• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Outra obra de Lobato é questionada

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
Depois de Caçadas de Pedrinho, outra obra de Lobato é questionada
Críticos agora pedem que livro Negrinha, adquirido em 2009 pelo Ministério da Educação, tenha a distribuição suspensa. Restrições à obra são as mesmas: conteúdo racista e sexista

Priscilla Borges - iG Brasília | 25/09/2012 09:00:52 - Atualizada às 25/09/2012 10:50:34

Mais uma obra de Monteiro Lobato se tornou alvo de representação e levantará polêmicas. Antonio Gomes da Costa Neto, autor de ação contra o uso do livro Caçadas de Pedrinho nas escolas brasileiras, acaba de pedir à Controladoria Geral da União (CGU) que investigue a aquisição de outra obra de Monteiro Lobato feita pelo Ministério da Educação. Agora, ele questiona o conteúdo - que também considera racista - do livro Negrinha.

A obra foi adquirida pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), do Ministério da Educação, em 2009. O programa distribui livros para bibliotecas escolares de todo o País. De acordo com levantamento feito pelo próprio Neto, 11.093 exemplares do livro Negrinha foram destinados a colégios de ensino médio. Na opinião de Costa Neto, mais uma vez, a legislação antirracista não foi respeitada quando as obras foram compradas.

Ele alega que o conteúdo do livro, assim como em Caçadas de Pedrinho, tem conteúdo racista e, por isso, não poderia ser comprado com dinheiro público e distribuído para as escolas. Pelo menos, não sem notas explicativas nas obras e preparo dos professores para utilizar o texto em ações de combate ao racismo. Neto pede, em representação protocolada esta manhã na CGU, uma "diligência" para apurar os fatos narrados - e criticados - por ele.

No documento apresentado na Controladoria, que também é assinado por Elzimar Maria Domingues, professora de História, e Humberto Adami Santos Júnior, advogado do Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara), há uma análise sobre os especialistas que deram parecer a favor da escolha da obra, Marcia Camargos e Vladmir Sacchetta: "Trata-se, portanto, de um conto que põe por terra a ideia de um Monteiro Lobato racista. Aqui, ao contrário, ele denuncia de forma categórica um regime desumano que continuava na mentalidade e nos hábitos do senhorio décadas após a abolição".

Neto, porém, discorda. Para isso, cita trechos do livro. "A descrição da personagem é assim: 'Negrinha era uma pobre órfã de 7 anos. Preta? Não, fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados... A terra papou com indiferença aquela carnezinha de terceira – uma miséria, trinta quilos mal pesados...' O objetivo do conto não é denunciar o racismo, ou mesmo desconstruí-lo, como diz a apresentação dos especialistas, trata apenas da realidade que o autor e a sociedade da época têm em relação ao negro", pondera.

Os autores da representação acreditam que o conteúdo do livro demonstra que qualquer uso da obra nas escolas, seja por profissionais da educação ou estudantes, deverá ser feito sob a ótica do racismo e sexismo. Mais uma vez, Neto, que é técnico em gestão educacional, defende que os professores sejam preparados para tratar aspectos racistas antes de o livro chegar às mãos dos estudantes.

"Na época da aquisição dos exemplares estava em discussão o parecer do Conselho Nacional de Educação, que já relacionava o autor do conto e do romance citado em razão de passagens racistas contidas nos livro Caçadas de Pedrinho. Foi reconhecida então a necessidade de conscientização pelo profissional da educacção sobre a importância da formação inicial e capacitaçaão dos educadores para utilizá-los de forma adequada", diz.

Formação de docentes


Os professores estão no centro da proposta elaborada por Neto e os integrantes do Iara, que entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Caçadas de Pedrinho . Na tarde desta terça-feira, eles apresentarão as medidas que consideram essenciais para chegarem a um acordo com o Ministério da Educação sobre o assunto. Eles querem a inclusão de disciplina obrigatória sobre o tema nos currículos dos cursos que formam educadores.

As solicitações feitas pelos autores da representação na CGU incluem, novamente, os professores. Porém, primeiro, eles pedem que a Controladoria confira "o laudo de avaliação do PNBE de 2009 em relação a obra Negrinha" e o edital de licitação do programa para conferir se "cumpriu a legislação nacional e internacional antirracista e sexista". Depois, se houver comprovação de que as leis foram infringidas, eles pedem a suspensão da distribuição dos livros "até que se promova a devida formação inicial e continuada dos profissionais de educação".

Por fim, os autores da representação querem notas explicativas nas obras "sobre a obrigatoriedade de tratar das questões étnico-raciais e sexistas" nas escolas.

Polêmica

Monteiro Lobato se tornou centro de uma grande polêmica em outubro de 2010. À época, o Conselho Nacional de Educação publicou um parecer recomendando que os professores tivessem preparo para explicar aos alunos o contexto histórico em que foi produzido o livro Caçadas de Pedrinho, por considerarem que há trechos racistas na história.

A primeira recomendação dos conselheiros (parecer nº 15/2010) era para não distribuir o livro nas escolas. Escritores, professores e fãs saíram em defesa de Monteiro Lobato . Com a polêmica acirrada em torno do tema, o ministro da Educação à época, Fernando Haddad, não aprovou o parecer e o devolveu ao CNE , que então mudou o documento, recomendando que uma nota explicativa – sobre o conteúdo racista de trechos da obra – fizesse parte dos livros.

Logo depois, Neto e os advogados do Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) impetraram um mandado de segurança no STF pedindo a suspensão do último parecer do CNE (6/2011), que reviu a definição do primeiro, ou mesmo impedir a aquisição de livros de Monteiro Lobato com recursos públicos. Em uma decisão rara, o ministro Luiz Fux, relator do processo, convocou uma audiência de conciliação entre as partes. O primeiro encontro, realizado no dia 11 de setembro, terminou sem acordo. Hoje, uma nova reunião tenta definir o assunto de vez.

http://ultimosegundo.ig.com.br/educ...rinho-outra-obra-de-lobato-e-questionada.html
 
Sinceridade? Isso aí já encheu.
Logo não poderemos ler Tom Saywer, Hucleberry Finn, A Cabana do Pai Tomás e principalmente, E o Vento Levou, afinal esse último é uma apologia da sociedade escravagista do sul dos States.

Aprendi a ler com Lobato e nem por isso sou racista.
O Sítio recebia as criaturas mais estranhas com a maior naturalidade sem questionamentos sobre as diferenças.
Negrinha é um conto de uma época em que o império e a escravidão ainda estavam muito presentes.
Esse povo deveria se concentrar em mostrar o nosso contexto histórico e social em vez de ficar procurando chifre em testa de cavalo.
 
luciano escreveu um texto ótimo sobre isso no meia palavra >> http://blog.meiapalavra.com.br/2012...-politicamente-correto-o-racismo-e-a-censura/

mas o que eu queria compartilhar com vcs mesmo não é nem o post (mas ó, vale a pena ler), mas um comentário que postaram hj em resposta ao post. ó:

Desculpe mas é muita ignorância. O autor não leu Monteiro Lobato, não entende nada de história nem da gravidade do racismo. NÃO HÀ NENHUM CERCEAMENTO Á LIBERDADE. O que há é uma RECOMENDAçÃO DE CONTEXTUALIZAÇÂO. E É muita maldade ser contra a qualquer cerceamento à liberdade. O autor é a favor da KKK? De cortar clitóris das meninas? De ficar atirando em cachorro na bolívia para treinar tiro ao alvo? Então, já começou mal. Monteiro Lobato era RACISTA e como tal deve ser repudiado. Ninguém pode chamar um negro de macaco como ele faz em seus livros com Tia Nastácia. Para você ter uma ideia de quem era o autor, ele escreveu O presidente Negro, visando o mercado americano. Mas os EUA acharam o livro racista ao que ML escreveu , decepcionado par o amigo Godofredo Rangel como citado em Arnaldo Bloch : eu devia ter vindo para cá na época em que linchavam os negros. Quando começou essa polêmica escrevi issohttp://casosecismas.blogspot.com.br/2012/09/o-mundo-ser-revisitado-que-monteiro.html

e recomendo issohttp://www.scarium.info/2009/resenhas/o-presidente-negro-sintese-do-pensamento-racista-de-monteiro-lobato/

Cada vez em que alguém se diz não racista apesar de ter lido monteiro lobato, mente, pois é conivente com o racismo desse país. Veja um comercial de dentifrício ,cheio de dentes e dentistas para ver se há um negro sequer no conjunto!
Cada vez que usamos OMO ou DOVE estamos colaborando com maldades em animais. Então, se o mundodesse jeito não deu certo, apoiar atitudes racistas, sexistas só pode ,não há outra interpretação possível, significar desejos de privilégios.

gente, sério. WTF?
 
Eu fico puto da cara quando criticam a obra do Lobato sob esse ponto de vista. Emília implicava com Tia Nastácia, e todo mundo sabe que ela era irreverente e não tinha papas na língua, por isso ela esculachava mesmo. Mas considerar a obra de Lobato racista eu acho o fim da picada.

eu sempre cito esse trecho das Memórias de Emília quando começam com essa putaria:

"Eu vivo brigando com ela (Tia Nastácia) e tenho-lhe dito muitos desaforos - mas não é de coração. Lá por dentro gosto ainda mais dela do que seus afamados bolinhos. Só não compreendo por Deus faz uma criatura tão boa e prestimosa nascer preta como carvão. É verdade que as jabuticabas, as amoras, os maracujás também são pretos. Isso me leva a crer qua a tal cor preta só desmerece as pessoas aqui neste mundo. Lá em cima não há essas diferenças de cor. Se houvesse como havia de ser preta a jabuticaba, que para mim é a rainha das frutas"(ou seja, é a essência que faz as coisas boas ou não, e não a sua aparência).
 
foda, vale a pena ler:

CARTA ABERTA à Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC), especialmente à COGEAM e às demais pessoas e instituições envolvidas no Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE):

Sou professora de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Paraná, tenho atividade docente e produção bibliográfica na área de formação de leitores, dentre as quais alguns materiais didáticos produzidos para o MEC: sou coautora do livro Histórias e histórias: Guia do usuário do Programa Nacional Biblioteca da Escola (SEB/MEC, 2001), do fascículo Organização e uso da biblioteca escolar e das salas de leitura (MEC, 2005) e do artigo “Experiências de leitura no contexto escolar”, da coleção Explorando o Ensino (Literatura: Ensino Fundamental, SEB/MEC, 2010). E, também, sou autora e orientadora de pesquisas relevantes sobre a obra de Monteiro Lobato.

Considero da maior importância cultural e social os programas para formação de leitores e de acervos desenvolvidos pelo MEC e só posso esperar que programas desse gênero tenham continuidade, força política e crédito social.

Escrevo esta carta aberta porque estou consternada com a representação recentemente apresentada contra o livro Negrinha, de Monteiro Lobato, livro que não é racista, nem tampouco sexista. O conto que dá nome ao livro desperta um sentimento de angústia diante do sofrimento vivido por Negrinha, e desperta também uma forte reação contra práticas racistas, discriminatórias e violentas. Hoje dei duas entrevistas a esse respeito na mídia. Mas as condições de debate na mídia não têm sido as mais adequadas para desenvolvimento aprofundado de ideias.

Peço licença para apresentar algumas considerações sobre um pequeno trecho do edital do PNBE (citado pelos senhores Costa Neto, Domingues e Santos Júnior), que a meu ver mereceria uma discussão interna na SEB com vistas à sua reescrita. E, dada a repercussão na mídia, creio que mereceria também uma manifestação pública. O trecho a que me refiro é este, que copio do edital do PNBE-2013: “Não serão selecionadas obras que apresentem moralismos, preconceitos, estereótipos ou discriminação de qualquer ordem.” (Destaquei palavras que pretendo comentar.)
Creio, pela minha experiência docente, especialmente no trabalho com formação de leitores, que a compreensão dessa frase pelos que estão envolvidos com o PNBE é diferente da sua compreensão pelos senhores que assinaram a representação.
Permitam-me dizer o que pode ser óbvio: a construção de personagens em obras ficcionais se faz muitas vezes por meio de estereótipos. Arrisco dizer que toda obra cômica faz isso. E também que boa parte dos personagens secundários, de obras boas e ruins, são construídos por meio de estereótipos, porque são personagens planos, sem densidade, apresentados por meio de poucos elementos, de traços rápidos. Estereótipos não são um elemento negativo de uma obra. São, sim, elemento constitutivo da produção ficcional. Creio que os responsáveis pelo PNBE também pensem assim e por isso tenham selecionado (nas diferentes edições do programa) obras que contêm, sim, personagens contruídas por meio de estereótipos, sem que isso signifique demérito para as obras, nem tampouco flexibilidade no julgamento da equipe que seleciona os livros.

Além disso, obras literárias de alta qualidade podem apresentar (e em geral apresentam) moralismos, preconceito e discriminação. As obras são filhas de seu tempo, são impregnadas pela ideologia e pelos valores da época em que foram escritas, e carregam esses valores de maneira explícita e implícita. Apresentam moralismos, preconceito e discriminação sob a forma de ideias de personagens, sobretudo. Apresentam, isto é, trazem em seu corpo, ideias diferentes das de hoje. Discutem essas ideias, solicitam do leitor um posicionamento, instigam o leitor a refletir. E refletir é o papel principal do leitor diante de um texto.

Apresentar uma ideologia não significa (na minha compreensão do texto do edital) plantá-la como verdade nas mentes dos seus leitores. Significa trazê-la no texto, impregnada no modo como o narrador ou as personagens concebem o mundo, e, dessa forma, trazê-la para discussão, debate, reflexão. Uma obra apresenta moralismos quando coloca no diálogo entre personagens uma discussão sobre valores morais, ou religiosos, ou políticos. Suponho que o MEC não tenha sugerido que não fossem adotadas obras que discutissem ideias, mesmo quando elas fossem contrárias ao senso comum e aos valores de hoje. Suponho, isso sim, que o edital tenha tentado excluir do programa obras que fossem dogmáticas, que tivessem como primeiro objetivo a expressão de valores (morais, políticos, religiosos) e que apresentassem discussão desses valores por meio de uma trama ficcional ou de uma estrutura poética insustentáveis.

Não me parece que tenha sido essa a compreensão dos senhores que assinaram a representação. Além de outros problemas de leitura (que me fazem supor que eles não tenham lido o conto inteiro, mas tenham pinçado pedaços que, fora do texto, podem parecer adequados aos seus propósitos), eles julgam que o conto “Negrinha” apresenta preconceito, e isso só é verdade no seguinte sentido: a personagem Inácia é preconceituosa. Para além disso, o conto não dissemina preconceito. Pelo contrário: ele denuncia a discriminação, os maus-tratos, a violência, a conivência da igreja, e luta contra tudo isso, ao estimular a identificação e o envolvimento emocional do leitor com a personagem principal. Inácia, por sua vez, é ridicularizada, clara e ostensivamente. Suas atitudes e suas ideias são desmerecidas também de maneira clara e ostensiva.

Uma certa leitura do edital (a que fizeram os reclamantes) entende que não poderia ser adquirida pelo programa nenhuma obra que contivesse qualquer moralismo ou estereótipo, ou que apresentasse, em sua trama, qualquer ideia racista, preconceituosa, qualquer violência, qualquer forma de discriminação. Por essa leitura, estariam excluídos todos os contos de fadas, por serem violentos e moralistas. Todas as fábulas: moralistas e dogmáticas. As cartas de viajantes e sermões de jesuítas: dogmáticos, política e religiosamente interessados. Estariam excluídas todas as obras realistas, porque, para denunciarem problemas sociais (dentre os quais diferentes formas de discriminação), elas antes os apresentam. Estariam excluídas todas as obras românticas, por apresentarem “estereótipos saturados” (outro termo do mesmo edital). Gregório de Matos, José de Alencar, Visconde de Taunay, Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Euclides da Cunha, Lima Barreto, Mário de Andrade, Erico Verissimo, Antônio Callado, Rubem Fonseca, a lista é extensa. Não sei se ficaria um autor em pé.
Infelizmente, parece-me que a compreensão estrita do edital permite essa interpretação.

Sugiro, por isso, que esse trecho seja reescrito, não para dirigir o trabalho dos especialistas, não para mudar as diretrizes do MEC, mas a fim de evitar ações que, fundadas numa compreensão equivocada dos efeitos da literatura sobre os leitores, ajam como censoras do que pode ou não pode ser integrado ao acervo das bibliotecas escolares, pretendendo inclusive substituir-se à avaliação de uma equipe da mais alta qualidade.

Não creio, porém, que com a revisão do edital o MEC acabará com a celeuma, dentre outros motivos porque celeuma dá visibilidade, populariza os nomes das pessoas. Mas creio que tiraria das mãos dos reclamantes um texto legal que eles começaram a usar como argumento para sua ação. Talvez eu esteja dando valor demais para um ato de menor importância. Tomara que seja isso.

Tenho esperança de que nós, professores, teremos liberdade e acervo suficiente para continuarmos a discutir nas escolas e na sociedade obras literárias de qualidade, por meio das quais compreenderemos melhor nossa identidade, nossas contradições, nossos problemas históricos. Compreender problemas é condição para superá-los.

Atenciosamente,
Milena Ribeiro Martins
 
E refletir é o papel principal do leitor diante de um texto.

Boa definição da situação e a frase mais importante em minha opinião. Eu diria também que é importante o aluno saber escolher a hora certa de refletir de forma crítica e a hora certa de suspender a reflexão crítica (para aproveitar poemas por exemplo).

O abandono do aluno sem ensinar a pensar é conseqüência do nivelamento por baixo dos padrões humanos. Por isso tem aparecido cada vez mais pessoas que só conseguem ler manuais de instrução.

O próprio governo incentiva a transformação do homem em máquina automática sem vontade de desafiar a mente.
 
Última edição:
É bem isso, eles não querem discussão, não querem pessoas que olhem todos os lados, querem decidir o que o público pode ler, assistir ou ouvir, nem sei como chamar esse tipo de pessoa, imbecil é o mínimo.

Bando de conservadores moralistas.
 
attachment.php
:no:


228969_10151067300513333_1978085384_n.webp
 
Esse politicamente correto já foi longe demais

E pensar que na última entrevista que o Lobato deu a uma rádio que foi a Jovem Pam AM apenas 36hs antes de morrer, ele desabafou o enorme desgosto que estava tendo pelos rumos que o país estava tomando (e ainda era a primeira metade do século XX) fico imaginando o que ele sentiria agora.
 
Aluno pode ser sem-noção para avaliar um livro, avaliar o que está lendo. Sim, ele pode, afinal está aprendendo.

Agora, o que irrita é esse sujeito acredita que os PROFESSORES possam ser igualmente sem-noção na hora de ensinar, e que devemos escolher que livros os professores terão acesso para "ensinar direito".

Podemos até ter professores "sem-noção", mas para que estes parem de "ensinar errado" é necessário que ele seja capaz de se atualizar, se renovar, continuar estudando. Não é escolhendo quais livros o professor pode usar que vai melhorar esse professor (que deve ter gerado o tipo de cidadão incapaz de entender que não é apagando a obra de Hitler que vai impedir o neo-nazismo de voltar. Muito pelo contrário.)
 
Não sei exatamente qual é a surpresa de vocês. Temos leis racistas anti-racismo. Temos leis sexistas anti-sexismo. Agora é a censura na literatura, com a desculpa da contextualização. Nada me surpreende. Nada novo. Infelizmente.
 
Não sei exatamente qual é a surpresa de vocês. Temos leis racistas anti-racismo. Temos leis sexistas anti-sexismo. Agora é a censura na literatura, com a desculpa da contextualização. Nada me surpreende. Nada novo. Infelizmente.

O que não é novidade é deturparmos as leis. Como o ECA que deveria ser usado para proteger crianças e adolescentes, quando nossos juristas preferem usar para proteger criminosos (e não as crianças e adolescentes).

Com as leis anti-racismo e leis anti-sexismo também não estão erradas. O erro é como deturpamos as leis. E como deixamos que se deturpe algo bom para que se justifique depois uma atrocidade.
 
Vale lembrar que, quem ta criando essa fuzarca toda é um ente da sociedade cívil.
O governo federal através do PNBE distribui livros que, se não me engano, são escolhidos pelos próprios professores, o que em si é uma atitude democrática de permitir que o profissional escolha as ferramentas que melhor se adequam ao seu labor.
Agora uma parte que me chamou atenção, pelo que entendi, é que o autor da ação está tentando incluir uma matéria na grade de formação dos professores. É isso então? Eu quero uma nova matéria na grade do magistério e pra isso crio um baita auê e torro o tempo de STF por causa disso.
:squid::squid::squid:
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.644,79
Termina em:
Back
Topo