Eu aprovo toda e qualquer boa adaptação de livros. Se é feita com paixão, com cuidado e competência, como aconteceu com o SDA, torna-se o típico caso em que livro e filme se complementam.
Porque é uma ótima opção que temos para sentirmos a história através de um meio tão abrangente como o audiovisual. Não sei de onde tiraram a idéia de que livro tem mais valor que a estória contada através da oralidade e da imagem. Tudo bem, livro é indubitavelmente mais abrangente e, por si só, completo. Mas digo que consigo me emocionar mais através do filme porque é algo que está mais próximo de nós...como se fosse algo real que foi captado e, depois, transformado em livro. É um absurdo pensar assim, mas entendo que uma boa adaptação tem esse poder de impor respeito e emocionar e fazer refletir tanto quanto (ou mais) do que o livro.
Claro que a imaginação que construímos a partir do livro é mais complexa e prolixa, mas se nos atermos somente ao valor da estória, tanto os livros quanto os filmes cumprem igualmente de forma magistral a tarefa de nos transportar para um outro mundo, infinito; mágico e real ao mesmo tempo. Não se pode simplesmente chegar e criticar um esforço sobre-humano de uma equipe apaixonada e dedicada como a de PJ. Se não fossem pelos filmes, 70% de nós, fãs, nem estaríamos aqui para discutirmos sobre isso.
Acho que ficar apenas nos livros (ou colocá-los como melhores arbitrariamente, sem considerar o valor que há no tocante ao conceito das imagens e sons do filme) é tão limitado quanto a atitude daqueles que tem preguiça de ler um livro e, consequentemente, fazem da estória narrada nos filmes algo maior do que a própria fonte da qual adveio.