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Little, Big (John Crowley)

Melian

Período composto por insubordinação.
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Tradicionalmente, quando criamos um tópico sobre algum livro, temos o costume de colocar uma sinopse, que cumpre a função de apresentar o enredo da obra. É exatamente aqui que este tópico se difere dos demais, porque a pessoa que decidiu criá-lo ainda não sabe exatamente do que se trata o livro, só sabe que deseja embrenhar-se num mundo de fantasia que parece ser interessante. Dentre as escassas informações que tenho sobre Little, Big, destaca-se a de que o livro foi lançado em 1981 e, em 1982, ganhou o World Fantasy Award.

A premissa do livro, conforme este site, é a seguinte: Edgewood tem muitas casas, todas colocadas umas dentro das outras ou umas sobre as outras. É cheio e rodeado de mistério e encantamento: quanto mais você avança, maior fica. Smoky Barnable, que se apaixonou por Daily Alice Drinkwater, chega a Edgewood, a casa de sua família, onde se vê atraído para um mundo de estranheza mágica. O trabalho de Crowley tem uma alquimia especial — misturar o mundo que conhecemos com um mundo imaginado que parece mais verdadeiro e real.

Como boa controladora que sou, encaro a presente empreitada como um exercício de confiança. Sinto-me como uma pessoa que está usando uma venda e, por isso, precisa ser conduzida por outrem que, vez ou outra, verbaliza algumas instruções: "dê dois passos para a direita e, em seguida, um passo para a esquerda". Acontece que o meu guia, isto é, o idioma em que o livro foi escrito, constitui-se como um desafio a mais, porque não sei ler em inglês. Por isso, pode ser que eu tropece, várias vezes, enquanto tento caminhar pelo mundo fantástico de John Crowley. E é aquela história, quando a gente tropeça, pode cair ou aprender a voar. Espero que, em breve, vocês possam ouvir o som das minhas asas.​
 
Tanta gente falando bem do livro, e a gente fica assim: uai, por que ainda não traduziram aqui para o Brasil? :think:
 
Tanta gente falando bem do livro, e a gente fica assim: uai, por que ainda não traduziram aqui para o Brasil? :think:
É que eles queriam me dar a chance de aprender a ler em inglês*. Eles sabiam que eu ficaria interessada no livro, o que seria um incentivo para a leitura. 🤭

*Imaginem a surpresa que eu terei quando descobrir que o mundo não gira ao meu redor. Ah, sim, já descobri, mas nem ligo. :rofl:
 
Gente, tô tentando ler a introdução do livro. Tô usando os recursos do kindle e, também, a câmera do smartphone, por motivos de Google Lens. Primeiro, eu tento ler o texto da página com os recursos do kindle. Quando termino de ler e vejo que a compreensão ficou turvada pelo fato de eu não saber o significado de um tanto de coisa, uso o Google Lens. Mas ele não é a primeira opção. Trata-se de aprendizagem, não de trapaça (mas você ainda é gente boa, tá, Loki?).

Ainda estou no início da introdução, mas já descobri que as influências do John Crowley são inúmeras. Destaque para Shakespeare e, de modo mais específico, Sonhos de uma noite de verão. O texto dele também foi influenciado por Alice (euamoidolatrosouAlice :grinlove: ) e outro livro do Carroll que não conheço. Ainda no campo da literatura (supostamente) infantil, ele foi influenciado pela escrita do Thornton W Burgess.

Ah, sim, o subtítulo (?) do livro: O Parlamento das Fadas já demonstra a influência da parábola persa The Parliament of Birds na escrita do autor. (Conheço? Não. Achei chique? Sim. 🤭).​
 
eita, não conhecia. fiquei super curiosa, vou colocar na lista de livros para ler. obrigada por compartilhar com a gente, melian =D
O legal é que cês tudo vão terminar de ler o livro antes de mim, o que significa que cês vão poder me explicar os trem que eu não entender, já que eu vou demorar umas quatro eternidades para conseguir ler o livro. O importante é não desistir. :hihihi:

Terminei de ler a Introdução, ontem, e decidi parar por aí, porque minha mente estava precisando de um descanso. Mais uma coisa que adorei, na introdução: o momento em que A Arte da Memória, de Frances A. Yates, foi mencionado. Como comentei no Twitter, embora complicado, Little, Big é o livro certo para eu aprender a ler em inglês, porque tem muita coisa de que gosto, o que significa que, sempre que a leitura ficar muito difícil, eu vou continuar por causa dos elementos textuais que formam o tecido fantástico da obra. Btw, sempre fui louca por questões mnemônicas, o que, sim, é irônico, já que eu sou a pessoa mais desmemoriada do mundo. Que Mnemosine tenha piedade de sua filha, Clio, isto é, eu! :timido:
 
Vou ver se consigo começar a ler o primeiro capítulo, hoje, quando chegar do trabalho.
 
li as primeiras páginas ontem. bem peculiar. tem um quê de dr seuss. parece legal.

e esses nomes de personagens, meu deus...

buenas, qualquer coisa de dúvida de inglês / dicas para ler em inglês, digam aí.
 
e esses nomes de personagens, meu deus...
Smoky Barnable...

Comecei a ler o primeiro capítulo, e, de segundo em segundo, fico amaldiçoando "Though", "Through" e todas a palavras com escrita semelhante.

A parte boa de eu ter inventado de ler um livro em inglês é que eu acabo me deparando com umas palavras estranhas e bonitas como "gloomily". (Sim, é claro que eu passei uns bons segundos treinando a pronúncia. :rofl: ).​
 
Não li nada do livro, na semana que passou. Vou tentar melhorar isso na próxima semana.
 
Mais uma semana em que falhei com o projeto: "Aprender inglês". Hoje foi o primeiro dia que liguei o kindle, desde a última vez que comentei no tópico. Honestamente? Eu sabia que seria complicado, mas tá um cadinho mais, viu? Entendo o que tá numa linha, e nas próximas quatro, não faço a menor ideia do que tá escrito. Tento usar o tradutor do kindle e, só depois de terminar de tentar ler a página, recorro ao Google Lens. É bem trabalhoso, mas não significa que eu vá desistir. E tá bem exaustivo, ou eu que tô cansada, mesmo, o que também é possível.

Enfim, vou estabelecer uma nova meta: ler, pelo menos, uma página de Little, Big por dia. É pouco, é quase nada, mas é o suficiente para eu não perder o vínculo com o livro, né?​
 
oie.

Estou no segundo capítulo. Estou indo devagar porque costumo ler ao deitar, até pegar no sono, e ultimamente tenho dormido quase que instantaneamente.

Uns micro spoilerzinhos, nem conta como spoiler, vai... mas aí vão uns comentários do que estou achando até agora:

O livro parece que vai ser uma gracinha. Começou mega esquisito, e eu nem tinha entendido direito o quanto ali é fantasia e o quanto é moderno. Parecia que seria um cenário bem antigo, sem tecnologia, mas daqui a pouco vi que tinha carros e refrigerantes nesse mundo. E, claro, tem umas coisinhas aqui e ali mais diferentonas, como as moças gigantes, a Daily Alice e sua irmã.

Isso sem contar esses nomes bizarros, como Smoky e Daily Alice. E que são jogados como quem está no meio de uma conversa com um interlocutor que sabe de quem se está falando. Mas daí algumas páginas depois o autor voooolta lá atrás, anos atrás, e explica a situação.

O livro é cheio desses saltos temporais. Felizmente tanto Smoky quanto o Daily da Alice têm explicações mais normais do que simplesmente esses serem os nomes dos personagens.

Aí fui me familiarizando um pouco mais com o mundo, com o estilo do autor, com os personagens... E começa a história de amor.

Entendo que esse deve ser um livro quase impossível de traduzir, com tantos jogos de palavras, aliás.

Mas voltando ao casal.

O livro me ganhou nessa troca de cartas aqui:

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AAAAAliás, na minha cabeça a Daily Alice é exatamente uma amiga francesa daqui de Strasbourg. Sério, é ela, simples assim. Inclusive ela é bem alta, apesar de não ter 2m de altura.

Meu probleminha com o livro, por enquanto, é que ele parece entrar com tudo neste trope e neste aqui também.

Fiquei aliviada de ver que o livro não seria TODO sobre o Smoky chegando até Edgewood, e também de ver que a inclusão de algo mágico sem sombra de dúvidas foi feito de uma forma natural, integrada, sem atrair atenção para si mesmo. Deu para ver que é como o autor gosta de escrever.

Ele escreve algo que nos surpreende e não para para nos explicar nada. A história segue, e ele sabe o efeito que causou. Mas, mais uma vez, acho que vai voltar para explicar daqui a algumas páginas...

Veremos.
 
Mais uma semana em que falhei com o projeto: "Aprender inglês". Hoje foi o primeiro dia que liguei o kindle, desde a última vez que comentei no tópico. Honestamente? Eu sabia que seria complicado, mas tá um cadinho mais, viu? Entendo o que tá numa linha, e nas próximas quatro, não faço a menor ideia do que tá escrito. Tento usar o tradutor do kindle e, só depois de terminar de tentar ler a página, recorro ao Google Lens. É bem trabalhoso, mas não significa que eu vá desistir. E tá bem exaustivo, ou eu que tô cansada, mesmo, o que também é possível.

Enfim, vou estabelecer uma nova meta: ler, pelo menos, uma página de Little, Big por dia. É pouco, é quase nada, mas é o suficiente para eu não perder o vínculo com o livro, né?​

Você sabe que tem uma opção de dicas de vocabulário no Kindle? Ele aumenta o espaçamento entre as linhas e exibe no próprio texto, em letras menores. É bem mais dinâmico do que ficar abrindo o dicionário do Kidle para cada palavra.
 
Você sabe que tem uma opção de dicas de vocabulário no Kindle? Ele aumenta o espaçamento entre as linhas e exibe no próprio texto, em letras menores. É bem mais dinâmico do que ficar abrindo o dicionário do Kidle para cada palavra.
Sim, uso esse trem também. 🤗
 
Sou curiosa e li o spoiler (não li as cartas, claro). :timido:

Watching Tv Show GIF by Chrisley Knows Best
 
Tava conversando com a Mandy mais cedo e, como ela tá com a leitura adiantada, comentou comigo um trem que fez com que eu desanimasse, ainda mais, de tentar continuar a ler Little, Big. Como falei com ela, a leitura tá cansativa e, como o livro parece ter umas coisas que, a meu ver, são problemáticas, acho melhor eu repensar se realmente quero que seja o primeiro livro que lerei em inglês.

Além disso, ela também mencionou o fato de que eu posso acabar criando uma associação entre o idioma e o livro, isto é, caso o livro seja, mesmo, um tanto quanto decepcionante, eu posso acabar transferindo isso para o idioma, o que será mais um elemento negativo para o meu processo de aprendizagem.​
 

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