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[Nota do Tradutor] O texto em itálico a seguir e de Christopher Tolkien. O texto normal é de J.R.R. Tolkien. O livro a que se refere C. Tolkien no parágrafo abaixo é o The History of Middle-earth 10 e o final a que ele se refere é o final da seção Myths Transformed.</P>
O texto final, entitulado Aman, é um manuscrito claro, escrito com pouca hesitação ou correção. Eu o tomei como um ensaio independente, e em dúvida do melhor lugar para inseri-lo deixei-o para o final; mas quando este livro já estava completo e preparado para publicação me dei conta de que ele de fato tem um relacionamento muito próximo ao manuscrito de Athrabeth Finrod ah Andreth. </P>
O manuscrito inicia com uma seção introdutória, começando com a afirmação de que alguns homens acreditavam que seus hroar não tinham vida curta por natureza, mas assim tornou-se pela malícia de Melkor. Eu não percebi a relevância de algumas linhas no cabeçalho da primeira página do Athrabeth, que meu pai riscou: estas linhas começam com as palavras "o hroa, e ele poderia continuar a viver, um corpo sem mente, nem mesmo uma besta mas sim um monstro", e terminava "... a própria Morte, tanto em agonia quanto em terror, entraria pessoalmente em Aman com os Homens". Esta passagem é virtualmente idêntica à conclusão do texto atual, cuja última página começa precisamente no mesmo ponto.
</P>
Fica claro, portanto, que Aman originalmente ficava no Athrabeth, mas meu pai o removeu para uma forma estanque e copiou a passagem final em uma folha em separado. Ao mesmo tempo, presumivelmente, ele deu ao restante (o Athrabeth e sua introdução) os títulos de "Da Morte e dos Filhos de Eru, e da Desfiguraçãodos Homens e A Conversa de Finrod e Andreth[1].
</P>
</P>Seria preferível colocar Aman com o Athrabeth na Parte Quatro, mas eu acredito que seja desnecessário em tal estágio tardio iniciar uma mudança ampla na estrutura do livro, e assim o deixei aqui em separado.
</P>
<P align=center>
<P align=center>Aman</P>
</P>
Em Aman as coisas eram bastante diferentes da Terra-média. Mas elas lembravam o modo de vida dos Elfos, assim como os Elfos se pareciam mais com os Valar e Maiar do que os Homens.</P>
Em Aman a duração da unidade de "ano" era a mesma da dos Quendi. Mas por uma razão diferente. Em Aman esta duração era estipulada pelos Valar para suas próprias necessidades e era relacionada ao processo que pode ser chamado de "Envelhecimento de Arda". Pois Aman estava em Arda e portanto no Tempo de Arda (o qual não era eterno, seja ArdaDesfigurada ou não). Portanto Arda e todas as coisas nela precisam envelhecer, embora lentamente, enquanto parte do início para o fim. Este envelhecimento pode ser percebido pelos Valar aproximadamente naquele período de tempo (proporcional à duração total de Arda) ao qual eles chamaram Ano; mas não em menor período[2].
</P>
Mas para os próprios Valar e também para os Maiar em certo grau: eles poderiam viver em qualquer velocidade de pensamento ou movimento que eles escolhessem ou desejassem[3] *.
</P>
* Eles podiam se mover para frente ou para trás em pensamento, e retornar tão rapidamente que para aqueles que estavam em suas presenças eles não pareceriam ter se movido. Tudo que era passado podia ser totalmente percebido; mas existindo agora no Tempo, o futuro eles apenas poderiam perceber ou explorar tanto quanto fora feito claro a eles na Música, ou, tanto quanto cada um deles estava especialmente interessado nesta ou naquela parte dos desígnios de Eru, sendo Seu agente ou Subcriador. Nesta forma de percepção eles não podiam prever nenhum dos atos dos Filhos, Elfos e Homens, em cuja concepção e introdução em Eä nenhum Valar tomou qualquer parte; em relação aos Filhos eles apenas podiam deduzir chances, da mesma forma que os próprios Filhos, embora com muito maior conhecimento dos fatos e dos eventos contribuintes no passado, e com muito mais inteligência e sabedoria. Mas mesmo assim sempre restava alguma incerteza sobre as palavras e feitos dos Elfos e Homens no Termpo ainda não realizado.
</P>
A unidade, ou Ano dos Valar, não era, portanto, relacionado às taxas normais de "crescimento " de nenhuma pessoa ou coisas que ficava em Aman. O tempo em Aman era o tempo real, não apenas um modo de percepção. Assim, digamos, 100 anos se passavam na Terra-média como parte de Arda e também 100 anos se passavam em Aman, como parte de Arda. Foi, contudo, devido ao fato de que a velocidade de "crescimento" dos Elfos estava de acordo com a unidade de tempo Valariana + que tornou possível para os Valar levarem os Elfos a residirem em Aman.
</P>
(+ não pelos desígnios dos Valar, mas sem dúvida não por acaso. Ou seja, pode ser que Eru, ao criar a natureza dos Elfos e Homens e suas relaçoes uns com os outros e com os Valar ordenou que o "crescimento" dos Elfos deveria se dar de acordo com a percepção Valariana da progressão ou envelhecimento de Arda, assim os Elfos seriam capazes de co-habitar com Valar e Maiar. Uma vez que os Filhos apareceram na Música, e também na Visão, os Valar conheciam ou intuiam muito da natureza dos Elfos e Homens antes deles virem a existir. Eles certamente conheciam que os Elfos deveriam ser "imortais" ou de vida muito longa, e os Homens de vida curta. Mas foi provavelmente apenas durante a viagem de Oromë entre os pais dos Quendi que os Valar descobriram precisamente qual era o mode de suas vidas com relação ao passar do Tempo).
</P>
Em um Ano dos Valar os Eldar morando em Aman cresciam e se desenvolviam de maneira muito parecida com os mortais em um ano na Terra-média. Aos registrar os eventos em Aman, portanto, nós podemos fazer como os Elfos e utilizar a unidade Valariana[4], mas não devemos esquecer que dentro de tal "ano" os Eldar experimentavam uma imensa série de delícias e realizações que mesmo o mais hábil dos Homens não poderia alcançar em doze vezes doze anos mortais[5]. De qualquer forma os Eldar "envelheciam" à mesma velocidade em Aman do que em seu surgir na Terra-média.
</P>
Mas os Eldar não eram nativos de Aman, a qual não fora feita, pelos Valar, para eles. Em Aman, antes da chegada deles, moravam apenas os Valar e seus parentes menores, os Maiar. Mas para ser prazer e uso existiam em Aman também uma grande quantidade de criaturas, sem medo, de vários tipos: animais ou criaturas que se moviam, plantas que eram estáticas. Lá, acredita-se, existiam contra-partes de todas as criaturas que existiam ou haviam existido na terra, e outras feitas apenas para Aman. E cada tipo tinha, como na Terra, sua própria natureza e velocidade natural de crescimento.
</P>
Uma vez que Aman foi feita para os Valar, para que pudessem ter paz e prazer, a todas as criaturas que foram transplantadas ou treinadas ou criadas ou trazidas a existir com o propósito de habitar em Aman foi dada uma velocidade de crescimento tal que um ano de vida natural de suas espécies na Terra deveria ser um Ano dos Valar em Aman.
</P>
Para os Eldar esta era uma fonte de prazer. Pois em Aman o mundo parecia a eles como a Terra parecia aos Homens, mas sem a sombra da morteà espreita. E na Terra para ele todas as coisas em comparação a eles mesmos estavam murchando, rapidamente mudando e morrendo, em Aman elas permanceiam e não enganavam tão cedo o amor com suas mortalidades. Na Terra enquanto uma criança élfica simplesmente cresce para tornar-se um adulto, em uns 3000 anos, forestas surgem e somem, e toda a aparência da terra pode mudar, enquanto inumeráveis flores e pássaros poderiam nascer e morrer dia após dia sob o sol.
</P>
E por isso tudo Aman é também chamada o Reino Abençoado, e nisso encontra sua benção: na saúde e na felicidade. Por em Aman nenhuma criatura sofre nenhuma doença ou desordem em suas naturezas; nem existe nenhum decair ou envelhecer além do da própria Arda. Então todas as coisas chegam à sua forma completa e virtualmente permanecem nesse estado, alegremente, envelhecendo e cansando-se da vida não mais rapidamente do que os próprios Valar. E esta benção também foi garantida aos Eldar.
</P>
Na terra os Quendi não sofriam de doenças e a saúde de seus corpos era mantida pela força de seu fëar longevo. Mas seus corpos, sendo da matéria de Arda, não era tão resistente quanto seus espíritos; pois a longevidade dos Quendi era derivada primariamente de seus fëar, cuja natureza ou "destino" era habitar Arda até seu fim. Portanto, após a vitalidade do hröa ter se expandido e alcançado o crescimento pleno ele começava a enfraquecer ou ficar cansado. Muito lentamente, de fato, mas perceptivelmente para todos os Quendi. Por um tempo ele seria fortificado e mantido pelo seu fëa incansável e então sua vitalidade começaria a decair e seu desejo pela vida física e felicidade nela passam cada vez mais rápido. Então um Elfo poderia começar (como eles dizem agora, pois estas coisas não apareceram completamente nos Dias Antigos) a "esvair-se", até que o fëa consumisse o hroa até que permanecesse apenas no amor e na memória do espírito que o habitara.
</P>
Mas em Aman, uma vez que suas bençãos se derramavam sobre o hroar dos Eldar, como sobre todos os corpos, os hroar envelheciam junto com os fear e os Eldar que permaneciam no Reino Abençoado aproveitavam na maturidade plena em em pleno poder de corpo e espírito unidos por eras além de nossa compreensão mortal.
</P>
<P align=center>
<P align=center>Aman e os Homens Mortais[6]</P>
</P>
Se é assim em Aman, ou era antes da Mudança do Mundo, e nela os Eldar tinham saúde e felicidade duradouras, o que podemos dizer dos Homens? Nenhum homem jamais colocou os pés em Aman ou pelo menos nenhum retornou após ter posto; pois os Valar proibiram. Por que? Para os Numenorianos eles disseram que assim o fizeram porque Eru proibiu-os de receber Homens no Reino Abençoado; edeclararam também que lá os Homens não seriam abençoados(como imaginavam) mas amaldiçoados e poderiam " se apagar tão rapidamente como uma chama muito brilhante".</P>
Além dessas palavras não podemos ir a não ser em suposições. Mesmo assim vamos considerar o assunto. Os Valar não foram apenas proibidos por Eru de tentar, eles sequer podiam alterar a natureza ou "destino" de Eru, de qualquer um dos Filhos, no qual estava inclusa a velocidade de seu crescimento (relativamente ao total da vida de Arda) eà duração de suas vidas. Mesmo os Eldar permaneceram imutáveis neste aspecto.
</P>
Vamos supor que os Valar também tivessem admitido em Aman alguns dos Atani, e (assim podemos considerar toda a vida de um Homem em tal estado) que crianças "mortais" lá nasceram, assim como os filhos dos Eldar. Então, mesmo em Aman, uma criança mortal deveria crescer para sua maturidade em cerca de vinte anos do Sol, e o período natural de sua vida, o período de coesão de hroa e fea, não seria mais do que, digamos, 100 anos. Não muito mais, mesmo que seu corpo não sofresse de doenças ou desordens em Aman, onde tais males não existiam (a menos que os Homens levassem tais males consigo - por que não? Mesmo os Eldar levaram ao Reino Abençoado alguma coisa da Sombra sobre Arda sob a qual eles surgiram).
</P>
Mas em Aman tal criatura seria uma coisa passageira, a de mais rápida passagem entre todas. Pois toda a sua vida duraria pouco mais do que metade de um ano, e enquanto todas as outras coisas vivas pareceriam a ela dificilmente mudar,permanecendo estáticas em vida e felicidade com esperança não reduzida de anos infindos, ele iria surgir e sumir - assim como na Terra a gramasurge na primavera e murcha no inverno. Então ele se tornaria cheio de inveja, tomando-se como vítima de uma injustiça, não tendo as graças concedidas a todos os outros seres. Ele não daria valor ao que tem,sentindo que está entre a menor e menos valorosa de todas as criaturas, cresceriam rapidamente até se tornarem adultos, e odiariam àqueles mais bem dotados de benções. Ele não poderia escapar do medo e tristeza de sua rápida mortalidade que é seu quinhão sobre a Terra, na Arda Desfigurada, mas seria assediado por eles até a perda de todo o prazer.
</P>
Mas alguém poderia perguntar: porque a benção da longevidade não poderia ser dada a ele, como a é para os Eldar? Isto deve ser respondido. Porque isto traz felicidade aos Eldar, sendo sua natureza diferente da dos Homens. A natureza de um fea Élfico é permanecer no mundo até seu fim, e um hroa Élfico é também longevo por natureza; assim um fea Élfico percebendo que seu hroa permanece com ele, também incansável e permanecendo descansado em felicidade corporal, teria uma felicidade maior e mais duradoura. De fato alguns dos Eldar duvidam que alguma graça ou benção especial foi reservada a eles, além da entrada em Aman. Pois eles afirmam que a falha de seus hroar em permanecerem em incansável vitalidade tanto quanto seus fear - um processo não observado até eras tardias - é devido ao Desfigurar de Arda, e veio com a Sombra e a mancha de Melkor que toca toda a matéria (ou hroa)[7] de Arda, se não toda Eä. Então tudo que aconteceria em Aman é que a fraqueza do hroar Élfico não se desenvolveria à saúde de Aman e à Luz das Árvores.
</P>
Mas vamos supor que a "benção de Aman" também fosse garantida aos Homens*. Então o que? Teria um grande bem sido feito a eles? Seus corpos continuariam a atingir a maturidade rapidamente. Na sétima parte de um ano um homem nasceria e se tornaria adulto, tão rápido quanto um pássaro nasceria e voaria do ninho em Aman. Mas então ele não iria enfraquecer ou envelhecer mas permaneceria vigoroso e em felicidade de uma criatura corpórea. Mas e sobre o fea desse Homem? Sua natureza ou "destino" não poderia ser mudada, nem pela saúde de Aman nem pela vontade do próprio Manwë. Mesmo assim (como os Eldar sustentam) é sua natureza e destino sob a vontade de Eru que ele não permaneça em Arda por muito tempo, mas parta para algum outro lugar, talvez retornando diretamente aEru para outro destino ou propósito que está além do conhecimento ou suposição dos Eldar.
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Muito rapidamente então o fea e hroa de um Homem em Aman não mais estariam unidos em paz, mas se oporiam, para grande dor de ambos. Sendo o hroa pleno de vigor e felicidade da vida oprimiria o fea, uma vez que sua partida traria a morte; e contra a morte ele se revoltaria como se revoltaria uma grande besta cheia de vida contra o caçador ou partiria selvagemente sobre ele. Mas a fea estaria como em uma prisão, tornando-se mais e mais cansada de todos os prazeres do hroa, até desgostar deles, desejando mais e mais ter partido, até que mesmo aqueles assuntos de seu pensamento recebidos através do hroa e seus sentidos se tornassem sem sentido. O Homem então não seria abençoado, mas amaldiçoado; e ele amaldiçoaria os Valar e Aman e todas as coisas de Arda. E ele não deixaria Aman de livre vontade, pois significaria morte rápida, e com violência tentaria permancer. Mas se ele permanecesse em Aman[8], o que ele se tornaria, até que Arda finalmente se completasse e ele encontrasse alívio?
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Ou o fea seria completamente dominado pelo hroa e ele se tornaria mais como uma besta, embora uma atormentada por dentro, ou, se seu fea fosse forte, ele poderia deixar o hroa. Então uma de duas coisas ocorreria: ou isto seria conseguido em ódio, através de violência, e o hroa, em plena vida, seria rendido e morreria em súbita agonia; ou o fea desertaria o hroa rapidamente e sem piedade, que continuaria a viver, um corpo sem mente, nem mesmo uma besta e sim um monstro, um trabalho próprio de Melkor no meio de Aman, que os os próprios Valar iriam destruir.</P>
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(* Ou (como alguns homens sustentam) que seus hroar não eram naturalmente de vida curta, mas assim se tornou através da malícia de Melkor sobre e além da Desfiguração geral de Arda e esta ferida poderia ser curada e desfeita em Aman).
Mas estas coisas não são nada além suposições, e podem-ser; pois Eru e os Valar sob Ele não permitiram aos Homens como eles são [9] que residissem em Aman. Pode ser que os Homens em Aman não pudessem escapar das garras da morte, mas a teria em grau maior e por longas eras. E além disso, parece provavel que a própria morte, tanto em agonia e horror, poderia, com os Homens, adentrar a própria Aman.
</P>
A este ponto Aman, como originalmente escrito continuava com a aspalavras "Alguns Homens defendiam que seus hroar não tinham por natureza, vida curta..." que são o começo da passagem introdutória do Athrabeth.
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Notas de Christopher Tolkien
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[1] O número III e título adicional "O Desfigurar dos Homens" (os outros títulos permaneceram) foi dado à segunda parte, enquanto Aman foi numerada II. Nenhum escrito numerado I foi encontrado.</P>
[2] Será visto que, como consequência da transformação do "mito cosmogônico", uma concepção inteiramente nova do "Ano Valariano" surgiu. A elaborada computação do Tempo no Annals of Aman foi baseada no "ciclo" ou "as Duas Árvores que cessaram de existir em relação ao moviumento diruno do Sol que tinha surgido - surgiu um "novo calendário". Mas o "Anos dos Valar" é agora, como parece, uma "unidade de percepção" da passagem do Tempo de Arda, derivada da capacidade dos Valar perceberem tais intervalos do processo do envelhecer de Arda, do seu começo ao seu fim. Ver nota 5.
</P>
[3] Meu pai escreveu a seguinte passagem ("Eles podiam se mover para frente ou para trás em pensamento...") no corpo do manuscrito a este ponto, mas em uma pequena letra itálica, e eu preservei esta forma no texto impresso; similarmente à passagem que interrompe o texto principal às palavras "unidade de tempo Valariana".
</P>
[4] "Nós podemos... utilizar a unidade Valariana": em outras palavras, presumivelmente, a antiga estrutura de datas na crônica de Aman poderia ser mantida, mas o significado daquelas datas em termos de Terra-média seriam radicalmente diferentes. Ver nota 5.</P>
[5] Existe agora uma vasta discrepância entre os Anos dos Valar e os "anos mortais"; ver também "toda a sua vida duraria pouco mais do que metade de um ano" e "na sétima parte de um ano um homem nasceria e se tornaria adulto". Em notas não dadas neste livro, nas quais meu pai estava calculando tendo como base o Despertar dos Homens, ele expressa que 144 Anos do Sol = 1 Ano dos Valar (em conexão a isto ver Apêndice D dO Senhor dos Anéis: "Parece claro que os Eldar na Terra-média... contavam longos períodos, e apalavra Quenya yen... realmente significava 144 de nossos anos") colocando o evento "após ou à mesma época do saque a Utumno, Ano dos Valar 1100", um gigantesco intervalo de tempo poderia ser visto agora entre o "surgir" dos Homens e sua primeira aparição em Beleriand.
</P>
[6] O subtítulo Aman e Homens Mortais foi uma adição posterior.
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[7] Com este uso da palavra hroa ver "o hroa, a "carne" ou matéria física, de Arda" (texto VIII do Mitos Transformados).</P>
[8] Esta passagem, a partir de "E ele não deixaria Aman de livre vontade..." foi uma adição posterior. Quando o texto foi escrito ele continuava de "todas as coisas de Arda" para "o que ele se tornaria"</P>
[9] As palavras "como eles são" são uma adição posterior, ao mesmo tempo que aquele da nota 6 e 8.</P>
Tradução de Fábio ´Deriel´ Bettega
O texto final, entitulado Aman, é um manuscrito claro, escrito com pouca hesitação ou correção. Eu o tomei como um ensaio independente, e em dúvida do melhor lugar para inseri-lo deixei-o para o final; mas quando este livro já estava completo e preparado para publicação me dei conta de que ele de fato tem um relacionamento muito próximo ao manuscrito de Athrabeth Finrod ah Andreth. </P>
O manuscrito inicia com uma seção introdutória, começando com a afirmação de que alguns homens acreditavam que seus hroar não tinham vida curta por natureza, mas assim tornou-se pela malícia de Melkor. Eu não percebi a relevância de algumas linhas no cabeçalho da primeira página do Athrabeth, que meu pai riscou: estas linhas começam com as palavras "o hroa, e ele poderia continuar a viver, um corpo sem mente, nem mesmo uma besta mas sim um monstro", e terminava "... a própria Morte, tanto em agonia quanto em terror, entraria pessoalmente em Aman com os Homens". Esta passagem é virtualmente idêntica à conclusão do texto atual, cuja última página começa precisamente no mesmo ponto.
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Fica claro, portanto, que Aman originalmente ficava no Athrabeth, mas meu pai o removeu para uma forma estanque e copiou a passagem final em uma folha em separado. Ao mesmo tempo, presumivelmente, ele deu ao restante (o Athrabeth e sua introdução) os títulos de "Da Morte e dos Filhos de Eru, e da Desfiguraçãodos Homens e A Conversa de Finrod e Andreth[1].
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</P>Seria preferível colocar Aman com o Athrabeth na Parte Quatro, mas eu acredito que seja desnecessário em tal estágio tardio iniciar uma mudança ampla na estrutura do livro, e assim o deixei aqui em separado.
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<P align=center>Aman</P>
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Em Aman as coisas eram bastante diferentes da Terra-média. Mas elas lembravam o modo de vida dos Elfos, assim como os Elfos se pareciam mais com os Valar e Maiar do que os Homens.</P>
Em Aman a duração da unidade de "ano" era a mesma da dos Quendi. Mas por uma razão diferente. Em Aman esta duração era estipulada pelos Valar para suas próprias necessidades e era relacionada ao processo que pode ser chamado de "Envelhecimento de Arda". Pois Aman estava em Arda e portanto no Tempo de Arda (o qual não era eterno, seja ArdaDesfigurada ou não). Portanto Arda e todas as coisas nela precisam envelhecer, embora lentamente, enquanto parte do início para o fim. Este envelhecimento pode ser percebido pelos Valar aproximadamente naquele período de tempo (proporcional à duração total de Arda) ao qual eles chamaram Ano; mas não em menor período[2].
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Mas para os próprios Valar e também para os Maiar em certo grau: eles poderiam viver em qualquer velocidade de pensamento ou movimento que eles escolhessem ou desejassem[3] *.
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* Eles podiam se mover para frente ou para trás em pensamento, e retornar tão rapidamente que para aqueles que estavam em suas presenças eles não pareceriam ter se movido. Tudo que era passado podia ser totalmente percebido; mas existindo agora no Tempo, o futuro eles apenas poderiam perceber ou explorar tanto quanto fora feito claro a eles na Música, ou, tanto quanto cada um deles estava especialmente interessado nesta ou naquela parte dos desígnios de Eru, sendo Seu agente ou Subcriador. Nesta forma de percepção eles não podiam prever nenhum dos atos dos Filhos, Elfos e Homens, em cuja concepção e introdução em Eä nenhum Valar tomou qualquer parte; em relação aos Filhos eles apenas podiam deduzir chances, da mesma forma que os próprios Filhos, embora com muito maior conhecimento dos fatos e dos eventos contribuintes no passado, e com muito mais inteligência e sabedoria. Mas mesmo assim sempre restava alguma incerteza sobre as palavras e feitos dos Elfos e Homens no Termpo ainda não realizado.
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A unidade, ou Ano dos Valar, não era, portanto, relacionado às taxas normais de "crescimento " de nenhuma pessoa ou coisas que ficava em Aman. O tempo em Aman era o tempo real, não apenas um modo de percepção. Assim, digamos, 100 anos se passavam na Terra-média como parte de Arda e também 100 anos se passavam em Aman, como parte de Arda. Foi, contudo, devido ao fato de que a velocidade de "crescimento" dos Elfos estava de acordo com a unidade de tempo Valariana + que tornou possível para os Valar levarem os Elfos a residirem em Aman.
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(+ não pelos desígnios dos Valar, mas sem dúvida não por acaso. Ou seja, pode ser que Eru, ao criar a natureza dos Elfos e Homens e suas relaçoes uns com os outros e com os Valar ordenou que o "crescimento" dos Elfos deveria se dar de acordo com a percepção Valariana da progressão ou envelhecimento de Arda, assim os Elfos seriam capazes de co-habitar com Valar e Maiar. Uma vez que os Filhos apareceram na Música, e também na Visão, os Valar conheciam ou intuiam muito da natureza dos Elfos e Homens antes deles virem a existir. Eles certamente conheciam que os Elfos deveriam ser "imortais" ou de vida muito longa, e os Homens de vida curta. Mas foi provavelmente apenas durante a viagem de Oromë entre os pais dos Quendi que os Valar descobriram precisamente qual era o mode de suas vidas com relação ao passar do Tempo).
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Em um Ano dos Valar os Eldar morando em Aman cresciam e se desenvolviam de maneira muito parecida com os mortais em um ano na Terra-média. Aos registrar os eventos em Aman, portanto, nós podemos fazer como os Elfos e utilizar a unidade Valariana[4], mas não devemos esquecer que dentro de tal "ano" os Eldar experimentavam uma imensa série de delícias e realizações que mesmo o mais hábil dos Homens não poderia alcançar em doze vezes doze anos mortais[5]. De qualquer forma os Eldar "envelheciam" à mesma velocidade em Aman do que em seu surgir na Terra-média.
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Mas os Eldar não eram nativos de Aman, a qual não fora feita, pelos Valar, para eles. Em Aman, antes da chegada deles, moravam apenas os Valar e seus parentes menores, os Maiar. Mas para ser prazer e uso existiam em Aman também uma grande quantidade de criaturas, sem medo, de vários tipos: animais ou criaturas que se moviam, plantas que eram estáticas. Lá, acredita-se, existiam contra-partes de todas as criaturas que existiam ou haviam existido na terra, e outras feitas apenas para Aman. E cada tipo tinha, como na Terra, sua própria natureza e velocidade natural de crescimento.
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Uma vez que Aman foi feita para os Valar, para que pudessem ter paz e prazer, a todas as criaturas que foram transplantadas ou treinadas ou criadas ou trazidas a existir com o propósito de habitar em Aman foi dada uma velocidade de crescimento tal que um ano de vida natural de suas espécies na Terra deveria ser um Ano dos Valar em Aman.
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Para os Eldar esta era uma fonte de prazer. Pois em Aman o mundo parecia a eles como a Terra parecia aos Homens, mas sem a sombra da morteà espreita. E na Terra para ele todas as coisas em comparação a eles mesmos estavam murchando, rapidamente mudando e morrendo, em Aman elas permanceiam e não enganavam tão cedo o amor com suas mortalidades. Na Terra enquanto uma criança élfica simplesmente cresce para tornar-se um adulto, em uns 3000 anos, forestas surgem e somem, e toda a aparência da terra pode mudar, enquanto inumeráveis flores e pássaros poderiam nascer e morrer dia após dia sob o sol.
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E por isso tudo Aman é também chamada o Reino Abençoado, e nisso encontra sua benção: na saúde e na felicidade. Por em Aman nenhuma criatura sofre nenhuma doença ou desordem em suas naturezas; nem existe nenhum decair ou envelhecer além do da própria Arda. Então todas as coisas chegam à sua forma completa e virtualmente permanecem nesse estado, alegremente, envelhecendo e cansando-se da vida não mais rapidamente do que os próprios Valar. E esta benção também foi garantida aos Eldar.
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Na terra os Quendi não sofriam de doenças e a saúde de seus corpos era mantida pela força de seu fëar longevo. Mas seus corpos, sendo da matéria de Arda, não era tão resistente quanto seus espíritos; pois a longevidade dos Quendi era derivada primariamente de seus fëar, cuja natureza ou "destino" era habitar Arda até seu fim. Portanto, após a vitalidade do hröa ter se expandido e alcançado o crescimento pleno ele começava a enfraquecer ou ficar cansado. Muito lentamente, de fato, mas perceptivelmente para todos os Quendi. Por um tempo ele seria fortificado e mantido pelo seu fëa incansável e então sua vitalidade começaria a decair e seu desejo pela vida física e felicidade nela passam cada vez mais rápido. Então um Elfo poderia começar (como eles dizem agora, pois estas coisas não apareceram completamente nos Dias Antigos) a "esvair-se", até que o fëa consumisse o hroa até que permanecesse apenas no amor e na memória do espírito que o habitara.
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Mas em Aman, uma vez que suas bençãos se derramavam sobre o hroar dos Eldar, como sobre todos os corpos, os hroar envelheciam junto com os fear e os Eldar que permaneciam no Reino Abençoado aproveitavam na maturidade plena em em pleno poder de corpo e espírito unidos por eras além de nossa compreensão mortal.
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<P align=center>Aman e os Homens Mortais[6]</P>
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Se é assim em Aman, ou era antes da Mudança do Mundo, e nela os Eldar tinham saúde e felicidade duradouras, o que podemos dizer dos Homens? Nenhum homem jamais colocou os pés em Aman ou pelo menos nenhum retornou após ter posto; pois os Valar proibiram. Por que? Para os Numenorianos eles disseram que assim o fizeram porque Eru proibiu-os de receber Homens no Reino Abençoado; edeclararam também que lá os Homens não seriam abençoados(como imaginavam) mas amaldiçoados e poderiam " se apagar tão rapidamente como uma chama muito brilhante".</P>
Além dessas palavras não podemos ir a não ser em suposições. Mesmo assim vamos considerar o assunto. Os Valar não foram apenas proibidos por Eru de tentar, eles sequer podiam alterar a natureza ou "destino" de Eru, de qualquer um dos Filhos, no qual estava inclusa a velocidade de seu crescimento (relativamente ao total da vida de Arda) eà duração de suas vidas. Mesmo os Eldar permaneceram imutáveis neste aspecto.
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Vamos supor que os Valar também tivessem admitido em Aman alguns dos Atani, e (assim podemos considerar toda a vida de um Homem em tal estado) que crianças "mortais" lá nasceram, assim como os filhos dos Eldar. Então, mesmo em Aman, uma criança mortal deveria crescer para sua maturidade em cerca de vinte anos do Sol, e o período natural de sua vida, o período de coesão de hroa e fea, não seria mais do que, digamos, 100 anos. Não muito mais, mesmo que seu corpo não sofresse de doenças ou desordens em Aman, onde tais males não existiam (a menos que os Homens levassem tais males consigo - por que não? Mesmo os Eldar levaram ao Reino Abençoado alguma coisa da Sombra sobre Arda sob a qual eles surgiram).
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Mas em Aman tal criatura seria uma coisa passageira, a de mais rápida passagem entre todas. Pois toda a sua vida duraria pouco mais do que metade de um ano, e enquanto todas as outras coisas vivas pareceriam a ela dificilmente mudar,permanecendo estáticas em vida e felicidade com esperança não reduzida de anos infindos, ele iria surgir e sumir - assim como na Terra a gramasurge na primavera e murcha no inverno. Então ele se tornaria cheio de inveja, tomando-se como vítima de uma injustiça, não tendo as graças concedidas a todos os outros seres. Ele não daria valor ao que tem,sentindo que está entre a menor e menos valorosa de todas as criaturas, cresceriam rapidamente até se tornarem adultos, e odiariam àqueles mais bem dotados de benções. Ele não poderia escapar do medo e tristeza de sua rápida mortalidade que é seu quinhão sobre a Terra, na Arda Desfigurada, mas seria assediado por eles até a perda de todo o prazer.
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Mas alguém poderia perguntar: porque a benção da longevidade não poderia ser dada a ele, como a é para os Eldar? Isto deve ser respondido. Porque isto traz felicidade aos Eldar, sendo sua natureza diferente da dos Homens. A natureza de um fea Élfico é permanecer no mundo até seu fim, e um hroa Élfico é também longevo por natureza; assim um fea Élfico percebendo que seu hroa permanece com ele, também incansável e permanecendo descansado em felicidade corporal, teria uma felicidade maior e mais duradoura. De fato alguns dos Eldar duvidam que alguma graça ou benção especial foi reservada a eles, além da entrada em Aman. Pois eles afirmam que a falha de seus hroar em permanecerem em incansável vitalidade tanto quanto seus fear - um processo não observado até eras tardias - é devido ao Desfigurar de Arda, e veio com a Sombra e a mancha de Melkor que toca toda a matéria (ou hroa)[7] de Arda, se não toda Eä. Então tudo que aconteceria em Aman é que a fraqueza do hroar Élfico não se desenvolveria à saúde de Aman e à Luz das Árvores.
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Mas vamos supor que a "benção de Aman" também fosse garantida aos Homens*. Então o que? Teria um grande bem sido feito a eles? Seus corpos continuariam a atingir a maturidade rapidamente. Na sétima parte de um ano um homem nasceria e se tornaria adulto, tão rápido quanto um pássaro nasceria e voaria do ninho em Aman. Mas então ele não iria enfraquecer ou envelhecer mas permaneceria vigoroso e em felicidade de uma criatura corpórea. Mas e sobre o fea desse Homem? Sua natureza ou "destino" não poderia ser mudada, nem pela saúde de Aman nem pela vontade do próprio Manwë. Mesmo assim (como os Eldar sustentam) é sua natureza e destino sob a vontade de Eru que ele não permaneça em Arda por muito tempo, mas parta para algum outro lugar, talvez retornando diretamente aEru para outro destino ou propósito que está além do conhecimento ou suposição dos Eldar.
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Muito rapidamente então o fea e hroa de um Homem em Aman não mais estariam unidos em paz, mas se oporiam, para grande dor de ambos. Sendo o hroa pleno de vigor e felicidade da vida oprimiria o fea, uma vez que sua partida traria a morte; e contra a morte ele se revoltaria como se revoltaria uma grande besta cheia de vida contra o caçador ou partiria selvagemente sobre ele. Mas a fea estaria como em uma prisão, tornando-se mais e mais cansada de todos os prazeres do hroa, até desgostar deles, desejando mais e mais ter partido, até que mesmo aqueles assuntos de seu pensamento recebidos através do hroa e seus sentidos se tornassem sem sentido. O Homem então não seria abençoado, mas amaldiçoado; e ele amaldiçoaria os Valar e Aman e todas as coisas de Arda. E ele não deixaria Aman de livre vontade, pois significaria morte rápida, e com violência tentaria permancer. Mas se ele permanecesse em Aman[8], o que ele se tornaria, até que Arda finalmente se completasse e ele encontrasse alívio?
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Ou o fea seria completamente dominado pelo hroa e ele se tornaria mais como uma besta, embora uma atormentada por dentro, ou, se seu fea fosse forte, ele poderia deixar o hroa. Então uma de duas coisas ocorreria: ou isto seria conseguido em ódio, através de violência, e o hroa, em plena vida, seria rendido e morreria em súbita agonia; ou o fea desertaria o hroa rapidamente e sem piedade, que continuaria a viver, um corpo sem mente, nem mesmo uma besta e sim um monstro, um trabalho próprio de Melkor no meio de Aman, que os os próprios Valar iriam destruir.</P>
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(* Ou (como alguns homens sustentam) que seus hroar não eram naturalmente de vida curta, mas assim se tornou através da malícia de Melkor sobre e além da Desfiguração geral de Arda e esta ferida poderia ser curada e desfeita em Aman).
Mas estas coisas não são nada além suposições, e podem-ser; pois Eru e os Valar sob Ele não permitiram aos Homens como eles são [9] que residissem em Aman. Pode ser que os Homens em Aman não pudessem escapar das garras da morte, mas a teria em grau maior e por longas eras. E além disso, parece provavel que a própria morte, tanto em agonia e horror, poderia, com os Homens, adentrar a própria Aman.
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A este ponto Aman, como originalmente escrito continuava com a aspalavras "Alguns Homens defendiam que seus hroar não tinham por natureza, vida curta..." que são o começo da passagem introdutória do Athrabeth.
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Notas de Christopher Tolkien
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[1] O número III e título adicional "O Desfigurar dos Homens" (os outros títulos permaneceram) foi dado à segunda parte, enquanto Aman foi numerada II. Nenhum escrito numerado I foi encontrado.</P>
[2] Será visto que, como consequência da transformação do "mito cosmogônico", uma concepção inteiramente nova do "Ano Valariano" surgiu. A elaborada computação do Tempo no Annals of Aman foi baseada no "ciclo" ou "as Duas Árvores que cessaram de existir em relação ao moviumento diruno do Sol que tinha surgido - surgiu um "novo calendário". Mas o "Anos dos Valar" é agora, como parece, uma "unidade de percepção" da passagem do Tempo de Arda, derivada da capacidade dos Valar perceberem tais intervalos do processo do envelhecer de Arda, do seu começo ao seu fim. Ver nota 5.
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[3] Meu pai escreveu a seguinte passagem ("Eles podiam se mover para frente ou para trás em pensamento...") no corpo do manuscrito a este ponto, mas em uma pequena letra itálica, e eu preservei esta forma no texto impresso; similarmente à passagem que interrompe o texto principal às palavras "unidade de tempo Valariana".
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[4] "Nós podemos... utilizar a unidade Valariana": em outras palavras, presumivelmente, a antiga estrutura de datas na crônica de Aman poderia ser mantida, mas o significado daquelas datas em termos de Terra-média seriam radicalmente diferentes. Ver nota 5.</P>
[5] Existe agora uma vasta discrepância entre os Anos dos Valar e os "anos mortais"; ver também "toda a sua vida duraria pouco mais do que metade de um ano" e "na sétima parte de um ano um homem nasceria e se tornaria adulto". Em notas não dadas neste livro, nas quais meu pai estava calculando tendo como base o Despertar dos Homens, ele expressa que 144 Anos do Sol = 1 Ano dos Valar (em conexão a isto ver Apêndice D dO Senhor dos Anéis: "Parece claro que os Eldar na Terra-média... contavam longos períodos, e apalavra Quenya yen... realmente significava 144 de nossos anos") colocando o evento "após ou à mesma época do saque a Utumno, Ano dos Valar 1100", um gigantesco intervalo de tempo poderia ser visto agora entre o "surgir" dos Homens e sua primeira aparição em Beleriand.
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[6] O subtítulo Aman e Homens Mortais foi uma adição posterior.
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[7] Com este uso da palavra hroa ver "o hroa, a "carne" ou matéria física, de Arda" (texto VIII do Mitos Transformados).</P>
[8] Esta passagem, a partir de "E ele não deixaria Aman de livre vontade..." foi uma adição posterior. Quando o texto foi escrito ele continuava de "todas as coisas de Arda" para "o que ele se tornaria"</P>
[9] As palavras "como eles são" são uma adição posterior, ao mesmo tempo que aquele da nota 6 e 8.</P>
Tradução de Fábio ´Deriel´ Bettega