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Reunião dos Escritores Frustrados Anônimos

Melian

Período composto por insubordinação.
Na Valinor, nada se cria, tudo se copia e cola. Foi assim que surgiu o título deste tópico; copiei e colei uma frase dita pelo colega @Jacques Austerlitz , em um tópico sobre um prêmio de literatura ao qual nenhum de nós, aspirantes a escritores do fórum, temos material para nos inscrever. Motivos? Vários, com destaque para a famigerada procrastinação. Eu sei que esse tópico ficaria melhor colocado no Clube dos Bardos, mas a gente, que não escreve nem receita de bolo, não tem coragem de aparecer por lá e encarar o bloqueio criativo. Diante disso, fica aqui um tópico para desabafarmos sobre o porquê de estarmos tão desanimados com o ofício da escrita. Vamos tentar nos ajudar? Tudo bem, vamos apenas reclamar e elencar os motivos pelos quais perdemos a fé em nós, em nossa capacidade criativa.
 
Isso inclui quem não quer mais ser escritor? Seria o meu caso. Hoje em dia eu escrevo de vez em quando um poema curto, mas fora isso não escrevo mais nada e também não tenho mais vontade. No passado eu escrevia com bastante frequência e tinha vários projetos, queria publicar livros no futuro (apesar de que publicaria tudo sob um pseudônimo por não querer reconhecimento), mas com o tempo eu perdi o interesse. Eu simplesmente fui deixando de gostar e nem sei bem o motivo. Na verdade fiquei até surpreso com a forma como eu admiti tão naturalmente pra mim mesmo e sem nenhum tipo de drama que eu simplesmente não queria mais escrever e que tudo bem. É algo que em outros tempos eu quis tentar e eventualmente decidi que isso não era pra mim.

A maior parte do material que eu tinha eu joguei fora, e do pouco que sobrou quase nada vale a pena, eu mesmo não gosto de ler 95% do que eu escrevi. Não faço muitos planos na vida então se amanhã do nada me der vontade de voltar a escrever é exatamente isso o que eu vou fazer. Mas nunca sei como estarei me sentindo amanhã. Pelo menos hoje não é algo que eu realmente queira fazer. Mas continuo sendo um leitor e acho que sempre serei. Não quer dizer que eu seja inteligente (spoiler alert: não sou), pra mim é só entretenimento, a maior parte do que eu leio são romances e poesia; se eu pego algo muito sofisticado pra ler eu morro de tédio. Podem me chamar de superficial se quiserem. :lol:

Onde eu estava mesmo?

Ah é. Resumindo: não escrevo mais muita coisa e não é algo que eu tenha mais vontade de fazer. Mas não sejam como eu! Vão em frente e terminem suas obras e publiquem-nas se for possível. Hipócrita level 100 eu dizer isso, eu sei, mas caramba, só quero que vocês sejam bem-sucedidos com o que vocês querem fazer.

Enfim...

Escrevam.
 
Última edição:
(...) Motivos? Vários, com destaque para a famigerada procrastinação. Eu sei que esse tópico ficaria melhor colocado no Clube dos Bardos, mas a gente, que não escreve nem receita de bolo, não tem coragem de aparecer por lá e encarar o bloqueio criativo. (...) Vamos tentar nos ajudar? Tudo bem, vamos apenas reclamar e elencar os motivos pelos quais perdemos a fé em nós, em nossa capacidade criativa.
Uai... para furar o bloqueio criativo, nada melhor do que mandar a autocensura para aquele lugar. Pelo menos por um tempo. Escreva uma história para você, não para os outros, sem se preocupar em ser original, criativo ou mesmo coerente. Carregue ela com o que vier à cabeça, não ligando se o material se encaminhar para o que for mais óbvio, mais piegas... previsível mesmo. Apenas se divirta.
 
[modoConfessionario]

A sensação de sentir os sentimentos borbulhando mente a fora e tomando forma no papel, às vezes eu sinto que o que escrevi tem até gosto. Lendo parece ser doce e amargo, ou aquele toque picante na ponta da língua de comer uma pimenta mais forte que o deveria, e ter aquela luta de 2 segundos entre não lacrimejar e respirar devagar para arejar a boca ensandecida pela ardência.
E nisso, nesse vício de sabores, às vezes me pego escrevendo só pra poder sentir esse turbilhão sair da cabeça e chegar num papel qualquer, termino, encerro e coloco na gaveta até a próxima vez que precisar. Não posso dizer que não quero escrever um livro, sei que gosto de escrever, só não tenho ideia sobre o que gostaria de escrever. :think:

[/modoConfessionario]
 
Em breve na semana que vem, no sub-fórum de música vou dedicar um tópico a um escritor aparentemente "frustrado" que quase desistiu de tudo, mas que encontrou um porto seguro na música, essencialmente como compositor e só bem mais recentemente como cantor.

E justamente a sua grande dedicação no campo da composição musical, sendo a canção da música popular brasileira a sua tese de doutorado, que lhe rendeu força e motivação pra não apenas criar seu próprio curso altamente especializado e aprofundado de composição da canção de MPB, algo que nesse nível praticamente não tem no Brasil e que vem sendo muito elogiado e reconhecido aos poucos cada vez mais em todo o país e que não fez com que ele desistisse de escrever seus contos, mas a composição da canção tomou um rumo tão grande e bacana que agora ele está só esperando ter mais tempo pra se dedicar as suas escritas iniciais.

Mas na prática, no fundo, o cara em nenhum momento deixou de escrever, pois compor música bem elaborada e de qualidade não é algo fácil e simples. Mesmo que a vida tenha tomado outro rumo, o importante foi não desistir ou ter complexo de "George McFly". Assim que publicar o tópico, vou informar aqui.
 
Tem uma frase do imperador romano Marco Aurélio que é o seguinte: “Nem um dia sem uma linha”. Ele se esforçava para escrever todos os dias, “nem que fosse uma linha”.

Mas Marco Aurélio era um homem muito sábio. Quem já leu suas “Meditações” sabe disso.

Como eu não sou tão sábio quanto Marco Aurélio, meu “nem um dia sem uma linha”, diz respeito a leitura. Procuro ler todos os dias, “nem que for uma linha”, aí quem sabe depois de muitas leituras posso ter algo que vale a pena ser escrito e lido por outros.
 
Gente, desde 2018, o FB ficou meio impraticável para mim. Em 2020, no início da pandemia, desativei meu perfil, e não tenho sentido falta. Por outro lado, tenho ficado bastante ativa no Instagram. Por isso, acabei tomando conhecimento da Editora Labrador, uma editora de autopublicação.

Dei uma olhada no site e no Instagram da Editora. A impressão inicial foi boa. Eles parecem fazer um trabalho bacana. Ainda não sei quanto ao preço que cobram, porque não pedi orçamento. Até pensei em pedir, mas como não tenho a menor condição de fazer conta para o fim deste ano e o início do outro (meu contrato terminará em 31 de dezembro), não quis atiçar a minha vontade de publicar meu livro.

Alguém conhece essa editora? Alguém tem um manuscrito pronto para pedir orçamento e ver se eles têm um bom custo-benefício?
 
Há meio que um consenso no mercado editorial, entre os autores pelo menos, de que editoras sob demanda, do tipo "pay to publish", não são mais do que gráficas disfarçadas. E isso vale pra todas, não é nada pessoal contra a Labrador. Claro, eles vão fazer um projetinho gráfico simples, e uma capa (provavelmente ruim), e entregar pra você o número de cópias contratado. Mas a divulgação é toda por sua conta. Ou seja: toma que o filho é teu. Se flopar, o prejuízo é inteiramente do autor, que arca com tudo: o tal projetinho gráfico, a capa, uma revisão textual, a impressão...

Isso é o extremo oposto do que se espera de uma editora de verdade: uma empresa que tenha avaliado seu trabalho criteriosamente e decidido que ele tem sim valor e que vale a pena investir nele com expectativa de retorno financeiro (ou por amor à Literatura).

Eu não acho que você deveria partir direto para uma opção assim sem ter enviado antes seu trabalho para algumas casas editoriais pequenas ou mesmo as tradicionais. Existem centenas de editoras no Brasil. É só pesquisar o mercado e as linhas editoriais para saber quais poderiam se encaixar no seu projeto.

Se seu livro fosse de poesia, eu recomendaria a Patuá ou a Mondrongo (embora também publiquem outros gêneros). Tem a Zouk aqui no RS; em Goiás tem a Martelo. E assim por diante. Disse umas poucas que eu tinha na ponta da língua.

Algumas podem talvez avaliar o retorno financeiro com base em suas redes sociais, isto é, se você é famosinha na web e se parece ter uma base fiel de leitores. (Esta dica foi o André Vianco quem deu naquele curso dele da "Vivendo de Inventar", mas parecia mais voltada a certos nichos tipo fantasia, young adult etc.).

Também é possível considerar uma publicaçãozinha direto pela Amazon se você não conseguir nada e não quiser gastar dinheiro (ano que vem vai ter de novo o Prêmio Kindle rs...). Eu andava lendo por lá o esquema é já existe até a opção de venda do seu livro impresso também, viu? Impressão sob demanda. Papa fina.


Espero ter ajudado com alguma coisa. O mais importante, claro, é ter o livro pronto e considerar que a primeira versão é sempre um rascunho. Reler, limar, polir. E então arranjar uns dois ou três leitores-beta que manjem do babado pra te dar um feedback. Alterar de novo conforme os pareceres (se houver recomendação) e depois partir para as editoras. Dê uma olhadinha na Patuá; o Eduardo Lacerda é famosinho no meio das editoras independentes já, e pode ser que vocês dois combinem.
 
O Bélz faz um texto todo detalhado, assim, e eu nem posso chamá-lo de Lufe. Sacanagem total.

Obrigada, Bélz. Você ajudou, muito.

Acho que, do povo daqui do fórum, só o Mavz leu meu manuscrito. Acho que ele gostou, mas já faz tanto tempo... nem lembro direito, na verdade.
 
Ah, quando você perguntou se alguém tinha manuscrito pronto pra pedir orçamento, imaginei que o seu ainda não estivesse. Mas se até já leram... Em que pé anda o seu livro, afinal? :think:
 
Ah, quando você perguntou se alguém tinha manuscrito pronto pra pedir orçamento, imaginei que o seu ainda não estivesse. Mas se até já leram... Em que pé anda o seu livro, afinal? :think:
O meu está "pronto". Tem 107 páginas. :pula:

Mas eu não queria ficar empolgada e pedir orçamento porque eu não tenho condição de pagar nem mesmo uma bala, até o fim deste ano. hahahhaha
 
O de ficção é aquele que eu li ou é outro, @Vela- o Rousoku ? Que pena que você não continuou. Tudo bem que eu não me lembro de nada, mais, porque deve ter quase uma década que li, mas, na época, eu gostei.
 
Rubem Alves e Clarice Lispector...
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"Eu nunca imaginei que seria escritor. Não me preparei para isso. Conheço pouco da tradição literária. A literatura me chegou sem que eu esperasse, sem que eu preparasse o seu caminho. Chegou-me através de experiências de solidão e sofrimento. A solidão e o sofrimento me fizeram sensível à voz dos poetas."
(Rubem Alves)
Minha própria ficção está parada desde 1995 quando eu percebi que a gayness estava aparecendo no trabalho e mudando o enredo da história da vez... :lol: :lol: :ruiva: :ruiva: :p :p :sabia: :sabia:

E aproveitando pra homenagear aqui o centenário do nascimento da Diva Lispector





LIVRAR-SE DA ESCRITA:ClariceLispector e a liberdade de ninguém

Escritura e Paixão : linguagem, sofrimento e subjetivação na obra de Clarice Lispector
 
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