Há meio que um consenso no mercado editorial, entre os autores pelo menos, de que editoras sob demanda, do tipo "pay to publish", não são mais do que gráficas disfarçadas. E isso vale pra todas, não é nada pessoal contra a Labrador. Claro, eles vão fazer um projetinho gráfico simples, e uma capa (provavelmente ruim), e entregar pra você o número de cópias contratado. Mas a divulgação é toda por sua conta. Ou seja: toma que o filho é teu. Se flopar, o prejuízo é inteiramente do autor, que arca com tudo: o tal projetinho gráfico, a capa, uma revisão textual, a impressão...
Isso é o extremo oposto do que se espera de uma editora de verdade: uma empresa que tenha avaliado seu trabalho criteriosamente e decidido que ele tem sim valor e que vale a pena investir nele com expectativa de retorno financeiro (ou por amor à Literatura).
Eu não acho que você deveria partir direto para uma opção assim sem ter enviado antes seu trabalho para algumas casas editoriais pequenas ou mesmo as tradicionais. Existem centenas de editoras no Brasil. É só pesquisar o mercado e as linhas editoriais para saber quais poderiam se encaixar no seu projeto.
Se seu livro fosse de poesia, eu recomendaria a Patuá ou a Mondrongo (embora também publiquem outros gêneros). Tem a Zouk aqui no RS; em Goiás tem a Martelo. E assim por diante. Disse umas poucas que eu tinha na ponta da língua.
Algumas podem talvez avaliar o retorno financeiro com base em suas redes sociais, isto é, se você é famosinha na web e se parece ter uma base fiel de leitores. (Esta dica foi o André Vianco quem deu naquele curso dele da "Vivendo de Inventar", mas parecia mais voltada a certos nichos tipo fantasia, young adult etc.).
Também é possível considerar uma publicaçãozinha direto pela Amazon se você não conseguir nada e não quiser gastar dinheiro (ano que vem vai ter de novo o Prêmio Kindle rs...). Eu andava lendo por lá o esquema é já existe até a opção de venda do seu livro impresso também, viu? Impressão sob demanda. Papa fina.
Espero ter ajudado com alguma coisa. O mais importante, claro, é ter o livro pronto e considerar que a primeira versão é sempre um rascunho. Reler, limar, polir. E então arranjar uns dois ou três leitores-beta que manjem do babado pra te dar um feedback. Alterar de novo conforme os pareceres (se houver recomendação) e depois partir para as editoras. Dê uma olhadinha na Patuá; o Eduardo Lacerda é famosinho no meio das editoras independentes já, e pode ser que vocês dois combinem.