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Peregrin Tûk e Gandalf

Gerbur Forja-Quente

Defensor do Povo de Durin
O Tolo e o Sábio<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p>

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É fácil comparar Gandalf com muitos heróis e até antagonistas da Terra-Média. Podemos compará-lo com Aragorn, ambos mendigos que escondem sua real natureza. Com Frodo, ambos grandes heróis de O Senhor dos Anéis, heróis entre heróis. Até com Saruman, pela sabedoria e poder de ambos. Mas relendo alguns trechos percebi mais um personagem comparável a Gandalf: Peregrin Tûk, ou “Pippin”, para os amigos e “Peregrin Tûk, o Tolo”, para Gandalf.<o:p></o:p>
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Ambos personagens tiveram um crescimento na história. Gandalf começa o livro como “O Cinzento” e depois da super provação que ele enfrentou, que foi matar e ser morto pelo balrog, ele se torna “O Branco”, visivelmente mais poderoso, agora ele dobra a vontade até mesmo de Saruman, como Merry diz: “Ele era Saruman, o Branco. Gandalf é o Branco agora. Saruman voltou quando recebeu ordens, e seu cajado foi tomado; depois Gandalf lhe disse para ir, e ele simplesmente foi!”.<o:p></o:p>
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O amadurecimento de Pippin é mais gradual, mas igualmente notável. No começo da história ele não passa de um rapaz travesso. Sempre aprontando suas travessuras com o super amigo Merry. Devagarzinho, ele vai amadurecendo conforme aprende com cada uma de suas experiências até chegar no final do livro quando ninguém mais o confunde com um rapaz travesso, para os cidadãos de Minas Tirith (que é praticamente a capital do mundo) ele é o Príncipe dos Pequenos, o “Pheriannath”, e de volta ao Condado após a Guerra do Anel, principalmente ele e Merry, são os generais que conseguem organizar os hobbits para que, sem nenhuma ajuda de mago ou qualquer pessoa grande, eles consigam derrotar Saruman e os rufiões que haviam realizado o Expurgo do Condado.<o:p></o:p>
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Bem, mas como um rapazola se transforma num príncipe para pessoas esclarecidas e num general para seu próprio povo? Bem, o caminho é longo como o é para qualquer um de nós, e entre muitos erros, confusões, idas e vindas, a soma de cada uma das experiências vividas transforma qualquer embrião num adulto criador do mundo que o criou.<o:p></o:p>
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O primeiro passo para o amadurecimento de Pippin foi o próprio Gandalf que deu, quando o mago convenceu Elrond Meio-Elfo que a força da amizade desses hobbits seriam de mais utilidade para a Comitiva a ponto de sobrepujar a força física e de batalha de qualquer grande guerreiro élfico (que iria no lugar dos hobbits), Glorfindel, por exemplo, matador de balrog. Aliás, será que o mago continuaria com seu argumento se soubesse que ele próprio teria que enfrentar um balrog em Moria? Incrivelmente, eu acredito que sim, manteria sua posição, pois ele também não foge perante as experiências do crescimento.<o:p></o:p>
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Quando Gandalf consegue a vaga para Pippin e os hobbits na comitiva, ele dá a eles a oportunidade para que eles se desenvolvam e retornem mais sábios e poderosos para sua terra natal ao fim da jornada. Caso contrário, teriam eles sobrepujado Saruman e os rufiões no Condado? Acredito que não. A experiência e o amadurecimento que fazem o peso real da balança.<o:p></o:p>
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Entretanto, apesar de dar a Pippin a oportunidade que ele precisa, Gandalf passa a história inteira chamando-o de tolo e desacreditando o jovem hobbit. Nos portões de Moria, Pippin pergunta a Gandalf como ele fará para abrir os portões, mas só consegue receber a resposta irada do mago: “Bata nas portas com a cabeça, Peregrin Tûk, mas se isso não as abalar, e se me permitirem um pouco de paz, sem perguntas tolas, procurarei as palavras para abri-la”. Dentro de Moria, quando o curioso Pippin atira uma pedra num poço para medir sua profundidade, a pedra despenca em águas profundas e provoca um ruído que é amplificado e repetido pelo poço oco, alertando os orcs da presença de intrusos. Gandalf diz o seguinte a Pipin: “Seu tûk tolo! – rosnou ele – Esta é uma viagem séria e não um piquenique de hobbits. Atire-se da próxima vez e então não vai mais atrapalhar. Agora, fique quieto!”.<o:p></o:p>
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Isso é interessante, para que haja amadurecimento é preciso que hajam experiências, que os aprendizes sejam curiosos, fucem, opinem, mexam, coloquem tudo a perder, cometam erros, cometam mais erros, é preciso que eles sejam corajosos e atrevam-se com que não deveriam (mesmo que isso signifique se envolver nos assuntos dos magos), pois só assim a pessoa amadurece. Mas Gandalf nunca apoiou Pippin, ao contrário, sempre o repreendeu tentando podar essa curiosidade sem fim do hobbit. E Pippin, sempre parece arrependido naquele instante, mas depois de meia hora ele já esqueceu os problemas que causou e já está pronto para novas peripécias.<o:p></o:p>
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Nesse sentido, Gandalf não é tão sábio, ao contrário, é o tolo. Porque dessa forma ele incentiva a ignorância e pune todas as ações curiosas que são o caminho para a sabedoria. Ele lembra aquele professor que tem muito conteúdo, sabe muito do que está falando, domina totalmente a matéria, mas têm grandes dificuldades em transmitir esse conhecimento aos seus alunos. Reclama que os alunos não aprendem e não acompanham seu raciocínio, mas quando os alunos o questionam ele se irrita e pune os mesmos incentivando-os a ficar quietos e privados de conhecimento, mas fingindo ter entendido o que “foi passado”.<o:p></o:p>
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Já Pippin, apesar de não conhecer tantas coisas como Gandalf, tem uma postura mais sábia nesse sentido. Pois ele é sempre curioso, questionador, sua fome sem fim não é apenas de alimento para o corpo, mas também de alimento para a mente. O auge divisor de águas que separa o hobbit tolo do maduro é, ironicamente, logo depois de mais uma de suas trapalhadas, que foi observar o Palantír. Depois disso, há todo um reboliço que leva Gandalf a cavalgar com Pippin para Minas Tirith a todo o vento. No caminho, Gandalf começa a repetir para si mesmo as rimas de tradição para lembrar mais sobre o Palantír e Pippin percebe que o mago está mais aberto e o inunda com perguntas. Até o momento em que Gandalf, exausto diz: “Peço clemência! Se passar informações for a cura para sua curiosidade, vou passar o resto dos meus dias respondendo a você. O que mais quer saber?” <o:p></o:p>
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E Pippin responde brilhantemente: “O nome das estrelas, e de todos os seres vivos, e a história completa da Terra-Média, e do Sobrecéu e dos Mares Divisores. – Disse rindo, Pippin. – É claro! Por que menos?...”<o:p></o:p>
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A partir desse momento não podemos dizer que estamos em frente de um hobbit tolo, pois ele se tornou tão grande e sábio quanto Gandalf, talvez maior, pois ele entendeu perfeitamente o caminho da sabedoria e soube pôr isso em palavras. Claro, Pippin, “por que menos?”, a busca pelo conhecimento se dá através da dúvida perturbadora e inquietante, do questionamento e não através do comodismo tranqüilo da ignorância ou da falsa aprendizagem, da imitação socialmente aceita. Os Sábios e professores deveriam saber disso.<o:p></o:p>
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Um salve a Pippin que representa tão bem a curiosidade criativa e inteligente que chamamos de amadurecimento. Peregrin Tûk, o Sábio (soou legal isso, hein?).<o:p></o:p>
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Termino com mais um diálogo desses dois personagens. Em Minas Tirith, quando Gandalf ao mesmo tempo “caçoa” e principalmente, reconhece a grandiosidade do hobbit quando ele oferece seus serviços ao regente Denethor:<o:p></o:p>
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“_ Está zangado comigo, Gandalf? - ... – Fiz o melhor que pude.<o:p></o:p>
_ Realmente fez! – disse Gandalf, rindo de repente, e vindo a ficar ao lado de Pippin, colocando o braço sobre os ombros do hobbit, e olhando através da janela. Pippin observou com certa surpresa aquele rosto agora bem perto ao lado do seu, pois o som do riso fora alegre e contente. Mesmo assim, no rosto do mago só viu no início linhas de preocupação e de tristeza; todavia, olhando com mais atenção o hobbit percebeu que, subjugada a tudo, havia uma grande alegria: uma fonte de contentamento suficiente para fazer todo um reino rir, caso extravasasse. – Realmente você fez o melhor que pôde – Disse o mago”. P 17 O Retorno do Rei.
 
Gandalf fez o que todo professor/mestre/tutor deveria fazer. Ele sempre desafiou Pippin implicitamente, para que ele tentasse, não impressionar, aprender mais e não errar de novo perante o mago, e assim, não errar de novo na vida. Merry queria ser um cavaleiro de Rohan e isso fugiu um pouco aos olhos de Gandalf, enquanto Pippin sempre esteve ali com o mago procurando captar algo que o ajudasse internamente ou externamente.
Eu acho que Pippin subiu no conceito de Gandalf quando olhou o Palantír. Foi a tolice do hobbit que deu a eles a chance de saber os planos de Sauron, e assim Gandalf armou seu plano. Foi também a ingenuidade e bondade de Pippin que o fez oferecer seus serviços ao rude Denethor e assim ele salvou Faramir da morte, caso contrário, Pippin não teria acesso à loucura do regente de Gondor e Faramir teria morrido e Denethor, arruinado tudo. Esses detalhes da personalidade do hobbit mesclaram sua ingenuidade e curiosidade intensa com o amadurecimento ante as dificuldades e pressões impostas pela jornada pela Terra-média e até pela Comitiva. Mas se não fosse essas pressões (a maior parte delas vindas de Gandalf), Pippin teria desistido no meio do caminho e não teria se superado e realizado os pequenos grandes feitos que fez.
 
Eu não compararia Gandalf com Pippin, e nem diria que ele, no fim, tenha se tornado tão grande quanto o Maia. Mas, cara, eu adorei esse seu tópico, porque ele me fez lembrar de como o Pippin foi fundamental em momentos importantes na Guerra do Anel, mas não com ações heróicas clássicas e sim com essa “estupidez” e impulsividade tão fofa (e hilária, pq eu ria muito com as pataquadas do Pippin) que vc colocou...
O Pippin fez o barulho que chamou a atenção dos goblins em Moria – resultando na perseguição e no enfrentamento de Gandalf com o Balrog – muito provavelmente tal desafio já estava no caminho de Gandalf, independendo da existência e atitudes de um jovem hobbit, mas... Foi o Pippin e não outro que fez a m. e depois teve de ouvir a cacetada do Gandalf: “Atire-se da próxima vez, assim não vai mais atrapalhar :lol:”.
Foi o Pippin, com uma curiosidade e inconseqüência inacreditáveis, que teve a ousadia de, na miúda, tirar o palantír dos braços de Gandalf enquanto ele dormia e olhar na pedra, o que, depois, deu ao mago – e a Aragorn - uma informação preciosa. Ponto importante pra Sociedade do Anel.
E foi graças ao Pippin que Faramir foi salvo (e cumpriu seu papel de regente num momento difícil e depois curou e se casou com a Éowyn :grinlove:. Ah, e ainda recebeu Ithilien e a incumbência de vigiar o Vale Morgul, até que o lugar fosse purificado e pudesse, novamente, ser habitado) e que Gandalf foi atrasado e não pôde enfrentar o nâzgul-mór. O Théoden morreu por isso, e a Éowyn e o Merry sofreram, mas quem disse que as coisas ruins também não têm seu propósito no curso das coisas? Vai saber.
E o Pippin, mais do que os outros hobbits foi quem esteve mais próximo do Gandalf, e foi através dele que vimos essas faces do mago: a impaciência do sábio diante dos tolos quando se tem muitas coisas urgentes e importantes para cuidar, mas, também, o humor, a paciência (sim, ela apareceu tb), o carinho, o respeito e a admiração pelos menores em sabedoria e força. Muito da sabedoria de Gandalf foi demonstrada na lida dele com os pequenos. E tudo se revela ainda mais quando vemos o então Grande Pippin liderando o Expurgo do Condado.
 
E Pippin responde brilhantemente: “O nome das estrelas, e de todos os seres vivos, e a história completa da Terra-Média, e do Sobrecéu e dos Mares Divisores. – Disse rindo, Pippin. – É claro! Por que menos?...”<o:p></o:p>

Difícil pensar numa resposta mais propícia para a pergunta de Gandalf do que a dada pelo Tûk. Nunca tinha parado para pensar no tanto que Pippin evolui durante a história. Mas creio que a resposta acima quando comparada as trapalhadas e brincadeiras feitas por ele durante o princípio da jornada, sintetizam muito bem a profundidade da transformação ocorrida na mente do jovem hobbit.

Quanto a Gandalf, discordo da Lissa quando ela diz que ele desafiava Pippin implicitamente. Pelo contrário, presumo que Gandalf, conhecendo a natureza curiosa do jovem hobbit, tentava acalmá-la, domá-la. No entanto, também do discordo do Gerbur quando ele diz que com isso o mago "incentiva a ignorância e pune todas as ações curiosas que são o caminho para a sabedoria.". Pippin precisava entender que para existiam consequências para os seus atos. Em Moria, ele poderia ter fadado toda a Demanda ao fracasso com sua curiosidade. Sábio é aquele que procura o conhecimento, mas também aquele que controla seus próprios impulsos. Por mais que sejamos curiosos, não podemos colocar a vida de um amigo em risco na nossa busca pelo conhecimento.

Creio que Gandalf tenha sido um professor adequado para Pippin, pois, além de ensiná-lo as tradições, também o ensinou a controlar seus impulsos.
 
Bela questão, amigo Anão.

Concordo plenamente contigo na questão do amadurecimento do Pippin. Experimentações são essenciais para o crescimento pessoal, Pippin foi inundado por boas oportunidades e aproveitou cada uma delas, mesmo que inconscientemente, para tornar-se muito mais sapiente, maior que Beregond, o soldado da Terceira Companhia da Cidadela, que ficara seu amigo, por exemplo. Entretanto temo que tu possa estar sendo injusto com Gandalf. Explico:

A meu ver a posição de Gandalf, na Comitiva, e até na Terra-Média, era de um guia e, eventualmente, uma voz de sabedoria. Ele não estava lá para tutelar ninguém, e nem era o momento, pois coisas grandes estavam acontecendo por todos os lados, como disse Galadriel:

“Mas vou lhes dizer isto: sua Demanda está sobre o fio de uma faca. Desviem só um pouco do caminho, e nada dará certo, para a ruína de todos. Mas a esperança ainda permanece, enquanto toda a Comitiva for sincera.”

(Senhor dos Anéis – Sociedade do Anel, CAPÍTULO VII: O ESPELHO DE GALADRIEL)
E Gandalf tinha sua força de vontade e consciência totalmente voltadas para minimizar as chances de falha. Qualquer aprendizado que tenha advindo dele foi muito mais por insistência ou perspicácia do aprendiz que por boa vontade do “mestre”, como aconteceu com o Pippin.

O fato da hostilidade do mago com o hobbit eu vejo como baixa tolerância aos “assuntos menores” em prol de um “bem universal”. Veja bem: Gandalf existe desde que Arda é Arda, sob a alcunha de Olórin; depois de viver muitas Eras em Valinor, Manwë o chama para uma missão de suma importância na Terra-Média. Ele se despe da sua grandiosidade maia, despede das Terras Imortais e fica mais de dois mil anos vagando por estas terras mais rudes e rústicas para tentar cumprir com sutileza sua missão.

Na hora H, quando tá tudo acontecendo muito rápido e é preciso tomar decisões imediatas e acertadas, vem um hobbit de 28 anos e fica fazendo merda ou interrompendo seus pensamentos. É como um garoto que, durante uma viagem de carro, com o pai tentando acertar o caminho, fica perguntando “pai, tá chegando? Pai, o que quer dizer esta placa? Pai, o que acontece se eu puxar isso aqui (aponta pro freio de mão)?”. Em ambos os casos a tolerância será baixa e a atitude esperada é a do rosnar para acuar.

O fato de Pippin ter crescido como pessoa é mérito só dele, ao mesmo tempo que Gandalf ter dado uns foras no Pequeno não é demérito próprio, IMO. Ele não estava lá pra isso, e se de alguma forma ele exerceu a função de tutor, ou foi sem querer, ou foi por ser extremamente necessário no momento.
 
Muito bom esse seu ponto de vista, Gerbur, porém uma coisa que você aponta é ligeiramente falha. O amadurecimento de Pippin pode ser gradual, mas só é mais notório ao fim de toda a história, tornando, aos olhos dos leitores que estão acabando pela primeira vez o livro, um súbito efeito da coragem que precisaria ter naquele momento. Mas, como você mesmo mostrou, ele sofre uma transformação, de modo que, quem insiste na leitura do livro, percebe-se mais facilmente.
O jovem hobbit também não era uma pessoa sem conhecimento. Ele possuía seus conhecimentos, assim como seus companheiros hobbits, mas seu foco do aprendizado tinha sido o Condado e apenas lá eram focadas suas capacidades cognitivas, de modo que a curiosidade dele ao sair do Condado para uma aventura é possível comparar à de uma criança que acabou de ganhar um brinquedo, procurando tudo o que pode se saber sobre aquele "novo mundo" à sua frente.
 
Ele possuía seus conhecimentos, assim como seus companheiros hobbits, mas seu foco do aprendizado tinha sido o Condado e apenas lá eram focadas suas capacidades cognitivas, de modo que a curiosidade dele ao sair do Condado para uma aventura é possível comparar à de uma criança que acabou de ganhar um brinquedo, procurando tudo o que pode se saber sobre aquele "novo mundo" à sua frente.

O problema dele procurar saber tudo, como você disse, foi que ele criou muitos problemas, tanto para ele como para o resto da comitiva. Mas por outro lado, aprendeu muito nessa aventura e pôde se mostrar valoroso em horas de dificuldade.

Com certeza ele mostrou um amadurecimento ao longo da jornada e concordo com Gerbur Forja-Quente, ao dizer que Peregrin pode-se comparar com Gandalf a respeito de seu amadurecimento, embora pela visão dos leitores realmente tenha ficado uma idéia de amadurecimento forçado. Se pararmos para pensar, o mago demorou Eras para passar de Gandalf- o cinzento para Gandalf O Branco, enquanto Pippin, se mostrou um grande Hobbit em apenas poucos anos! :think:
 
Boa oportunidade de discussão.

Eu considero o ponto de vista de Aragorn em relação ao comitiva importante para definir o papel de Gandalf como sendo o líder da expedição.

Em Valfenda Gandalf começou a pensar na liderança que se concretizaria quando ele partisse junto dos companheiros. Na hora da formação do grupo uma das coisas que eles teriam que dar mais atenção seria o equilíbrio de talentos que manteria o grupo unido e focado.

Na época, balancear os membros da missão era algo nebuloso e Gandalf não sabia o quanto seria importante confiar nas relações entre as pessoas da comitiva. Em um dos comentários podemos ver que eles decidem que o melhor disfarce para enfrentar Sauron seria a tolice e em tolices Pippin parecia ter doutorado porque não fosse por ele Gandalf talvez não enfrentasse o Balrog e talvez não tivéssemos Gandalf branco para contar no futuro da missão.

O caso é que os desafios de Pippin (predestinado a um talento natural por confusões) eram tão inacreditavelmente inesperados que até Sauron ao olhar para ele no Palantiri cai na tolice de o levar a sério. No futuro Gandalf daria boas risadas do que aconteceu. Pippin conseguira que Sauron perdesse seu tempo da forma que fizera em Moria com os membros da comitiva. O disfarce estava perfeito pois os tolos realmente fazem com que os sábios percam seu tempo.

Mais adiante Pippin vai tomando consciência de sua condição e observa que seu talento poderia ser uma lâmina de dois gumes então decide colocar um talento predestinado de encontro a um outro destino que era o de ser soldado num reino. Ele poderia ter escolhido fugir de seu talento (e de seu destino) e no fim escolhe usar aquilo para pelo menos poder ajudar alguém colocando-o no momento certo de poder salvar o que salvou. O talento para confusão, se bem treinado, seria no futuro um faro para encontrar problemas antes dos outros.
 
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