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O Irlandês (The Irishman, 2019)

Béla van Tesma

Nhom nhom nhom
Colaborador
O Irlandês é o maior lançamento da Netflix nos cinemas
Por Ygor Palopoli — 22/11/2019 às 17:45

Plataforma de streaming está de olho no Oscar, trabalhando internacionalmente na distribuição do filme.
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Recém-lançado em diversos cinemas ao redor do mundo e prestes a entrar oficialmente no catálogo da Netflix, o longa O Irlandês parece estar preparadíssimo para entrar de cabeça no Oscar. Enquanto o serviço de streaming faz uma divulgação ainda maior daquela vista em Roma, o filme de Martin Scorsese atualmente bateu a marca de maior estreia da empresa nos cinemas.

A obra de três horas e meia estrelada por Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci tem feito excelentes números durante suas exibições limitadas em circuitos como os do Reino Unido, Itália e Ásia, fazendo retornar uma polêmica já discutida no ano passado, quando alguns diretores mostraram-se contra a participação de produções de streaming em grandes festivais.

Ao contrário de Roma, O Irlandês continuará sendo exibido nos cinemas mesmo após chegar à Netflix, mas não se sabe exatamente se o número de salas deverá abaixar. Vale ressaltar que diversas redes de cinema se recusaram a exibir o filme por não conseguirem chegar em um acordo de 90 dias em cartaz, como geralmente fazem com obras mais procuradas.
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Pacino, Scorsese e De Niro.
Em contrapartida, países como a Itália, que antes mostraram-se mais resistentes à exibição, durante a divulgação do filme de Alfonso Cuarón, agora estão mais abertas a negociar: "Um filme da Netflix chegando aos grandes cinemas já não é mais algo apocalíptico, visto que o futuro dos filmes depende diretamente disso", falou o analista italiano Robert Bernocchi à Variety.

O Irlandês, enquanto isso, chegou aos cinemas brasileiros no dia 14 de novembro e vai estrear no catálogo da Netflix no dia 27 de novembro.
 
Há, nos variados núcleos da Arte, determinadas obras que, por ter tanta importância, acabam sempre sendo intercessão para os artistas. Por exemplo, escrever literatura de alta fantasia sem esbarrar em Tolkien é tarefa quase impossível.

No cinema existem vários exemplos, mas particularmente percebo a influência da obra prima em dois subgeneros da sétima arte: 2001, de Stanley Kubrick, nos filmes ambientados no espaço, e O Poderoso Chefão de Coppola, nos filmes de gangster/máfia.

É claro que fazer um filme sobre a máfia sem beber da fonte do clássico de 71 beira o incontornável, e Martin Scorsese na primeira hora de Irishman se agarra bastante no longa de Coppola: no visual, nas sombras, nos planos e até em algumas cenas inteiras.

Scorsese deixa de se guiar por Godfather depois da primeira hora, todavia. Irlandês começa a ganhar forma a partir daí, mesmo que Scorsese se baseie, na parte seguinte, em seu Goodfellas. Enfim, na primeira metade história engata e o storytelling flui daí até o final.

Toda a execução da obra dá a impressão que desaguará num final de insucesso para o personagem, como no próprio Bons Companheiros ou em Wolf of Wall Street, mas Scorsese, talvez fazendo aí uma autocrítica, transforma o fim em algo melancólico.

Em suma, The Irishman é um filme bom. Não é algo novo nem para o gênero – aliás, longe de ser –, nem para o diretor, e nem para a Netflix (vide Roma).

Scorsese faz um ode à própria carreira, com um elenco que já trabalhara muitas vezes. O irlandês do título também guarda a amizade mesmo depois de anos. Essa é, sem sombra de duvidas, a maior mensagem de Irishman: o tempo pelo qual somos lapidados rápido se esvai; as amizades nas quais confiamos perenes permanecem.

Nota: ★★★½
 
Não sou fã do Martin Scorcese, acho Goodfellas bem mediano e "apenas" curto Sopranos (longe da adoração que ronda os fãs da série). E, sem muita surpresa, não curti O Irlandês. Falam que o grande tema do filme é a velhice e a efemeridade da vida, mas isso só fica bem estabelecido na meia hora final das 3h30 de filme, até chegar nesse ponto já estava de saco cheio... Durante as primeiras 3h do filme, não tem nada de novo para quem viu Os Sopranos, basicamente um filme de treta de mafiosos com boas atuações.

Aliás, eu estou acostumado a ver filmes longos, mas nesse filme eu me senti vendo uma série toda de uma vez... o formato de mini-série cairia muito melhor.
 
Só replicando o que já tinha postado no confessionário..

No geral achei bom, mas não vi absolutamente nada de excepcional, levando em conta a enorme propaganda que foi feita em cima dele e relevando o fato de ter três atores veteranos de peso/história e a direção do Scorsese.

Mas, como o roteiro também não é a minha praia preferencial a ponto de despertar em mim vontade de revê-lo no curto ou médio prazo, quando assisti eu dividi em 3 partes de mais ou menos. 70 min cada, pois assim ficou mais "digerível" do que tentar assistir tudo de uma vez e vir a dormir a maior parte do filme que é o que certamente aconteceria se fosse vê-lo disponível numa sala de cinema.
 
Não sou fã do Martin Scorcese
Faltou lucidez!


Btw, eu gostei, bastante, de O Irlandês. Acho que ele se encaixa mais no âmbito de um exercício da efemeridade da vida do que no de um filme de gênero. Pode ser que eu tenha ficado hipnotizada por Pesci, Pacino e De Niro dominando a porra toda, menos o tempo. Acho que é isso. Você pode ser foda, mas o tempo é mais.
 

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