito como folhetim entre 1851 e 1852 no jornal abolicionista National Era, de Washington, ajudou a libertar os escravos americanos (embora o ativista negro James Baldwin já tenha dito que se trata de um romance conformista) e ganhará nova edição no Brasil pela Via Leitura, que publica em 2018 outros dois clássicos que influenciaram o cinema: O Médico e o Monstro (1886), de Robert Louis Stevenson, e Carmilla (1872), de Joseph Sheridan Le Fanu, manancial para Drácula (1897), de Bram Stoker.
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Lincoln no Limbo <3 <3 <3
Hilda Hilst e Bioy Casares são os destaques literários de 2018
Poeta brasileira é homenageada da Flip e autor argentino tem segundo volume das 'Obras Completas' publicado no País
André Cáceres, O Estado de S.Paulo
16 Dezembro 2017 | 16h00
Homenageada da próxima Flip, a poeta, romancista e dramaturga Hilda Hilst (1930-2004) não saboreou, quando viva, o amplo prestígio de que sua obra goza hoje. Para fugir do estigma de escritora hermética, chegou até a se aventurar na literatura erótica com O Caderno Rosa de Lori Lamby, em que um escritor frustrado, pai da protagonista de oito anos, a leva ao submundo da prostituição. Mais ou menos como Hilda fez com sua obra à época. A jogada não deu certo comercialmente, mas não tardaria para que a escritora fosse brindada por seu incontestável talento: em 2017, a Companhia das Letras reuniu sua obra poética em Da Poesia e um dos destaques literários de 2018 é a reunião da ficção de Hilda Hilst em Da Prosa.
Outra obra não tão reconhecida quanto merece é a de Adolfo Bioy Casares (1914-1999). Assim como o parceiro e conterrâneo Jorge Luis Borges, transitou livremente pela fantasia, ficção científica e pelo realismo. O autor argentino teve um volume de suas Obras Completas publicado pela Biblioteca Azul no ano de seu centenário. Em 2018, chega às livrarias a segunda parte da trilogia organizada por Daniel Martino, que compreende um romance – Diário da Guerra do Porco (1969) – e três antologias de contos – Grinalda com Amores (1959), O Lado da Sombra (1963) e O Grão-serafim(1967) –, além de memórias, ensaios e artigos publicados entre 1959 e 1971.
Adolfo Bioy Casares e Hilda Hilst são os destaques literários de 2018 Foto: Roberto Setton/Heitor Hui/Estadão
Contos. A forma breve estará em alta em 2018. Organizado e traduzido por Marcelo Backes, Blumfeld: Um Solteirão de Mais Idade e Outras Histórias (Record) reúne 36 narrativas de Franz Kafka, desde as mais conhecidas do público brasileiro, como Um Artista da Fome, até textos inéditos em português, como O Guarda da Cripta. A Carambaia promete reunir ficções de horror de autores como Virginia Woolf, Émile Zola, E.T.A. Hoffmann, Ivan Turgueniev e Guy de Maupassant em Contos de Assombro. O crítico de arte, jornalista e editor francês Félix Fénéon (1861-1944) publicou de Rimbaud a Proust, passando por Joyce, mas a Rocco voltou seu olhar para sua própria produção. Como repórter de fait divers, escreveu 1.220 notícias curtas e curiosas sobre o cotidiano parisiense selecionadas e organizadas pelo professor da Unicamp e poeta Marcos Siscar em Notícias em Três Linhas.
Os oprimidos também têm vez em 2018. A Editora 34 publica o último dos seis volumes dos Contos de Kolimá, baseados nas experiências de Varlam Chalámov no Gulag. The Accusation: Forbidden Stories from Inside North Korea (Biblioteca Azul) traz narrativas curtas de Bandi, pseudônimo de um escritor norte-coreano que, até onde se sabe, ainda vive sob o regime de Kim Jong-un. O escritor e pintor judeu francês Max Jacob (1876-1944), que morreu nas mãos dos nazistas, terá sua coleção epistolar fictícia (O Gabinete Negro – Cartas com Comentários, de 1922) lançada pela Carambaia.
Inéditos. Figura ainda pouco conhecida no Brasil, o romeno Panaït Strati (1884-1935) foi apelidado de “Gorki dos Bálcãs” e um dos primeiros intelectuais mais à esquerda a manifestar críticas ao stalinismo, antes de George Orwell e André Gide. A Carambaia publicará em 2018 Kyra Kyralina (1924), um de seus romances picarescos protagonizados por Adrien Zograffi, importante personagem homossexual do início do século 20. O leitor brasileiro teve acesso à obra da grande dama da ficção científica Octavia Butler pela primeira vez em 2017 e, no ano que vem, a Morro Branco pretende lançar Parable of the Sower, primeiro de dois livros dos anos 1990 que praticamente previram a eleição de Donald Trump. Em Parable of the Talents, Butler chegou a profetizar, ipsis litteris, o infame slogan que o levou à Casa Branca.
O último vencedor do Man Booker Prize, Lincoln no Limbo, de George Saunders, já foi traduzido por Jorio Dauster e deve sair pela Companhia das Letras em março de 2018. A editora promete lançar também 4321, de Paul Auster, outro finalista do prêmio, e The Golden House, novo de Salman Rushdie. Já Bernard Cornwell explora a rivalidade entre os irmãos Richard e William Shakespeare em Fools and Mortals (Record) e o chileno Alejandro Zambra terá três livros publicados no ano que vem pela Tusquets, selo da Planeta: Bonsai, A Vida Secreta das Árvores e Não Ler. A editora lançará também o próximo livro da poeta feminista Rupi Kaur, Her Sun and Her Flowers.
Traduções. O revolucionário romance circular de James Joyce escrito em 1939 ganhará uma tradução peculiar pela editora Iluminuras em janeiro: em Finnegans Wake (Por um Fio), Dirce Waltrick do Amarante condensa as 628 páginas do original em apenas um dos fios narrativos tecidos pelo irlandês e tenta “atravessar a terra dessoulada” do enigmático livro de Joyce em uma edição bilíngue e comentada. Humilhados e Ofendidos (1861), do mestre russo Fiodor Dostoievski, recebe nova tradução de Fátima Bianchi pela Editora 34, que também publica a tradução de Rubens Figueiredo para Almas Mortas (1842), de Nikolai Gogol, e os poemas de Sobre Isto (1824), de Vladimir Maiakovski, pela primeira vez em português por Letícia Mei. Escrito entre 1956 e 1958, O Galo de Ouro, de Juan Rulfo, só foi publicado em 1980, e ganhou uma edição revisada em 2010, que a José Olympio trará para o País.
Nacional. Se Hilda Hilst é destaque, outra poeta nacional (pelo menos de coração) deve ganhar as prateleiras no ano que vem. Nascida na Eritreia, Marina Colassanti, em seus 80 anos, morou na Líbia, na Itália, na França e, é claro, no Brasil. Em 2018, a Record publica dois livros da autora para públicos diferentes: Mais Longa Vida, de poesia; e Classificados e Nem Tanto 2, infantil que sai pelo selo Galera. Outro destaque nacional, o vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura em 2013 por Antiterapias, Jacques Fux publica em 2018 seu novo livro, Nobel, pela José Olympio. A editora do Grupo Record também prevê Eufrates, de André de Leones, que se passa entre 1991 e 2013 e se espraia por diversas cidades brasileiras como São Paulo, Brasília e Belém; e estrangeiras, como Buenos Aires, Haifa e Jerusalém.
Cinema. A Forma da Água, dirigido pelo mexicano Guillermo del Toro, venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza, liderou as indicações para o Globo de Ouro e é um dos destaques literários – sim, literários – de 2018. O longa não foi inspirado em algum livro, como é comum, mas Del Toro, em parceria com o autor americano Daniel Kraus, escreveu um romance que expande o universo de seu filme e chega ao Brasil pela Intrínseca.
Outros pontos de contato interessantes entre o cinema e a literatura aparecerão no ano que vem. Mudbound, drama racial que se passa no Mississipi nos anos 1940 dirigido por Dee Rees, ganhou notoriedade no Festival Sundance de Cinema e o livro no qual foi baseado, de Hillary Jordan, será lançado em 2018 pela Sextante. A cineasta espanhola Isabel Coixet adaptou em 2017 A Livraria, de Penelope Fitzgerald, finalista do Man Booker Prize em 1978, que a Bertrand Brasil traz ao País no aniversário de 40 anos da obra. O Spirit Awards, principal premiação do cinema independente, indicou Me Chame Pelo Seu Nome, do diretor italiano Luca Guadagnino, a seis categorias, incluindo a principal. O filme é inspirado no livro de André Aciman, vencedor do Lambda Literary Award, importante prêmio da literatura LGBT, que a Intrínseca publicará em 2018.
Além dos filmes, as séries também terão seu parentesco com a literatura reforçado no próximo ano. O detetive Mario Conde, personagem dos romances do cubano Leonardo Padura, retorna em A Transparência do Tempo, que a Boitempo lança em 2018, dois anos após a tetralogia policial dos anos 1990 ser adaptada pela Netflix em Quatro Estações em Havana. A série Altered Carbon, que estreará no serviço de streaming em 2018, foi inspirada em livros de Richard Morgan. O primeiro título já está disponível no Brasil e o segundo chega no ano que vem, ambos pela Bertrand Brasil.
Enquanto a última temporada de Game of Thrones não vai ao ar, os aficionados pelo universo medieval e pelas tramas de George R.R. Martin poderão se deleitar com The Book of Swords, coletânea de contos que a Leya lança no ano que vem. A editora também prepara outra reunião de narrativas curtas: Make Something Up, de Chuck Palahniuk, autor de Clube da Luta, que David Fincher adaptou para o cinema em 1999.
Não é exatamente uma série, mas entre 1969 e 1970 foi ao ar no Brasil a novela global inspirada em A Cabana do Pai Tomás, de Harriet Beecher Stowe (1811-1896). O livro, escrito como folhetim entre 1851 e 1852 no jornal abolicionista National Era, de Washington, ajudou a libertar os escravos americanos (embora o ativista negro James Baldwin já tenha dito que se trata de um romance conformista) e ganhará nova edição no Brasil pela Via Leitura, que publica em 2018 outros dois clássicos que influenciaram o cinema: O Médico e o Monstro (1886), de Robert Louis Stevenson, e Carmilla (1872), de Joseph Sheridan Le Fanu, manancial para Drácula (1897), de Bram Stoker.
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