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Pequena Biografia de Maglor
(Rebelião, Êxodo e Exílio)
“E aqueles que resistirem na Terra-média e não vierem para Mandos ficarão cansados do mundo como de um peso enorme e definharão, tornando-se como que espectros de remorso diante da raça mais jovem que virá. Falaram os Valar.”
Parte final da Condenação de Mandos
Maglor nasceu na Bem-aventurança de Aman, segundo dos sete filhos Fëanor, o maior de todos os artífices élficos, e Nerdanel, a Sábia. Muito provavelmente, foi como o pai dado à luz das Duas Árvores em Eldamar, na Casa do Rei em Tirion, sobre Túna. Tornou-se um cantor maravilhoso, cuja voz podia ser ouvida ao longe, fosse na terra, fosse no mar.
Ele assistiu, porém, ao Ocaso de Valinor, e quando Fëanor, ao saber do assassinato do pai e do roubo de sua obra-prima, jurou perseguir até os confins do mundo e do tempo qualquer um que o impedisse de se apoderar de uma Silmaril, seus sete filhos, Maedhros, Maglor e Celegorm, Curufin e Caranthir, Amrod e Amras, colocaram-se imediatamente a seu lado e fizeram juntos o mesmo voto, e vermelhas como sangue brilharam suas espadas desembainhadas à luz dos archotes.
Desse modo Maglor tomou parte na Rebelião e no Êxodo dos noldor, e por conseguinte esteve no Fratricídio de Alqualondë, ouviu a Condenação de Mandos em Araman e no mínimo presenciou o Incêndio dos Barcos em Losgar. E desse modo Maglor tomou parte no Exílio dos noldor e, defendendo a região conhecida como Falha de Maglor, na longa guerra que moveram contra Morgoth, o Silmarillion propriamente dito. Foi ele quem nas Nirnaeth Arnoediad, a quinta e desastrosa batalha das Guerras de Beleriand, matou Uldor, o Maldito, líder da traição dos orientais sob a autoridade de seu pai, Ulfang, o Negro.
Não foi contudo nenhum príncipe noldo quem arrebatou uma Silmaril da coroa de ferro de Morgoth, mas Beren dos Homens e Lúthien dos Dois Povos, os Teleri e os Maiar. Esse feito não se deu através de desafio aberto e confronto direto, mas com astúcia e encantamentos, e por amor, mas não por amor às Silmarils, ainda que uma vez em posse de uma delas ninguém possa resistir ao seu fascínio.
Quando Dior, filho de Beren e Lúthien, herdeiro de Thingol, passou a usar em Doriath o Nauglamír com a Silmaril engastada, os sete filhos de Fëanor voltaram a se reunir, reivindicando por mensagem aquilo que julgavam lhes pertencer. Como Dior não lhes respondeu, atacaram Menegroth no meio do inverno, ocorrendo assim a segunda chacina de elfos por elfos. Nela caíram Celegorm, Curufin e Caranthir, mas Dior também foi morto. E Elwing, filha de Dior, fugiu levando a Silmaril até atingir as Fozes do Sirion, onde não tardaram a chegar novas mensagens, de amizade mas de séria exigência, dos filhos de Fëanor. Elwing, que desposara Ëarendil, não se dispôs a entregar a jóia, desencadeando-se assim a última e mais cruel chacina de elfos por elfos, o terceiro dos grandes males decorrentes do Juramento maldito.
Maedhros e Maglor saíram vitoriosos, embora daí em diante só restassem eles dos filhos de Fëanor, já que Amrod e Amras haviam sido mortos. E mais uma vez não reouveram aquela Silmaril, pois Elwing, levando-a, jogara-se ao mar. Entretanto, Maglor se apiedou dos filhos dela, Elros e Elrond, tratando-os com carinho, e o amor depois surgiu entre eles, como seria difícil imaginar. Mas o coração de Maglor estava abatido e extenuado com o peso do terrível Juramento.
Quando Vingilot foi posta pela primeira vez a navegar pelos mares do firmamento, e avistada ao entardecer da Terra-média como uma nova estrela, Maedhros falou com Maglor:
- Sem dúvida, deve ser uma Silmaril que agora brilha lá no oeste.
- Se for de fato a Silmaril - respondeu Maglor - que vimos ser lançada ao mar e que se ergue novamente pelo poder dos Valar, então devemos nos alegrar. Pois sua glória agora é vista por muitos e, mesmo assim, ela está a salvo de todo mal.
Então os elfos olharam para cima e não mais se desesperaram, mas Morgoth estava cheio de dúvidas, e diz-se que não esperava o ataque que se abateu sobre ele. Conduzidos por Eonwë, as hostes dos Valar, incluindo os vanyar e aqueles noldor que nunca tinham saído de Valinor, cujo líder era Finarfin, irmão de Fëanor, aportaram na Terra-média. O confronto dos exércitos do oeste e do norte é chamado de Grande Batalha e de Guerra da Ira.
Acuado, Morgoth implorou paz e perdão, mas seus pés foram decepados e ele foi jogado de bruços no chão. Amarraram-no então com a corrente Angainor, que usara no passado, e sua coroa de ferro foi batida para servir-lhe de coleira. Antes, as duas Silmarils que ainda retinha foram libertadas. Brilharam imaculadas a céu aberto, e Eonwë as apanhou e as guardou.
O mesmo Eonwë, como arauto do Rei Mais Velho, convocou os elfos de Beleriand para partir da Terra-média, porém Maedhros e Maglor não quiseram obedecer. Apesar de estarem exaustos e cheios de ódio, prepararam-se para tentar em desespero cumprir seu Juramento. Pois, se elas lhes fossem recusadas, eles teriam combatido pelas Silmarils até contra o vitorioso exército de Valinor, mesmo que estivessem sozinhos contra o mundo inteiro. E enviaram portanto uma mensagem a Eonwë, exigindo que ele entregasse naquele momento as pedras que outrora Fëanor, seu pai, havia criado e que Morgoth lhes roubara.
Eonwë respondeu, porém, que o direito à obra de seu pai, que os filhos de Fëanor anteriormente possuíam, estava agora extinto, por causa de seus inúmeros feitos impiedosos, decorrentes da cegueira provocada pelo Juramento; e, acima de tudo, pelo assassinato de Dior e pelo ataque aos Portos. A luz das Silmarils deveria agora ir para o oeste, de onde no princípio viera. E a Valinor Maedhros e Maglor deveriam retornar, para lá aguardar o julgamento dos Valar, pois somente por ordem expressa dos Valar Eonwë entregaria as pedras que estavam sob sua responsabilidade. Nesse momento, Maglor com efeito desejou ceder, pois seu coração estava pesaroso.
- O Juramento não nos proíbe de dar tempo ao tempo - disse ele, então -, e pode ser que em Valinor tudo seja perdoado e esquecido; e que atinjamos nosso objetivo em paz.
Respondeu, porém, Maedhros que, se retornassem a Aman, e a graça dos Valar não lhes fosse concedida, seu Juramento ainda assim permaneceria, mas seu cumprimento estaria fora do alcance de qualquer esperança.
- Quem pode dizer a terrível sina que se abaterá sobre nós se desobedecermos aos Poderes em sua própria terra - perguntou ele -, ou se nos propusermos um dia voltar a levar a guerra ao seu reino sagrado?
Maglor, entretanto, ainda resistia.
- Se Manwë e Varda em pessoa negarem o cumprimento de um Juramento para o qual foram invocados como testemunhas, ele não se torna nulo?
- Mas como nossas vozes chegarão a Ilúvatar para além dos Círculos do Mundo? E por Ilúvatar juramos em nossa loucura, e pedimos que as Trevas Eternas caíssem sobre nós se não cumpríssemos nossa palavra. Quem poderá nos livrar?
- Se ninguém pode nos livrar - disse Maglor -, então de fato as Trevas Eternas serão nosso quinhão, quer cumpramos nosso voto, quer não. Mas causaremos menos mal se quebrarmos o Juramento.
Dessas últimas posturas de Maglor depreende-se ter sido ele um dos filhos que herdou em parte a disposição mais paciente e moderada de Nerdanel. Não obstante, acabou cedendo à vontade de Maedhros, e os dois planejaram juntos como poriam as mãos nas Silmarils. E se disfarçaram para entrar à noite no acampamento de Eonwë. Esgueiraram-se até o lugar onde estavam guardadas as Silmarils, mataram os guardas e se apossaram das pedras. Então, todo o acampamento se revoltou contra eles; e eles se prepararam para morrer, defendendo-se até o último instante. Eonwë, porém, não permitiu que matassem os filhos de Fëanor. E, partindo sem luta, eles fugiram para longe. Cada um levou consigo uma Silmaril, pensando: “Já que uma está fora do nosso alcance, e só restam duas, e de nossos irmãos só restamos nós dois, está claro que o destino quis que repartíssemos a herança de nosso pai.”
Entretanto, a pedra queimava a mão de Maedhros com uma dor insuportável. E ele percebeu que era como Eonwë dissera: que seu direito à pedra se tornara nulo, e que o Juramento não tinha mais significado. E, em angústia e desespero, ele se lançou num abismo aberto no chão, repleto de labaredas, e assim terminou sua vida. E a Silmaril que ele portava foi levada para as profundezas da Terra.
Também se conta de Maglor que ele não pôde suportar a dor com que a Silmaril o atormentava; e que, afinal, a lançou ao Mar. Dali em diante, passou a perambular para sempre pelas praias, cantando em dor e remorso junto às ondas. Pois Maglor era grande entre os cantores de outrora, considerado inferior apenas a Daeron de Doriath; mas nunca voltou ao convívio dos elfos. Ele parece ter incorrido, portanto, no que previu a última sentença da Condenação de Mandos.
Antes de se perder, Maglor compôs o lamento conhecido como “Noldolantë”, a Queda dos Noldor.
(Rebelião, Êxodo e Exílio)
“E aqueles que resistirem na Terra-média e não vierem para Mandos ficarão cansados do mundo como de um peso enorme e definharão, tornando-se como que espectros de remorso diante da raça mais jovem que virá. Falaram os Valar.”
Parte final da Condenação de Mandos
Maglor nasceu na Bem-aventurança de Aman, segundo dos sete filhos Fëanor, o maior de todos os artífices élficos, e Nerdanel, a Sábia. Muito provavelmente, foi como o pai dado à luz das Duas Árvores em Eldamar, na Casa do Rei em Tirion, sobre Túna. Tornou-se um cantor maravilhoso, cuja voz podia ser ouvida ao longe, fosse na terra, fosse no mar.
Ele assistiu, porém, ao Ocaso de Valinor, e quando Fëanor, ao saber do assassinato do pai e do roubo de sua obra-prima, jurou perseguir até os confins do mundo e do tempo qualquer um que o impedisse de se apoderar de uma Silmaril, seus sete filhos, Maedhros, Maglor e Celegorm, Curufin e Caranthir, Amrod e Amras, colocaram-se imediatamente a seu lado e fizeram juntos o mesmo voto, e vermelhas como sangue brilharam suas espadas desembainhadas à luz dos archotes.
Desse modo Maglor tomou parte na Rebelião e no Êxodo dos noldor, e por conseguinte esteve no Fratricídio de Alqualondë, ouviu a Condenação de Mandos em Araman e no mínimo presenciou o Incêndio dos Barcos em Losgar. E desse modo Maglor tomou parte no Exílio dos noldor e, defendendo a região conhecida como Falha de Maglor, na longa guerra que moveram contra Morgoth, o Silmarillion propriamente dito. Foi ele quem nas Nirnaeth Arnoediad, a quinta e desastrosa batalha das Guerras de Beleriand, matou Uldor, o Maldito, líder da traição dos orientais sob a autoridade de seu pai, Ulfang, o Negro.
Não foi contudo nenhum príncipe noldo quem arrebatou uma Silmaril da coroa de ferro de Morgoth, mas Beren dos Homens e Lúthien dos Dois Povos, os Teleri e os Maiar. Esse feito não se deu através de desafio aberto e confronto direto, mas com astúcia e encantamentos, e por amor, mas não por amor às Silmarils, ainda que uma vez em posse de uma delas ninguém possa resistir ao seu fascínio.
Quando Dior, filho de Beren e Lúthien, herdeiro de Thingol, passou a usar em Doriath o Nauglamír com a Silmaril engastada, os sete filhos de Fëanor voltaram a se reunir, reivindicando por mensagem aquilo que julgavam lhes pertencer. Como Dior não lhes respondeu, atacaram Menegroth no meio do inverno, ocorrendo assim a segunda chacina de elfos por elfos. Nela caíram Celegorm, Curufin e Caranthir, mas Dior também foi morto. E Elwing, filha de Dior, fugiu levando a Silmaril até atingir as Fozes do Sirion, onde não tardaram a chegar novas mensagens, de amizade mas de séria exigência, dos filhos de Fëanor. Elwing, que desposara Ëarendil, não se dispôs a entregar a jóia, desencadeando-se assim a última e mais cruel chacina de elfos por elfos, o terceiro dos grandes males decorrentes do Juramento maldito.
Maedhros e Maglor saíram vitoriosos, embora daí em diante só restassem eles dos filhos de Fëanor, já que Amrod e Amras haviam sido mortos. E mais uma vez não reouveram aquela Silmaril, pois Elwing, levando-a, jogara-se ao mar. Entretanto, Maglor se apiedou dos filhos dela, Elros e Elrond, tratando-os com carinho, e o amor depois surgiu entre eles, como seria difícil imaginar. Mas o coração de Maglor estava abatido e extenuado com o peso do terrível Juramento.
Quando Vingilot foi posta pela primeira vez a navegar pelos mares do firmamento, e avistada ao entardecer da Terra-média como uma nova estrela, Maedhros falou com Maglor:
- Sem dúvida, deve ser uma Silmaril que agora brilha lá no oeste.
- Se for de fato a Silmaril - respondeu Maglor - que vimos ser lançada ao mar e que se ergue novamente pelo poder dos Valar, então devemos nos alegrar. Pois sua glória agora é vista por muitos e, mesmo assim, ela está a salvo de todo mal.
Então os elfos olharam para cima e não mais se desesperaram, mas Morgoth estava cheio de dúvidas, e diz-se que não esperava o ataque que se abateu sobre ele. Conduzidos por Eonwë, as hostes dos Valar, incluindo os vanyar e aqueles noldor que nunca tinham saído de Valinor, cujo líder era Finarfin, irmão de Fëanor, aportaram na Terra-média. O confronto dos exércitos do oeste e do norte é chamado de Grande Batalha e de Guerra da Ira.
Acuado, Morgoth implorou paz e perdão, mas seus pés foram decepados e ele foi jogado de bruços no chão. Amarraram-no então com a corrente Angainor, que usara no passado, e sua coroa de ferro foi batida para servir-lhe de coleira. Antes, as duas Silmarils que ainda retinha foram libertadas. Brilharam imaculadas a céu aberto, e Eonwë as apanhou e as guardou.
O mesmo Eonwë, como arauto do Rei Mais Velho, convocou os elfos de Beleriand para partir da Terra-média, porém Maedhros e Maglor não quiseram obedecer. Apesar de estarem exaustos e cheios de ódio, prepararam-se para tentar em desespero cumprir seu Juramento. Pois, se elas lhes fossem recusadas, eles teriam combatido pelas Silmarils até contra o vitorioso exército de Valinor, mesmo que estivessem sozinhos contra o mundo inteiro. E enviaram portanto uma mensagem a Eonwë, exigindo que ele entregasse naquele momento as pedras que outrora Fëanor, seu pai, havia criado e que Morgoth lhes roubara.
Eonwë respondeu, porém, que o direito à obra de seu pai, que os filhos de Fëanor anteriormente possuíam, estava agora extinto, por causa de seus inúmeros feitos impiedosos, decorrentes da cegueira provocada pelo Juramento; e, acima de tudo, pelo assassinato de Dior e pelo ataque aos Portos. A luz das Silmarils deveria agora ir para o oeste, de onde no princípio viera. E a Valinor Maedhros e Maglor deveriam retornar, para lá aguardar o julgamento dos Valar, pois somente por ordem expressa dos Valar Eonwë entregaria as pedras que estavam sob sua responsabilidade. Nesse momento, Maglor com efeito desejou ceder, pois seu coração estava pesaroso.
- O Juramento não nos proíbe de dar tempo ao tempo - disse ele, então -, e pode ser que em Valinor tudo seja perdoado e esquecido; e que atinjamos nosso objetivo em paz.
Respondeu, porém, Maedhros que, se retornassem a Aman, e a graça dos Valar não lhes fosse concedida, seu Juramento ainda assim permaneceria, mas seu cumprimento estaria fora do alcance de qualquer esperança.
- Quem pode dizer a terrível sina que se abaterá sobre nós se desobedecermos aos Poderes em sua própria terra - perguntou ele -, ou se nos propusermos um dia voltar a levar a guerra ao seu reino sagrado?
Maglor, entretanto, ainda resistia.
- Se Manwë e Varda em pessoa negarem o cumprimento de um Juramento para o qual foram invocados como testemunhas, ele não se torna nulo?
- Mas como nossas vozes chegarão a Ilúvatar para além dos Círculos do Mundo? E por Ilúvatar juramos em nossa loucura, e pedimos que as Trevas Eternas caíssem sobre nós se não cumpríssemos nossa palavra. Quem poderá nos livrar?
- Se ninguém pode nos livrar - disse Maglor -, então de fato as Trevas Eternas serão nosso quinhão, quer cumpramos nosso voto, quer não. Mas causaremos menos mal se quebrarmos o Juramento.
Dessas últimas posturas de Maglor depreende-se ter sido ele um dos filhos que herdou em parte a disposição mais paciente e moderada de Nerdanel. Não obstante, acabou cedendo à vontade de Maedhros, e os dois planejaram juntos como poriam as mãos nas Silmarils. E se disfarçaram para entrar à noite no acampamento de Eonwë. Esgueiraram-se até o lugar onde estavam guardadas as Silmarils, mataram os guardas e se apossaram das pedras. Então, todo o acampamento se revoltou contra eles; e eles se prepararam para morrer, defendendo-se até o último instante. Eonwë, porém, não permitiu que matassem os filhos de Fëanor. E, partindo sem luta, eles fugiram para longe. Cada um levou consigo uma Silmaril, pensando: “Já que uma está fora do nosso alcance, e só restam duas, e de nossos irmãos só restamos nós dois, está claro que o destino quis que repartíssemos a herança de nosso pai.”
Entretanto, a pedra queimava a mão de Maedhros com uma dor insuportável. E ele percebeu que era como Eonwë dissera: que seu direito à pedra se tornara nulo, e que o Juramento não tinha mais significado. E, em angústia e desespero, ele se lançou num abismo aberto no chão, repleto de labaredas, e assim terminou sua vida. E a Silmaril que ele portava foi levada para as profundezas da Terra.
Também se conta de Maglor que ele não pôde suportar a dor com que a Silmaril o atormentava; e que, afinal, a lançou ao Mar. Dali em diante, passou a perambular para sempre pelas praias, cantando em dor e remorso junto às ondas. Pois Maglor era grande entre os cantores de outrora, considerado inferior apenas a Daeron de Doriath; mas nunca voltou ao convívio dos elfos. Ele parece ter incorrido, portanto, no que previu a última sentença da Condenação de Mandos.
Antes de se perder, Maglor compôs o lamento conhecido como “Noldolantë”, a Queda dos Noldor.
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